Dissertações/Teses

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2024
Dissertações
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  • ISAU DANTAS MORAIS
  • USO DO PLASMA ATMOSFÉRICO A FRIO MELHORA A MOLHABILIDADE E PREVINE A CONTAMINAÇÃO FÚNGICA EM SUPERFÍCIES DE LIGAS DE TITÂNIO- ALUMÍNIO-VÂNADIO

  • Orientador : CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAIO SERGIO SANTOS
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • CLODOMIRO ALVES JUNIOR
  • Data: 31/01/2024

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  • O titânio e suas ligas são biomateriais metálicos que se destacam pelo seu bom grau de biocompatiblidade, leveza e resistência à corrosão, se mostrando essencial para sucessos clínicos como a fixação de implantes. Apesar disso, esses implantes estão propensos à adesão de microrganismos como Candida Albicans, gerando riscos ao organismo humano que variam desde a toxicidade medicamentosa a substituição do material implantado. Sabendo que C. Albicans tem afinidade para crescer em superfícies hidrofóbicas, torna-se fundamental o uso de estratégias para tornar esses biomateriais com o caráter hidrofílico. O plasma atmosférico a frio (CAP) é um gás ionizado que ao bombardear superfícies metálicas tem a capacidade de quebrar suas ligações e formar novos grupos funcionais que melhoram a energia da superfície, potencializando hidrofilicidade sobre elas. Dessa forma, o presente trabalho utilizou o CAP sobre superfícies da liga titânio-alumínio-vanádio (Ti-6Al-4V) visando melhorar da hidroficilicidade desses materiais, bem como prevenir a contaminação com o fungo C. Albicans. As caracterizações das amostras como a molhabilidade por meio do ângulo de contato e a composição química da superfície por Espectroscopia de fotoelétrons excitados por raios X (XPS) foram avaliadas, além da contagem da unidade formadora de colônias (UFC’s) e ativação de cepas do fungo C. albicans. Os resultados mostraram que o CAP foi capaz de promover a melhora da molhabilidade em Ti-6Al-4V que se manteve nos três primeiros dias. Na análise de XPS observou-se oxidação do Ti e aumento de hidroxilas nas superfícies tratadas. Houve uma redução no crescimento de C. Albicans e da formação de pseudohifas nas superfícies Ti-6Al-4V tradadas. A correlação de Pearson também evidenciou uma forte relação entre a melhora da hidrofilicidade e redução fúngica. Tais resultados mostraram a capacidade do CAP para promover maior hidrofilicidade das superfícies de Ti-6Al-4V e minimizar os riscos de contaminação por fungos.

     


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  • O titânio e suas ligas são biomateriais metálicos que se destacam pelo seu bom grau de biocompatiblidade, leveza e resistência a corrosão, se mostrando essencial para sucessos clínicos na osseointegração. Além de todos esses benefícios, os biomateriais podem ser modificados superficialmente e apresentar-se ainda mais favorável a interação com tecido por apresentar uma melhor energia de superfície e facilitação da adsorção de proteínas, favorecendo diretamente a uma boa adesão, crescimento e proliferação celular. Uma técnica bastante promissora para promover modificações de superfícies é plasma atmosférico a frio (CAP). Este, quando direcionado ao implante tem capacidade promover rugosidade, hidrofilicidade, melhora na energia de superfície, consequentemente promover melhor adesão, crescimento e proliferação celular, bem como inativação de bactérias e bloqueio a formação de seus biofilmes. Tais acontecimentos relacionados ao CAP podem se mostrar importantes para promover uma vida útil ao implante por ele tratado. A durabilidade de uma superfície metálica que recebeu algum tratamento é raramente investigada, porém é um fator muito importante para o campo médico, uma vez que a manutenção das suas propriedades físico-químicas é primordiais para preservação da interface entre o implante e o receptor, como é caso da osseointegração. Assim, pretende-se com este trabalho investigar o tempo de vida útil de superfícies metálicas embaladas em grau cirúrgico e tratadas pelo CAP.

2
  • YASMIM CARLA DA SILVA CAVALCANTE
  • CARACTERIZAÇÃO DA MICROBIOTA BACTERIANA AERÓBIA E MICROAERÓFILA VAGINAL EM FÊMEAS DE CATETO (Pecari tajacu LINNAEUS, 1758) CRIADAS EX SITU NO SEMIÁRIDO DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL

  • Orientador : ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • RINALDO APARECIDO MOTA
  • Data: 20/02/2024

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  • Este estudo objetivou a caracterização da microbiota bacteriana aeróbia e microaerófila vaginal de fêmeas de cateto (Pecari tajacu) e avaliar a influência do período reprodutivo sobre essa microbiota. Para tanto, foram colhidas amostras de sangue e de suabe vaginal de 11 fêmeas de cateto em diferentes estágios reprodutivos (4 jovens púberes, 4 adultas não gestantes e 3 adultas gestantes) provenientes do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS) da UFERSA. As amostras de sangue foram processadas e o soro foi quantificado quanto aos níveis de progesterona, e associadas à colpocitologia dos animais, de modo que os resultados foram combinados com a microbiota coletada no mesmo período por meio de suabe vaginal e identificada por MALDITOF, a fim de traçar um perfil reprodutivo e investigar a relação entre o estágio reprodutivo e a microbiota vaginal dessa espécie. A média de progesterona sérica por fase reprodutiva foi de 13,88 ± 6.63 ng/ml para as jovens púberes, 10,77 ± 4.98 ng/ml para as fêmeas adultas não gestantes e 64,38 ± 10.20 ng/ml para as fêmeas gestantes. Quanto ao perfil bacteriano, os microrganismos encontrados pertenciam, em sua maioria aos filos Firmicutes, Actinobacteria e Proteobacteria. Não houve correlação quantitativa entre os níveis de progesterona sérica e a microbiota vaginal, assim como não houve correlação entre a progesterona e as células da colpocitologia. Este estudo é a primeira caracterização científica da microbiota vaginal de fêmeas de cateto e demonstrou que, embora não tenham sido encontradas correlações numéricas significativas entre a microbiota e os níveis de progesterona sérica, foi possível observar diferenças qualitativas na microbiota a depender do estágio reprodutivo das fêmeas.


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  • O cateto (Pecari tajacu Linnaeus, 1758) é uma espécie de porco selvagem com ampla distribuição pelo continente americano. Em vista da fragmentação de habitats, somado a fatores antrópicos e naturais, as populações de catetos encontram-se quase ameaçadas em algumas regiões em que ocorrem. Nesse sentido, técnicas de reprodução assistida voltadas para esses animais são imprescindíveis. Para o êxito de tais técnicas, é preciso conhecer a microbiota desses animais. O objetivo do presente trabalho consiste na caracterização da microbiota do trato genital de fêmeas de cateto (Pecari tajacu) e avaliar a influência do período reprodutivo sobre essa microbiota. Para tal, serão colhidas amostras de sangue e de suabe vaginal de 20 fêmeas de cateto em diferentes estágios reprodutivos provenientes do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS) da UFERSA. As amostras de sangue serão quantificadas quanto aos níveis de progesterona e estradiol e os resultados serão combinados com a microbiota coletada no mesmo período, a fim de traçar um perfil reprodutivo e investigar se há relação entre o ciclo estral e a microbiota reprodutiva dessa espécie. As amostras de suabe vaginal serão encaminhadas para o Laboratório de Microbiologia Veterinária (LAMIV) onde serão incubadas aerobicamente em meios de cultura para verificar o crescimento e classificar os microrganismos presentes na amostra. Além disso, se for possível, será realizada a caracterização da microbiota por PCR adicionalmente. Após a realização das análises, os resultados serão estatisticamente comparados e compilados para a aceitação ou rejeição da hipótese de correlação entre as duas variáveis: concentração hormonal e composição da microbiota.

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  • BRUNO VINICIOS SILVA DE ARAÚJO
  • FREQUÊNCIA E CARACTERIZAÇÃO MOLECULAR DE PATÓGENOS TRANSMITIDOS POR CARRAPATOS EM CÃES DE POPULAÇÃO HOSPITALAR E SUA CORRELAÇÃO CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICA

  • Orientador : JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CARLA DIOGENES SUASSUNA BEZERRA
  • FRANCISCO DE ASSIS LEITE SOUZA
  • JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • Data: 27/02/2024

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  • Os cães são susceptíveis à infecção por vários agentes transmitidos por ixodídeos que carreiam e transmitem grande variedade de patógenos, como os protozoários Babesia vogeli e Hepatozoon canis, e bactérias como Ehrlichia canis e Anaplasma platys. Esses hemoparasitos são frequentemente encontrados em cães no Brasil, no entanto, ainda se observa uma escassez de estudos sobre a caracterização molecular dos patógenos envolvidos e suas correlações com os aspectos epidemiológicos e clínicos das doenças transmitidas por carrapatos no nordeste do Brasil, mesmo diante da presença dos hemoparasitos e de condições climáticas favoráveis ao carrapato. Ante isso, o objetivo do presente estudo foi determinar a ocorrência, caracterização molecular e o perfil epidemiológico e clinicopatológico de cães monoinfectados, coinfectados e multinfectados por A. platys, E. canis, B. vogeli e/ou H. canis na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte. Para isso, 181 cães de população hospitalar sob suspeita clínica laboratorial de hemoparasitoses foram selecionados e amostras sanguíneas foram coletadas para determinação do hematócrito, contagem de plaquetas e extração de DNA para utilização na Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Foram considerados animais monoinfectados, coinfectados e multinfectados aqueles em que houve detecção de um, dois e três ou mais patógenos, respectivamente. Para correlacionar as variáveis epidemiológicas, clinicopatológicas e o tipo de infecção foram utilizados os testes de Qui-quadrado ou exato de Fisher e a magnitude das associações foi estimada pelo Odds ratio seguida por regressão logística multinomial. A PCR demonstrou que 44,75% (81/181) dos cães estavam infectados por pelo menos um dos agentes pesquisados. Desses, o DNA de E. canis foi detectado em 22,65% (41/181), seguido por H. canis 14,92% (27/181), A. platys 6,08% (11/181) e B. vogeli 1,10% (2/181). Foram observadas coinfecção de de E. canis com H. canis em 8,83% (16/181) dos animais, seguida pelas coinfecções por A. platys com H. canis em 6,62% (12/181), A. platys com E. canis em 2,76% (5/181), E. canis com B. vogeli em 2,20% (4/181), A. platys com B. vogeli em 0,55% (1/181) e B. vogeli com H. canis em 0,55% (1/181) dos cães. Dentre as multinfecções, a mais frequente foi E. canis com A. platys e H. canis, presente em 2,76% (5/181) dos casos, seguida por B. vogeli com A. platys e E. canis em 1,66% (3/181), E. canis com B. vogeli e H. canis em 0,55% (1/181) e A. platys com B. vogeli e H. canis em 0,55% (1/181). Apenas um animal (0,55%) estava multinfectado por todos os patógenos pesquisados. Os cães com histórico de carrapato possuíram 3,41 vezes mais chance de estarem coinfectados em comparação àqueles que não possuíam esse histórico. Multinfecção (90,9%) e coinfecção (84,6%) foram mais frequentes em animais que não faziam uso de medicação carrapaticida, em comparação aos monoinfectados (56,8%) e não infectados (56%). Os indivíduos que possuíam histórico de uso de carrapaticidas mostraram-se menos propensos a infecções. Os indivíduos machos apresentaram maior chance de se infectar em comparação a fêmeas. Cães com sinais clínicos de epistaxe, hiporexia ou anorexia, onicogrifose, desidratação e presença de ectoparasitas apresentaram mais chance de estarem multinfectados em comparação aos outros tipos de infecção. Dentre as variáveis hematológicas analisadas, a trombocitopenia apresentou alta prevalência em todos os tipos de infecção, tendo os cães multinfectados 16,3 vezes mais chance de apresentarem esta condição, e cães coinfectados 2,11 vezes mais chance de apresentarem anemia. Os achados deste estudo permitiram concluir que as variáveis epidemiológicas histórico de ectoparasitismo e o uso de medicação carrapaticida foram influenciadas a depender do tipo de infecção e os animais multinfectados e coinfectados tenderam a apresentar um maior número de alterações clínicas inespecíficas, acompanhadas de alterações hematológicas como anemia e trombocitopenia. Esses achados contribuem para um melhor entendimento do perfil epidemiológico e clínicopatológico dos cães infectados por um ou múltiplos patógenos transmitidos por carrapatos, permitindo uma melhor compreensão da dinâmica dessas doenças no semiárido Nordestino.


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  • Os cães são susceptíveis à infecção por vários agentes transmitidos por ixodídeos que carreiam e transmitem grande variedade de patógenos, como os protozoários Babesia vogeli e Hepatozoon canis, e bactérias como Ehrlichia canis e Anaplasma platys. Esses hemoparasitos são frequentemente encontrados em cães no Brasil, no entanto, ainda se observa uma escassez de estudos sobre a caracterização molecular dos patógenos envolvidos e suas correlações com os aspectos epidemiológicos e clínicos das doenças transmitidas por carrapatos no nordeste do Brasil, mesmo diante da presença dos hemoparasitos e de condições climáticas favoráveis ao carrapato. Ante isso, o objetivo deste trabalho é determinar a ocorrência e a caracterização molecular de A. platys, B. vogeli, E. canis e H. canis em cães com suspeita de doenças transmitidas por vetores na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte, além de descrever os aspetos epidemiológicos e clínicos relacionados à infecção por esses hemoparasitos nos animais. Para isso, serão coletadas amostras de sangue total de cães sob suspeita clínica de hemoparasitoses atendidos no Hospital Veterinário Jerônimo Dix-Huit Rosado Maia (HOVET) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). As amostras sanguíneas serão submetidas à análise hematológica (contagem de plaquetas, hematócrito, hemograma e leucograma) e à extração de DNA para utilização na Reação em Cadeia da Polimerase (PCR). Dos cães que apresentarem-se parasitados por carrapatos no momento do atendimento clínico será feita a coleta e identificação dos ixodídeos. Ainda, serão registradas as informações individuais de todos os cães incluídos no estudo visando traçar um perfil clínico-epidemiológico das hemoparasitoses. A PCR será realizada para detecção do DNA de A. platys, B. vogeli, E. canis e H. canis e, as amostras positivas serão sequenciadas para análise filogenética de cada um dos agentes pesquisados. Para correlacionar as variáveis epidemiológicas, clinicopatológicas e a positividade para os agentes pesquisados será utilizado o teste exato de Fisher. Portanto, através desta proposta busca-se contribuir para a compreensão da dinâmica das doenças na região, traçando um perfil clínico-epidemiológico dos cães infectados por um ou múltiplos patógenos e com isso, fornecendo subsídios que possibilitam auxiliar no diagnóstico e, consequentemente, na instituição de medidas de tratamento, controle e prevenção adequadas.

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  • NATANAEL SILVA FÉLIX
  • POTENCIAL ANTIOXIDANTE E GASTROPROTETOR DA PRÓPOLIS VERDE DO SEMIÁRIDO DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL

  • Orientador : JAEL SOARES BATISTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GABRIELA HÉMYLIN FERREIRA MOURA
  • JAEL SOARES BATISTA
  • TANIA VASCONCELOS CAVALCANTE
  • Data: 28/02/2024

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  • A própolis, uma substância resinosa recolhida pelas abelhas, possui propriedades antimicrobianas e antifúngicas, indispensáveis à proteção da colmeia. Destacam-se as variedades de própolis verde e vermelha, cuja composição química varia de acordo com a origem botânica e a região, além de ser pesquisada como alternativa de tratamento para diversas doenças. Foi encontrada no semiárido do Rio Grande do Norte uma própolis de coloração verde, cuja origem botânica é a Mimosa tenuiflora (Willd.) Poir., popularmente conhecida como jurema-preta de ocorrência comum na região Nordeste. Com isso, objetiva-se avaliar o potencial antioxidante e gastroprotetor do extrato hidroalcóolico de própolis verde, extraída do semiárido potiguar. O extrato foi analisado quanto ao teor de fenóis, flavonóides e atividade antioxidante. A capacidade gastroprotetora foi avaliada em ratos Wistar, pela indução de úlceras gástricas com etanol absoluto (99,8%) por meio da gavagem. Os grupos foram tratados com doses variáveis de extrato de própolis verde (150, 300 e 600 mg/ml). A própolis verde da região semiárida apresentou um teor significativo de fenóis (47,13 ± 3,68 e 40,07±9,71) e flavonóides (17,44 ± 0,48 e 55,80±4,05), e moderada atividade antioxidante (71,35 µg/ml) em relação à amostra de amostra de Jandaíra. Apresentou efeito gastroprotetor contra úlceras induzidas, macroscopicamente com área total de lesão mm2 e ILU mm2 semelhantes ao grupo de controle. O exame histológico revelou uma redução do dano da mucosa nos grupos tratados em comparação com os controles. Estes resultados enfatizam o potencial terapêutico da própolis verde do semiárido brasileiro no tratamento de úlceras gástricas.


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  • Existem diversos tipos de própolis, 13 descobertas no Brasil. Apresentam composições variadas, ricas em flavonoides e compostos fenólicos. Segundo estudos, apresentam atividade antioxidante, gastroprotetora, antinflamatórias, antitumoral, entre outras. Foi descoberta no semiárido do Rio Grande do Norte uma própolis de coloração verde, cuja jurema-preta (Mimosa tenuiflora) é a fonte da resina. Objetiva-se avaliar o potencial antioxidante e gastroprotetor da própolis verde, extraída do semiárido potiguar. Serão adquiridas amostras da própolis na cidade de Florânia, Rio Grande do Norte, Brasil, para extração hidroalcóolica utilizada na determinação da composição química, atividade antioxidante e gastroprotetora. A composição química será feita pelo método HPLC-DAD-ESI-MS / MS, já a atividade antioxidante pelo método fotocolorimétrico in vitro do radical livre DPPH. Para determinar o efeito gastroprotetor, úlceras gástricas agudas serão induzidas com álcool PA, após jejum de 24 horas em ratos da linhagem Wistar. Os animais serão distribuídos em seis grupos, dos quais receberão, solução fisiológica (G1), álcool P.A. (G2), a três grupos será ofertado álcool PA e após uma hora o extrato de própolis nas concentrações de 100, 200 e 300 mg/ml (G3, G4, G5, respectivamente), outro receberá álcool PA e uma solução gastroprotetora de cimetidina 50 mg/ml (G6). Os animais serão eutanasiados para coleta do estômago por incisão cirúrgica para coleta do muco e análise das lesões gástricas, que serão contabilizadas e classificadas. Fragmentos do tecido serão processados rotineiramente para histologia. Espera-se que a própolis verde do semiárido seja capaz de proteger a mucosa gástrica contra agressões provocadas por substâncias irritantes.

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  • MARCOS AURELIO VICTOR DE ASSUNÇÃO
  • Modelos de regressão não linear na avaliação da curva de crescimento de ovinos da raça Morada Nova, variedade branca

  • Orientador : DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • JACINARA HODY GURGEL MORAIS LEITE
  • JAEL SOARES BATISTA
  • Data: 29/02/2024

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  • A raça ovina Morada Nova, fundamental para a economia do semiárido do Nordeste brasileiro, destaca-se por sua adaptabilidade e rusticidade. Essa raça exibe um perfil adaptativo notável, especialmente com relação à capacidade de suportar o clima seco predominante na região e manter uma produção eficiente. As fêmeas da raça são reconhecidas por suas qualidades reprodutivas, incluindo precocidade e prolificidade. No entanto, apesar de todas as características intrínsecas da raça, a variedade branca está enfrentando risco de extinção, o que destaca a necessidade de estudos sobre sua produtividade para fundamentar e apoiar esforços de conservação. O presente trabalho teve como foco a obtenção da curva de crescimento da raça Morada Nova, utilizando os modelos não lineares de Brody, Von Bertalanffy, Gompertz e Logístico e analisando os perfis de criação dos rebanhos experimentais. Foram avaliadas 764 observações de 165 animais de quatro núcleos de criação localizados nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte, Brasil. Utilizou-se a Análise Discriminante Canônica (ADC) para a análise exploratória e quatro modelos não lineares para o estudo da curva de crescimento, onde se avaliou o peso desde o nascimento até os 270 dias de idade, a Taxa de Crescimento Absoluto (TCA), e o impacto do sexo nas curvas de crescimento. Os resultados mostraram que o modelo de Gompertz foi o mais eficiente para explicar a curva de crescimento dos ovinos Morada Nova da variedade branca, incluindo diferenças de peso entre os sexos em todas as idades analisadas e um ponto de inflexão antes dos 90 dias. Estas descobertas contribuem para o entendimento do crescimento da raça e auxiliam na formulação de estratégias de conservação.


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  • A raça Morada Nova é uma das principais raças de ovinos deslanados do Nordeste do Brasil, e apresenta elevado valor adaptativo para as condições de produção do Semi-árido nordestino, sendo capaz de apresentar elevadas taxas de fertilidade, mesmo sob condições pouco favoráveis, se constituindo em um material genético de bastante importância para o produtor rural do Nordeste brasileiro. Somando-se o médio tamanho adulto e a boa habilidade materna a outras características produtivas, pode-se dizer que a Morada Nova é um importante recurso genético para utilização em sistemas de produção ovina em todo o Brasil. Por sua importância como banco genético e pelo pequeno rebanho efetivo de animais da variedade branca, objetiva-se por meio deste trabalho, fazer a gestão populacional dos rebanhos da raça Morada Nova – variedade branca e avaliar o seu efeito sobre os índices zootécnicos e curva de crescimento. Para isso, será desenvolvido protocolos de manejo e elaborado um banco de dados que visa unificar as informações dos núcleos de criação da raça, implementar estações de monta e fazer rodizio dos reprodutores de 7 núcleos de criação oriundos dos estados do Rio Grande do Norte e Ceará.

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  • DANIEL CAETANO SALES
  • EFEITO DA GESTÃO DE POPULAÇÕES SOBRE OS PARÂMETROS POPULACIONAIS E DEPRESSÃO ENDOGÂMICA NAS CARACTERÍSTICAS DE CRESCIMENTO DE OVINOS DA RAÇA MORADA NOVA DA VARIEDADE BRANCA

  • Orientador : DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CECILIA IRENE PEREZ CALABUIG
  • DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • JACINARA HODY GURGEL MORAIS LEITE
  • Data: 29/02/2024

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  • Com o propósito de compreender a estrutura populacional, avaliar a diversidade genética e mensurar o impacto da endogamia nas características de crescimento dos ovinos da raça Morada Nova da variedade branca, foram examinados os registros genealógicos de 270 animais. Destacam-se, entre as características analisadas, o peso ao nascer (PN, n = 172) e o peso ao desmame (PD, n = 172). Animais fundadores e ancestrais, identificou-se a presença de 110 e 53, respectivamente. Apenas 4 ancestrais desempenham um papel crucial, contribuindo para metade da variabilidade genética presente nessa população. Os tamanhos efetivos para as gerações máximas, completas e equivalentes foram calculados como 20,44, 8,34 e 11,81, respectivamente. Esses números proporcionam uma visão da dinâmica da população ao longo das gerações, destacando a importância de direcionar a atenção para a variabilidade genética. Apesar dos valores relativamente baixos de endogamia média (3,51%) e coeficiente de parentesco médio (6,60%), indicativos de uma variabilidade genética suscetível à exploração por meio da seleção, é crucial observar que esses resultados podem ser influenciados pela integridade limitada do pedigree, evidenciada pelo número de gerações equivalentes (0,95). O rebanho de número 3 se destacou com um PN notavelmente maior em comparação aos outros rebanhos, sugerindo variações marcantes nas características de crescimento. Essas descobertas fornecem insights valiosos para orientar estratégias de manejo genético e seleção, visando otimizar a variabilidade genética e promover o desenvolvimento saudável da população. Depressão endogâmica encontrada para PN foi de -0,150g e PD -4,74kg.


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  • A equipe do Laboratório de Fisiologia Adaptativa e Recursos Genéticos Animais da UFERSA – Mossoró/RN, realizou um levantamento do efetivo da população da raça Morada Nova da variedade branca e constatou que essa pelagem está em situação de risco segundo a classificação da FAO. A raça Morada Nova variedade branca é oriunda do Nordeste brasileiro, seu nome é proveniente de uma cidade do interior do Ceará, Morada Nova. A raça é conhecida por ter dupla aptidão: carne e pele. Sua carne é reconhecida no Nordeste. Em 1980, os pecuaristas afins de maximizar seus lucros, optaram pela utilização de raças estrangeiras, entretanto, todo esse processo corroborou com a diminuição do tamanho efetivo do rebanho de Morada Nova da variedade branca. Essa subestimação da raça levou a mesma a chegar em níveis de extinção. O presente trabalho tem como objetivo analisar a estrutura populacional e o efeito endogâmico sobre duas características métricas, peso ao nascimento e peso aos noventa dias. Os dados de genealogia e características de crescimento serão oriundos de sete rebanhos, sendo três deles pertencentes ao estado do Ceará e quatro ao estado do Rio Grande do Norte. Para o pedigree será utilizado o software ENDOG 4.8 e para as características de crescimento o aplicativo Multiple Traits Derivate Free Restrict Maximum (MTDFRELM).

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  • ALUISIO DE SOUZA NETO
  •  

    Efeitos da restrição hídrica sobre os parâmetros fisiológicos e hematológicos em ovinos

     

  • Orientador : RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • REJANE DOS SANTOS SOUSA
  • TALYTA LINS NUNES
  • Data: 03/05/2024

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  • O segmento da ovinocultura representa uma importante atividade no Brasil, correspondendo consideravelmente com a economia interna e externa, além de possuir papel fundamental na constituição da renda e alimento para famílias agricultoras. Entretanto, esta atividade aponta grandes desafios, em especial na região nordeste, com períodos de escassez hídrica plurianuais, fator limitante ao desenvolvimento da criação animal. Desta forma, a pesquisa terá como objetivo avaliar o efeito da restrição hídrica nos parâmetros fisiológicos e sanguíneos em ovinos. O experimento foi realizado no Laboratório de Medicina Interna Veterinária (LABMIV), localizado na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Foram utilizados 5 ovinos machos, castrados, sem raça definida, clinicamente saudáveis, pesando entre 37 e 45 kg de peso vivo (PV). Os animais foram submetidos ao modelo experimental cross-over com 3 tratamentos e 5 repetições, sendo os tratamentos experimentais divididos em três grupos, G0 (grupo controle), G9 (grupo com restrição hídrica de 9 horas) e G22 (grupo com restrição hídrica de 22 horas). Foram avaliados os parâmetros fisiológicos, frequência respiratória (FR) e tugor de pele (TUGOR); coleta de sangue para realização de hemograma e análises bioquímicas de glicose, ureia, creatinina, proteínas totais, albumina, colesterol e triglicerídeos; e urinálise. Na análise hematológica o principal achado foi a elevação do percentual hematócrito, bem como os dados bioquímicos revelaram tendência de aumento dos teores de proteina total, albumina e creatinina, a partír do aumento da restrição hídrica para 22 horas (G22h). As demais variáveis bioquímicas (glicose, ureia, triglicerídeos e colesterol) apesar de apresentarem diferenças estatísticas entre dias e tratamentos, não se apresentarem com um padrão específico. A urinálise revelou um aumento da densidade urinária no G22, enquanto que pH mostrou-se indiferente. Os parâmetors fisiológicos mostraram-se com elevação da frequência respiratória, com ausência de padrão nas análises do tugor de pele. Nenhuma das médias obtidas estiveram fora dos valores de referência existentes na literatura atual. A pesquisa assumiu uma importância relevante para o entendimento da adaptabilidade dos ovinos, e servirá de base auxiliar para tomada de decisão para manejos produtivos em ovinocultura na região semiárida brasileira. Avaliações mais detalhadas que envolvam restrição e estresse hídrico, mimetizando situações de campo são indispensáveis para o entendimento claro e definitivo do processo da adaptação de pequenos ruminantes aos trópicos.


  • Mostrar Abstract
  • O segmento da ovinocultura representa uma importante atividade no Brasil, correspondendo consideravelmente com a economia interna e externa, além de possuir papel fundamental na constituição da renda e alimento para famílias agricultoras. Entretanto, esta atividade aponta grandes desafios, em especial na região nordeste, com períodos de escassez hídrica plurianuais, fator limitante ao desenvolvimento da criação animal. Desta forma, a pesquisa terá como objetivo avaliar o efeito da restrição hídrica nos parâmetros fisiológicos e sanguíneos em ovinos. O experimento será conduzido na Universidade Federal Rural do Semi Árido (UFERSA), com 5 ovinos, machos, castrados e sem raça definida. A pesquisa ocorrerá em 3 tratamentos experimentais. O primeiro tratamento será o grupo controle (T1), onde os animais receberão água ad libitum; no segundo tratamento a restrição ocorrerá em um período de 9 horas (T2); já no terceiro tratamento os animais serão restritos de água por 22 horas (T3). Serão avaliados os parâmetros fisiológicos a partir da aferição de temperatura retal; frequência cardíaca (FC); frequência respiratória (FR) e pressão arterial (PA). Posteriormente, será realizada coleta de sangue mediante punção venosa, com auxílio de agulha 25 x 0,7 mm e tubo Vacutainer® de 5 mL com ativador de coágulo para análises bioquímicas de glicose, colesterol, uréia, creatinina, albumina, proteínas totais, e tubo de 5 mL contendo anticoagulante (EDTA) para realização do hemograma. A partir dessas avaliações será possível maior entendimento sobre o metabolismo dos ovinos frente a situação de escassez hídrica, assim como demonstrar quais danos essa situação pode causar aos produtores. Espera-se que ao final da execução da pesquisa, os dados obtidos possam auxiliar no estudo da espécie ovina, e favorecer sua capacidade produtiva.

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  • NAFTALI SILVA FERNANDES
  • EFEITOS CLÍNICOS E FARMACOCINÉTICA DA DEXMEDETOMIDINA INTRAMUSCULAR EM GATOS

  • Orientador : VALERIA VERAS DE PAULA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • Denise Tabacchi Fantoni
  • GABRIEL ARAUJO DA SILVA
  • VALERIA VERAS DE PAULA
  • Data: 24/07/2024

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  • Este estudo investigou o perfil farmacocinético e a resposta farmacodinâmica à dexmedetomidina administrada por via intramuscular (IM) na dose de 10 μg/kg em gatos saudáveis. Nove gatos adultos foram avaliados antes e depois da administração do medicamento, com coletas seriadas de amostras de plasma. A dexmedetomidina induziu sedação profunda, com início rápido de ação e duração de uma hora, atingindo o pico entre 20 e 30 minutos após a administração. A meia-vida (T½) foi de 70,2 ± 48 minutos, com concentração máxima (Cmáx) de 2,2 ± 1,9 ng/mL e tempo para atingir a concentração máxima (Tmáx) de 26,4 ± 19,8 minutos. A biodisponibilidade (área sob a curva; AUC) foi de 167,1 ± 149,1 ng/mL*minuto, com um volume de distribuição (Vd) de 2159,9 ± 3237,8 mL/kg e depuração (Cl) de 25,8 ± 33,0 mL/min/kg. Houve uma redução na frequência cardíaca (FC) e na frequência respiratória (FR) em relação ao valor basal, com uma leve diminuição na pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) na primeira hora. A glicose sanguínea aumentou após 60 minutos. A dexmedetomidina demonstrou ser eficaz e segura, com rápida absorção, metabolização e eliminação, promovendo boa sedação com efeitos adversos mínimos após administração IM em gatos saudáveis.


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  • A sedação, contenção química e analgesia fazem parte da rotina diária da clínica
    felina, de forma que, a dexmedetomidina encontra-se cada vez mais presente no manejo
    anestésico da espécie em questão, proporcionando sedação e analgesia. Apesar da grande
    aplicabilidade em pacientes felinos, há escassez de estudos sobre avaliação
    farmacoterapêutica das doses usuais da rotina prática de clínicas e hospitais veterinários,
    limitando referenciais importantes que auxiliam no alcance da posologia ideal e
    compreensão da ocorrência de efeitos adversos em determinados grupos. Dessa forma,
    objetiva-se com esse estudo, avaliar os efeitos farmacodinâmicos e farmacocinéticos da
    dexmedetomidina em gatos, na dose de 10 µg.kg, por via intramuscular. Serão utilizados
    oito gatos adultos, sem raça definida. As colheitas da amostra de sangue para avaliação da
    concentração plasmática de dexmedetomidina acontecerão no momento basal (BL) e nos
    tempos 3, 6, 10, 15, 20, 30, 60,120, 240 e 480 minutos após aplicação. As aferições dos
    parâmetros fisiológicos e grau de sedação avaliado através de escala qualitativa, acontecerão
    do momento basal até 60 minutos após aplicação. A glicose será aferida no momento basal,
    15 minutos e 60 após aplicação. Almeja-se com o presente estudo, analisar os efeitos clínicos
    e o desenvolvimento temporal dos processos de absorção, distribuição, metabolização e
    excreção da dexmedetomidina nessa respectiva dose em gatos, a fim de contribuir com
    aplicabilidade e segurança do fármaco em correlação a espécie em questão.

9
  • PEDRO HENRIQUE DOS SANTOS FERNANDES
  • MORFOLOGIA, MORFOMETRIA E PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS DE CÉLULAS SANGUÍNEAS DE EMAS, Rhea americana LINNAEUS, 1758

  • Orientador : MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • AIRTON MENDES CONDE JÚNIOR
  • Amilton Cesar dos Santos
  • Data: 30/08/2024

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  • A ema (Rhea americana Linnaeus, 1758), considerada a maior espécie de ave nativa do Brasil, encontra-se entre os componentes da fauna silvestre que apresentam elevado potencial econômico e conservacional. Nesta perspectiva, avaliar o perfil hematológico desses animais é indispensável, uma vez que os sinais clínicos nas aves são bastante inespecíficos e os exames físicos fornecem informações limitadas. Este estudo teve o objetivo de caracterizar a morfologia, morfometria e o perfil hematológico de células sanguíneas de emas criadas em cativeiro no semiárido potiguar. Foram utilizados 48 exemplares hígidos da espécie, distribuídos em três grupos, de acordo com a idade: jovens (cinco a nove meses), juvenis (11 a 15 meses) e adultos (2,5 a 3,5 anos). A caracterização morfológica de eritrócitos, leucócitos e trombócitos foi feita utilizando-se técnicas de microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura (MEV). A análise morfométrica das células foi realizada com o auxílio do Software analisador de imagens ImageJ® (bundled with 64-bit Java 1.6.0_24), para a obtenção do diâmetro máximo e mínimo de eritrócitos, bem como o diâmetro de leucócitos e trombócitos e, para estabelecer comparações entre sexos e em diferentes idades foi aplicado o teste t de Student, considerando-se significativo o valor de p ≤ 0,05. Os parâmetros sanguíneos foram analisados e comparados através dos testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney-Wilcoxon. A análise inédita das células sanguíneas de emas por meio de microscopia eletrônica de varredura nos permitiu observar a textura da superfície dos diferentes tipos celulares, além da presença de pequenas projeções como microvilosidades, presença de granulações e outras estruturas submembranares, irregularidades e rugosidades, dentre outras características. Morfometricamente, observaram-se diferenças estatísticas apenas em relação aos trombócitos dos machos quando comparados aos trombócitos das fêmeas, sendo estes maiores. Quando comparados em relação à idade, apenas o diâmetro maior dos eritrócitos de emas adultas variou em relação ao diâmetro maior dos eritrócitos de emas jovens e juvenis. Em relação aos parâmetros hematológicos, obteve-se os valores: eritrócitos (2,84±0,61x106/µL), Hb (13,5±3,84 g/dL), Ht (45,7±3,58 %), VCM (16,8±3,97 fL), HCM (52,8±13,5 pg), CHCM (31,2±2,20 g/dL), leucócitos (24.433±8.779/µL), heterófilos (67,9±6,20%), linfócitos (27,3±6,51%), eosinófilos (0,80±0,86%), monócitos (3,40±0,82%), basófilos (0,53±0,51%), trombócitos (94.647±23.662/µL) e proteínas totais (6,08±0,93 g/dL). Quando os parâmetros foram comparados em relação ao sexo do animal, evidenciou-se, estatisticamente, a existência de uma diferença significativa no CHCM e nas Proteínas Totais entre os sexos. Já entre as diferentes faixas etárias, verificou-se diferenças significativas nos níveis de Eritrócitos, Hemoglobina, Hematócrito, VCM, HCM, Proteínas Totais, Leucócitos, Eosinófilos, Monócitos e Trombócitos, mostrando que a idade dos animais tem um impacto significativo em vários parâmetros hematológicos, enquanto alguns parâmetros permanecem consistentes, independentemente da faixa etária. Concluiu-se que o sangue da espécie Rhea americana apresenta todos os principais tipos de célula, em quantitativos que quando estimados encontram-se dentro dos padrões descritos para as aves em geral, com algumas diferenças nas características dos leucócitos em comparação aos leucócitos de outras aves e seus trombócitos possuem forma elíptica, condição descrita apenas para emas.


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  • A ema (Rhea americana LINNAEUS, 1758), considerada a maior espécie de ave nativa do Brasil, encontra-se entre os componentes da fauna silvestre que apresentam elevado potencial econômico e conservacional. Nesta perspectiva, avaliar o estado de saúde desses animais por meio de exames hematológicos é indispensável, uma vez que os sinais clínicos nas aves são bastante inespecíficos e os exames físicos fornecem informações limitadas. Este estudo tem, então, o objetivo de caracterizar o perfil hematológico, morfológico e morfométrico de células sanguíneas de emas criadas em cativeiro no semiárido potiguar, considerando sexo e idade. Serão utilizados 60 exemplares hígidos de Rhea americana, sendo 30 fêmeas e 30 machos, com idade variando entre 6 e 18 meses. A caracterização morfológica e morfométrica das células sanguíneas será feita utilizando-se técnicas de microscopia de luz convencional, microscopia eletrônica de varredura (MEV) e microscopia eletrônica de transmissão (MET). Para isso, serão colhidos 10 mL de sangue periférico de cada animal, por punção da veia braquial, confeccionados os esfregaços sanguíneos, que serão fixados em metanol absoluto e corados pelo método de Giemsa para análise, e as amostras serão processadas para a determinação da contagem de eritrócitos, concentração de hemoglobina, hematócrito, volume corpuscular médio (VCM), hemoglobina corpuscular média (HCM), concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM), além da análise morfométrica das células com o auxílio do software analisador de imagens ImageJ® (bundled with 64-bit Java 1.6.0_24), a fim de que se possa obter o diâmetro máximo e mínimo de eritrócitos, leucócitos e trombócitos. Para calcular os valores de tendência central e comparar os comprimentos e larguras médias destas células, será utilizado o teste t de Student, considerando-se significativo um valor de P ≤ 0,05. Os protocolos experimentais utilizados neste estudo serão submetidos a aprovação da Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da UFERSA. Espera-se, por meio desta pesquisa, a comprovação de que há variações hematológicas, morfológicas e/ou morfométricas em função do sexo e da idade em emas. Com isso, será possível levantar informações importantes para que se possam estabelecer valores de referência e parâmetros que possam ser uteis em estudos comparativos associados a hematologia de aves.

Teses
1
  • PAULO RICARDO FIRMINO
  • RESPOSTAS CLÍNICAS E LABORATORIAIS À PERDA SANGUÍNEA AGUDA E TRANSFUSÃO HOMÓLOGA EM ASININOS.

  • Orientador : RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • VALERIA VERAS DE PAULA
  • JEFFERSON FILGUEIRA ALCINDO
  • TALYTA LINS NUNES
  • REJANE DOS SANTOS SOUSA
  • Data: 25/03/2024

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  •  

    Este trabalho teve como objetivo avaliar as respostas clínicas, hematológicas, hemogasométricas e bioquímicas de asininos submetidos à perda sanguínea aguda e transfundidos com sangue total homólogo. Doze asininos, machos, adultos, foram divididos em dois grupos de seis, onde cada grupo foi realizado um estudo distinto. No primeiro estudo (Grupo Perda – GP), os animais foram submetidos a uma perda sanguínea sanguínea de 30% e avaliados nos tempos: T0 (antes da perda), T1, T6, T12, T24, T48, T72 (horas), e T8d, T16d, T24d e T32d (dias) após a perda sanguínea. No segundo estudo (Grupo Transfusão – GP), os animais foram submetidos à mesma perda sanguínea e após o período de 6 horas transfundidos com sangue total homólogo (20ml/kg), sendo avaliados nos tempos: T0 (antes da perda), 6 horas após perda e antes da transfusão (T6) e T1T, T6T; T12T, T24T; T48T; T72T (horas), e T8d; T16d, T24d e T32d (dias) após a transfusão de sangue total homólogo. O GP apresentou elevação da FC e FR depois de retirada do sangue retornando ao nível basal em T12 horas. O TPC teve aumento em T1 retornando ao fisiológico em T6. O hematócrito, hemoglobina e hemácias reduziram seus valores em T1 retornando para o nível basal em T16D para hematócrito e hemoglobina, e em T32d para hemácias. As variáveis hemogasométricas não sofreram variação após a perda sanguínea. O lactato e a glicose tiveram elevações em T1, tendo o lactato restabelecido em T6 e a glicose em T12. A proteína total diminuiu em T1 restabelecendo em T16D. A Albumina, GGT, AST, ureia e creatinina não tiveram alteração durante o estudo. No estudo da transfusão (GT) todos os animais se mostraram compatíveis pelo teste de reação cruzada, sendo a transfusão realizada sem ocorrência de reações graves. Observou-se taquicardia, taquipnéia e aumento do TPC após a remoção do sangue sendo essas alterações compensadas na primeira hora após a transfusão (T1t). Os dados hematológicos após redução em T6 retornaram aos valores basais em T6t. A avaliação hemogasométrica mostrou estabilidade após a hemorragia e a transfusão. A proteína total teve restabelecimento 1 hora após a transfusão (T1t) e a glicose em T6t. A albumina apesar da perda sanguínea e transfusão se manteve sem alteração em relação ao T0. As variáveis renais, ureia e creatinina, se mantiveram normais e constantes e o GGT variou dentro da referência para a espécie. Assim, pode-se concluir que a perda aguda de 30 % da volemia é um evento patológico reconhecidamente grave, causando alterações clínicas, hematológicas e bioquímicas em asininos. Porém, os asininos do GP se mostraram capazes de reverter em até 12 horas as alterações nas variáveis clínicas e bioquímicas, a exceção da PT, e em até 24 dias as hematológicas, sem transfusão. Por sua vez, os animais do GT tiveram parâmetros clínicos, hematológicos e bioquímicos restabelecidos em até 6 horas e não houve lesão hepática ou renal após a terapia sanguínea, dessa forma é possível concluir que transfusão homóloga em asininos é uma terapia segura e aplicável na rotina clínica de asininos.



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  • Os asininos possuem características comportamentais, anatômicas e fisiológicas bastante diferentes e peculiaridades como rusticidade e resistência ao clima quente e seco e à escassez de alimentos. A hipótese desse estudo é que esses animais adaptados a condições adversas possuam uma resposta fisiológica regenerativa mais rápida e menos danosa a uma perda sanguínea aguda quando comparado a outras espécies. Dessa forma, o objetivo do trabalho é avaliar as respostas clínicas, hematológicas, bioquímicas, hemogasométricas e o estresse oxidativo de asininos submetidos à anemia aguda e transfundidos com sangue total armazenado em três diferentes períodos (0,15 e 35 dias). Para isso, serão utilizados 24 asininos machos, adultos, da raça Nordestino, onde serão divididos em 4 grupos (GP, G0,G15 e G35) de 6 animais cada. Em todos os grupos as animais serão submetidos a uma sangria de 30% do volume sanguíneo e avaliados por 32 dias, onde: grupo GP não receberá transfusão sanguínea; G0 receberá sangue total coletado no mesmo dia; G15 receberá sangue total armazenado por 15 dias e G35 receberá sangue total armazenado por 35 dias. Em cada tempo experimental (antes e após a transfusão) será realizada avaliação clínica e coleta de sangue para hematologia completa, bioquímica (URE, CREAT, BT, BD, BI, AST, ALT e GGT), hemogasometria (pH, pCO2, SO2, e HCO3-) e atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidade (GPx). Os dados das variáveis estudadas serão submetidos ao teste de Kolmogorov e Smirvov e análise de variância de duas vias com medidas repetidas no tempo (ANOVA), com grau de significância de 5 %.

2
  • ROMÁRIO PARENTE DOS SANTOS
  • ESTABELECIMENTO DE PROTOCOLOS PARA A CONSERVAÇÃO DO SÊMEN DE CATETOS (PECARI TAJACU) UTILIZANDO DILUENTES COMERCIAIS E DIFERENTES SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO.

  • Orientador : ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • IVAN CUNHA BUSTAMANTE FILHO
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • ANA LIZA PAZ SOUZA
  • ANDRÉ FURUGEN CESAR DE ANDRADE
  • JORGE ANDRÉ MATIAS MARTINS
  • Data: 26/03/2024

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  • Dada a persistência de determinadas ameaças à sobrevivência de várias espécies de vida livre, tonam-se cada vez mais iminente a necessidade de estratégias eficientes para a conservação de germoplasma animal. Neste contexto, o objetivo foi estabelecer protocolos eficientes para a conservação de sêmen de catetos. A tese foi configurada em três capítulos. No primeiro capítulo, foram comparados os efeitos dos meios comerciais (BTS; NUTRIXcell+ e PRIMXcell Ultra) e do extensor Tris + gema de ovo sobre os aspectos funcionais e morfológicos de amostras de sêmen acondicionadas a 17° C por até 48 horas. Ao final do armazenamento (48 h), foram encontrados resultados promissores de motilidade (~ 30 a 70% de preservação), sendo o TRIS (71,0 ± 4,6%) mais eficiente na preservação da motilidade quando comparado com NUTRIXcell+ (38,9 ± 10,9%) (P < 0,05). Os resultados relativos à integridade de membrana e atividade mitocondrial situaram-se entre aproximadamente 30% e 50%, com o TRIS (59,2 ± 5,6%) conservando a atividade mitocondrial de forma mais eficaz do que o BTS (33,7 ± 7,1%) (P < 0,05). Os extensores garantiram 60% de funcionalidade da membrana e entre 60% e 70% de morfologia normal, além de uma capacidade de ligação semelhante entre os grupos. Em conclusão, o Tris + gema de ovo parece ser o extensor mais eficaz para preservar o sêmen de catetos a 17°C durante 48 horas, enquanto o PRIMXcell Ultra e o BTS são extensores comerciais alternativos que podem ser utilizados para este fim. No segundo capítulo, foram comparados os efeitos de diferentes meios de diluição comerciais (BTS; NUTRIXcell+ e PRIMXcell Ultra) e Tris + gema de ovo nas características morfofuncionais do sêmen de catetos armazenadas em Botutainer® a 5 °C até 72 h. Ao final do armazenamento (72 horas), a motilidade apresentou resultados, com aproximadamente 40% a 60% de preservação. Os resultados para a integridade da membrana e atividade mitocondrial situaram-se entre cerca de 50% a 65%, sendo que o TRIS (65,2 ± 9,3%) preservou melhor a integridade da membrana em comparação com o BTS (50,8 ± 3,5%) (P < 0,05). Os meios foram capazes de garantir aproximadamente 70% de funcionalidade da membrana e entre 72% e 78% de morfologia espermática normal, além de uma capacidade de ligação semelhante entre os grupos. Em conclusão, todos os meios podem ser utilizados com segurança para o armazenamento refrigerado do sêmen de catetos a 5°C durante 48 horas. Finalmente, no último capítulo, verificamos a possibilidade de refrigerar o sêmen de catetos durante 4, 24 e 48 horas antes da criopreservação, utilizando diferentes meios de diluição (TRIS + gema de ovo (20%) e PRIMXcell Ultra). Após a descongelação, as amostras diluídas em TRIS apresentaram motilidade total de 43,4 ± 6,8%, 48,4 ± 6,2% e 38,6 ± 5,0%, quando refrigeradas por 4, 24 e 48 horas antes da criopreservação, respectivamente. Foram obtidos resultados reduzidos com o uso do diluente PRIMXcell para armazenamento por 4 (8,3 ± 2,8%), 24 (4,7 ± 1,4%) e 48 horas (4,8 ± 2,9%) (P < 0,05). Além disso, o TRIS proporcionou melhor preservação da integridade da membrana espermática quando as amostras foram resfriadas por 24 horas (44,5 ± 4,7%) antes da criopreservação em comparação com as amostras diluídas em PRIMXcell Ultra armazenadas por 24 (25,7 ± 4,0%) e 48 horas (25,2). ± 4,0%) antes do congelamento (P < 0,05). Sugerimos que o diluente TRIS + gema de ovo (20%) é uma opção eficaz para permitir que o armazenamento do sêmen durante 24 ou 48 horas num recipiente de transporte, antes da criopreservação.


  • Mostrar Abstract
  • É notória a importância das investigações científicas em busca de meios diluidores, os quais permitem resguardar as características fisiológicas da membrana espermática, possibilitando a otimização e praticidade de seu uso. Assim, a utilização de diluidores comerciais configura-se em uma alternativa sintética extremamente importante para a conservação de sêmen nas mais diversas espécies de animais. Diante disso, o objetivo do trabalho é estabelecer protocolos de resfriamento para sêmen de catetos, empregando o uso de diversos diluentes comerciais. Para tanto, serão utilizados 12 animais machos adultos, clinicamente saudáveis (apenas animais sexualmente ativos), provenientes do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS - UFERSA, Mossoró, RN, Brasil). Os animais serão inicialmente contidos mecanicamente com o auxílio de puçá, seguido de indução anestésica com o propofol (Propovan®, Cristália, Fortaleza, Brasil) a 5 mg/kg em bolus, via endovenosa. Em seguida, os animais serão submetidos a um protocolo de eletroestimulação já previamente definido para a espécie e as amostras de sêmen serão acondicionadas em tubos plástico tipo Falcon. As amostras serão analisadas quanto ao aspecto, coloração, volume, pH, concentração espermática, morfologia espermática, funcionalidade da membrana, teste de ligação a membrana perivitelina da gema do ovo e aos parâmetros cinéticos por meio da análise computadorizada e sêmen (CASA). As amostras de sêmen serão diluídas nos diferentes extensores comercias, seguindo a sequência de ensaios experimentais preconizados na metodologia. No ensaio experimental 1, serão comparados dois meios comerciais para o procedimento de refrigeração. O sêmen de cada animal coletado, será dividido igualmente em três alíquotas, referente aos 3 diluentes utilizados nesse momento (OptiXcell, INRA 96 e o controle (Tris-gema)). Num segundo momento (experimento 2), os diluentes utilizados serão o NUTRIXcell ultra, PRIMXcell, Beltsville Thawing Solution (BTS) e o controle (Tris-gema). Por fim, no experimento 3, as amostras de sêmen serão submetidas a diferentes taxas de diluição (50, 100, 150, 200 × 106 de espermatozoides/mL) e temperatura de resfriamento na qual proporcionou os melhores resultados (temperatura de resfriamento de 5 ºC ou 17 ºC). Para a diluição serão utilizados os meios comerciais mais eficientes dos ensaios anteriores e em um meio convencional (controle), já utilizado na refrigeração de sêmen em catetos. Todas as variáveis serão expressas como média e erro padrão (SEM) e avaliadas quanto à normalidade de sua distribuição pelo teste de Shapiro-Wilk e analisadas quanto a homoscedasticidade pelo teste de Levene. O software que será utilizado para análise dos dados será StatView 5.0 (SAS Institute Inc., Cary, EUA). Os dados relacionados ao efeito do tempo de incubação (0, 12, 24, 36 e 48 horas) durante o resfriamento sobre os parâmetros espermáticos, serão submetidos à análise de variância (ANOVA), por meio do procedimento GLM do SAS, adicionando-se o efeito de medidas repetidas no tempo, referentes aos inúmeros momentos de amostragem. As diferenças entre os tratamentos para o sêmen refrigerado, assim como a respectiva taxa de diluição utilizada serão comparadas por meio deanálise de variância, seguida pelo teste de Fisher PLSD, com nível de significância de p≤0,05. Desta forma, espera-se estabelecer protocolos de bioprocessamento do sêmen em catetos (Pecari tajacu), empregando o uso de diversos diluentes comerciais, buscando maior viabilidade do sêmen após o reaquecimento.

3
  • DENILSA PIRES FERNANDES
  •  

    ESTRATÉGIAS PARA CONSERVAÇÃO DE CÉLULAS E TECIDOS SOMÁTICOS DE TATU-PEBA (Euphractus sexcinctus, LINNAEUS, 1758) PARA O ESTABELECIMENTO DE BIOBANCOS.


  • Orientador : ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • CARLOS IBERE ALVES FREITAS
  • FABIANA FERNANDES BRESSAN
  • MARIA CLAUDIA DOS SANTOS LUCIANO
  • MARIA HELENA TAVARES DE MATOS
  • Data: 26/04/2024

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  • Os bancos de recursos somáticos são ferramentas efetivas para a conservação ex situ in vitro de espécies silvestres, tais como o Euphractus sexcintus, um importante mamífero da América do Sul com interesse ecológico, econômico e científico. Para que esses bancos sejam eficientemente desenvolvidos é necessário seu estabelecimento adequado. Nesse contexto, o objetivo foi investigar as condições envolvidas na formação de biobancos de células e e tecidos somáticos de E. sexcintus, avaliando as condições de obtenção, cultivo in vitro, criopreservação e sincronização do ciclo. Para tanto, a tese foi dividida em três etapas. Na primeira etapa, visando o estabelecimento de bancos de tecidos somáticos, fragmentos de pele e cartilagem foram criopreservados comparando dois métodos (congelação lenta [CL] e vitrificação em superfície sólida [VSS]). Além disso, na VSS, duas combinações de crioprotetores (1,5M-EG [etilenoglicol] com 1,5M-DMSO [dimetilsulfóxido] vs. 3M-EG com 3M-DMSO) foram comparadas. A segunda etapa foi dividida em dois experimentos em que, visando o estabelecimento de bancos de células somáticas, as células foram comparadas quanto à duração do cultivo (4ª, 7ª, e 10ª passagem) e criotolerância (experimento 1), e a soluções de criopreservação contendo 10% de DMSO e diferentes concentrações de soro fetal bovino (SFB, 10% vs. 20% vs. 40%), na ausência e presença de 0,2 M de sacarose (experimento 2). Na terceira etapa, visando avaliar a funcionalidade celular, células foram submetidas à métodos de sincronização do ciclo em G0/G1 (privação de SFB vs. inibição por contato vs. 15 e 30 µM de roscovitina) por diferentes tempos. Na primeira etapa, CL e VSS (1,5M-EG + 1,5M-DMSO) não alteraram a estrutura dos tecidos quanto à espessura da derme e pele total; porém, somente os grupos VSS garantiram a preservação da espessura da cartilagem. Além disso, todos os tecidos criopreservados apresentaram padrões normais quanto à quantificação das células epidérmicas, melanócitos e fibroblastos, e foram capazes de recuperar células em cultivo, mantendo os parâmetros de qualidade semelhantes aos tecidos não criopreservados. Na segunda etapa, foram identificadas cinco linhagens fibroblásticas por morfologia, cariotipagem e imunofluorescência. O cultivo in vitro após todas as passagens, bem como a criopreservação não afetaram a maioria dos parâmetros avaliados, como a viabilidade, atividade proliferativa, atividade metabólica e os níveis apoptóticos. Contudo, células criopreservadas apresentaram um aumento na permeabilidade da membrana mitocondrial e tempo de duplicação celular quando comparado com células não criopreservadas. Quanto à avaliação da criopreservação em diferentes soluções, nenhuma diferença foi observada para a morfologia e viabilidade (> 90%) das células antes e após a criopreservação. Adicionalmente, a adição de sacarose foi positiva na manutenção da atividade metabólica e nos níveis apoptóticos em todas as concentrações de SFB. Contudo, concentrações 10% e 40% de SFB com sacarose apresentaram uma redução no potencial de membrana mitocondrial, enquanto os grupos de 20% de SFB na ausência ou presença de sacarose mantiveram esse parâmetro similar às células não submetidas à criopreservação. Portanto, o grupo 20% de SFB na presença de sacarose promoveu maior conservação das células após a criopreservação. Já na terceira etapa, nenhuma diferença foi observada para a morfologia e viabilidade (~72–97%) entre os métodos de sincronização em G0/G1. Os resultados mostraram que a privação de SFB aumentou a porcentagem de células na fase G0/G1 de maneira dependente do tempo, onde o grupo 72 h (90,5 ± 0,8%) e 120 h (90,1 ± 0,9%) apresentaram maiores taxas em comparação ao grupo 24 h (86,1 ± 0,9%) e controle (69,7 ± 0,8%). Contudo, a inibição por contato por 24 h, 72 h e 120 h e a roscovitina por 12–24 h não foram hábeis em promover a sincronização em G0/G1. Em conclusão, nossos resultados indicam as condições adequadas de obtenção, cultivo in vitro, criopreservação e sincronização em G0/G1 de amostras somáticas de E. sexcintus, visando o estabelecimento de biobancos para a espécie.



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  • Os bancos de recursos somáticos representam ferramentas valiosas a serem empregadas como estratégias de conservação ex situ in vitro de mamíferos silvestres, como os tatus-peba. Esses animais são fundamentais no entendimento da evolução dos xenartros, um grupo singular exclusivo das Américas. Assim, para que esses bancos sejam eficientemente desenvolvidos em pesquisas básicas e aplicadas é necessário seu estabelecimento adequado. Portanto, a presente proposta consiste em estabelecer as condições de cultivo in vitro, criopreservação, sincronização do ciclo celular e reprogramação nuclear em amostras somáticas de tatus-peba, visando a formação de bancos de recursos somáticos. Para tanto, a proposta será dividida em três etapas. Na primeira etapa, visando o estabelecimento de bancos de tecidos somáticos, fragmentos de pele auricular serão criopreservados comparando dois métodos de criopreservação (congelação lenta e vitrificação em superfície sólida), e três combinações de crioprotetores (etilenoglicol vs. dimetilsulfóxido vs. etilenoglicol + dimetilsulfóxido). Na segunda etapa, visando o estabelecimento de bancos de células somáticas, células serão comparadas quanto à duração do cultivo (4ª, 7ª e 10ª passagem) e a solução de criopreservação contendo diferentes concentrações de soro fetal bovino (SFB, 10% vs. 20% vs. 40%). Na terceira etapa, visando avaliar a funcionalidade celular, células serão sincronizadas em G0/G1 usando diferentes condições (privação de SFB vs. inibição por contato vs. roscovitina) por diferentes tempos (24 a 120 h) e submetidas à indução à pluripotência via transfecção utilizando vetores virais contendo fatores de reprogramação (OCT4, SOX2, KLF4, cMYC e NANOG). Portanto, essa proposta pretende desenvolver bancos de recursos somáticos de tatus-peba, visando contribuir em programas de conservação dos xenartros.

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  • BEATRIZ DANTAS FERNANDES
  • DESENVOLVIMENTO E APLICAÇÃO DE DISPOSITIVO MICROFLUÍDICO TRATADO COM PLASMA ATMOSFÉRICO FRIO NA SELEÇÃO DE ESPERMATOZOIDES EPIDIDIMÁRIOS DE CARNEIROS

  • Orientador : MARCELO BARBOSA BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCELO BARBOSA BEZERRA
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • CIBELE DOS SANTOS BORGES
  • MARICY APPARÍCIO FERREIRA
  • Data: 26/04/2024

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  • A seleção de espermatozoides viáveis e íntegros é crucial para alcançar o sucesso nas taxas de fertilização. No entanto, métodos que envolvem centrifugação podem ser prejudiciais às células. Por essa razão, estão sendo estudados dispositivos microfluídicos que permitam a seleção dos espermatozoides com base em atrativos para as células, sem interferências externas. O polidimetilsiloxano (PDMS) é o material mais utilizado na confecção de dispositivos microfluídicos, porém é extremamente hidrofóbico, dificultado o preenchimento de canais do dispositivo. Para contornar o problema, a aplicação de plasma atmosférico pode causar alteração na superfície, tornando-a hidrofílica. Entretanto, poucos estudos relatam os parâmetros utilizados no plasma, ou sua vida útil para uso. Associado a isso, até o momento não há estudos com seleção espermática em carneiros, assim como não há estudos avaliando a influência da aplicação do plasma atmosférico nos dispositivos microfluídicos. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi inicialmente definir parâmetros do plasma atmosférico para modificação de superfície de PDMS e avaliar o tempo útil para seu uso. Posteriormente, buscou-se avaliar a eficiência de um dispositivo microfluídico na seleção de espermatozoides de carneiros a partir da quimiotaxia, e verificar a influência da aplicação do plasma atmosférico na seleção. Para o primeiro experimento, foram fabricados discos de PDMS que receberam o tratamento com plasma e foram avaliados após 0h, 3h, 6h, 9h e 24h para molhabilidade. Após isso, foram fabricados dispositivos microfluícidos com PDMS para o experimento 2, que possuíam um reservatório de entrada interligado a três reservatórios de saída. O grupo controle consistiu em dispositivos não tratados, enquanto o grupo tratamento correspondia aos dispositivos tratados com plasma durante 15 minutos. Imediatamente após a aplicação, os dispositivos eram preenchidos com três meios diferentes nos reservatórios de saída, sendo eles: meio de FIV, solução NaCl 0,9%, e meio de MIV. Após isso, o reservatório de entrada foi preenchido com amostra de espermatozoides epididimários de carneiro. O dispositivo foi incubado por 35 minutos e, posteriormente, as amostras foram coletadas para avaliar os parâmetros de motilidade através do CASA, morfologia com uso de rosa bengala, e viabilidade e integridade, através de microscopia de fluorescência e teste hisposmótico, respectivamente. Os dados foram expressos em valores de média ± desvio padrão. Primeiramente, os dados foram examinados quanto à normalidade usando o teste de Shapiro-Wilk e para a homocedasticidade usando teste de Levene. Diferenças foram consideradas significativas quando p < 0,05. Em relação à molhabilidade, foi possível verificar que a aplicação do plasma atmosférico alterou a superfície de PDMS para altamente hidrofílica até 3 horas após a aplicação (p < 0,05). Já em relação à seleção, observou-se que a aplicação do plasma atmosférico não influenciou na seleção de espermatozoides. Na avaliação da quimiotaxia, o meio FIV apresentou resultados promissores, sendo semelhante em todos os parâmetros avaliados com o gradiente de Percoll. O dispositivo microfluídico foi eficiente na seleção de espermatozoides de carneiros quando comparado ao gradiente de Percoll. A partir deste estudo é possível avançar na técnica de microfluídica e buscar melhorias para que espermatozoides selecionados em dispositivo microfluídico sejam significativemente superiores a qualquer outro método, justificando o maior investimento e aplicações na área da microfluídica.


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  • A seleção espermática consiste em etapa fundamental para alcançar sucesso em técnicas reprodutivas, como a PIVE. Alguns métodos de seleção já são utilizados, porém não são totalmente eficientes ou causam danos nas amostras de sêmen. Devido a isso, a tecnologia microfluídica passou a ser estudada e possui destaque em diversas áreas, incluindo a seleção espermática. Entretanto, de acordo com nosso conhecimento, ainda não foram realizados estudos sobre o uso dessa tecnologia na espécie caprina, considerada relevante por ser modelo biológico para muitas pesquisas, inclusive voltadas para preservação e recuperação de espécies ameaçadas de extinção. O objetivo da pesquisa é selecionar espermatozoides de caprinos e realizar a fertilização in vitro com o uso de dispositivo microfluídico e, posteriormente, cultivar os embriões em placa de cultivo convencional. Serão utilizados 10 amostras de sêmen colhidas a partir de vagina artificial e 10 amostras de espermatozoides epididimários coletados de complexos testículos-epidídimos provenientes de abatedouro. A seleção será realizada com uso de tecnologia microfluídica e comparada com a técnica de Percoll®. As avaliações consistirão na análise computadorizada de espermatozoides (CASA), integridade de membrana plasmática, atividade mitocondrial, morfologia e funcionalidade de membrana. Logo após, os espermatozoides selecionados serão fecundados com oócitos previamente maturados, ocorrendo tanto em dispositivo microfluídico, como em placa convencional. A última etapa consiste no cultivo e avaliação dos futuros embriões que será realizada em equipamento com tecnologia timelapse, permitindo que imagens sejam gravadas para documentação. A pesquisa identificará as melhorias que a microfluídica proporcionará ao sêmen de caprinos, assim como confirmará se o dispositivo apresenta condições adequadas para a fertilização.

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  • JOÃO AUGUSTO RODRIGUES ALVES DINIZ
  • CARACTERIZAÇÃO DO SACO VITELINO E DECÍDUA EM CUTIAS Dasyprocta leporina Linnaeus, 1758 NA FASE INICIAL DA GESTAÇÃO.

  • Orientador : MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • PHELIPE OLIVEIRA FAVARON
  • DANILO JOSÉ AYRES DE MENEZES
  • FERNANDA LÖFFLER NIEMEYER ATTADEMO
  • Data: 29/04/2024

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  • A utilização de espécies da fauna silvestre mostra-se importante para novas pesquisas, a fim de elucidar detalhes da morfologia de seus sistemas, tais como o sistema reprodutor, visando auxiliar em ações voltadas à preservação, tanto em vida livre como em cativeiro. Este trabalho objetivou observar a dinâmica de formação do saco vitelínico em cutias da espécie Dasyprocta leporina, na fase inicial de gestação, associando as alterações morfológicas das estruturas envolvidas e verificar a expressão de marcadores de hormônios ovarianos e filamentos intermediários na região de células deciduais durante a fase inicial da gestação. Seis fêmeas oriundas do CEMAS-UFERSA foram monitoradas 24 horas após a cópula, e o dia seguinte foi considerado o primeiro dia de gestação. As coletas foram realizadas nos dias 13, 14 e 15 de gestação, sendo os úteros gravídicos fixados em paraformaldeído a 8% por 72 horas. Após processamento histológico, cortes de 5 μm foram corados com Hematoxilina-Eosina (HE) para todas as idades; para úteros com 15 dias de gestação, também foi utilizada a reação do Ácido Periódico de Schiff (P.A.S) e a imuno-histoquímica, sendo, em seguida, analisados em microscópio de luz. No 13º dia, o blastocisto se implantou no lado antimesometrial do útero, sendo envolto por células estromais uterinas que se organizaram ao seu redor. No 14º dia, a parede intramural entre o útero e o embrião começou a se romper. O saco vitelino parietal apresentou células fusiformes, enquanto o visceral tinha células cuboides eosinofílicas. No 15º dia, a camada intramural estava quase completamente rompida, revelando um leito vascular entre o embrião e a decídua. O saco vitelino visceral ainda não exibia suas vilosidades características nessa fase. Com 15 dias de gestação, observou-se o blastocisto envolto por células deciduais. Na região decidual, as células mostraram positividade na coloração com P.A.S. Quanto à marcação com os anticorpos desmina e vimentina, verificou-se que na região da decídua, o citoplasma celular marcou de forma mais intensa para ambos os anticorpos. Nas células da região decidual, a progesterona marcou mais intensamente, enquanto para o estrógeno, a marcação foi mais intensa nas células da região pré-decidual. Esse estudo em cutias contribui para a compreensão da formação do saco vitelino em roedores, destacando sua importância no desenvolvimento embrionário e evidenciando as modificações por estímulos hormonais e estruturais que a célula uterina sofre para garantir o sucesso da implantação do embrião no útero.


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  • O conhecimento sobre a morfologia de novas espécies animais possui importância relevante, visto que podem suscitar em respostas a informações ainda não completamente consolidadas sobre os diferentes sistemas orgânicos das espécies objeto de estudos. A utilização de espécies da fauna silvestre em pesquisas com morfologia possibilita novos conhecimentos sobre os diferentes sistemas, dentre eles o sistema reprodutor, que poderão servir para ações voltadas a preservação, seja em cativeiro ou vida livre. Roedores, em especial a cutia, vêm sendo utilizados como modelos experimentais em estudos de placentação devido a algumas características ainda não elucidadas na espécie, como também a sua similaridade morfológica com a placenta humana. A cutia, além de ser de fácil manuseio e de fácil adaptação em cativeiro constitui-se em um excelente espécime para estudos nessa área. Desta forma, objetiva-se estabelecer o período em que ocorre a implantação embrionária em cutias da espécie Dasyprocta leporina, e estabelecer o momento da inversão do saco vitelínico na mesma, associando estes aspectos fisiológicos às alterações na morfologia das estruturas envolvidas. O experimento será conduzido no Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS/UFERSA) e, para tanto, serão utilizadas 16 fêmeas em idade reprodutiva e nulíparas, agrupadas em quatro grupos de quatro fêmeas e um macho em boxes telados de 5x5 m2. Serão alimentados com ração comercial peletizada, milho, frutas, tubérculos e água ad libitum. Os mesmos serão acompanhados diariamente por meio de filmagem de modo que se identificar a cópula e após a identificação do primeiro dia de gestação os animais serão separados para melhor controle gestacional. Para a identificação do local de implantação serão coletadas amostras de útero de fêmeas com 4, 5, 6, 7, 8 e 9 dias de gestação, visando estabelecer a idade gestacional em que esta ocorre e com 10, 11, 12, 13, 14 e, 15, dias de prenhez a fim de estabelecer quando se dá inversão do saco vitelino . O material coletado será fixado e encaminhado ao Laboratório de Morfofisiologia Animal Aplicada para processamentos de microscopia de luz, microscopia eletrônica de varredura, microscopia eletrônica de transmissão e imuno-histoquímica. Também serão coletadas amostras de 1 ml de sangue até o 15º dia de gestação para a dosagem hormonal de progesterona, estrógeno e hCG, de modo a correlacionar com o período de implantação.

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  • IGOR RENNO GUIMARÃES LOPES
  • PERFIL DE GLICOSAMINOGLICANOS SULFATADOS E MORFOLOGIA DO SISTEMA GENITAL FEMININO DE CATETO (Pecari tajacu Linnaeus, 1758) GESTANTES

  • Orientador : MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • TATIANA CARLESSO DOS SANTOS
  • ANTONIO CHAVES DE ASSIS NETO
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • HUGO ALEXANDRE DE OLIVEIRA ROCHA
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • Data: 29/05/2024

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  • A busca por conhecimentos sobre a anatomia e a fisiologia em mamíferos silvestres torna-se cada vez mais necessário, uma vez que detalhes sobre a biologia desses mamíferos ainda não foram completamente elucidados. Os catetos são suiformes com funções importantes na biodiversidade de vários ecossistemas do Brasil, tornando essencial o conhecimento da sua biologia reprodutiva para o sucesso de programas de conservação em cativeiro e vida livre. Desta forma, objetivou-se analisar o perfil de glicosaminoglicanos sulfatados e a morfologia do sistema genital feminino de catetos em diferentes dias da gestação (20, 30, 40, 50 e 60 dias). Para cada idade gestacional foram utilizadas 03 fêmeas e 03 não gestantes (grupo controle) oriundas do CEMAS-UFERSA. Os animais foram anestesiados, eutanasiados e os órgãos do sistema genital foram identificados e coletados. Fragmentos de cada órgão foram fixados em paraformaldeído 4% e glutaraldeído 2,5%, destinados para análises em microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura, respectivamente. Também foram coletados fragmentos e imersos em acetona para delipidação e posteriormente processadas para realização de eletroforese em gel de agarose. Amostras de sangue foram coletadas para dosagem sérica de progesterona (P4) e de 17β-estradiol (E2). Nos resultados morfológicos, macroscopicamente os ovários apresentaram-se parcialmente recobertos pela bolsa ovárica, com forma ovóide, que logo torna-se irregular, devido ao desenvolvimento de grandes corpos lúteos. No útero observa-se microscopicamente que o epitélio passa de pavimentoso a cúbico e que o endométrio se modifica, com as glândulas endometriais tornando-se mais enoveladas. A placenta é epiteliocorial difusa e aos 20 dias de gestação está macroscopicamente lisa com surgimento do padrão rugoso e pregueado aos 40 dias. Microscopicamente, o cório se interdigita em dobras do epitélio uterino sem penetrar nenhuma camada, sendo o trofoblasto colunar nos períodos gestacionais analisados. Aos 50 dias, é notável a presença de mastócitos próximo a vasos sanguíneos e glândulas endometriais, sugerindo atuação na remodelação vascular necessária para essa fase de desenvolvimento fetal. Ademais, as tubas uterinas, a cérvix e a vagina não sofrem alterações microscópicas com o avançar do período gestacional, resguardando a estrutura à suas funções reprodutivas. A concentração sérica de E2 diminui ao longo da gestação, alcançando o nível mais baixo aos 60 dias, enquanto a P4 aumenta dos 20 aos 50 dias, decrescendo aos 60 dias. O perfil eletroforético mostra predominância de dermatam sulfato (DS) e heparam sulfato (HS) em todas as idades e órgãos analisados, exceto na cérvix, onde DS predomina, sem variação significativa na quantidade desses GAGs com o avanço da gestação. Na imunolocalização do HS, é visualizada marcação no útero, cérvix e vagina, com redução da intensidade de marcação com o avançar da gestação. Ao conectar as mudanças na morfologia, os valores séricos hormonais e a expressão de glicosaminoglicanos sulfatados em diferentes dias da gestação, podemos conectar como algumas mudanças ocorrem, preenchendo lacunas de informações sobre a gestação na espécie. É possível esclarecer que órgãos mais se alteram, e em que fase da gestação essa alteração ocorre, além de quais polissacarídeos de matriz estão mais envolvidos com essas mudanças.


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  • O cateto é um mamífero silvestre bem distribuído por todo território brasileiro, que vem apresentando um declínio populacional principalmente devido a caça predatória. É nesse contexto que surgem oportunidades de implantação de criatórios legalizados, com o intuito de diminuir esse impacto e, para tanto, se faz necessário elucidar aspectos da morfofisiologia reprodutiva dessa espécie que auxiliem na manutenção da espécie em cativeiro. Dessa forma, objetivou-se analisar o perfil de glicosaminoglicanos sulfatados no sistema reprodutor feminino e anexos fetais em diferentes fases da gestação de catetos, avaliando sua importância nos eventos fisiológicos gestacionais. Serão utilizados 15 catetos fêmea, com 10 a 18 meses de idade, provenientes do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). As mesmas serão colocadas em baias numa relação 1:1 (macho:fêmea) e o acompanhamento será feito através da visualização de filmagens diárias, com auxílio de câmeras instaladas, onde serão trabalhadas 3 fêmeas por vez. Identificada a cópula via filmagens, serão considerados três dias consecutivos entre a primeira e última cópula, sendo o dia inicial da gestação o último dia de ocorrência de cópula. As gestações serão confirmadas mediante exame de ultrassonografia transretal. Para coleta das amostras os animais serão submetidos a jejum alimentar e hídrico, e posteriormente será realizada a medicação pré-anestésica, por via intramuscular, com acepromazina (0,2 mg/kg-1) e associação de cetamina (15 mg/kg-1) e maleato de midazolam (3mg/kg-1) pela mesma via. Atingindo o plano anestésico desejado, será instituído protocolo de eutanásia dos animais com utilização de propofol (7mg/kg-1) e cloreto de potássio (2,56 mEq.Kg-1) por via intravenosa. Constatado o óbito do animal, será realizado uma incisão longitudinal mediana pré-retroumbilical na cavidade abdominal para retirada total dos órgãos do sistema reprodutor, seguindo até vagina e vulva. Após coletados, os órgãos do sistema reprodutor serão pesados em balança analítica e medidos, quanto ao seu comprimento, largura e espessura. O útero gravídico será seccionado na margem ventral, afim de expor os fetos e estruturas anexas, para poderem serem coletadas, além de realizar a fotodocumentação das mesmas. Serão coletadas amostras das placentas, membranas fetais, ovários, tubas uterinas, cornos uterinos, corpo do útero, cérvix, vagina e vulva aos 20, 30, 40, 50 e 60 dias de gestação, que serão analisados macroscopicamente, processadas para microscopia de luz, microscopia eletrônica de transmissão e varredura, além da realização de identificação, caracterização e densitometria dos glicosaminoglicanos em gel de agarose. Com a obtenção dos resultados espera-se auxiliar no entendimento acerca dos eventos reprodutivos que ocorrem durante o início da gestação em catetos, fornecendo conhecimento sobre a biologia reprodutiva que propiciem a manutenção da gestação e perpetuação da espécie.

2023
Dissertações
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  • LUANNA LORENNA VIEIRA RODRIGUES
  • COMPARAÇÃO DAS SOLUÇÕES DE CRIOPRESERVAÇÃO E MÉTODOS DE SINCRONIZAÇÃO DO CICLO EM G0/G1 DE FIBROBLASTOS DE ONÇAS-PARDAS, Puma concolor (LINNAEUS, 1771)

  • Orientador : ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • Cristiane Schilbach Pizzutto
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • FABIANA FERNANDES BRESSAN
  • Data: 23/02/2023

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  • A ameaça ao quantitativo populacional de onças-pardas, atrelada a sua importância ecológica, resultam no desenvolvimento de estratégias como os bancos de recursos somáticos. Esses bancos atuam na preservação de células somáticas, as quais podem ser empregadas em estudos de produção de células pluripotentes e crias clones. Neste contexto, o estabelecimento de condições de criopreservação e sincronização do ciclo celular são etapas importantes na qualidade destes bancos. Portanto, o objetivo foi comparar soluções de criopreservação em células somáticas e avaliar metodologias de sincronização do ciclo em G0/G1. Para tanto, fibroblastos derivados da pele de três animais foram cultivados até a 3ª passagem e submetidos aos experimentos. No primeiro experimento, células foram criopreservadas utilizando diferentes soluções compostas por etilenoglicol e dimetilsulfóxido em duas concentrações (2,5% e 10%), na ausência e presença de 0,2 M de sacarose e avaliadas quanto à morfologia, viabilidade, atividade metabólica, análise proliferativa e níveis de apoptose. Células não criopreservadas foram usadas como controle. No segundo experimento, células foram submetidas a três técnicas de sincronização em diferentes tempos: inibição por contato (IC) (24, 48 e 72 h), privação de soro (PS) (24, 48, 72 e 96 h) e roscovitina (RO) (12 e 24 h). Células não sincronizadas foram usadas como controle. Neste experimento, células foram avaliadas quanto ao ciclo por citometria de fluxo e viabilidade e níveis de apoptose por ensaios microscópicos. No primeiro experimento, nenhuma diferença foi observada entre as diferentes soluções de criopreservação para nenhum dos parâmetros. Os valores de viabilidade e atividade metabólica variaram de 79,1% ± 8,3 a 91,5% ± 0,6 e 87,2% ± 5,4% a 99,9 ± 0,1, respectivamente. Adicionalmente, para a análise proliferativa, os valores variaram de 43,3% ± 9,7 a 92,7% ± 28,2. Quanto aos níveis de apoptose, os resultados variaram de 68,0% ± 7,4 a 80,0% ± 3,8 em células viáveis, 10,0% ± 2,5 a 18,0% ± 4,9 em células em apoptose inicial, 2,0% ± 0,8 a 8,0% ± 1,6 de células em apoptose tardia e 3,0% ± 0,7 a 9,0% ± 3,4 de células em necrose. No segundo experimento, fibroblastos submetidos à IC por 24 h (84,0% ± 1,8) e 48 h (84,6% ± 0,6) apresentaram um maior percentual de G0/G1, quando comparados ao controle (73,9% ± 3,0). Já aqueles submetidos a PS, somente o tempo de 96 h foi hábil para a sincronização em G0/G1 (85,4% ± 3,4) quando comparado ao controle (73,9% ± 3,0). Além disso, RO por 12 h (78,6% ± 3,5) e 24 h (82,1% ± 4,5) não foi capaz de sincronizar células. As taxas de viabilidade em todos os grupos variaram de 76,8% ± 6,7 a 96,0% ± 2,8. Para os níveis de apoptose, foi observado que IC e RO não afetaram esses parâmetros (P>0,05). Contudo, PS causou diferenças quanto as células viáveis e necróticas no tempo de 96 h (P


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  • A redução de onças-pardas associada à sua importância ecológica tem resultado no desenvolvimento de bancos de fibroblastos. Em geral, o sucesso destes bancos e sua aplicação na transferência nuclear de célula somática depende da escolha das condições de criopreservação e sincronização do ciclo celular. Portanto, o objetivo consiste em comparar soluções de criopreservação e métodos de sincronização de fibroblastos de onças-pardas. Para tanto, a proposta será dividida em duas etapas. Na primeira etapa, fibroblastos serão criopreservados usando combinações de crioprotetores intracelulares e extracelulares: (i) 10% dimetilsulfóxido (DMSO) + 10% soro fetal bovino (SFB), (ii) 10% etilenoglicol (EG) + 10% SFB, (iii) 10% DMSO + 50% SFB, (iv) 10% EG + 50% SFB, (v) 10% DMSO + 10% SFB + 0,2 M sacarose (SAC), (vi) 10% DMSO + 50% SFB + 0,2 M SAC, (vii) 10% EG + 10% SFB + 0,2 M SAC, (viii) 10% EG + 50% SFB + 0,2 M SAC. Células não-criopreservadas serão usadas como controle. Todas as células serão avaliadas quanto à morfologia, viabilidade, atividade proliferativa, metabólica, estresse oxidativo, danos mitocondriais e apoptose. Na segunda etapa, fibroblastos serão sincronizados em G0/G1 usando: (i) inibição por contato por 24–120 h, (ii) privação de SFB por 24–120 h, (iii) inibição com 10 µg/mL cicloheximida, 2 mM 6-dimetilaminopurina e 7,5 µg/mL citocalasina B por 12–24 h. Células não-sincronizadas serão usadas como controle. Todas as células serão avaliadas quanto ao estágio do ciclo e apoptose. Finalmente, a proposta representará uma etapa no estabelecimento de bancos de fibroblastos de onça-parda, visando sua aplicação em biotécnicas de conservação.

2
  • KATHRYN NÓBREGA ARCOVERDE
  • MONITORAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DA DIPIRONA EM JUMENTOS NORDESTINOS (Equus asinus)

  • Orientador : VALERIA VERAS DE PAULA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GABRIEL ARAUJO DA SILVA
  • JOSE TRINIDAD PEREZ URIZAR
  • VALERIA VERAS DE PAULA
  • Data: 28/02/2023

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  • Objetivou-se realizar o monitoramento farmacoterapêutico da dipirona após múltiplas administrações em jumentos nordestinos, verificando-se a ocorrência de acúmulo dos metabólitos. Dez jumentos machos, castrados, 6,4 ± 3 anos, pesando 130,6 ± 9,8 kg, receberam dipirona (25 mg/kg – IV) a cada 12 horas, totalizando seis administrações (D1 a D6) por animal. Amostras de sangue (10 mL) foram colhidas da veia jugular nos momentos antes e aos 10 minutos, 1 e 12 horas após cada administração ao longo de 72 horas. As concentrações plasmáticas dos metabólitos ativos da dipirona [4-metilaminoantipirina (4-MAA) e 4-aminoantipirina (4-AA)] foram determinadas por cromatografia líquida de ultra eficiência, acoplada à espectrometria de massas (UHPLC-MS/MS). A análise estatística foi realizada pelo teste de Shapiro-Wilk e Teste t, com os valores expressos pela média ± DP (p < 0,05). As variáveis farmacocinéticas calculadas de 4-MAA após D1 e D6, respectivamente, foram: Cmax, (μg/mL) = 163,60 ± 179,72 e 178,79 ± 196,94, T1/2beta (h) = 2,65 ± 0,65 e 3,37 ± 1,03 e AUC0-t (μg/mL*h) = 240,38 ± 130,87 e 373,52 ± 78,85. As mesmas variáveis para 4-AA foram: Cmax, (μg/mL) = 0,44 ± 0,27 e 0,90 ±, 0,31, T1/2beta (h) = 14,77 ± 13,13 e 35,97 e AUC0-t (μg/mL*h) = 3,20 ± 0,43 e 27,73 ± 11,99. A Cmax de 4-MAA foi superior aos valores mínimos necessários para inibição das ciclooxigenases (IC50 COX-1 = 553,8 ng/mL e COX-2 = 926,6 ng/mL), envolvidas na proteção gástrica, homeostase vascular, processos inflamatórios e dor, sem a ocorrência de acúmulo ou sinais clínicos de intoxicação. Porém, houve acúmulo de 4-AA até a quarta dose administrada, com as concentrações deste metabólito estabilizando-se posteriormente e razão entre as AUC0-t (D6/D1) aproximadamente nove vezes superior. A posologia de dipirona empregada mostrou-se segura em jumentos nordestinos, com acúmulo inicial de 4-AA. Estudos clínicos são necessários para determinar as implicações dos dados obtidos sobre a resposta farmacodinâmica da dipirona em jumentos nordestinos.


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  • A dipirona, fármaco não esteroidal com propriedades analgésicas, antipiréticas e espasmolíticas, faz-se presente no tratamento de asininos com síndrome cólica, controle de dores musculares, controle de hipertermia, entre outros, porém com tratamentos erroneamente extrapolados dos equinos. Almeja-se desenvolver um protocolo de acompanhamento farmacoterapêutico da dipirona para jumentos, considerando a análise dos níveis plasmáticos dos metabólitos ativos da dipirona, 4-metilaminoantipirina (4-MAA) e 4-aminoantipirina (4-AA), obtidos por meio de cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada a espectrometria de massas (UPLC-MS/MS) e monitoramento de reações adversas após múltiplas administrações de 25mg/Kg, por via intravenosa a cada 12hr, totalizando 6 aplicações por animal. Serão utilizados 10 jumentos hígidos, adultos, castrados, obtendo-se amostras sanguíneas e parâmetros fisiológicos (FC, FR, PAS e TR) em tempos predeterminados, iniciando no momento 0 (antes da primeira administração), repetindo com 10min, 60min e 12hr após cada administração, até 72hr. A análise farmacocinética ocorrerá conforme Macêdo et al. (2021) com pequenas modificações, o plasma obtido permanecerá acondicionado em criotubos a -80°C até o momento das análises, realizadas em duplicata. Os dados serão adquiridos e analisados pelo software Labsolution®. Realizar-se ainda a cada 24hr hemograma, processados de forma manual, auxiliando na investigação de reações adversas. Ao fim do experimento os dados serão submetidos à análise estatística utilizando o software Biostat® versão 5.0, para a realização do teste de normalidade Komogorov-Smirnov, seguida de pós-teste definido após análise de normalidade. Estima-se com o presente trabalho compreender as alterações nas concentrações plasmáticas oriundas da terapia escolhida e se a mesma é farmacoterapeuticamente adequada.

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  • LARISSA DE SANT ANA ALVES
  • FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA DA DEXMEDETOMIDINA (2 μg/KG) POR VIA INTRAVENOSA EM CÃES.

  • Orientador : VALERIA VERAS DE PAULA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE TRINIDAD PEREZ URIZAR
  • GABRIEL ARAUJO DA SILVA
  • VALERIA VERAS DE PAULA
  • Data: 18/04/2023

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  • Objetivou-se avaliar a farmacocinética e farmacodinâmica da dexmedetomidina em baixa dose após bolus IV em cães. Seis cães adultos, hígidos (6,8 ± 3,0 kg) receberam dexmedetomidina (2 μg/kg IV), durante dois minutos. Os parâmetros farmacocinéticos foram obtidos pela cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada a espectrometria de massas (HPLC-MS/MS), por coletas sanguíneas seriadas, obtendo-se concentrações plasmáticas do fármaco nos momentos basal e 0,05, 0,1, 0,15, 0,2, 0,25, 0,3, 0,35, 0,5, 1, 1,5, 2, 3, 4 e 5 horas após o bolus. Para farmacodinâmica, avaliou-se no momento basal (T0), a cada 3 minutos (T3 a T21) e após 30 (T30) e 60 (T60) minutos a FC, f, PAM oscilométrica e o escore de sedação pela END de Grint (0-21), considerando-se leve (4 a 6), moderada (6 a 12) ou profunda (13 a 21), sendo p < 0,05. A glicemia foi aferida em diferentes momentos. O T1/2 foi de 28,28 ± 6,14 minutos; a área sob a curva = 1737,0 ± 1942,7 ng/mL/min e o clearance 0,1 ± 0,99 mL/min/kg. A depuração total foi de 5,46 ± 0,41 mL/min/kg, o Vdss = 146,19 ± 21,04 mL/kg e a Cmax = 3,13 ± 1,15 ng/mL. A FC (bpm) reduziu significativamente a partir de T6 (79 ± 21) até T21 (78 ± 31), comparado ao T0 (116 ± 28). A f (mpm) diminuiu desde T3 (43 ± 44) até T60 (41 ± 23), sendo T0 70 ± 48. A PAM oscilométrica (mmHg) elevou-se em T18 (151± 34), T21 (152 ± 35) e T30 (140 ± 27), comparada a T0 (111 ± 22). Ocorreu sedação em todos momentos pós-bolus, com pico máximo em T12 (END 8 ± 6). Na dose de 2 μg/kg, a dexmedetomidina causou sedação moderada. Apesar da rápida metabolização e excreção, verificou-se alterações cardiovasculares, consideradas sem repercussão clínica importante nos pacientes estudados.


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  • A dexmedetomidina encontra-se cada vez mais presente na medicina veterinária. Com o objetivo de proporcionar sedação e analgesia, vem ganhando destaque na anestesia e nas unidades de terapia intensiva. Apesar da grande aplicabilidade em pacientes caninos, há escassez de estudos sobre avaliação farmacoterapêutica das doses usuais da rotina prática de clínicas e hospitais veterinários, limitando referenciais importantes que auxiliam no alcance da posologia ideal e compreensão da ocorrência de efeitos adversos em determinados grupos. Dessa forma, objetiva-se com esse estudo, avaliar os efeitos farmacodinâmicos e farmacocinéticos da dexmedetomidina em cães, na dose de 2 µg.kg, intravenosa, em bolus de dois minutos. Serão utilizados seis caninos adultos, sem raça definida, de pequeno a médio porte. As coletas da amostra de sangue para avaliação da concentração plasmática de dexmedetomidina acontecerão no momento basal (BL) e nos momentos 3, 6, 9, 12, 15, 18, 21, 30 minutos e 1, 1,5, 2, 3, 4 e 5 horas após o bolus. As aferições dos parâmetros fisiológicos e grau de sedação avaliado através de escala qualitativa, acontecerão do momento basal até 1 hora pós bolus. A glicose será aferida no momento basal, 15 minutos e 1 hora após o bolus. Almeja-se com o presente estudo, analisar os efeitos clínicos e o desenvolvimento temporal dos processos de absorção, distribuição, metabolização e excreção da dexmedetomidina nessa respectiva dose em cães, afim de contribuir com aplicabilidade e segurança do fármaco em correlação aos seus pacientes.

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  • LUCAS INÁCIO DOS SANTOS MELO
  • MORFOLOGIA DA LÍNGUA DO PEIXE-BOI-MARINHO (Trichechus manatus manatus, LINNAEUS, 1758) E SUAS IMPLICAÇÕES ADAPTATIVAS NA DIETA HERBÍVORA

  • Orientador : MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCELA DOS SANTOS MAGALHÃES
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • TIAGO DA SILVA TEOFILO
  • Data: 28/04/2023

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  • O estudo morfológico da língua é uma ferramenta interessante na compreensão dos processos evolutivos associados aos hábitos alimentares. Há escassez de informações morfológicas sobre a língua do peixe-boi-marinho das Antilhas (Trichechus manatus manatus). Assim, o objetivo deste estudo foi descrever a morfologia da língua de T. m. manatus para estabelecer um modelo padrão para a espécie, e entender a relação morfológica com a dieta herbívora. Foram realizadas análises de dissecação macroscópica, microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura de sete línguas. A língua apresentou-se como um órgão musculoso e robusto, dividido em ápice, corpo e raiz. Firmemente aderia ao assoalho da cavidade oral. As papilas linguais estavam distribuídas sobre toda a superfície do órgão, identificadas como papilas filiformes, concentradas na região do ápice, papilas fungiformes encontradas nas regiões do ápice e lateral da língua, papilas foliáceas localizadas na porção dorsolateral da raiz da língua, e as papilas dorsais localizadas em toda a superfície dorsal da língua. A mucosa revestida por epitélio escamoso estratificado queratinizado, presença de glândulas do tipo tubuloacinares compostas, além de botões gustativas nas papilas foliáceas. Em conclusão, a língua do peixe-boi-marinho das Antilhas foi semelhante as outras espécies da ordem Sirenia e o hipopótamo, os quais compartilham de uma dieta totalmente herbívora.


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  • Peixes-bois-marinhos (Trichechus manatus manatus) são mamíferos aquáticos, eurialinos, da ordem sirênia, com ocorrência na costa do nordeste do Brasil até a costa dos Estados Unidos da América. É sabido que para os animais de vida livre, os órgãos dos sentidos são de suma importância para a sobrevivência, sendo essenciais na reprodução, busca e apreensão de alimentos. Os peixes-boi possuem uma córnea altamente vascularizada e seus olhos não possuem pálpebras, mas um esfíncter que se contrai, também é sabido que a língua desses animais possui uma distribuição setorizada das papilas gustativas, mas não se sabe ao certo sua distribuição na espécie de ocorrência no Brasil. Entre diversos estudos, pouco se sabe sobre esses e os botões gustativos desses animais e sua estrutura morfológica, aspectos importantes para relacionar aos hábitos alimentares e mesmo reprodutivos desses animais. Como método de estudo, será utilizado técnicas associadas a macroscopia e microscopia. Os achados correlacionados a comportamento alimentar e hábitos de movimentação desses animais serão analisados de modo a permitir associar forma e função, inferir correlações com outros representantes da ordem.

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  • RUAN DA CRUZ PAULINO
  • APLICAÇÃO DE PROTÓTIPOS DE VIBRAÇÕES SONORAS DURANTE A MATURAÇÃO IN VITRO (MIV) DE OÓCITOS BOVINOS (Bos taurus): UM ESTUDO PRELIMINAR.

  • Orientador : MARCELO BARBOSA BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCELO BARBOSA BEZERRA
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • CIBELE DOS SANTOS BORGES
  • Data: 29/05/2023

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  • O efeito estimulante da vibração em sistemas vivos desempenha um papel relevante na transdução mecânica, essencial para o desenvolvimento celular. No intuito de aumentar a taxa de sucesso da Produção In Vitro de Embriões (PIVE), o uso de vibrações de baixa frequência durante a Maturação In Vitro (MIV) vem se mostrando promissor quanto aos resultados obtidos. Nesse contexto, objetivou-se avaliar o efeito das vibrações e validar um dispositivo que emite frequências sonoras durante a maturação de oócitos bovinos. Para isso, oócitos provenientes de ovários coletados em abatedouro foram maturados e submetidos a vibrações por 5 segundos, intervalo de 60 minutos, durante 24h, nas frequências de 30 e 50 hz, enquanto o grupo controle foi mantido sem o efeito das vibrações. Ao final da maturação, os oócitos foram expostos ao marcador Hoechst 33342 visando avaliar a maturação nuclear e Mitotracker Red, visando avaliar a maturação citoplasmática e potencial de membrana mitocondrial (PMM). Os dados foram expressos em valores de média ± erro padrão. Após verificação da normalidade por Shapiro-Wilk e homocedasticidade de variância por Levene, diferenças estatísticas entre os grupos experimentais para cada variável estudada foram verificadas (p < 0,05). Nas variáveis analisadas, não houve diferença significativa (P>0,05) entre o grupo controle e os grupos com vibrações de 30Hz e 50Hz. Por se tratar de uma tecnologia ainda pouco estudada, o presente estudo sinaliza perspectivas de novos ensaios com vibrações e protótipos durante a MIV e demais etapas da PIVE em bovinos.


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  • A produção de bovinos através do uso de biotecnologias reprodutivas, como a produção in vitro de embriões, coloca o Brasil em destaque mundial no que diz respeito a quantidade de produtos alcançados. No entanto, existem algumas entraves que tornam essa técnica limitada, pois o custo-benefício aumenta consideravelmente devido as fêmeas bovinas produzirem, muitas vezes, oócitos em número reduzido e de baixa qualidade. No intuito de aumentar a taxa de sucesso dessa técnica, atualmente o uso de microvibração durante a maturação vem demonstrando aumento considerável da produtividade desse processo, simulando as condições dinâmicas de movimento que ocorrem in vivo no útero e tuba uterina. Nesse contexto, objetiva-se avaliar o benefício das microvibrações utilizando protótipo de simulação vibratória durante a PIVE de oócitos bovinos. Para isso, os oócitos serão colhidos por aspiração de ovários provenientes de matadouro e maturados in vitro em incubadora que mantém o ambiente controlado, sendo acondicionado em microplaca acoplada ao protótipo que garantem um cultivo adequado e vibração com duração de 5 segundos, intervalo de 60 minutos e onde serão testadas as frequências de 30, 40 e 50 hz, simulando as vibrações que ocorrem nas tubas uterinas por 24h. Serão utilizados 200 oócitos por grupo (20, 30 e 40 hz), incluindo o grupo controle. Ao final da maturação, os oócitos serão expostos ao corante Hoechst visando avaliar a maturação nuclear e fixados entre lâmina e lamínula e avaliado no equipamento timelapse BioStation IM-Q (Nikon). A análise estatística será realizada para comparar os resultados e será considerada diferença significativa quando P < 0,05.

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  • RENATO MELO TORRES
  • COMPARAÇÃO ENTRE O PLASMA ATMOSFÉRICO A FRIO E O LASER DE BAIXA INTENSIDADE NA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS CUTÂNEAS EM PORQUINHOS DA ÍNDIA (Cavia porcellus).

  • Orientador : CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • CARLOS AUGUSTO GALVÃO BARBOZA
  • Data: 16/06/2023

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  • A pele é uma importante barreira que protege músculos, ossos, órgãos e demais estruturas do corpo para manter a homeostase. Quando há uma lesão que danifique essa barreira, entra em ação um complexo mecanismo de reparação tecidual, denominado cicatrização. Caso essa engrenagem sofra alguma falha, ocorre o surgimento de feridas crônicas que constituem um agravo de saúde e estão relacionados ao aumento dos custos envolvidos no tratamento. Entre as alternativas inovadoras para acelerar a cicatrização estão a técnica com plasma atmosférico a frio (em inglês, Cold Atmospheric Plasma - CAP) e a laserterapia de baixa potência (Low Level Laser Therapy - LLLT). Diante disso, este trabalho teve como objetivo comparar a cicatrização de ferida cirúrgica em porquinhos da índia, submetidos ao tratamento com essas tecnologias. Foram utilizados 20 porquinhos da índia machos, adultos, não castrados. Em cada animal foram realizadas três feridas no dorso, sendo uma definida para cada tratamento e a terceira servindo como controle. Os animais foram acompanhados por 21 dias, não sendo observados sinais de inflamação ou mudanças em seu padrão de comportamento e alimentação. Na comparação macroscópica, observou-se uma maior taxa de contração das feridas nas amostras tratadas, bem como houve redução do tecido de granulação e maior formação e deposição de colágeno à avaliação microscópica, quando comparados com as amostras controle. Dessa forma, o trabalho
    apresentou resultados positivos na cicatrização de feridas de amostras tratadas com o CAP e o LLLT.


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  • O processo de cicatrização em pacientes portadores de diabetes mellitus tem grande importância devido à redução da capacidade de reparação tecidual. A cicatrização deficiente causa um comprometimento na ativação e resposta de neutrófilos, migração e proliferação de fibroblastos e angiogênese. Uma das alternativas inovadoras para acelerar a cicatrização é a técnica com plasma atmosférico a frio (em inglês Cold Atmospheric Plasma - CAP), tecnologia que utiliza jato de gás ionizado capaz de promover processos bioquímicos no organismo por meio de seus componentes ativos, estimulando a regeneração do tecido epitelial, aumento da angiogênese, formação de novos folículos pilosos e controle da inflamação. Diante disso, este trabalho tem como objetivo avaliar a cicatrização de ferida cirúrgica em porquinhos da índia com diabetes induzida, submetidos ao tratamento com o CAP. Serão utilizados 20 porquinhos da índia machos, adultos, não castrados. Os animais serão induzidos ao diabetes com a utilização de estreptozotocina na dose de 150 mg/kg aplicada via intravenosa em dose única. Os animais que apresentarem os exames hematológicos dentro da normalidade para a espécie serão considerados aptos a se submeterem à ferida cirúrgica. Para a confecção das feridas cirúrgicas será utilizado um punch para biópsia (Paramont- 4mm) que penetrará na pele do animal, região dorsal. A avaliação macroscópica será realizada diariamente quanto à presença de exsudato, tecido de granulação e epitelização. A taxa de retração da ferida será obtida por meio da mensuração da área das lesões por meio de software analisador de imagens capturadas. As amostras de tecido serão coletadas aos 3, 7, 14 e 21 dias para avaliação de reação inflamatória e formação de tecido de granulação por microscopia. Para isto, as amostras serão processadas e em microscopia de luz convencional. A influência do CAP na angiogênese será avaliada através de ensaios de imunohistoquímica para avaliação do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) e quantificação da densidade vascular. Análises estatísticas serão realizadas através dos programas estatísticos SPSS 21.0 (Statistical Package for the Social Sciences) dos quais serão expressos em valores de média, desvio padrão, mínimos, máximos, frequência simples e porcentagem.

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  • BEATRIZ QUEIROZ
  • RESOLUÇÃO MOLECULAR E O SENSO COMUM: O QUE SE SABE SOBRE O CAÇÃO NO BRASIL?

  • Orientador : JOSE LUIS COSTA NOVAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VICENTE VIEIRA FARIA
  • JOSE LUIS COSTA NOVAES
  • PAULO GUILHERME VASCONCELOS DE OLIVEIRA
  • Data: 30/06/2023

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  • Os tubarões e as raias, subclasse Elasmobranchii, consistem, atualmente, em um dos grupos taxonômicos de vertebrados mais ameaçados do mundo. Estes peixes, considerados K-estrategistas, apresentam estratégias reprodutivas que retardam a recuperação de suas populações e o recrutamento de novos indivíduos. Atualmente, a maior ameaça aos elasmobrânquios é a sobrepesca, resultado do interesse comercial pelas nadadeiras. No Brasil e em outros países do mundo, a prática de retirar as nadadeiras e descartar a carcaça é proibida e, portanto, a carne é comercializada a valores muito inferiores comparada à nadadeira, consistindo em um dos produtos de origem marinha mais baratos. O Brasil é o maior importador de carne de tubarão do mundo e, para reduzir a resistência dos consumidores pela carne, atribuiu a ela o nome de “cação”. Porém, muitas espécies comercializadas como cação podem estar ameaçadas e, ainda, protegidas. A carne é vendida sem características morfológicas que permitam sua identificação a nível de espécie, de forma que o consumidor desconheça a sua origem. Apesar da carência e ambiguidade de regulamentações existentes, é crescente a necessidade de compreender as espécies envolvidas no comércio do cação no Brasil e mensurar o conhecimento do público consumidor sobre ela. Utilizou-se do marcador molecular Citocromo C Oxidase Subunidade I (COI) para acessar as espécies comercializadas como carnes de cação em oito estados brasileiros e levantou-se o conhecimento popular sobre o cação a partir de um formulário semiestruturado digital.


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  • Os elasmobrânquios constituem de um grupo de peixes cartilaginosos vulneráveis à sobrepesca, atualmente sua maior ameaça. Trata-se de um grupo com um número considerável de espécies em categorias de ameaça e outras que, ainda, apresentam deficiência em dados, impossibilitadas de serem categorizadas. A venda da carne sob o termo “cação” impõe uma barreira à conservação de tubarões e raias, visto que a mesma é comercializada sem as características morfológicas que permitem a identificação das espécies. Consumidores desconhecem a origem e identidade da carne e perdem, assim, o direito e a segurança alimentares. Neste contexto, marcadores moleculares, que constituem de uma técnica barata, rápida e segura, serão utilizados para identificar as espécies camufladas por trás do nome vernacular e, através de seus respectivos status de conservação e frente às ameaças, planos de manejo e conservação serão elaborados para mitigar o impacto do comércio e consumo do cação. A identidade da carne também será levantada para compreender o impacto da adoção do termo e mensurar as consequências.

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  • DEUSIMAR FERNANDES DA SILVA
  • MORFOLOGIA DAS GÔNADAS DE MACHOS E FÊMEAS DE Pterophyllum scalare (SCHULTZE, 1823).

  • Orientador : MARCELO BARBOSA BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CIBELE DOS SANTOS BORGES
  • MARCELO BARBOSA BEZERRA
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • Data: 30/06/2023

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  • O Pterophyllum scalare popularmente conhecido como Acará-bandeira, espécie pertencente à família Cichlidae, originária da Amazônia. Possui alta procura e um elevado valor econômico pois são esteticamente bonitos e ativos. As espermatogônias são células que dão origem aos espermatozoides, sem elas não é possível concluir o processo de espermatogênese. Dados obtidos pelas análises morfométricas servirão para aprimorar o nosso conhecimento sobre a biologia dos Gônadas e das espermatogônias primárias de Pterophyllum scalare. Com isso, o objetivo principal deste trabalho foi identificar e caracterizar a estrutura testicular e as espermatogônias de Pterophyllum scalare, e padronizar métodos que permitam isolar as espermatogônias de Pterophyllum scalare e manter essas células em cultivo e utilizar estas células para transplantes. Este estudo terá uma importância crucial na preservação da diversidade biológica para espécies da ordem Perciformes que possuem elevado interesse econômico uma vez que são espécies de peixes ornamentais bastante apreciada em todo o mundo. Pretende-se: Caracterizar morfologicamente os Gônadas e as espermatogônias de Pterophyllum scalare, avaliar os testículos e ovário. Caracterizar morfologicamente as espermatogônias e ovários. Foram utilizados peixes machos e fêmeas, juvenis, da espécie Pterophyllum scalare, do comercio da cidade de Mossoró RN. Os fragmentos de gônadas após fixados, foram incluídos em parafina para avaliação em microscopia de luz. Para a microscopia eletrônica, outros fragmentos, depois de fixados em glutaraldeído 4%, foram pós-fixados em tetróxido de ósmio 2% com sacarose, contrastados em bloco com acetato de uranila e incluídos em resina. As Gônadas (n = 08) foram analisados, arranjo tecidual, características e proporção das células, constatando a presença e a morfologia das células germinativas. Também foi verificada a quantidade e a localização da cromatina no núcleo e o diâmetro celular e também do núcleo da célula.


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  • O Pterophyllum scalare possui alta procura e um elevado valor econômico pois são esteticamente bonitos e ativos. Podemos encontrar diversas linhagen: koi, Red Devil, negro, ouro, leopardo, palhaço e fumaça. A reprodução do Pterophyllum scalare é iniciada após a aproximação e formação de casal. Essa espécie é bastante sensível ao estresse provocado pelo manejo no cultivo e as variações nos parâmetros de qualidade de água, o que pode prejudicar sua sobrevivência, reprodução e desenvolvimento. A espermatogênese e a função dos testículos em peixes são melhores entendidas com avaliações histológicas, morfométricas e estereológicas. Algumas ferramentas podem ser usadas para padronização de técnicas que permitam a futura obtenção de espermatozoides in vitro de peixes para serem utilizados em espécies ameaçadas de extinção e/ou de importância comercial: a identificação, o isolamento e o cultivo apropriados das espermatogônias primárias e a análise do seu processo de diferenciação. Estas ferramentas também são essenciais para uma variedade de estudos, principalmente, quando se visa o estabelecimento de sistemas de cultura de espermatogônias primárias. Com isso o objetivo principal do estudo será identificar e caracterizar as espermatogônias de Pterophyllum scalare, e padronizar métodos que permitam isolar as espermatogônias primárias de Pterophyllum scalare e em seguida manter essas células em cultivo e utilizar estas células posteriormente para transplantes, com esse objetivo pretende se caracterizar morfologicamente os testículos e as espermatogônias de Pterophyllum scalare, avaliar os testículos, verificar a presença e a proporção das espermatogônias primárias em relação aos outros subtipos celulares germinativos, caracterizar morfologicamente as espermatogônias primárias e estabelecer um protocolo de isolamento de células germinativas-tronco da espécie Pterophyllum scalare, utilizando a dissociação enzimática das gônadas associado ao fracionamento celular por gradiente de densidade. Além do mais, pretende se estabelecer protocolos para cultivo dessas células. Este estudo será de grande importância científica e ajudará à preservação da diversidade biológica e grande interesse econômico uma vez que o Pterophyllum scalare é uma espécie ornamento bastante apreciada em todo o mundo. Juvenis e adultos possuem espermatogônias primárias, com isso essas técnicas, são importantíssimas, pois as células permanecem em seus testículos, e podem ser coletadas a qualquer momento.

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  • JESSICA MONIQUE DOS SANTOS LIMA
  • EFEITO DA RESTRIÇÃO HÍDRICA NOS PARÂMETROS FISIOLÓGICOS E SANGUÍNEOS EM CAPRINOS

  • Orientador : RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • REJANE DOS SANTOS SOUSA
  • TALYTA LINS NUNES
  • Data: 14/07/2023

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  • A pecuária representa importante atividade no Brasil, correspondendo
    consideravelmente com a economia interna e externa, além de possuir papel fundamental na
    constituição da renda e alimento para famílias agricultoras. Entretanto, esta atividade aponta
    grandes desafios, em especial na região nordeste, com períodos de escassez hídrica plurianuais,
    fator limitante ao desenvolvimento da criação animal. Desta forma, a pesquisa teve como
    objetivo avaliar o efeito da restrição hídrica nos parâmetros fisiológicos e sanguíneos em
    caprinos. O experimento foi realizado no Laboratório de Medicina Interna Veterinária
    (LABMIV), localizado na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Foram
    utilizados 5 caprinos machos, sem raça definida, clinicamente saudáveis, pesando entre 20 e 25
    kg de peso vivo (PV). Os animais foram submetidos ao modelo experimental cross-over com 3
    tratamentos e 5 repetições, sendo os tratamentos experimentais divididos em três grupos, G0
    (grupo controle), G9 (grupo com restrição hídrica de 9 horas) e G22 (grupo com restrição
    hídrica de 22 horas). Foram avaliados os parâmetros fisiológicos, frequência respiratória e TPC
    (Tempo de preenchimento capilar); coleta de sangue para realização de hemograma e análises
    bioquímicas de glicose, ureia, creatinina, proteínas totais, albumina, colesterol e triglicerídeos;
    e coleta de urina. Na análise física da urina, nos grupos G9 e G22, foi possível observar
    alteração na coloração, sendo essas alterações acentuadas no G22. O consumo de feno diminuiu
    consideravelmente no G9. Em relação às bioquímicas, a maior média encontrada na glicose foi
    D7 do G22 (62,85 mg/dL); na ureia D10 do G9 (63,54 mg/dL); proteínas totais D10 do G22
    (7,26 g/dL); albumina D10 do G9 (5,37g/dL); colesterol D4 do G9 (69,51 mg/dL); triglicerídeos
    D5 do G9 (55,35 mg/dL); e creatinina no D7 e D10 do G22 (1,32 mg/dL). No hematócrito,
    houve diferença (p0,05) entre os grupos, exceto no D7 (5,95) do G22. O VCM houve
    diferença (p0,05) entre os grupos. Os
    resultados indicaram que apesar de terem passado por diferentes níveis de restrição hídrica, os
    animais não apresentaram desequilíbrio no estado geral, pois se mantiveram com ganho de peso
    corporal, ressaltando que os caprinos podem sobreviver sob privação de água até 22 horas sem
    efeitos nocivos.


  • Mostrar Abstract
  • A pecuária representa importante atividade no Brasil, correspondendo consideravelmente com a economia interna e externa, além de possuir papel fundamental na constituição da renda e alimento para famílias agricultoras. Entretanto, esta atividade aponta grandes desafios, em especial na região nordeste, com períodos de escassez hídrica plurianuais, fator limitante ao desenvolvimento da criação animal. Desta forma, a pesquisa terá como objetivo avaliar o efeito da restrição hídrica nos parâmetros fisiológicos e sanguíneos em ovinos. O experimento será conduzido na Universidade Federal Rural do Semi Árido (UFERSA), com 15 ovinos da raça Santa Inês. Serão divididos em três grupos de 5 animais, G1 (Grupo controle, ou W100), com água ad libitum, G2 (Grupo W50), restrição hídrica de 50%, e G3 (Grupo W25), restrição de 25%. Serão avaliados os parâmetros fisiológicos a partir da aferição de temperatura retal; frequência cardíaca (FC); e frequência respiratória (FR). Posteriormente, será realizada coleta de sangue mediante punção venosa, com auxílio de agulha 25 x 0,7 mm e tubo Vacutainer® de 5 mL com ativador de coágulo para análises bioquímicas de glicose, colesterol, uréia, creatinina, albumina, proteínas totais, aspartato aminotransferase e alanina aminotransferase, e tubo de 5 mL contendo anticoagulante (EDTA) para realização do hemograma. A partir dessas avaliações será possível maior entendimento sobre o metabolismo dos ovinos frente a situação de escassez hídrica, assim como demonstrar quais danos essa situação pode causar aos produtores. Espera-se que ao final da execução da pesquisa, os dados obtidos possam auxiliar no estudo da espécie ovina, e favorecer sua capacidade produtiva.

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  • CARLOS DANIEL SEQUEIRA ESPINOZA
  • AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE SEGURANÇA EM UMA VACINA RECOMBINANTE CONTRA A LINFADENITE CASEOSA EM OVINOS.
  • Orientador : JAEL SOARES BATISTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JAEL SOARES BATISTA
  • ANA CARLA DIOGENES SUASSUNA BEZERRA
  • FRANCISCO SILVESTRE BRILHANTE BEZERRA
  • GABRIELA HÉMYLIN FERREIRA MOURA
  • Data: 05/12/2023

  • Mostrar Resumo
  • A linfadenite caseosa (LC) é uma doença crônica causada pela bactéria Corynobacterium pseudotuberculosis que acomete pequenos ruminantes, provocando a presença de abscessos em linfonodos e órgãos, levando à queda nos índices produtivos do rebanho. O tratamento desta doença é deficiente e insatisfatório. Atualmente não existem vacinas eficazes para a prevenção da LC, mas estratégias têm sido desenvolvidas com a utilização de proteínas recombinantes que apresentam resultados promissores. O objetivo deste trabalho é avaliar a segurança de longo prazo de uma formulação vacinal em ovinos composta por M. bovis BCG Pasteur e rCP40 através do acompanhamento clínico e laboratorial por 88 dias após a realização do esquema de vacinal completo. O estudo apresentado foi realizado com 12 ovinos nativos, machos, hígidos, com idade entre 4 e 6 meses, divididos em 2 grupos e imunizados com solução salina 0,9% ou com associação de 200 µg de rCP40 e 106 UFC de BCG diluído em PBS. Após a última imunização, os animais foram acompanhados para a avaliação de eventos adversos de longo prazo. Os exames clínicos foram realizados durante 20 semanas, e se iniciaram após o esquema de vacinação completa, onde foram avaliados os seguintes parâmetros: peso, temperatura retal, frequência cardíaca, frequência respiratória, movimentos ruminais, coloração das mucosas ocular, nasal e oral e palpação de linfonodos. Da mesma forma, foram realizados exames hematológicos e bioquímicos durante aproximadamente 3 meses após a imunização completa, onde foram avaliados os seguintes parâmetros: Hematócritos, hemoglobina, hemácias, volume corpuscular médio, concentração média de hemoglobina corpuscular, proteína plasmática total, fibrinogênio plasmático, leucócitos, proteína total e albumina. Como resultado, não foram observadas diferenças significativas entre os animais que receberam BCG e CP40 como vacina e o grupo controle para os parâmetros clínicos, hematológicos e bioquímicos avaliados. Estes resultados podem indicar que a formulação da vacina não altera os parâmetros a longo prazo, e que, desta forma, é segura para uso em ovinos.

  • Mostrar Abstract
  • O objetivo desta pesquisa é avaliar a prevalência de Anaplasma marginale, Babesia bovis e Babesia bigemina em búfalos (Bubalus bubalis) da fazenda Tapuio no município de Taipu Rio Grande do Norte, através do teste molecular de Reação de Cadeias de Polimerase (PCR) que serão realizadas no Laboratório de Medicina da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) no mês de setembro de 2022, com a finalidade de identificar os animais que reagem a A. marginale, B. bovis e B. bigemina nos búfalos deste município. Será realizado um estudo epidemiológico analítico transversal nas dezoito áreas onde se encontram os búfalos existentes na fazenda Tapuio, para incluir todos os animais com mais de um ano, obtendo assim um total de 1.240 animais para os dezoito lotes. A seleção do tamanho da amostra será exercida com critérios de discriminação como idade (acima de um ano), desta população foi calculado o tamanho da amostra e foi utilizado um método de amostragem probabilística baseado no princípio da equiprobabilidade, considerando os seguintes parâmetros: Confiança nível é 95%, o que equivale a Z= 1,96 (valor de teste), P= 0,5 (proporção amostral) e erro= 5% (fórmula: n= (Z2 x P(1- P)) /e2 )). O total foi de 293 animais selecionados na amostragem. As variáveis avaliadas foram: A; Reator: Devem ser semelhantes em tamanho aos controles de PCR positivos. B; Sem reator: Mesmo tamanho que os controles de PCR negativos. Os resultados serão obtidos através do teste de PCR convencional para determinar o estado sanitário dos búfalos e, assim, realizar as medidas sanitárias necessárias para a segurança e bem-estar animal.

Teses
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  • LUCAS DA SILVA MORAIS
  • Efeito de diferentes diluidores na conservação do sêmen de zangões de abelhas Apis mellifera africanizadas (Hymenoptera: Apidae)

  • Orientador : DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • MARCELO BARBOSA BEZERRA
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • FABIANA MARTINS COSTA MAIA
  • ANDREIA MARIA DA SILVA
  • Data: 24/02/2023

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  • Embora o conhecimento acerca da biologia e importância das abelhas para o homem e para o mundo esteja sendo ampliado, ainda são escassas as informações acerca da fisiologia reprodutiva dos zangões, bem como sobre ferramentas para conservarção do seu sêmen, principalmente com as abelhas africanizadas. Com isso, estabelecer um protocolo de refrigeração e criopreservação de espermatozoides de zangões de abelhas africanizadas (Apis mellifera) foi o objetivo desse trabalho. Para tanto, o estudo foi dividido em dois experimentos, os quais utilizaram-se zangões adultos de abelhas africanizadas oriundos do Núcleo de Capacitação Tecnológica em Apicultura – NCTA. O primeiro experimento descrito no capítulo I, traz informações sobre efeito de diferentes diluentes na preservação de sêmen refrigerado de abelhas africanizadas (Apis mellifera) na temperatura de 16ºC, sob os parâmetros espermáticos de pH, motilidade, viabilidade, HOST e morfologia. Para tanto, os diluentes utilizados foram o Tris, Tris + EY, Collins e Ringer. As amostras foram refrigeradas em incubadora de demanda biológica de oxigênio à 16 ± 1ºC durante um período máximo de 96 horas. Já o segundo experimento descrito no capítulo II, traz informações sobre o efeito de diferentes diluentes na criopreservação do sêmen abelhas africanizadas (Apis mellifera), sob os parâmetros espermáticos de motilidade, viabilidade, HOST e morfologia. Sendo os diluentes Tris, Tris + EY e Collins utilizado nesse experimento. Para a criopreservação, as amostras foram refrigeradas a 15ºC por 40 min em caixas isotérmicas e estabilizadas a 5ºC por 10 min em incubadora biológica. Em seguida foram colocadas em contato com o vapor de nitrogênio por 10 minutos e finalmente armazenadas em um recipiente criobiológico a -196ºC. Após 1 semana, as palhetas foram descongeladas individualmente em banho-maria a 37ºC por 30 segundos. Nos dois experimentos as amostras foram diluídas na proporção de diluição 12:1 (diluente: sêmen). Os parâmetros espermáticos sofreram alterações significativas após o processo de refriegeração e criopreservação. Estes estudos foram pioneiros a que se refere, na utilização de diferentes diluentes, afim de desenvolver um diluente comercial para conservação do sêmen de zangões de abelhas africanizadas.


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  • O objetivo deste estudo será avaliar o efeito do estresse térmico na qualidade espermática de zangões de abelhas africanizadas (Apis mellifera L) no clima semiárido. O trabalho será realizado na câmara bioclimática da Estação Experimental da UFERSA. Serão utilizados zangões de 20 colmeias irmãs de abelhas africanizadas, sendo 10 em termoneutralidade e 10 submetidos ao estresse térmico durante os períodos de safra e entressafra. A coleta do sêmen será dada pela técnica de coleta padrão, no qual cada zangão será preso na região da cabeça e tórax e seu abdômen apertado suavemente resultando na eversão do endófalo. Após a coleta do sêmen, uma alíquota de 10µL será depositada em uma lâmina histológica de vidro, para mensuração da taxa da motilidade espermática. A integridade da membrana plasmática será dada com uma alíquota de 5µL será depositada em um tubo contendo iodeto de propídio e Hoechst 33342, depois incubados por 5 minutos e contabilizados através de um microscópio de epifluorescência. O número de espermatozoides no sêmen será determinado, através de uma alíquota de 5µL diluído em 995µL de solução salina formolizada. O corante Rosa de Bengala será usado para avaliação da morfologia espermática, no qual serão contadas células espermáticas em microscopia de luz. Após as avaliações dos parâmetros seminais, será confeccionado um pool de sêmen, no qual será centrifugado e o sobrenadante, ou seja, o plasma seminal removido e transferido. Nas amostras de plasma seminal serão avaliadas as concentrações de frutose (método de Selliwanoff), de glicose (GOD-Thrinder), colesterol total (Método colorimétrico - Enzimático de Trinder) e proteínas totais (método do Biureto). Para a análise da quantidade de proteína solúvel, será utilizado o método de Bradford. O perfil proteico será dado por eletroforese bidimensional em gel. As proteínas serão identificadas por espectrometria de massa. Análises descritivas serão efetuadas para todas as características estudadas. As diferenças do volume do sêmen, motilidade espermática, integridade da membrana plasmática, concentração espermática e morfologia espermática de zangões, como variáveis dependentes e assumindo sua normalidade. Será utilizado o teste de Kolmogorov-Smirnov para verificar a normalidade dos dados. Para comparações entre os grupos será utilizado o teste de variância (ANOVA). Para as análises estatísticas será adotado nível o de significância de 5%.

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  • MARIA VALÉRIA DE OLIVEIRA SANTOS
  • ESTRATÉGIAS DE SELEÇÃO E CAPACITAÇÃO ESPERMÁTICA PARA A PRODUÇÃO IN VITRO DE EMBRIÕES EM CATETOS (Pecari tajacu LINNAEUS, 1758).

  • Orientador : ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDRÉ FURUGEN CESAR DE ANDRADE
  • RODRIGO VASCONCELOS DE OLIVEIRA
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • RIBRIO IVAN TAVARES PEREIRA BATISTA
  • Data: 24/02/2023

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  • A produção de embriões por fertilização in vitro (FIV) possibilita uma abordagem científica, conservacionista e comercial dos catetos, mamíferos silvestres de importância biológica e com potencial de mercado. Contudo, informações sobre as variáveis envolvidas na seleção e capacitação espermática que antecede à FIV ainda são escassas em catetos. Assim, o objetivo foi aperfeiçoar o processamento espermático para a FIV em catetos. Para tanto, a presente tese foi dividida em duas etapas. A primeira etapa organizada em três experimentos teve como objetivo avaliar diferentes métodos de seleção espermática. No primeiro experimento, o efeito da centrifugação para remoção do plasma seminal antes do swim-up foi avaliado sobre a qualidade espermática. Neste experimento, o swim-up reduziu a motilidade (51,9 vs. 90,4%) e aumentou os níveis de espécies reativas de oxigênio em comparação com o controle (não selecionado), tendo a centrifugação prejudicado ainda mais a qualidade espermática. Este método não foi recomendado para catetos. No segundo experimento, as densidades do gradiente Percoll® (PG 45–90% e PG 35–70%) foram comparadas sobre os parâmetros de qualidade espermática. PG 45–90% melhoraram a velocidade média do trajeto (VAP; 96,8 vs. 69,7 µm/sec), velocidade linear (VSL; 88,4 vs. 56,0 µm/sec) e linearidade (LIN; 66,0 vs. 46,0%) em comparação ao grupo controle, enquanto PG 35–70% afetaram negativamente a motilidade e qualidade espermática. No terceiro experimento, o efeito do PG 45–90% e da lavagem por centrifugação (LC) foi avaliado sobre a cinética de motilidade espermática e fertilização heteróloga usando oócitos suínos. PG 45–90% melhoraram alguns parâmetros cinéticos de motilidade em comparação aos grupos controle e LC. Contudo, as taxas de clivagem (26,3 e 25,2%) e mórulas (10,5 e 8,1%) não diferiram entre os grupos. Assim, PG 45–90% e LC foram eficientes no isolamento de espermatozoides móveis de catetos, os quais foram capazes de fertilizar oócitos suínos e promover o desenvolvimento de embriões híbridos. Já a segunda etapa organizada em dois experimentos teve como objetivo determinar as condições de capacitação espermática, por meio da comparação do meio Tyrode albumina lactato piruvato (TALP) na ausência e na presença de heparina, cafeína e sua combinação por diferentes tempos de incubação (1, 3 e 6 h). No primeiro experimento, a influência das condições de capacitação foi avaliada sobre a qualidade espermática. Os parâmetros de motilidade progressiva (48,6 vs. 32,3%), retilinearidade (71,1 vs. 64,6%), LIN (40,7 vs. 35,2%) e espermatozoides rápidos (51,7 vs. 35,6%) foram superiores usando TALP com heparina em comparação ao TALP com cafeína. O meio TALP com heparina ou cafeína aumentaram a taxa de capacitação espermática em comparação com o TALP (75,5 vs. 75,9 vs. 55,0%, respectivamente), sendo a porcentagem máxima de capacitação alcançada após 3 h de incubação (77,5%). Adicionalmente, os espermatozoides submetidos à capacitação com heparina apresentaram menor estresse oxidativo após 1 h de incubação. Portanto, espermatozoides de catetos podem ser capacitados com cafeína ou heparina; mas a heparina melhorou a motilidade espermática, sendo recomendada para a capacitação espermática. No segundo experimento, a funcionalidade de espermatozoides capacitados em TALP com heparina foi avaliada comparando os tempos de incubação de 3 e 6 h. Não houve diferença entre os tempos de incubação na média de espermatozoides ligados à zona pelúcida de oócitos suínos (3 h: 47,0 vs. 6 h: 71,1 espermatozoides/oócito). Portanto, a incubação de gametas em TALP com heparina por 3 h pode ser eficiente para FIV na espécie. Em síntese, as condições de seleção e capacitação espermática foram estabelecidas e representam um avanço significativo para o desenvolvimento da FIV em catetos, permitindo sua utilização para a conservação e emprego comercial da espécie.


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  • A fecundação in vitro (FIV) consiste numa biotécnica interessante para o conhecimento, multiplicação e conservação de catetos, mamíferos silvestres de importância ecológica, científica e econômica. Nesse sentido, o desenvolvimento de pontos estratégicos desta biotécnica é fundamental para a sua otimização na espécie. Recentemente, nosso grupo estabeleceu as condições de maturação in vitro de oócitos de catetos, bem como analisou a competência desses oócitos sobre o desenvolvimento embrionário. Portanto, as etapas seguintes da FIV consistem em aperfeiçoar as condições de preparo dos espermatozoides frescos e criopreservados e suas condições de co-incubação com oócitos maturados. Para tanto, a proposta será dividida em três etapas e em todos os experimentos serão avaliados espermatozoides frescos e criopreservados. Na primeira etapa, serão avaliadas, sobre os parâmetros espermáticos, as condições para o estabelecimento dos métodos de seleção:
    gradiente de Percoll (Experimento 1) e swim up (Experimento 2), os quais as melhores condições serão comparadas entre si e com o método de centrifugação sobre a eficiência da fecundação heteróloga com oócitos suínos (Experimento 3). Na segunda etapa, serão avaliados agentes capacitantes [NaHCO3 vs. cafeína (1 e 2 mM) vs. NaHCO3 e cafeína (1 e 2 mM)] sobre os parâmetros espermáticos (Experimento 1) e os efeitos da capacitação sobre a eficiência da fecundação heteróloga com oócitos suínos (Experimento 2). Finalmente, na terceira etapa, diferentes tempos de co-incubação (1 vs. 3 vs. 6 h), concentrações espermáticas (0,5 vs. 5,0 x 105) (Experimento 1) e distintos meios (Experimento 2: TALP vs. TBM) serão avaliados quanto a eficiência da fecundação heteróloga com oócitos suínos. Finalmente, será realizada a FIV com espermatozoides e oócitos maturados de catetos (Experimento 3) usando as melhores condições estabelecidas. Para as avaliações espermáticas serão considerados parâmetros de motilidade, morfologia, funcionalidade da membrana, viabilidade, atividade mitocondrial, níveis de espécies reativas de oxigênio, integridade do DNA, reação acrossômica e capacitação espermática. Já após as avaliações de co-incubação de oócitos e espermatozoides serão analisados os parâmetros de interação oócito-espermatozoide, taxa de fecundação, cinética de desenvolvimento e qualidade embrionária. Assim, espera-se com o desenvolvimento dessas etapas, aperfeiçoar a FIV em catetos, visando a multiplicação e conservação desta espécie.

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  • EDGAR RODRIGUES DE ARAUJO NETO
  • ANCESTRALIDADE DAS ABELHAS AFRICANIZADAS (APIS MELLIFERAL) NA REGIÃO SEMIÁRIDA DO BRASIL

  • Orientador : DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • AIRTON TORRES CARVALHO
  • JOSE ERNANDES RUFINO DE SOUSA
  • KATIA PERES GRAMACHO
  • Carlos Alfredo Lopes de Carvalho
  • Data: 24/03/2023

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  • apicultura no Brasil, com exceção da Ilha de Fernando de Noronha - PE é desenvolvida quase na maioria com abelhas africanizadas, um poli híbrido resultante do cruzamento entre subespécies de abelhas europeias com abelhas africanas. O semi-arido brasileiro possui uma vasta diversidade floral e um microclima único e condições privilegiadas para o desenvolvimento da apicultura, resultado da sua diversidade de ecossistemas, sendo que a maior parte é predominante o bioma caatinga. Sendo, a atividade apícola, uma das principais atividades de ocupação e geração de renda aos seus habitantes neste bioma e vem contribuindo para o desenvolvimento econômico das comunidades locais com a comercialização de mel e outros produtos. A apicultura desenvolvida com diferentes ecótipos pode apresentar algumas particularidades, uma vez que as abelhas que compõem essas populações possuem características específicas que as tornam mais adaptadas ao ambiente em que vivem. Informações sobre ancestralidade são importantes em programas de criação de abelhas, pois podem ajudar os apicultores a identificar e selecionar as melhores características para seus apiários. As populações de abelhas podem ser altamente diversas, com variações em características como produção de mel, resistência a doenças e temperamento. Compreender a ancestralidade de cada abelha pode ajudar a identificar aquelas com características desejáveis e a procriar seletivamente para essas características. É importante também, para entender sua distribuição geográfica, bem como suas respostas às mudanças ambientais, permitindo assim a implementação de medidas de conservação e manejo adequado no semiárido brasileiro. Técnicas morfométricas, como morfometria geométrica das asas, têm sido amplamente utilizando no estudo de populações e, principalmente em abelhas africanizadas, permite distinguir entre diferentes espécies de abelhas, muitas das quais podem ser difíceis de identificar apenas por características visuais. Isso é especialmente importante para as abelhas africanizadas, que são frequentemente confundidas com outras espécies de abelhas nativas, também as técnicas morfométricas podem ser usadas para monitorar a saúde das abelhas africanizadas e detectar possíveis efeitos negativos do ambiente ou de doenças. Por exemplo, mudanças na morfologia das asas ou do corpo podem indicar exposição a pesticidas ou outros poluentes. A morfometria pode ser útil para a conservação e manejo das abelhas africanizadas e de seus ecossistemas e biomas. A identificação precisa de espécies e populações pode ajudar a planejar medidas de conservação e manejo mais eficazes, enquanto a monitoração da variação e da saúde pode ajudar a identificar as áreas em que essas medidas são mais necessárias. Além de ser uma técnica de baixo custo, a morfometria geométrica apresenta alta precisão na identificação das subespécies e no posicionamento racial das abelhas africanizadas. Diante disso, o objetivo geral desse trabalho foi determinar o posicionamento racial de abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) do semiárido brasileiro. O estudo foi dividido em dois experimentos, resultando em dois capítulos. Em ambos os experimentos, foram utilizadas operárias de abelhas africanizadas provenientes de região semiárida. No experimento I, objetivou-se avaliar a existência de ecótipos localmente adaptados de populações de abelhas africanizadas em diferentes localidades do semiárido. Para tanto, as amostras foram coletadas de 20 municípios em 8 estados, totalizando 1970 amostras analisadas. As amostras foram analisadas utilizando a morfometria geométrica de asas. Destas asas foram analisados os 19 marcos anatômicos, aplicando a análise de variáveis canônicas e distancias de Mahalanobis. Foram observadas diferenças estatísticas entre as populações de abelhas africanizadas no semiárido brasileiro. Os ecótipos mais similares foram Piauí e Minas Gerais, enquanto os mais distantes foram Sergipe e Ceará. O ecótipo de Sergipe apresentou uma menor distância genética da população africana, consequentemente uma maior similaridade com as abelhas africanas puras (Apis mellifera scutellata), diferindo dos demais estados. Já no experimento II, cujo objetivo foi verificar a existência de variações morfológicas nas asas de abelhas africanizadas de linhagens higiênicas e de abelhas africanizadas de linhagens não higiênicas. Para isto, foram utilizados apenas as asas de abelhas africanizadas da região de Mossoró oriundos do Setor de Apicultura da UFERSA. Foi aplicado o teste de comportamento higiênico em 33 colônias de abelhas africanizadas. Para isso, foi utilizando a Análise das Variáveis Canônicas e a Distância de Procrustes, buscando identificar padrões mofométricos e raciais que tivessem influência no comportamento higiênico. Houve diferenças estatísticas entre os grupos higiênico e não higiênico e as subespécies avaliadas (p


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  • O semiárido ocupa da 18,2% do território brasileiro, tendo a sua maior parte situada no nordeste, sendo caracterizado por seus curtos períodos de chuva e grandes áreas ainda não exploradas. Essa dimensão territorial e a falta de exploração traz ao nordeste destaque nos produtos apícolas produzidos nessa região. As condições adversar para apicultura no nordeste gera a necessidade de entendimento das adaptações das abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) ao clima semiárido. As abelhas africanizadas são polihibridos resultantes do cruzamento de abelhas africanas Apis mellifera scutellata, com abelhas europeias já existentes no Brasil. Tendo sua origem através de cruzamentos naturais, um ponto importante é a identificação da ancestralidade das abelhas africanizadas situadas no semiárido nordestino, possibilitando assim identificar os níveis de africanização dessas abelhas. Atualmente para obter uma ancestralidade confiável são identificados os Single Nucleotide Polymorphisms (SNPs), o qual é um polimorfismo em único nucleotídeo na sequência do DNA genômico; por exemplo, quando um T se torna um G, podem acontecer dentro de genes ou entre eles. O presente trabalho tem como objetivo principal identificar a proporção de ancestralidade "africana" em abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) utilizando um teste de SNP e avaliando suas influencias nas colônias em campo. A pesquisa será realizada na Fazenda Experimental da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, serão usadas 30 colônias as quais serão submetidas ao mesmo manejo durante todo o experimento. Para as amostragens, será coletada 1 abelha de cada colônia de estudo. Utilizando o tergito será extraído o DNA de alto peso molecular, para a genotipagem, serão levados em consideração 95 SNPs já descritos e identificados por Champman et al (2015), indiciando a porcentagem de ancestralidade das linhagens do Leste europeu (C) Europa Ocidental (M) e Africana (A). Para a estrutura populacional as amostras serão avaliadas. A estrutura populacional será realizada com base em Champman et al (2015), avaliando as amostras através do ESTRUTURA (v2.3.4, Pritchard et al. 2000) usando uma fase de burn-in de 50.000 iterações com indivíduos das três populações de referência. Permitindo assim a identificação dos níveis de africanização e a partir disso comparar os níveis de africanização com fatores como comportamento higiênico, resistência a doenças, diferentes níveis de africanização entre abelhas africanizadas de diferentes regiões do Brasil e outros fatores.

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  • KLIVIO LORENO RAULINO TOMAZ
  • BACTERIOMA EM ÚTERO DE GATAS DOMÉSTICAS (Felis catus)

  • Orientador : JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • João Pessoa Araújo Junior
  • Leila Sabrina Ullmann
  • Camila Dantas Malossi
  • Fábio Sossai Possebon
  • JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • Data: 30/03/2023

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  • O sequenciamento do gene 16S RNA ribossômico (16S rRNA) permitiu maior abrangência nos estudos de comunidades bacterianas em sistemas orgânicos saudáveis, como também em condições patológicas. Assim, tivemos dois objetivos neste estudo, tais como: investigar o bacterioma em amostras de úteros felino saudável; e descrever a comunidade bacteriana em um ambiente materno-fetal em quadro de falha reprodutiva (FR). Para isso, foram coletados fragmentos uterinos de cinco gatas (não gestantes e sadias) e fragmentos uterinos e de órgãos fetais oriundos de uma gata com morte fetal no último terço de gestação. Após a extração de DNA de todas as amostras, foi realizado reação para amplificação para sequenciamento genômico para regiões variáveis V3 e V4 do gene 16S rRNA. As amostras das gatas sadias não amplificaram para o gene 16S rRNA, porém foi descrito o bacterioma no quadro de FR. Foram identificados 119 OTUs (OTU - Operational Taxonomic Unit) de 5 filos e 15 e 13 gêneros do útero e do pool de órgãos fetais, respectivamente. Foram detectados gêneros que ainda não descritos em FR de felinos. Deste modo, nos moldes deste estudo, nossos resultados apoiam a hipótese de esterilidade uterina ou de ultrabaixa biomassa em condições de saúde, porém em casos de FR em gatas, demonstramos um bacterioma no ambiente materno-fetal.


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  • As falhas reprodutivas (FR) em cães e gatos podem se apresentar como morte fetal, reabsorção, aborto, retenção fetal e mumificação do feto. As causas podem ser diversas, entretanto, doenças infecciosas podem ser causas destas FR em fêmeas caninas e felinas com frequência e, por isso, justificam maiores investigações com técnicas mais avançadas em biologia molecular. A Metagenômica é o estudo do genoma dos microrganismos de um
    determinado ambiente, independente de isolamento e cultivo. Recentemente, algumas tecnologias que permitem o sequenciamento do DNA com alto rendimento tornaram-se disponíveis. Cabe ressaltar que nenhum trabalho foi publicado até o presente utilizando a Metagenômica como técnica de investigação de FR em cães e gatos. Diante destes últimos fatos e da alta prevalência de desordens reprodutivas, este trabalho tem como objetivo verificar o material genético em amostras de úteros e fetos negativos para agentes infecciosos causadores de FR em busca de identificar novos agentes etiológicos ainda não descritos na literatura.

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  • ÉRIKA ALMEIDA PRAXEDES
  • OBTENÇÃO DE CARIOPLASTOS E CITOPLASTOS COMO ETAPAS INICIAIS DA REPROGRAMAÇÃO NUCLEAR EM CUTIA VERMELHA (Dasyprocta leporina, LINNAEUS, 1758)

  • Orientador : ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • LUCIANA DINIZ ROLA
  • FABIANA FERNANDES BRESSAN
  • JOSÉ ROBERTO VIANA SILVA
  • Data: 27/04/2023

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  • A reprogramação nuclear usando a transferência nuclear de célula somática ou a indução de células à pluripotência possibilita a exploração do potencial de células somáticas visando a multiplicação e conservação de espécies, tais como a Dasyprocta leporina, roedor silvestre de interesse ecológico, econômico e científico. Portanto, a presente tese objetivou investigar as condições envolvidas no estabelecimento de carioplastos e citoplastos derivados de D. leporina. Para tanto, a tese foi dividida em duas etapas, tendo cada etapa de 2–3 experimentos. A primeira etapa consistiu em avaliar as condições de obtenção de carioplastos, sendo realizadas comparações do tempo de cultivo (2a, 5a, 8a passagem) e criotolerância (experimento 1), das condições das soluções crioprotetoras (10% de dimetilsulfóxido [DMSO], na ausência e presença de 0,2 M de sacarose [SAC], e 10%, 40% e 90% de soro fetal bovino [SFB], experimento 2) e dos métodos de sincronização do ciclo em G0/G1 (inibição por contato, privação de soro fetal bovino, e 10 μM de roscovitina em diferentes tempos, experimento 3). No primeiro experimento, nós identificamos seis linhagens fibroblásticas por morfologia, imunofluorescência e cariotipagem. Além disso, o cultivo após todas as passagens, bem como a criopreservação não afetaram o metabolismo e os níveis de apoptose. Contudo, células na quinta passagem (30,8 h e 1,4 unidades arbitrárias) apresentaram uma redução na atividade proliferativa e aumento de espécies reativas de oxigênio (EROs), quando comparadas à segunda (16,5 h e 1,0 unidades arbitrárias) e oitava passagem (17,6 h e 0,8 unidades arbitrárias). Além disso, a criopreservação reduziu o potencial mitocondrial (ΔΨm) comparada às células não submetidas à criopreservação (0,6 e 1,0). No segundo experimento, nenhuma diferença foi observada entre os grupos criopreservados em diferentes soluções e células não submetidas à criopreservação para viabilidade, atividade metabólica, atividade proliferativa e níveis de EROs. Curiosamente, apenas as células criopreservadas com 90% de SFB e SAC mantiveram ΔΨm similar às células não submetidas à criopreservação. Isso indica que em altas concentrações de SFB, SAC contribui para a manutenção desse parâmetro em células criopreservadas. Portanto, 90% de SFB e 0,2 M de SAC promovem maior conservação das células após a criopreservação. No terceiro experimento, nenhuma diferença foi observada para a morfologia, viabilidade e níveis de apoptose entre os métodos de sincronização em G0/G1 avaliados. Contudo, a privação com soro por 24 a 120 h e roscovitina por 12–48 h foram hábeis em promover a sincronização em G0/G1 de fibroblastos. Adicionalmente, a inibição por contato em nenhum dos tempos avaliados promoveu a sincronização em G0/G1. Já a segunda etapa consistiu em avaliar as condições de obtenção de citoplastos, sendo realizados comparações da concentração de FSH (10, 50 e 75 mUI/mL, experimento 1) e do fator de crescimento epidermal (EGF, 10, 50 e 100 ng/mL, experimento 2) sobre a maturação oocitária e desenvolvimento embrionário inicial. No primeiro experimento, nenhuma diferença foi observada entre os grupos quanto à expansão e viabilidade das células do cumulus, bem como a presença do primeiro corpúsculo polar e morfometria oocitária. Contudo, somente oócitos maturados com 10 mUI/mL de FSH resultaram em mórulas após a ativação artificial (33,3%). No segundo experimento, 10 (20,0%) e 100 (26,7%) ng/mL de EGF na presença de 10 mUI/mL de FSH (18,8%) foram hábeis na maturação oocitária, resultando em mórulas após a ativação oocitária. Contudo, somente oócitos maturados com 10 ng/mL de EGF e 10 mUI/mL de FSH resultaram em um melhor índice de expansão de células do cumulus. Em síntese, nossos resultados indicam as condições adequadas de obtenção de carioplastos e citoplastos de D. leporina, visando o emprego destas células em estudos de reprogramação nuclear para a conservação da espécie.


  • Mostrar Abstract
  • A clonagem por transferência nuclear de células somáticas (TNCS) representa uma ferramenta interessante para estudos de reprogramação celular e multiplicação de indivíduos. Embora a Dasyprocta leporina tenha sua população estável, o interesse investigativo por essa espécie está principalmente relacionado à manutenção da sua população e o seu papel científico como modelo experimental para roedores ameaçados. Nesse cenário, a inserção da TNCS permitiria contribuir positivamente para a conservação desta espécie. Portanto, a presente proposta objetiva desenvolver as etapas de obtenção e manipulação de células doadoras de núcleo (carioplastos) e oócitos receptores (citoplastos), visando a TNCS e suas aplicações em D. leporina. Para tanto, a proposta será dividida em duas etapas. A primeira etapa consistirá no estabelecimento dos carioplastos, envolvendo a obtenção de uma linhagem celular após análise da criotolerância e de suas características durante diferentes passagens (experimento 1), formação de criobancos de células somáticas após comparação de diferentes concentrações de soro fetal bovino (10, 40 e 90%) na presença de 10% de dimeltilsulfóxido e 0,2 M de sacarose (experimento 2), e avaliação da habilidade das células serem sincronizadas em G0/G1 após submissão à privação de soro fetal bovino (24, 48, 72, 96 e 120 h), inibição por contato (24, 48, 72, 96 e 120 h) e roscovitina (12, 24 e 48 h) em comparação à células não sincronizadas (experimento 3). A segunda etapa consistirá no estabelecimento de citoplastos, envolvendo a obtenção de oócitos maturados após análise da associação do fator de crescimento epidermal e cisteamina no meio de maturação in vitro (experimento 1) e avaliação da competência oocitária comparando diferentes protocolos de ativação artificial (cloreto de estrôncio ou etanol com citocalasina B na ausência ou presença de 6-dimetilaminopurina, 6- DMAP) para o desenvolvimento embrionário (experimento 2). Finalmente, a proposta pretende contribuir na conservação de D. leporina empregando o desenvolvimento da clonagem por TNCS como estratégia útil em programas de conservação.

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  • CARLOS EDUARDO VALE REBOUÇAS
  • "MORFOLOGIA DOS TESTÍCULOS, EPIDÍDIMOS E DUCTOS DEFERENTES DE EMAS (Rhea americana LINNAEUS, 1758) COM IDADES DE TRÊS A DEZOITO MESES"

  • Orientador : MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • EMANUEL KENNEDY FEITOSA LIMA
  • TIAGO DA SILVA TEOFILO
  • ANA RITA DE LIMA
  • DIEGO CARVALHO VIANA
  • Data: 28/04/2023

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  • Objetivou-se por meio desta pesquisa avaliar morfológica e morfometricamente o desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos da ema (Rhea americana). Para tanto, a tese foi dividida em dois capítulos. O primeiro capítulo traz informações sobre a morfologia dos órgãos genitais, sendo intitulado: Morfologia dos órgãos genitais masculinos da ema (Rhea americana) e para o segundo capítulo foi realizado uma avaliação morfométrica dos órgãos genitais, intitulado: Avaliação morfométrica e histológica dos testículos, epidídimo e ducto deferente de ema (Rhea americana). Para o desenvolvimento dos dois estudos foram utilizadas 18 emas criadas em cativeiro, separadas em grupos por idade, sendo 3, 6, 9, 12, 15 e 18 meses. Após a eutanásia dos animais, os órgãos do aparelho genital masculino foram pesados em balança analítica, mensurados com paquímetro digital os seguintes parâmetros morfométricos: comprimento, largura, volume e processados posteriormente para análise microscópica. Posteriormente, foram elaboradas lâminas para avaliação microscópica do parênquima testicular. Com base nos estudos morfológico, observou-se que os órgãos genitais masculinos de emas são pares e estão localizados simetricamente de cada lado da linha média corporal, no interior da cavidade celomática e são constituídos de dois testículos, dois epidídimos, dois ductos deferentes e um órgão copulador. Os testículos são revestidos por uma túnica albugínea delicada, muitos túbulos seminíferos e escasso tecido intertubular. No epitélio seminífero foram observadas as células de Sertoli, espermatogônias e espermátides, em diferentes etapas de diferenciação testicular. O ducto deferente, tem parede fina e constituída pelas túnicas mucosa, muscular e adventícia e estende-se do epidídimo até a cloaca, onde se abre no urodeo, por meio da papila do ducto deferente. De acordo com as fotomicrografias, os túbulos seminíferos em cortes transversais, apresentavam formas quase circulares em diferentes fases do ciclo do epitélio. Quando analisadas as densidades dos túbulos seminíferos, epitélio intersticial e luz tubular da Rhea americana, esta apresentou diferença de acordo com a idade dos animais, demonstrando o aumento dos túbulos seminíferos e luz tubular, seguido da redução do espaço intersticial, com o aumento da idade do animal. Em vista dos resultados obtidos, conclui-se que, ao analisar macro e microscopicamente as medidas morfológicas e morfométricas do sistema reprodutor masculino de Rhea americana, em diferentes idades de crescimento, verificamos que, de acordo com a idade, foram observadas alterações morfológicas na estrutura dos testículos. Desta forma, podemos contribuir para a biologia da espécie, favorecendo o conhecimento que propiciem a manutenção da reprodução em cativeiro e perpetuação da espécie no sistema de produção, conseguindo-se assim um aumento na produtividade e na viabilidade da Rhea americana.


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  • Objetivou-se por meio desse projeto descrever o desenvolvimento dos órgãos reprodutores masculinos da ema (Rhea americana americana) assim como avaliar o perfil hormonal de testosterona, cortisol, estradiol, FSH e LH. Para desenvolvimento deste estudo serão utilizados 24 animais, com idades variando de três a dezoito meses, os quais serão mantidos em um setor do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró-RN. Para determinação das concentrações séricas dos hormônios, serão colhidas amostras de sangue e analisadas por quimioluminescência. Posteriormente os animais serão eutanasiados e os órgãos do aparelho reprodutor masculinos em diferentes idades serão pesados em balança analítica e mensurados com paquímetro digital, processados para análise quanto a macroscopia, microscopia de luz, microscopia eletrônica de transmissão e varredura. Com a obtenção dos resultados do perfil hormonal da ema e a sua correlação com a morfologia e características sexuais, espera-se contribuir para a biologia da espécie, além de favorecer conhecimento para futuros estudos que propiciem a manutenção da reprodução em cativeiro e perpetuação da espécie no sistema de produção, conseguindo-se assim um aumento na produtividade e na viabilidade nesse tipo de criação.MORFOLOGIA DOS ÓRGÃOS GENITAIS MASCULINOS E NÍVEIS HORMONAIS DA EMA (Rhea americana americana LINNAEUS, 1758) COM IDADES DE TRÊS A DEZOITO MESES

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  • SAMARA SANDY JERÔNIMO MOREIRA
  • INCORPORAÇÃO DE ANTIMICROBIANOS, DETERGENTES E ANTIOXIDANTES AO DILUENTE PARA CRIOPRESERVAÇÃO DO SÊMEN DE CATETOS (Pecari tajacu LINNAEUS, 1758)

  • Orientador : ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • REGINA CELIA RODRIGUES DA PAZ
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • ANDRÉ FURUGEN CESAR DE ANDRADE
  • LÚCIA DANIEL MACHADO DA SILVA
  • Data: 28/04/2023

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  • Haja vista a importância ecológica dos catetos (Pecari tajacu) como dispersores de sementes e
    membros da cadeia alimentar em diferentes biomas, o objetivo desta tese foi aprimorar o
    diluente para a criopreservação de sêmen nesta espécie por meio da incorporação de diferentes
    agentes, com o intuito de contribuir para os programas de conservação de seu germoplasma. A
    tese foi configurada em quatro capítulos. No primeiro, foram investigados os efeitos da
    suplementação do diluente com os antibióticos gentamicina 70µg/mL ou estreptomicina penicilina 1 mg/mL/1000 UI/mL. Observou-se que o processo de criopreservação resultou em
    uma diminuição significativa (P < 0,05) da carga bacteriana, independentemente de
    antibióticos. Os parâmetros cinéticos pós-descongelação não foram afetados pela ausência ou
    presença de diferentes antibióticos, exceto pela frequência de batimento cruzado que foi
    significativamente (P < 0,05) prejudicada pela suplementação de estreptomicina-penicilina em
    comparação com o grupo sem antibióticos. Após a descongelação, a morfologia espermática, a
    funcionalidade e integridade da membrana. a atividade mitocondrial e a capacidade de ligação
    espermática também não foram afetadas pela presença ou ausência de antibióticos; no entanto,
    uma diminuição significativa foi observada no grupo sem antibióticos (P < 0,05) em
    comparação com amostras frescas. Conclui-se que embora o sêmen de cateto possa ser
    eficientemente criopreservado na ausência de antibióticos no diluidor, o uso de gentamicina ou
    a combinação estreptomicina-penicilina é recomendado como suplementação antibiótica eficaz
    para um maior controle das cargas bacterianas sem afetar os parâmetros espermáticos. No
    segundo capítulo, verificou-se o efeito da suplementação do diluente com detergentes como o
    Equex STM® a 0,5% ou o dodecil sulfato de sódio (SDS) a 0,1%, 0,3% ou 0,5%. Verificou-se
    que os tratamentos sem o SDS (41,8 ± 3,5%) e aqueles contendo Equex (41,8 ± 4,4%) ou SDS
    a 0,1% (41,2 ± 5,5%) proporcionaram maior motilidade espermática (P < 0,05) comparados
    àqueles contendo SDS 0,3% (30,5 ± 4,7%) e 0,5% (31,2 ± 6,3%). Imediatamente após a
    descongelação, apenas o grupo contendo 0,1% de SDS preservou efetivamente o índice de
    progressão espermática (STR) quando comparado ao grupo sem detergente. Ainda, o SDS a
    0,5% prejudicou a funcionalidade da membrana e a atividade mitocondrial após a
    descongelação (P < 0,05). Desse modo, sugere-se que a adição de SDS 0,1% ao diluente otimiza
    a criopreservação do sêmen de catetos. No terceiro capítulo, o diluente foi suplementado com
    agentes antioxidantes como a catalase (CAT) a 200 ou 400 IU/mL ou superóxido dismutase
    (SOD) a 150 ou 300 IU/mL), ou sua combinação (CAT-SOD: 200 IU/mL + 150 IU/mL). No
    entanto, não foram observados efeitos significativos da suplementação com antioxidantes em
    nenhum dos parâmetros espermáticos avaliados, e nem mesmo em relação ao estresse oxidativo
    intracelular. Desse modo, a incorporação dos antioxidantes testados ao diluente para congelação
    do sêmen de catetos parece ser desnecessária. Finalmente, o último capítulo mostra uma análise
    retrospectiva dos parâmetros espermáticos nos ejaculados de catetos que apresentam
    congelabilidade variada. Inicialmente, os animais foram classificados como bons (≥ 40% de
    espermatozoides móveis), moderados (de 30 a 40% de espermatozoides móveis) e maus (≤ 30%
    de espermatozoides móveis) congeladores, com base na motilidade espermática pós descongelação determinada por um sistema de análise computadorizada. No sêmen fresco
    destes animais, apenas a análise da integridade de membrana mostrou algum valor preditivo
    quanto a congelabilidade do sêmen, uma vez que os maus congeladores (77,3 ± 1,7%)
    apresentaram uma significativa menor proporção (P < 0,05) de membranas intactas que os
    animais classificados como moderados (86.4 ± 2.1%) e bons (84.7 ± 3.1%) congeladores.


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  • No intuito de desenvolver estratégias para a conservação do germoplasma de catetos, têm sido estabelecidos estudos voltados para o aprimoramento do protocolo de criopreservação, sendo esta uma ferramenta muito importante para a formação de bancos de germoplasma. Diante disso, o presente estudo objetiva avaliar o efeito da adição de antimicrobianos, antioxidantes e detergentes no meio de congelação de sêmen de catetos. Para tanto, serão utilizados 12 animais machos, sexualmente maduros com idade média de 40 meses, provenientes do Centro de multiplicação de animais silvestres (UFERSA-Mossoró/RN). Os animais serão inicialmente contidos com o auxílio de puçá, seguido de indução anestésica com o propofol (Propovan®, Cristália, Fortaleza, Brasil) a 5 mg/kg em bolus, via endovenosa. Posteriormente, os animais serão submetidos a um protocolo de eletroejaculação como já estabelecido para a espécie e as amostras serão coletadas em tubos plásticos graduados. As amostras serão analisadas quanto ao aspecto, coloração, volume, pH, concentração espermática, morfologia espermática, funcionalidade da membrana, estado de condensação da cromatina, atividade mitocondrial e viabilidade espermática, estresse oxidativo intracelular, teste de ligação a 
    membrana perivitelina da gema do ovo de galinha e análise microbiológica do sêmen. Adicionalmente, os parâmetros cinéticos serão obtidos mediante a análise computadorizada de sêmen (CASA). As amostras serão diluídas em Tris-gema-glicerol e criopreservadas, utilizando-se as substâncias a serem testadas nas distintas fases experimentais. Na primeira fase, serão testados os antimicrobianos gentamicina a 70 μg/mL e a combinação penicilina/estreptomicina na concentração 100.000 UI/mL/1 mgE/mL de estreptomicina. Na segunda fase, serão testados os antioxidantes: superóxido dismutase – SOD (0, 150 ou 300 UI/mL), catalase – CAT (0, 200 ou 400 UI/mL) e sua combinação (SOD 150 UI/mL + CAT 200 UI/mL) durante a congelação. Na última fase, será realizada a congelação das amostras com o uso do detergente dodecil sulfato de sódio (SDS) em suas respectivas concentrações (0%, 0,1%, 0,3% e 0,5%), bem como um grupro controle positivo com o Equex a 0,5%. Os resultados serão expressos em média e erro padrão. As análises serão realizadas pelo software Statview 5.0 (SAS Institute Inc., Cary, NC, USA). Os dados obtidos serão avaliados quanto à sua normalidade e homocedasticidade pelos testes de Shapiro-Wilk e Levene, respectivamente. A partir destes, serão estabelecidos os testes estatísticos mais adequados para a comparação das médias e identificação de diferenças entre os tratamentos, considerando-se a significância de P<0,05. Desta forma, espera-se identificar o
    antimicrobiano bem como o agente antioxidante e a concentração ideal do detergente SDS para a congelação do sêmen de catetos, de modo a aumentar as taxas de células potencialmente viáveis e a longevidade espermática após a descongelação.

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  • LUANA GRASIELE PEREIRA BEZERRA DE ARAÚJO
  • CARACTERIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL E CONSERVAÇÃO DE ESPERMATOZOIDES DE EMAS (Rhea americana, LINNAEUS 1758) CRIADAS EM CATIVEIRO NO SEMÁRIDO NORDESTINO

  • Orientador : ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • Ricardo José Garcia Pereira
  • CARINE DAHL CORCINI
  • NEI MOREIRA
  • Data: 30/05/2023

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  • As emas (Rhea americana) são grandes aves nativas da América do Sul, que possuem grande importância ecológica na manutenção de ecossistemas. No entanto, apesar de seu papel primordial, de acordo com a União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) as emas encontram-se globalmente quase ameaçadas. Nesse contexto, o estudo dos aspectos reprodutivos e aplicação de biotécnicas visando sua conservação é fundamental. Dessa forma a presente tese buscou contribuir para a conservação de germoplasma masculino de emas por meio da caracterização de conservação de seus espermatozoides. A tese foi configurada em cinco capítulos. O primeiro capítulo é um artigo de revisão, contextualizando o “estado da arte” da conservação de espermatozoides de aves silvestres. No segundo capitulo a codorna (Coturnix coturnix japonica) foi utilizada como modelo experimental para a validação de avaliações da membrana plasmática de espermatozoides. Onde foi estabelecida que a água destilada a 0mOsm/l é eficiente para avaliação da funcionalidade da membrana. Além disso, a associação de sondas fluorescentes iodeto de propídio (IP) e Hoechst 33342 se mostrou capaz de avaliar a integridade estrutural da membrana. O terceiro capítulo teve como objetivo caracterizar a morfometria dos espermatozoides de emas, reportar os defeitos morfológicos que essas células podem apresentar e discorrer sobre as modificações morfometricas que os espermatozoides de emas podem sofrer ao longo do trânsito entre epidídimo e ducto deferente. Desse modo foi observado 75,6 ± 1,8% de espermatozoides morfologicamente normais, sendo o defeito mais comum de cauda dobrada (9,7 ± 0,9%). Os espermatozoides de ema medem cerca de 40.8 ± 0.11 μm. Além disso, os comprimentos do acrossoma, da cabeça, da peça intermediária e da cauda do espermatozoide foram maiores no ducto deferente em comparação com o epidídimo, sugerindo que os espermatozoides de ema passam por um processo de maturação durante a passagem do epidídimo para o ducto deferente. No quarto capítulo foram validados métodos para avaliar os parâmetros funcionais das emas e verificou-se a existência de modificações funcionais nos espermatozoides durante o trânsito espermático do epidídimo para o ducto deferente. Configurou-se um set-up para avaliações dos parâmetros cinéticos através do sistema de analise computadorizada de sêmen (CASA) e foram observadas motilidade total = 14,6 ± 2,5 %, velocidade média da trajetória = 63,3 ± 4,0 μm/s, velocidade lineas progressiva = 50,7 ± 2,5 μm/s e velocidade curvilínea = 107 ± 7,1 μm/s. Cerca de 77,6 ± 4,8 % dos espermatozoides reagiram ao teste de funcionalidade de membrana com água destilada a 0 mOsm/l. Além disso, 65,3 ± 2,6% de espermatozoides com membranas intactas foram observados usando a associação de sonda fluorescente (IP/ Hoechst 3342). Também não foram observadas diferenças estatísticas entre os parâmetros funcionais dos espermatozoides do epidídimo em relação aos do ducto deferente. No quinto capítulo tentou-se estabelecer os primeiros passos para a criopreservação de espermatozoides de emas testando diferentes concentrações de dimetilsulfóxido (DMSO) na congelação a -196 °C. Espermatozoides de emas foram criopreservados em diluente OVODYL adicionando-se DMSO (T1 = 6%, T2 = 10%, T3 = 14% e T4 = 18%). Não foram observadas diferenças entre os tratamentos pós-descongelação, sendo sugerido novos estudos, abordando o uso de outros diluentes, crioprotetores, uso de aditivos, outras curvas de congelação e descongelação. Por fim, conclui-se que através da presente tese foi possível a caracterização morfológica e morfométrica dos espermatozoides de emas, bem como das modificações durante o trânsito epidídimo-ducto deferente. Também, validou-se métodos de avaliação e criopreservou-se pela primeira vez material genético de emas.


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  • As emas (Rhea americana) são aves nativas da américa do sul, que possuem grande importância ecológica na manutenção de ecossistemas. No entanto, apesar de seu papel primordial, Segundo a União Internacional para Conservação da Natureza as emas encontram-se globalmente quase ameaçadas. O declínio na população das emas tem como um dos principais causadores a caça pela pele e carne, visto que essa espécie também possui potencial econômico. Nesse contexto, pesquisar os aspectos reprodutivos e aplicar biotécnicas reprodutivas é de fundamental importância para auxiliar na conservação bem como na multiplicação das emas em cativeiro para fins comerciais. Dessa forma o objetivo da presente tese é estabelecer protocolos eficientes para a obtenção, avaliação e conservação de espermatozoides de emas, além disso, propõem-se caracterizar as mudanças espermáticas durante a maturação dos espermatozoides. Para tanto serão utilizadas emas provenientes do abate programado do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). No primeiro experimento espermatozoides serão obtidos por flutuação de diferentes seguimentos do complexo epidídimo-ducto deferente. As amostras serão processadas para as microscopias eletrônicas de varredura e transmissão afim de se caracterizar as mudanças que ocorrem durante a passagem do espermatozoide por essas estruturas. No segundo experimento os espermatozoides serão obtidos pelas técnicas de flutuação e lavagem retrograda, para se comparar esses dois métodos de obtenção. Após a coleta serão validadas diferentes técnicas de avaliações espermáticas: CASA, teste hiposmótico, integridade da membrana plasmática, acrossoma e cromatina espermática, e, atividade mitocondrial. No terceiro experimento os espermatozoides serão obtidos, pela melhor técnica testada no experimento 2, criopreservados em diferentes diluidores (TRIS, TES, ACP e OVODYL™) suplementados com 15% de gema de ovo de galinha e 6% de dimetilcetamida e avaliados conforme os testes validados também no experimento 2. Por fim, os dados coletados serão submetidos a análises estatísticas e em todos os casos será adotado nível de significância p

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  • MÁRCIA MARCILA FERNANDES PINTO
  • MELÃO IN NATURA COMO INGREDIENTE EM DIETAS PARA OVINOS

  • Orientador : PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • CIBELE DOS SANTOS BORGES
  • DORGIVAL MORAIS DE LIMA JUNIOR
  • TIAGO DA SILVA TEOFILO
  • Eric Haydt Castello Branco van Cleef
  • Data: 07/06/2023

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  • O custo de produção é atualmente um dos fatores mais limitantes para a suplementação ou confinamento de ruminantes no Brasil, por isso, existe a necessidade de utilização de alimentos alternativos, objetivando minimizar custos e maximizar a produção. Diante dessa realidade, é necessário adotar alternativas, como a utilização de frutos-refugo, resíduos ou subprodutos diversos disponíveis localmente. Uma das opções passíveis de serem utilizadas como suplementação alimentar refere-se aos resíduos de frutas. Atualmente, o Rio Grande do Norte é o estado que mais produz melão, correspondendo a 250 mil toneladas da fruta, seguido do Ceará com 200 mil toneladas, o que equivale a 90% da produção de melão brasileira anual e os frutos-refugo têm sido utilizados na alimentação de bovinos de corte e leite, sem informações de pesquisa. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da substituição do milho pelo frutos-refugo do melão in natura em dietas para ovinos, sobre o consumo, desempenho, digestibilidade, rendimento de carcaça e qualidade da carne.


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  • O custo de produção é atualmente um dos fatores mais limitantes para a suplementação ou confinamento de ruminantes no Brasil, por isso, existe a necessidade de utilização de alimentos alternativos, objetivando minimizar custos e maximizar a produção. Diante dessa realidade, é necessário adotar alternativas, como a utilização de frutos-refugo, resíduos ou subprodutos diversos disponíveis localmente. Uma das opções passíveis de serem
    utilizadas como suplementação alimentar refere-se aos resíduos de frutas. Atualmente, o Rio Grande do Norte é o estado que mais produz melão, correspondendo a 250 mil toneladas da fruta, seguido do Ceará com 200 mil toneladas, o que equivale a 90% da produção de melão brasileira anual e os frutos-refugo têm sido utilizados na alimentação de bovinos de corte e leite, sem informações de pesquisa. Assim, o objetivo deste trabalho foi
    avaliar os efeitos da inclusão dos frutos-refugo de melão na dieta de bovinos de corte e leite, sobre o consumo, desempenho, digestibilidade, qualidade da carne, rendimento de carcaça e qualidade do leite.

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  • SALENILDA SOARES FIRMINO
  • EFEITO DA INCLUSÃO DO FRUTO REFUGO DO MELÃO NA ENSILAGEM DE CAPIM CANARANA UTILIZADA NA TERMINAÇÃO DE CORDEIROS

  • Orientador : PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • DORGIVAL MORAIS DE LIMA JUNIOR
  • MARÍLIA WILLIANE FILGUEIRA PEREIRA
  • JULIANA SILVA DE OLIVEIRA
  • THIAGO LUÍS ALVES CAMPOS DE ARAÚJO
  • Data: 27/07/2023

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  • Buscou-se avaliar o efeito da inclusão crescente de fruto-refugo do melão (FRM) nas concentrações de (0, 7, 14 e 21 g/kg da MS) na ensilagem de capim Canarana sobre o consumo, desempenho, digestibilidade, comportamento ingestivo e características quantitativa e qualidade das carcaças de ovinos terminados em confinamento. Foram utilizados 28 ovinos machos não castrados, sem padrão racial definido, com 5 meses de idade. As dietas foram ofertadas em forma de mistura completa incluindo o concentrado numa relação V:C de 30:70. O período experimental teve duração de 96 dias sendo 23 dias de adaptação dos animais as instalações e ao ajuste da dieta, e 73 dias de coleta. Ao final do período de confinamento de 96 dias, os animais foram abatidos e realizado o registro do peso dos constituintes corporais. Também foi verificada as medidas morfometricas das carcaças frias, retirada a paleta esquerda para a realização da dissecação e retirada dos músculos para a realização das análises físico-química da carne. O consumo de matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, fibra em detergente neutro, nutrientes digestíveis totais e energia metabolizável sofreram efeito (P0,05) nos parâmetros físicos da carne de cor (L*, a*, b*), capacidade de retenção de água, perdas de peso por cocção e força de cisalhamento. Não havendo influencia (P>0,05) da adição do FRM sobre composição centesimal da carne de ovinos, para as variáveis de umidade, PB, MO, cinza e TBARS. Entretanto para os valores de gordura foi observado interação (P


  • Mostrar Abstract
  • A silagem é uma importante forma de conservação de forragens para a alimentação de ruminantes, na época de escassez de alimento. A qualidade da silagem depende do processo fermentativo do material ensilado e forma de armazenamento. Diante disso, o presente estudo objetivou-se avaliar o consumo, digestibilidade aparente e mitigação de metano entérico em ovinos alimentados com silagem de sorgo aditivada com produtos alternativos do semi-árido. No presente projeto de pesquisa serão utilizados 18 ovinos machos não castrados, sendo 3 fistulados, sem padrão de raça definida, com peso inicial de 20,9 ± 1,0 Kg. Para tal, a pesquisa contará com três experimentos, sendo o Experimento 1 que visa avaliar.as caracteristicas bromatológica e perfil fermentativo da silagem de sorgo aditivado com refugo de melão. O Experimento 2, terá como objetivo avaliar as caracteristica bromatológica e perfil fermentativo da silagem de sorgo aditivada com palma forrageira e experimento 3, terá como objetivo avaliar o consumo e desempenho em ovinos utilizando três dietas experimentais do experimento 1 e 2 e mais uma dieta controle. Os ovinos serão submetidas as três dietas. Experimento 1 (100SS – 100% de silagem de sorgo, 2RM – 98% de silagem de sorgo + 2% de refugo de melão, 4RM – 96% de silagem de sorgo + 4% de refugo de melão, 6RM – 94% de silagem de sorgo + 6% de refugo de melão e 8RM – 92% de silagem de sorgo + 8% de refugo de melão) e experimento 2 (100SS – 100% de silagem de sorgo, 10PF – 90% de silagem de sorgo + 10% de palma forrageira, 20PF – 80% de silagem de sorgo + 20% de palma forrageira, 30PF – 70% de silagem de sorgo + 30% de palma forrageira e 40PF – 60% de silagem de sorgo + 40% de palma forrageira), mais tratamento controle que será composto de 100% de melão, totalizando 3 tratamentos. O período experimental terá duração de 52 dias, sendo 10 dias de adaptação dos animais as instalações e ao ajuste do consumo alimentar com 42 dias de coleta de dados. A dieta será ofertada em três momentos do dia (6, 12 e 18 horas) os animais terão acesso integral as dietas e água a vontade. O consumo da dieta será registrado diariamente pelo método oferta/sobra, sendo permitida uma sobra diária de, no máximo, 10%. Será determinada a composição química das silagens fornecidas, sobras e fezes, para determinação do consumo de matéria seca (CMS) e de nutrientes, e os respectivos coeficientes de digestibilidade, ganho de peso, comportamento ingestivo e avaliação da carcaça. Após o período de confinamento, os animais seguirão para o abate, sendo mensurados todos os componentes não integrantes da carcaça, o peso da carcaça quente, peso da carcaça fria e a perda por resfriamento. Serão analisados os parâmetros físico–químicos como cor (L*, a*, b*), capacidade de retenção de água, perda de peso na cocção, força de cisalhamento, atividade de água, umidade, cinzas, proteína e lipídeos. Os dados serão submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey, a 5%.

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  • FRANCISCO JOCELHO ALEXANDRE DE SOUZA
  • Restrição hídrica e seus efeitos sobre o consumo e digestibilidade dos nutrientes em caprinos e ovinos mantidos em gaiolas metabólicas.

  • Orientador : RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • JEFFERSON FILGUEIRA ALCINDO
  • TALYTA LINS NUNES
  • HUMBERTO DE MELLO BRANDÃO
  • REJANE DOS SANTOS SOUSA
  • Data: 16/11/2023

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  • Os pequenos ruminantes compõem o maior rebanho no Nordeste brasileiro. Seus principais produtores são famílias de baixa renda que fazem uso desses animais para complementar a renda ou para consumo da família. Os animais são criados no sistema de produção extensivo com uso de baixo investimento e pouca tecnologia. Dessa forma os animais fazem seu pastejo na Caatinga, onde passam a maior parte do dia e em muito dos casos distantes das aguadas. Diante dessa realidade fez-se necessário a realização desse estudo para perceber os efeitos da restrição hídrica em caprinos e ovinos. O estudo aconteceu na UFERSA no período de outubro a dezembro de 2022, com parecer 24/2021 expedido pelo CEUA. Para este fim, foram utilizados cinco caprinos e cinco ovinos machos, castrados e hígidos. Os animais foram mantidos em gaiolas metabólicas pelo período de 36 dias, e submetido a três tratamentos G0, G9 e G22, com modelo experimental de estudo cruzado. Os componentes coletados diariamente, mensurados e analisados foram a água, urina, sobra da ração e fezes. Pose-se constatar que a restrição hídrica projetada neste estudo não promoveu alterações no consumo de nutrientes nem na excreção da urina em caprinos e nos ovinos. No entanto foi capaz melhorar a digestibilidade do alimento consumido aumentando sua eficiência. Nos ovinos aconteceu resultado semelhante quanto a ingestão de água e a excreção urinária. Contudo, não se percebeu melhora na digestiblidade do alimento. Diante disso, pode-se concluir que a restrição hídrica por nove e vinte e duas horas não foram capazes de promover comprometimento no desenvolvimento dos animais, evidenciado suas características adaptativas as condições do semiárido nordestino.


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  • A pecuária representa importante atividade no Brasil, correspondendo consideravelmente com a economia interna e externa, além de possuir papel fundamental na constituição da renda e alimento para famílias agricultoras. Entretanto, esta atividade aponta grandes desafios, em especial na região nordeste, com períodos de escassez hídrica plurianuais, fator limitante ao desenvolvimento da criação animal. Desta forma, a pesquisa terá como objetivo avaliar o efeito da restrição hídrica nos parâmetros fisiológicos e sanguíneos em ovinos. O experimento será conduzido na Universidade Federal Rural do Semi Árido (UFERSA), com cinco ovinos e cinco caprinos. Serão divididos em três grupos de 5 animais, G1 (Grupo controle), com água ad libitum, G2 (Grupo com restrição hídrica de 12h), e G3 (Grupo com 2 horas de fornecimento de água). Serão avaliados os parâmetros fisiológicos a partir da aferição de tempe frequência cardíaca (FC); e frequência respiratória (FR). Posteriormente, será realizada coleta de sangue mediante punção venosa, com auxílio de agulha 25 x 0,7 mm e tubo Vacutainer® de 5 mL com ativador de coágulo para análises bioquímicas de glicose, colesterol, uréia, creatinina, albumina, proteínas totais, aspartato aminotransferase e alanina aminotransferase, e tubo de 5 mL contendo anticoagulante (EDTA) para realização do hemograma. A partir dessas avaliações será possível maior entendimento sobre o metabolismo dos ovinos frente a situação de escassez hídrica, assim como demonstrar quais danos essa situação pode causar aos produtores. Espera-se que ao final da execução da pesquisa, os dados obtidos possam auxiliar no estudo da espécie ovina, e favorecer sua capacidade produtiva.

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  • RENATA BEZERRA GOMES REBOUÇAS
  • Sustentabilidade do cultivo multitrófico integrado de tambaqui (Colossoma macropomum) e camarão

    branco do pacífico (Penaeus vannamei).

  • Orientador : GUSTAVO HENRIQUE GONZAGA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GUSTAVO HENRIQUE GONZAGA DA SILVA
  • AMBROSIO PAULA BESSA JUNIOR
  • Dallas Lee Flickinger
  • Carlos Henrique Araújo de Miranda Gomes
  • KARINA RIBEIRO
  • Data: 18/12/2023

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  • A aquicultura vem crescendo rapidamente e tem potencial de ultrapassar a pesca extrativista nos próximos anos. Embora com inúmeros benefícios sociais e econômicos, o pilar ambiental pode ser comprometido se não houver uma destinação adequada de resíduos e efluentes gerados pela atividade aquícola. Assim, torna-se essencial utilizar sistemas e práticas de cultivo que permitem elevar a produção aquícola de forma sustentável, frente ao aumento da atividade e consumo de pescado. Nesse contexto, temos despontando com os sistemas tradicionais de monocultivo, os sistemas de Aquicultura Multitrófica Integrada (AMTI). Enquanto que os sistemas de monocultivo cultivam apenas uma espécie para a produção, o AMTI combina diferentes espécies e níveis tróficos no mesmo sistema de cultivo, onde uma espécie complementa a outra. Todavia, mensurar a sustentabilidade e potencial de impacto pode variar de acordo com os sistemas e práticas de cultivo. Neste contexto, um instrumento adequado para avaliar a sustentabilidade de um sistema são os conjuntos de indicadores, os quais medem a aquicultura responsável, podendo qualificar, quantificar e mensurar os sistemas de aquicultura. Embora a produção de organismos aquáticos em sistemas AMTI esteja crescendo no Brasil, são poucos os estudos que avaliaram a sustentabilidade desse sistema. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo principal avaliar a sustentabilidade do sistema multitrófico integrado em relação ao monocultivo, por meio de um conjunto de indicadores zootécnicos, econômicos e ambientais, tendo como modelo o policultivo de tambaqui (Colossoma macropomum) e camarão-branco-do-Pacífico (Litopenaeus vannamei). Os tambaquis e camarões foram cultivados por 218 dias em tanques de alvenaria numa região semi-árida do Nordeste brasileiro. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e três repetições, totalizando doze unidades experimentais. Foram avaliados quatro sistemas de cultivo: monocultivo de peixe (TC0: 3 peixes.m-2) e AMTI com peixe e camarão em três densidades de camarão (TC5: 3 peixes.m-2 e 5 camarões.m-2; TC10: 3 peixes.m-2 e 10 camarões.m-2; TC15: 3 peixes.m-2 e 15 camarões.m-2). Parâmetros de qualidade de água e crescimento foram obtidos durante todo o período. Para avaliar a sustentabilidade econômica e ambiental, foram utilizados 23 indicadores (10 econômicos e 13 ambientais) a fim de representar os aspectos principais do sistema. Os indicadores foram calculados utilizando os dados de produção do experimento realizado e posteriormente procedeu-se para uma simulação de fazendas hipotéticas. Além disso, avaliamos as taxas de sedimentação de nutrientes e material particulado e o fluxo dos gases de efeito estufa (GEE) dióxido de carbono (CO2), metano (CH4) e óxido nitroso (N2O). Três coletas (C0, C1 e C2) foram realizadas para quantificar o sedimento e nutrientes gerado nos sistemas de produção e para identificar e quantificar os fluxos ebulitivos e difusivos dos GEE’s. Em geral, as variáveis limnológicas qualidade de água mantiveram-se próximos ao ideal para a atividade. Na dimensão ambiental, o sistema TC0 foi o menos sustentável apresentando a menor média entre os índices (0,52), enquanto que o sistema TC15 apresentou a melhor média entres os índices (1,00). Já quesito ambiental, o sistema TC0 foi mais sustentável quando comparado aos demais (0,94). As emissões dos GEE’s seguiram padrões semelhantes nos diferentes tratamentos. Houve variações nos fluxos de CH4, CO2 e N2O. O CO2 teve a maior contribuição em todos os tratamentos, com médias negativas indicando absorção do gás nos dois sistemas de cultivo. O N2O teve maior contribuição nos tratamentos com maior densidade de camarão, enquanto o CH4 apresentou baixos valores de emissão, sendo maior no tratamento com maior densidade de camarão. Já os valores médios da taxa de sedimentação de material particulado e dos nutrientes, não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos ao longo do período de cultivo, exceto para a taxa da amônia e carbono orgânico total que apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos na última coleta. Em análise geral, há sustentabilidade ambiental no monocultivo de tambaqui e cultivo AMTI de tambaqui e camarão. Nossos resultados indicam que os sistemas AMTI demonstraram um maior potencial de emissão de gases em comparação com o monocultivo, especialmente à medida que a densidade de estocagem aumentou. Do mesmo modo, as taxas de sedimentação de nutrientes e material particulado podem ser influenciadas pelo aumento da densidade de cultivo e tempo de estocagem. Outro aspecto relevante que contatamos é que os camarões, como organismos bentônicos, ao revolverem o substrato, podem acelerar na liberação de gases de efeito estufa para a coluna d'água, no entanto, os mesmos não influenciaram no aumento das taxas de sedimentação nos sistemas multitróficos.


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  • Este estudo pretende avaliar a sustentabilidade (ambiental e econômica) do cultivo da tilápia Zanzibar (Oreochromis urolepis hornorum), integrada ao camarão-branco-do-Pacífico (Litopenaeus vannamei) e a ostra do mangue (Crassostrea gasar), cultivados em tanques de alvenaria no semiárido brasileiro por aproximadamente 180 dias. Serão avaliados dois tratamentos: cultivo de peixe (sistema tradicional, monocultivo) e peixe, camarão e ostra (Aquicultura Multitrófica Integrada). Cada tratamento constará de quatro réplicas, totalizando oito unidades experimentais, com um volume de água aproximado de 15 m³ por unidade. Cada tanque terá uma densidade de 2 peixes.m-2. Os camarões utilizados serão cultivados soltos dentro dos tanques numa densidade de 12 camarões.m-2. As ostras serão adquiridas com altura média de aproximadamente 30 mm e serão cultivadas em sistemas de corda tipo “longline” soltas dentro de travesseiros. A espécie-alvo (tilápia) será alimentada com dieta comercial, enquanto as espécies secundárias (camarão e ostra) aproveitarão direta e indiretamente resíduos alimentares e nutrientes da água. O desempenho das espécies e a eficiência ecológica do sistema serão testados. Parâmetros de qualidade de água e crescimento serão obtidos durante todo o experimento. Para avaliar a sustentabilidade econômica e ambiental, serão utilizados 34 indicadores (12 econômicos e 22 ambientais) selecionados a fim de representar os aspectos principais do sistema. A sustentabilidade do sistema será modelada através do arcabouço teórico  Drivers/Pressures/State/Impact/Response. Espera-se, ao final deste estudo, que o cultivo multitrófico integrado em tanques, seja sustentável economicamente e  ambientalmente, quando comparado com o monocultivo.

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  • CAMILA TÂMIRES ALVES OLIVEIRA
  • USO DE INDICADORES AMBIENTAIS, ECONÔMICOS E SOCIAIS PARA AVALIAR A SUSTENTABILIDADE EM CULTIVOS DE CAMARÃO MARINHO Penaeus vannamei.

  • Orientador : GUSTAVO HENRIQUE GONZAGA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GUSTAVO HENRIQUE GONZAGA DA SILVA
  • LEONARDO LELIS DE MACEDO COSTA
  • DALLAS LEE FLICKINGER
  • ANTONIO FERNANDO MONTEIRO CAMARGO
  • CIBELE SOARES PONTES
  • Data: 18/12/2023

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  • As pesquisas em aquicultura têm frequentemente abordado os aspectos ambientais, econômicos e sociais de maneira independente, negligenciando a interdependência desses fatores. Diante dessa lacuna, o objetivo deste estudo consistiu em avaliar a sustentabilidade nas dimensões ambiental, econômica e social de monocultivos de camarão marinho Litopenaeus vannamei com diferentes densidades de estocagem em uma região semiárida tropical. Para tanto foram utilizadas densidades de 6 (C6), 20 (C20) e 50 (C50) cam.m-2 e com tempo de cultivo de 80 dias (C6), 99 dias (C20) e 64 dias (C50). Foram observadas diferenças significativas nas taxas de sedimentação do material particulado e matéria orgânica entre o início do cultivo (AC) e final do cultivo (FC) em C6 e C50, enquanto as taxas de sedimentação do nitrogênio e fósforo total não apresentaram diferenças significativas em nenhum dos cultivos analisados. As taxas de sedimentação da matéria inorgânica foram significativamente maiores no final dos três cultivos. C20 (AC e FC) apresentou menores valores de material particulado, fósforo total, matéria orgânica e inorgânica e maior valor de nitrogênio total. Em contrapartida, C50 – FC apresentou maiores valores de material particulado, fósforo total, matéria orgânica e inorgânica. C6 – FC apresentou menor valor de nitrogênio total, enquanto em C6 –AC e C50 – AC foram observados menores valores (todavia, maiores do que aqueles apresentados por C20 em AC e CF) para todas as variáveis analisadas. Quanto a sustentabilidade, C6 demonstrou reduzida sustentabilidade econômica, todavia maior sustentabilidade social em comparação com os demais cultivos analisados. C20, por sua vez, expôs a menor sustentabilidade social, mas foi economicamente mais sustentável do que os demais cultivos. Nos cultivos C20 e C50 foi verificado sustentabilidade ambiental mais elevada, entretanto, considerando a dimensão econômica, C50 foi pouco sustentável. Podemos concluir que o monocultivo de camarão quando realizado com reduzidas populações inicias e também com elevadas densidades de estocagem, como foi observado nos cultivos C6 e C50, respectivamente, não conseguem garantir o retorno do capital investido, tornando-os insustentáveis do ponto de vista econômico. A carcinicultura quando praticada com densidades intermediárias de estocagem de camarões, como no cultivo C20, é viável econômica e ambientalmente, porém com reduzida sustentabilidade social.


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  • Este estudo pretende avaliar a sustentabilidade econômica, ambiental e social dos policultivos dos peixes Pangasianodon hypophthalmus e Oreochromis niloticus com o camarão marinho Litopenaeus vannamei. O experimento será inteiramente casualizado com dois tratamentos, cada um com duas réplicas (viveiros de 0,6 ha). O tratamento 1 (T1) será composto por 1,4 tilápias.m-3, 500 pangas.m-3 e seis camarões.m-2 (12000 tilápias, 6000 pangas e 36000 camarões), com ração extrusada fornecida somente aos peixes. Neste tratamento, as três espécies serão cultivadas juntas nos mesmos viveiros escavados, sendo que as tilápias e camarões serão cultivados livremente e os pangas dentro de tanques redes. O tratamento 2 será composto por duas tilápias.m-3 e seis camarões.m-2 (18000 tilápias e 36000 camarões), ambos livres no mesmo viveiro, com ração fornecida somente aos peixes. Variáveis limnológicas da água e do sedimento e os parâmetros zootécnicos dos policultivos serão analisados. Para avaliar a sustentabilidade econômica, social e ambiental, serão utilizados 70 indicadores (17 econômicos, 26 sociais e 27 ambientais). A sustentabilidade dos sistemas será modelada através do arcabouço teórico Drivers/Pressures/State/Impact/Response.

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  • RAFAEL FERNANDES DE QUEIROZ NETO
  • ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA E ANTIOXIDANTE DO EXTRATO DA CISSAMPELOS SYMPODIALIS NA INFLAMAÇÃO PULMONAR INDUZIDA PELA FUMAÇA DO CIGARRO EM CAMUNDONGOS

  • Orientador : MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • Karina Carla de Paula Medeiros
  • DANILO JOSÉ AYRES DE MENEZES
  • JAEL SOARES BATISTA
  • JOSÉ RODOLFO LOPES DE PAIVA CAVALCANTI
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • Data: 22/12/2023

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  • A Cissampelos sympodialis é uma espécie da flora brasileira endêmica em áreas de clima semiárido. Conhecida popularmente como “milona” suas folhas e raízes são empregadas na medicina popular no tratamento de doenças respiratórias, com capacidade comprovada em reduzir a inflamação das vias aéreas em modelo murino de asma. A inalação de fumaça do cigarro pode causar inflamação nos pulmões alterando sua morfofisiologia principalmente pela formação de espécies reativas ao oxigênio (ROS), resultando em estresse oxidativo. A presente tese teve como objetivo avaliar a atividade anti-inflamatória e antioxidante do extrato da Cissampelos sympodialis (ECsy) na inflamação pulmonar induzida por fumaça de cigarro em camundongos C57BL/6. Os animais foram agrupados em fumantes e não-fumantes (controle). O grupo fumante foi exposto durante cinco dias (fase aguda) ou 60 dias (fase crônica) a fumaça do cigarro e tratados com o ECsy (10 ou 100 mg/mL por nebulização) ou veículo. Durante a fase aguda o ECsy foi administrado durante os mesmos cinco dias de exposição a fumaça do cigarro, contudo, na fase crônica os animais foram tratados durante 60 dias após a exposição à fumaça e estabelecimento do enfisema pulmonar. Vinte e quatro horas após o término de cada tratamento foi feita a eutanásia dos animais para coleta do lavado broncoalveolar (modelo agudo) e remoção dos pulmões para análise histológica e análises bioquímicas e de biologia molecular. Resultados foram considerados estatisticamente significantes quando p


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  • Cissampelos sympodialis é uma espécie da flora brasileira endêmica em
    áreas de clima semiárido. Conhecida popularmente como “milona” suas folhas e raízes
    são empregadas na medicina popular no tratamento de doenças respiratórias. A
    Cissampelos já foi capaz de reduzir inflamação em vias aéreas de pacientes asmáticos e
    em modelo murino de asma. A inalação de fumaça do cigarro é capaz de causar
    inflamação em pulmões alterando sua morfofisiologia principalmente pela formação de
    espécies reativas ao oxigênio (ROS), resultando em estresse oxidativo. Objetivo:
    Caracterizar a atividade antiinflamatória e antioxidante da Cissampelos sympodialis na
    inflamação pulmonar induzida por fumaça de cigarro em camundongos. Métodos:
    Camundongos serão agrupados em IFC e não-fumantes (controle). O grupo IFC será
    exposto a 5 dias (fase aguda) ou 60 dias (fase crônica) a fumaça do cigarro e tratados
    com EHA da C. sympodialis (1, 10 ou 100 mg/mL por nebulização) ou veículo. Durante
    a fase aguda o EHA da C. sympodialis será administrado durante os mesmos 5 dias de
    exposição a fumaça do cigarro, contudo, na fase crônica os animais serão tratados
    durante 60 dias após a condição de enfisema. Vinte e quatro horas após, será coletado o
    lavado broncoalveolar e os pulmões serão removidos para análise histológica e
    homogeneizados para análises bioquímicas e de biologia molecular. Resultados serão
    considerados estatisticamente significantes quando p<0,05. Espera-se que o EHA da
    Cissampelos sympodialis tenha potencial como agente farmacológico e aplicabilidade
    profilática e/ou terapêutica no tratamento de doenças do sistema respiratório associadas
    ao tabagismo como o enfisema pulmonar.

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  • JOELMA GOMES DA SILVA ROCHA
  • USO DO PLASMA ATMOSFÉRICO A FRIO NO PROCESSO DE REPARO DE FERIDAS CUTÂNEAS EM PORQUINHOS DA INDIA.

  • Orientador : CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS AUGUSTO GALVÃO BARBOZA
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • CIBELE DOS SANTOS BORGES
  • CLODOMIRO ALVES JUNIOR
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • Data: 22/12/2023

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  • O plasma atmosférico a frio (CAP) surgiu recentemente e se difundiu como possibilidade terapêutica por ser bem tolerado pelos tecidos vivos. Dentre suas aplicações, destacam-se as relacionadas a afecções cutâneas e seu potencial no estímulo a regeneração e/ou cicatrização da pele. Diante disto o presente trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do plasma atmosférico frio obtido em DBD no reparo de feridas cutâneas em porquinhos da índia, durante o processo de reparo tecidual. Para isto foram realizados dois delineamentos: um estudo in vivo com 24 porquinhos da índia e por meio do tratamento de feridas agudas limpas e outro in vitro com fibroblastos 3T3. Ambos os estudos apontam para resultados positivos sobre o uso do CAP no processo de cicatrização de feridas, com direcionamentos importantes na definição de alguns parâmetros, a saber: modo de aplicação, tempo escolhido e frequência. Assim, encontrou-se que o modo contínuo mostrou resultados superiores com relação a organização tecidual e produção de colágeno. Já com relação as células a aplicação feita de modo direto e por 10 segundos se apresentou como aquela mais favorável para os fibroblastos. Diante disto, conclui-se que o quando há uma definição criteriosa dos parâmetros apontados, o CAP se apresenta como tecnologia promissora para o processo de cicatrização de feridas.


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  • O plasma atmosférico a frio (CAP) surgiu recentemente e se difundiu como possibilidade terapêutica por ser bem tolerado pelos tecidos vivos. Dentre suas aplicações, destacam-se as relacionadas a afecções cutâneas e seu potencial no estímulo a regeneração e/ou cicatrização da pele. O presente trabalho objetiva avaliar o efeito do CAP no reparo de feridas cutâneas em porquinhos da índia, especialmente sobre a angiogênese e inflamação durante o processo de reparo tecidual. Neste estudo serão realizados testes in vitro e in vivo. Nos ensaios in vitro, serão utilizadas células endoteliais humana (linhagem Ea.hy926), que serão submetidas ao tratamento de CAP. Após tratamento, as células serão avaliadas quanto a morfologia, viabilidade, temperatura e expressão de óxido nítrico por meio de microscopia eletrônica de varredura, teste de MTT, imagens termográficas e citometria de fluxo, respectivamente. Nos ensaios in vivo, serão utilizados 24 porquinhos da índia nos quais serão feitas duas incisões circulares no dorso com um punch de 4mm de diâmetro. Esses animais serão divididos em quatro grupos (n=6) para cada dia de avaliação 3, 7, 14 e 21 dias. Uma incisão será submetida a jateamento de gás hélio, com fluxo de 2L/min, durante três minutos e uma distância de 3mm entre a ponta do disposto e incisão. A outra será mantida sem tratamento (controle). As radiações serão feitas imediatamente após a cirurgia e a cada 24 horas por cinco dias consecutivos. A cicatrização das feridas será avaliada macroscopicamente a partir de imagens obtidas no dia 0, 3, 7, 14 e 21 após o tratamento. Após 3, 7, 14 e 21 dias, as ferida serão coletadas, e o tecido submetido a processamento histológico e a partir das secções histológicas serão avaliadas a densidade do tecido de granulação; densidade vascular e de fibras de colágeno; a quantidade de mastócitos; expressão de VEGF, TNF-α e capase-3. A partir dessas análises espera-se gerar novos conhecimentos acerca da compreensão dos mecanismos de atuação do plasma diretamente na célula endotelial, bem como a resposta dos mecanismos envolvidos da cicatrização, especialmente na angiogênese e inflamação durante esse processo, a fim de correlacionar com os efeitos tanto microscopicamente como seu impacto macroscopicamente.

2022
Dissertações
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  • LEONARDO VITORINO COSTA DE AQUINO
  • EFEITOS DO ÓLEO ESSENCIAL DA CASCA DE Citrus sinensis NO MEIO DE MATURAÇÃO IN VITRO SOBRE OÓCITOS BOVINOS E SEU STATUS OXIDATIVO

  • Orientador : ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • ANDREIA MARIA DA SILVA
  • LUCIANA MEDEIROS BERTINI
  • Data: 17/02/2022

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  • O uso de antioxidantes naturais em meio de maturação pode ser uma alternativa para reduzir os efeitos negativos do estresse oxidativo produzido durante a produção in vitro de embriões (PIVE). Testes in vitro demonstraram a capacidade do óleo essencial da casca de Citrus sinensis (OECS) em diminuir as espécies reativas de oxigênio (EROs), indicando que ele pode ser um interessante agente antioxidante durante a maturação in vitro (MIV) de oócitos bovinos. Portanto, o objetivo foi avaliar os efeitos do OECS no meio de MIV sobre complexos cumulus-oócito (CCOs) bovinos e seu status oxidativo, especificamente quanto à expansão e viabilidade das células do cumulus, maturação nuclear, maturação citoplasmática, níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs), potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm) e níveis intracelulares de glutationa (GSH). Inicialmente, o OECS foi extraído por hidrodestilação das cascas em aparelho do tipo Clevenger. A composição química do OECS foi realizada por meio de cromatografia gasosa acoplada à espectroscopia de massa. O OECS apresentou como constituintes D-limoneno (48,5%), α-terpineol (40,2%) e outros compostos (11,3%). Oócitos foram maturados nas seguintes suplementações: controle (sem antioxidante), CIS (100 µM de cisteamina), OECS10 (10 µg/mL de OECS), OECS30 (30 µg/mL de OECS) e OECS50 (50 µg/mL de OECS). Todos os dados foram expressos com média ± erro padrão e analisados usando o software StatView 5.0 (P < 0,05). Um total de 480 ovários foi empregado para adquirir 1877 oócitos imaturos viáveis (3,9 oócitos viáveis/ovário) que foram selecionados e distribuídos em vinte repetições. Embora todos os grupos contendo antioxidante tenham aumentado a viabilidade das células do cumulus (CIS: 83,9 ± 1,6% vs. OECS10: 84,0 ± 2,0% vs. OECS30: 84,7 ± 2,2% vs. OECS50: 83,8 ± 1,6%) quando comparados ao controle (78,9 ± 1,8%), apenas CIS (99,6 ± 0,4%), OECS10 (100 ± 0,0%) e OECS30 (99,1 ± 0,9%) promoveram aumento na expansão dessas células quando comparados ao controle (96,4 ± 1,8%) e OECS50 (94,7 ± 3,0%, P < 0,05). O OECS10 (83,2 ± 3,0%) e o OECS30 (84,6 ± 2,4%) garantiram uma taxa maior de primeiro corpúsculo polar (1CP) quando comparado ao OECS50 (77,0 ± 2,8%). Nenhuma diferença foi observada para as taxas de metáfase II (MII) com valores variando de 69,1 ± 5,1% a 75,7 ± 3,3% entre os grupos contendo antioxidante (P > 0,05). Além disso, nenhuma diferença foi observada nas taxas de maturação citoplasmática, com valores variando de 78,7 ± 4,5% a 86,5 ± 3,9% entre os grupos contendo antioxidante (P > 0,05). Todos os tratamentos antioxidantes resultaram em diminuição de EROs em unidades de fluorescência arbitrária (CIS: 0,39 ± 0,24 vs. OECS10: 0,39 ± 0,18 vs. OECS30: 0,50 ± 0,44 vs. OECS50: 0,60 ± 0,44), quando comparado ao controle (1,00 ± 0,65). Nenhuma diferença foi observada para os níveis de ΔΨm e GSH (P > 0,05). Em conclusão, embora todas as concentrações de OECS tenham promovido redução de EROs, as concentrações de 10 e 30 µg/mL de OECS garantiram melhores taxas de qualidade oocitária após a maturação. Portanto, o OECS, em concentrações definidas, adicionado ao meio de MIV, pode ser um interessante substituto de composto sintético para a redução dos danos causados pelo estresse oxidativo em oócitos bovinos.


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  • O uso de compostos antioxidantes naturais, em especial os óleos essenciais, tem sido uma ferramenta emergente empregada na produção in vitro de embriões (PIVE), visando melhorar as condições de cultivo. Isso ocorre porque durante as etapas da PIVE, um desequilíbrio das espécies reativas de oxigênio (EROs) podem ocorrer em virtude de variações intrínsecas e extrínsecas, causando o estresse oxidativo. Nesse contexto, o óleo essencial de Citrus sinensis (OECS) poderia ser um agente antioxidante para a PIVE, uma vez que estudos mostram o seu potencial antioxidante em ensaios bioquímicos na eliminação de radicais livres. Portanto, essa
    proposta tem como objetivo avaliar o efeito antioxidante do OECS durante as etapas da maturação e desenvolvimento in vitro de oócitos e embriões bovinos, respectivamente. Para tanto, a proposta será dividida em duas etapas e cada etapa em três experimentos. Na primeira etapa, oócitos serão maturados in vitro e avaliados de acordo com os grupos: (i) ausência de antioxidante (controle negativo); (ii) 100 µM de cisteamina (controle positivo); (iii) 10 µM de OECS; (iv) 15 µM de OECS e (v) 20 µM de OECS. Nesta etapa, oócitos serão
    avaliados quanto à expansão e viabilidade das células do cumulus, presença do primeiro corpúsculo polar, presença de placa metafásica (Experimento 1, oito repetições), maturação citoplasmática, potencial da membrana mitocondrial, níveis de EROs e glutationa (Experimento 2, doze repetições), e cinética de desenvolvimento e qualidade embrionária (Experimento 3, oito repetições). Na segunda etapa, oócitos serão maturados em meio contendo o antioxidante sintético, ativados artificialmente e os embriões obtidos serão
    cultivados na presença de OECS de acordo com os grupos: (i) ausência de antioxidante (controle negativo); (ii) 10 µM; (iii) 15 µM; (iv) 20 µM. Nesta etapa, embriões serão avaliados quanto à cinética de desenvolvimento e qualidade embrionária (Experimento 1, oito repetições), níveis de apoptose celular (Experimento 2, oito repetições) e quantificação dos níveis de EROs e glutationa (Experimento 3, oito repetições). Finalmente, espera-se identificar a melhor concentração do OECS nos meios de maturação oocitária e desenvolvimento embrionária bovino, visando a redução do estresse oxidativo e o aumento das taxas de eficiência da PIVE.

2
  • HUDSON DE QUEIROZ MONTEIRO
  •  


    SELEÇÃO PARA RESISTÊNCIA E RESILIÊNCIA A ENDOPARASITOSES COMO ESTRATÉGIA PARA A CONSERVAÇÃO DE OVINOS NATIVOS.


  • Orientador : DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • ANA CARLA DIOGENES SUASSUNA BEZERRA
  • JACINARA HODY GURGEL MORAIS LEITE
  • Data: 28/02/2022

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  • A Morada Nova é uma raça nativa do nordeste brasileiro. Devido a introdução de
    raças exóticas na produção de ovinos houve erosão genética da raça, principalmente na
    variedade branca. A conservação dos recursos genéticos é essencial para a manutenção da
    agrobiodiversidade. Infecções parasitárias causadas por endoparasitas são a principal
    preocupação e obstáculo enfrentado pelos criadores de ovelhas, devido a essa problemática o
    objetivo desse estudo é fornecer ferramentas para a conservação dos ovinos da raça Morada
    Nova, variedade Branca, através de marcadores fenotípicos para seleção de animais
    resistentes ou resilientes às endoparasitoses nos rebanhos comerciais. A pesquisa foi realizada
    em 7 rebanhos, avaliando-se um total de 90 fêmeas adultas, sendo todas matrizes da raça
    Morada Nova, variedade branca, nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará. Foram feitas
    duas visitas para coleta de dados em cada propriedade. As datas das visitas foram divididas de
    acordo com o período do ano em que há o maior e o menor índice pluviométrico, dividindo-os
    em período seco e período chuvoso. As coletas do período seco foram realizadas nos meses de
    setembro e outubro e as coletas do período chuvoso em abril e maio. O levantamento dos
    dados de todos os animais foi feito através da coleta de fezes, sangue, aferição da temperatura,
    auscultação dos batimentos cardíacos e frequência respiratória, avaliação do escore
    Famacha©, medição de peso e avaliação do escore de condição corporal. O gênero
    Haemonchus foi prevalente em todas as propriedades. Durante todo o experimento as médias
    de OPG se mantiveram abaixo de 400 e as médias de HCT acima de 30%. O escore
    Famacha© apresentou maior frequência nos valores 3 e 4, enquanto os valores de ECC
    obtiveram maiores frequências entre 2 e 2,75. A associação dos marcadores fenotípicos OPG,
    HCT e escore Famacha© mostrou que a Morada Nova variedade branca apresenta boa
    resistência e resiliência aos endoparasitas da região. Essa informação pode ajudar no
    desenvolvimento de programas de seleção da raça, concedendo visibilidade a variedade
    branca, modificando a visão dos produtores quanto as suas qualidades e, consequentemente,
    aumentando sua população que estava em risco de extinção.


  • Mostrar Abstract
  • A ovinocultura é uma antiga fonte de renda e proteína animal de qualidade para os nordestinos e, de acordo com o Censo Agro do ano de 2017 (IBGE) o nordeste foi a única região brasileira na qual o número de animais da espécie aumentou em relação ao Censo Agro do ano de 2006, mostrando que há margem para desenvolvimento da atividade no semiárido. A pesquisa terá como propósito avaliar a sanidade de rebanhos ovinos Morada Nova variedade branca, enfatizando a prevalência de endoparasitoses, visto que são observados poucos estudos em relação ao tema na raça em questão, necessitando de novas pesquisas que subsidiem as estratégias de manejo sanitário, minimizando os índices de morbidade e mortalidade desses animais, e desta forma diminuir o risco de extinção deste valioso recurso genético. A pesquisa será desenvolvida em 7 rebanhos, avaliando-se cerca de 20 fêmeas de cada rebanho, de acordo com o número de fêmeas de cada propriedade, coletando-se sangue, fezes e parâmetros fisiológicos para análise desses dados.

3
  • FRANCISCO FERNANDES FEITOZA NETO
  • OVINOS MORADA NOVA BRANCA: CARACTERIZAÇÃO DE MANEJO, INFECÇÃO POR CORYNEBACTERIUM, PSEUDOTUBERCULOSIS E OCCORÊNCIA DE MASTITE.

  • Orientador : DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • JAEL SOARES BATISTA
  • RICARDO WAGNER DIAS PORTELA
  • Data: 24/03/2022

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  • O objetivo deste estudo foi caracterizar as condições sanitárias dos rebanhos Morada Nova da variedade branca e apresentar dados sobre a prevalência de linfadenite caseosa (LC) e mastite clínica (MC) nesta pequena população de ovinos criados em uma região semiárida. Duas amostras de sangue foram coletadas de fêmeas adultas de rebanhos pertencentes a cinco municípios de dois estados do Nordeste do Brasil. A primeira amostra de sangue venoso foi coletada para um hemograma completo, incluindo variáveis como glóbulos vermelhos (RBC), volume corpúsculo médio (MCV), volume de células concentradas (PCV), contagem de linfócitos (LYN), contagem de células de volume intermediário (MID), contagem de granulócitos (GRA), porcentagem LYN (LY%), porcentagem MID (MI%), porcentagem GRA (GR%), largura de distribuição de glóbulos vermelhos (RDWc) e glóbulos brancos (WBC). A segunda amostra de sangue foi usada para detectar a presença de anticorpos anti-C. pseudotuberculosis, por ensaio ELISA. A caracterização dos sistemas de produção e manejo dos rebanhos foi realizada por meio de questionários estruturados in loco, e a entrevista foi dividida em quatro blocos de indicadores: (1) Instalações; (2) Caracterização do sistema de produção; (3) Gestão em Saúde; (4) LC e MC. Para LC, destacam-se os municípios de Quixeramobim – Ceará (85,71%; 30/35), Governador Dix – Set Rosado – Rio Grande do Norte (79,41%; 27/34) e Mossoró – Rio Grande do Norte. (60,45%; 26/43) como as maiores frequências de soropositividade. Para o MC, as mesmas cidades apresentaram as maiores prevalências: Mossoró – Rio Grande do Norte (9,30%; 4/43), Governador Dix – Set Rosado – Rio Grande do Norte (8,82%; 3/34) e Quixeramobim – Ceará ( 5,71%; 2/35). O estudo possibilitou observar a relação entre as melhores práticas sanitárias e as menores prevalências de LC e MC. As doenças estão presentes nos rebanhos estudados e apresentam valores de prevalência consideráveis para LC e MC em populações de ovinos Morada Nova da variedade branca.


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  • A linfadenite caseosa e a mastite clínica são doenças infecciosas responsáveis por altas taxas de morbidade e mortalidade em ovinos. No nordeste brasileiro, a presença dessas morbidades compromete a sanidade dos rebanhos, bem como prejudica a conservação zoogenética da espécie, visto que a variedade branca da raça Morada Nova encontra-se atualmente em risco de extinção. Diante disso, torna-se necessária a adoção de medidas diagnósticas como forma de reduzir perdas nos rebanhos e assegurar a preservação da espécie. Assim, a pesquisa terá como objetivo avaliar a sanidade de rebanhos ovinos Morada Nova variedade branca, enfatizando a prevalência de linfadenite caseosa e mastite clínica, auxiliando as estratégias de manejo sanitário, minimizando os índices de morbidade e mortalidade desses animais, e desta forma diminuir o risco de extinção deste recurso genético. A pesquisa será desenvolvida em 7 rebanhos nos estados do Rio Grande do Norte e Ceará, avaliando cerca de 20 matrizes da raça Morada Nova variedade branca de cada rebanho, de acordo com a disponibilidade da cada propriedade, serão realizados exames clínicos, com ênfase à palpação de linfonodos e aparelho mamário, coleta de sangue para obtenção do soro, em cada animal, além dos animais que apresentarem casos de linfadenomegalia serão submetidos a coleta do material caseoso. Assim, diagnosticando os animais soro-positivos para linfadenite, por metodologia ELISA e PCR, a presença de mastite clínica, no exame clínico do aparelho mamário.

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  • ANA INDIRA BEZERRA BARROS GADELHA
  •  

    Morfologia dos anexos embrionários e fetais de emas Rhea americana Linnaeus, 1758.

     

  • Orientador : MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • Amilton Cesar dos Santos
  • Data: 25/03/2022

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  • A ema é uma ratita silvestre com importância científica e grande potencial e valor zootécnico, especialmente se considerado o atual estado de desenvolvimento do setor avícola brasileiro, onde pesquisas voltadas a incrementar a produtividade da agropecuária brasileira assumem relevância. Estudos com anexos fetais e desenvolvimento embrionário são importantes, pois podem evidenciar informações imprescindíveis ao manejo reprodutivo e nutricional dos animais. O presente estudo foi desenvolvido levando em consideração a ausência de informações sobre a morfologia dos anexos fetais em emas e objetivando-se estabelecer um modelo padrão para os anexos nesta espécie. Ovos de emas foram incubados de zero a 36 dias e foram realizadas as caracterizações macroscópicas e microscópicas dos seus anexos embrionários. Ao término do experimento constatou-se que o padrão de desenvolvimento observado em emas é similar ao de outras aves. Histologicamente observou-se que todos os anexos embrionários possuem camadas de folhetos germinativos: ectoderme, mesoderme e endoderme em sua constituição.


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  • O objetivo desse estudo será descrever a morfologia dos anexos fetais de emas, Rhea americana Linnaeus, 1758 nos 21 primeiros dias do desenvolvimento embrionário, pois apesar do estudo do desenvolvimento embrionário animal, possibilitar o acesso a informações muito importantes sobre as espécies (THIERRY et al. 2013), ainda são escassos os estudos sobre os anexos fetais de emas, com idades entre ZERO e 21 dias de nascidos e, sobretudo, não se tem registros de estudos sobre as modificações que ocorrem em seus anexos fetais ao longo do desenvolvimento embrionário, como forma de contribuir com informações a cerca do desenvolvimento embriológico da espécie. Para o alcance dos objetivos da pesquisa, serão realizadas a descrição macroscópica do (cório, alantóide, saco vitelino e âmnio), como também, empregadas técnicas de microscopia de luz e eletrônica de varredura e eletrônica de transmissão. Os resultados esperados são que com a metodologia empregada, se consiga,
    descrever a morfologia dos anexos fetais de emas, tal como comparar os resultados obtidos com o de outras aves domesticas e silvestres. Além de fornecer informações literárias, que, contribuam para futuras pesquisas, por meio da publicação de artigo com elevado impacto científico.

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  • MATHEUS BARBOSA DO NASCIMENTO
  •  

    CONSERVAÇÃO DE TECIDO SOMÁTICO DE PEIXE-BOI MARINHO, Trichechus manatus manatus (LINNAEUS, 1758) USANDO DIFERENTES TÉCNICAS E SOLUÇÕES DE CRIOPRESERVAÇÃO.


  • Orientador : ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • ALANA AZEVEDO BORGES
  • FERNANDA LÖFFLER NIEMEYER ATTADEMO
  • Data: 25/03/2022

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  • Os criobancos de tecidos somáticos são importantes ferramentas para a conservação e conhecimento das espécies, especialmente aquelas ameaçadas de extinção como o peixe-boi marinho, que vem tendo sua população reduzida por ações antrópicas. Assim, faz-se necessário a otimização de protocolos para redução de danos ocasionados pelas técnicas de criopreservação. Diante deste cenário, o presente trabalho teve como objetivos avaliar os danos ocasionados pelas técnicas de criopreservação em tecidos somáticos de peixe-boi marinho (Etapa 1), bem como o efeito da combinação e concentração de crioprotetores intracelulares, etilenoglicol (EG) e/ou dimetilsulfóxido (DMSO) na solução de vitrificação (Etapa 2). Para tanto, foram coletados fragmentos oriundos da pele de seis peixes-boi marinho mantidos no Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos, na Ilha de Itamaracá, Pernambuco, e divididos em duas etapas. Na primeira etapa, fragmentos foram distribuídos nos grupos congelação lenta (CL) e vitrificação em superfície sólida (VSS). Já na segunda etapa, fragmentos foram alocados nos grupos vitrificados com diferentes soluções: 3M-EG+3M-DMSO, 1,5M-EG+1,5M-DMSO, 3M-EG e 3M-DMSO. Tecidos não criopreservados foram utilizados como grupo controle nas duas etapas. Para todos os experimentos, fragmentos foram avaliados quanto à ultraestrutura, espessura da derme, quantificação de fibroblastos, percentual de fibras colágenas, potencial proliferativo tecidual. Além disso, células resultantes dos explantes cultivados foram avaliadas quanto à morfologia, aderência, viabilidade, atividade proliferativa, atividade metabólica, níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs), potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm) e níveis de apoptose. Na primeira etapa, a VSS não alterou a espessura da derme (P > 0,05), mas, ambas as técnicas diminuíram a quantidade de fibroblastos e aumentaram o percentual de fibras colágenas (P < 0,05). A CL manteve o potencial proliferativo tecidual, semelhante aos tecidos não criopreservados. No cultivo in vitro, apenas fragmentos do grupo VSS não apresentaram crescimento celular no período de 60 dias. Para o grupo CL, células obtidas não apresentaram redução na sua viabilidade e atividade proliferativa (P > 0,05), entretanto, houve redução no metabolismo e aumento dos níveis de apoptose, EROs e ΔΨm em comparação com células de tecidos não criopreservados. Já na segunda etapa, não houve diferença na ultraestrutura, sendo observado aumento na espessura da derme no grupo 1,5M-EG+1,5M-DMSO. Em todos os grupos vitrificados houve redução nos fibroblastos e aumento da matriz colágena (P < 0,05). Contudo, a vitrificação com 3,0M-EG+3,0M-DMSO manteve o potencial proliferativo dos tecidos. Nenhum dos fragmentos vitrificados foram capazes de produzir células em cultivo in vitro. Em conclusão, tecidos somáticos de peixe-boi marinho podem ser criopreservados por congelação lenta, produzindo células viáveis após cultivo in vitro. Os tecidos quando vitrificados, mesmo com redução na concentração, bem como a associação dos crioprotetores intracelulares não permitiu a obtenção de células, o que evidencia necessidade do aperfeiçoamento de protocolos, visando aumentar a qualidade dos bancos de tecidos somáticos nesta espécie.


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  • O peixe-boi marinho é um exemplar de mamífero aquático herbívoro de elevada importância ecológica para a biodiversidade mundial. Em virtude de seu declínio populacional e associado a esse papel ecológico, a criopreservação associada a formação de bancos de recursos somáticos representa uma ferramenta essencial para a conservação da espécie. Portanto, o objetivo do presente trabalho consiste em formar um criobanco de tecidos somáticos da pele abdominal do peixe-boi marinho. Para tanto, seis animais em processo de recuperação no Centro de Reabilitação da Fauna Marinha (Areia Branca, RN) serão utilizados. Dessa forma, amostras serão recuperadas e transportadas ao laboratório, onde serão fragmentadas (9,0 mm3) e destinadas a dois experimentos. No primeiro experimento, para a avaliação da técnica de criopreservação, os fragmentos serão distribuídos nos seguintes grupos: (i) não criopreservado (controle), e criopreservados por (ii) congelação lenta, (iii) vitrificação direta em criotubos e (iv) vitrificação em superfície sólida. No segundo experimento, após a definição da técnica de criopreservação, fragmentos serão distribuídos nos seguintes grupos: (i) não criopreservado (controle), e criopreservados em solução crioprotetora contendo meio essencial mínimo modificado com Dulbecco (DMSO), 10% de soro fetal bovino, 0,2 M de sacarose adicionado dos crioprotetores intracelulares (ii) dimetilsulfóxido (DMSO), (iii) etilenoglicol (EG) e (iv) associação de DMSO e EG, em concentrações a serem definidas de acordo com o resultado do primeiro experimento. Para ambos os experimentos, fragmentos serão avaliados quanto aos efeitos da criopreservação pelas suas características estruturais e ultraestruturais utilizando hematoxilina-eosina, tricrômico de Gomori, potencial proliferativo e microscopia eletrônica de varredura. Além disso, células resultantes dos fragmentos cultivados serão avaliadas quanto às características celulares/metabólicas, analisando morfologia, aderência, confluência, viabilidade por azul de tripan, atividade proliferativa com a elaboração de curva de crescimento e estimativa do tempo de duplicação da população celular, atividade metabólica, níveis apoptóticos e estresse oxidativo pela mensuração dos níveis de espécies reativas de oxigênio e potencial de membrana mitocondrial. Finalmente, espera-se com este trabalho contribuir com informações relacionadas à conservação de amostras somáticas derivadas de peixe-boi marinho, estabelecendo um criobanco de tecidos somáticos desta espécie.

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  • DANILO LOURENÇO DE ALBUQUERQUE
  • MORFOLOGIA TESTICULAR DE JUVENIS DE OSCAR Astronotus ocellatus AGASSIZ, 1831 (PIRCES: PERCIFORMES, CICHLIDAE)

  • Orientador : MARCELO BARBOSA BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCELO BARBOSA BEZERRA
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • TIAGO DA SILVA TEOFILO
  • Data: 30/03/2022

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  • A aquicultura ornamental se destaca no cenário aquícola mundial. Diversas espécies de
    peixes são cultivadas e apresentam elevado valor econômico, social e ambiental
    agregado. Nos últimos anos o mercado da Aquariofilia tem apresentado grande
    crescimento movimentando bilhões de dólares no mundo. Apesar do crescimento,
    grandes entraves são enfrentados pelas empresas relacionados a licenças de captura,
    cultivo, reprodução e comercialização de espécimes que não apresentam legislação ou
    por burocracia dos órgãos ambientais. Muitas das espécies enfrentam barreiras ambientais
    na natureza e quando em cativeiro apresentam dificuldades na reprodução, necessitando
    de intervenção humana através de técnicas biotecnológicas. O presente trabalho visa
    caracterizar testículos de Astrounotus ocellatus (Oscar) e as células envolvidas na
    espermatogênese, em particular espermatogônias primárias através de técnicas de
    morfologia, morfometria e estereologia. Os peixes foram sedados e eutanasiados para retirada das gônadas, onde tiveram seus dados biométricos analisados, tendo como base seu cumprimento, pesados e coloração das gônadas, posterior caracterização anatômica, foi realizado a avaliação histológica. Para avaliação histológica as gônadas foram fixadas em paraformaldeído 4% e submetido a bateria padrão de HE. Posteriormente as lâminas forma analisadas e realizadas as análises de morfometria, morfologia e estereologia. Tendo como resultado a observação principalmente de espermatogônias primarias e espermatogônias secundarias.


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  • A aquicultura ornamental se destaca no cenário aquícola mundial. Diversas espécies de peixes são cultivadas e apresentam elevado valor econômico, social e ambiental agregado. Nos últimos anos o mercado da Aquariofilia tem apresentado grande crescimento movimentando bilhões de dólares no mundo. Apesar do crescimento, grandes entraves são enfrentados pelas empresas relacionados a licenças de captura, cultivo, reprodução e comercialização de espécimes que não apresentam legislação ou por burocracia dos órgãos ambientais. Muitas das espécies enfrentam barreiras ambientais na natureza e quando em cativeiro apresentam dificuldades na reprodução, necessitando de intervenção humana através de técnicas biotecnológicas. O presente trabalho visa caracterizar testículos de Astrounotus Ocellatus (Oscar) e as células envolvidas na espermatogênese, em particular espermatogônias primárias através de técnicas de isolamento e cultivo. Os peixes serão sedados e eutanasiados para retirada das gônadas e posterior caracterização, isolamento através do protocolo de digestão enzimática para se obter a suspensão celular e posterior seleção das células alvo por fracionamento descontinuo de densidade de Percoll. A concentração de células espermatogoniais-tronco será cultivada para obtenção de uma maior proliferação celular e também sua diferenciação in vitro.

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  • ANA MICHELL GARCIA VARELA
  • IMPACTO DO CONSUMO DO EXTRATO ETANOLICO DA PRÓPOLIS BRASILEIRA NA PRODUÇÃO DE VACAS LEITEIRAS.

  • Orientador : PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DORGIVAL MORAIS DE LIMA JUNIOR
  • PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • THIAGO LUÍS ALVES CAMPOS DE ARAÚJO
  • Data: 26/04/2022

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  • Foram utilizadas 3 vacas da raça Holandês, primíparas, em período de lactação, com a mesma ordem de parto a mesma idade e uma média de peso corporal de 485  kg, distribuídas aleatoriamente em um quadrado latino 3x3, com três tratamentos e três repetições Cada período teve uma duração de 17 onde 12 dias foram para adaptação e 5 de coleta de dados, o primer quadrado latino teve uma duração por volta de 51 dias e o segundo quadrado latino com uma duração de 51 dias, A dieta experimental com que os animais foram alimentados consistiu em uma ração concentrada e silagem de milho, com uma relações volumoso: concentrado 50:50 teor de concentração, os tratamentos foram divididos da seguinte maneira; tratamento controle 1 (0ml de extrato etanolico de própolis), tratamento 2 (32ml/d de extrato etanolico de própolis), tratamento 3 (64ml/d de extrato etanolico de própolis). O extrato etanolico de própolis (EEP) testado tinha 40% de compostos fenólicos totais. de vacas holandesas tratadas com extrato etanóico de própolis. Objetivouse avaliar o consumo das vacas, o desempenho na produção de leite, parâmetros sanguíneos, comportamento ingestivo e estresse calórico. A adição de extrato etanolico da própolis na dieta de vacas leiteiras não afetou (P > 0,05) consumo dos nutrientes, composição do leite nem os parâmetros sanguíneos. No entanto, ohouve uma tendência a diferencia (P≥ 0,05, P≤ 0,10) na produção de leite, as vacas suplementadas com o maior nível de extrato etanolico da própolis produziram mais leite em relação a os demais tratamentos.


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  • O leite é produzido em todo o mundo e sua produção é essencial para o consumo humano. A importância pode ser vista no ambiente produtivo e no crescimento econômico mundial, principalmente nos países considerados em desenvolvimento e nos sistemas de agricultura familiar. A indústria pecuária busca continuamente maneiras de manipular o ecossistema microbiológico ruminal para melhorar a eficiência da produção de ruminantes domésticos. Os aditivos comumente usados na nutrição de ruminantes têm um papel importante como moduladores dos produtos finais da fermentação ruminal; no entanto, o uso de antibióticos na alimentação animal enfrenta uma diminuição na aceitação social, e seu uso é proibido na União Europeia desde janeiro de 2006. Por esse motivo, existe um interesse substancial em avaliar o potencial de antimicrobianos naturais, como extratos de plantas para modificar a fermentação microbiana do rúmen. Os aditivos alimentares são adequados não apenas nas operações de terminação de gado, mas também nas operações de pastejo de vacas e bezerros. Essas preocupações promoveram a busca de aditivos alimentares naturais alternativos. A própolis é conhecida por seus potenciais benefícios à saúde humana e tem sido amplamente utilizada em alimentos e bebidas, e demonstrou melhorar a saúde e prevenir doenças como inflamação, doenças cardíacas, diabetes e até câncer. Com isso o trabalho tem como objetivo avaliar a influência da Própolis Vermelha Brasileira na suplementação da dieta de bovinos e analisar o desempenho e composição do leite, componentes sanguíneos e o amido fecal como indicadores de eficiência alimentar. Para isso os animais serão divididos em dois grupos o primeiro grupo: controle receberá apenas a dieta basal e o segundo grupo receberá a dieta basal com adição de pó de própolis vermelha brasileira. A composição química será determinada por cromatografia de massa gasosa. O aditivo de própolis será misturado com uma dieta concentrada e o gado será alimentado. Esperam-se resultados em que a própolis vermelha de abelha (Apis mellifera) pode ser usada como um aditivo dietético natural eficaz em dietas para bovinos e terá potencial para melhorar a qualidade e a quantidade de leite e também fornecer defesas para o sistema imunológico dos ruminantes.

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  • ANDREZA VIEIRA BRASIL
  • BIOMETRIA E TÔNUS TESTICULARES E CONCENTRAÇÕES SÉRICAS DE TESTOSTERONA EM MACHOS DE ANTA BRASILEIRA (Tapirus terrestris) NOS BIOMAS PANTANAL E CERRADO, BRASIL

  • Orientador : ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • LEONARDO LELIS DE MACEDO COSTA
  • GUSTAVO FERRER CARNEIRO
  • Data: 29/04/2022

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  • Este estudo teve como objetivo contribuir para o conhecimento sobre a fisiologia reprodutiva da Anta Brasileira (Tapirus terrestris) por meio da descrição das concentrações séricas de testosterona, biometria testicular e tônus testicular de indivíduos que vivem nos biomas Pantanal e Cerrado do Brasil, verificando a existência de sazonalidade para a espécie, e investigando correlações entre esses parâmetros reprodutivos e idade e peso individual. Os dados meteorológicos (temperatura do ar, velocidade do vento, umidade relativa e radiação global) dos locais de estudo foram caracterizados por meio de estações automatizadas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). De 2015 a 2020, foram coletados dados de campo de 22 e 11 antas selvagens machos dos biomas Pantanal e Cerrado, respectivamente. Após a captura e contenção química, foram estimadas a idade e o peso dos animais. Amostras de sangue foram coletadas para determinar as concentrações séricas de testosterona usando radioimunoensaio. As medidas de biometria testicular incluíram largura, comprimento, altura e volume, enquanto o tônus testicular foi atribuído usando pontuações de 3 (firme) a 1 (suave). A idade, o peso e as concentrações de testosterona dos animais não diferiram entre os dois biomas (P > 0,05). Correlações positivas foram encontradas entre idade e peso (ρ = 0,86; P < 0,001), e níveis séricos de testosterona com idade (ρ = 0,45; P = 0,0047) e peso (ρ = 0,51; P = 0,0011). O volume testicular foi positivamente correlacionado com a idade (ρ = 0,75; P < 0,0001), peso (ρ = 0,65; P = 0,0011) e níveis séricos de testosterona (ρ = 0,42; P = 0,0081). Além disso, o tônus testicular em indivíduos adultos (> 48 meses) foi significativamente maior do que em indivíduos mais jovens (P < 0,05). A consistência testicular foi positivamente correlacionada com o peso (ρ = 0,36; P = 0,0241) e os níveis séricos de testosterona (ρ = 0,38; P = 0,0174). O efeito sazonal na reprodução da anta foi ausente, mas o tônus testicular foi influenciado pela velocidade do vento (ρ = 0,37; P = 0,0211) e umidade do ar (ρ = 0,37; P = 0,0262). Este estudo é a primeira descrição científica de parâmetros reprodutivos de machos de Anta Brasileira


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  • A anta brasileira (Tapirus terrestris Linnaeus, 1758) é um dos maiores mamíferos terrestres das Américas, e o maior herbívoro frugívoro do Brasil. Tem um papel chave na dispersão de grandes sementes e no controle da distribuição e densidade de diversas espécies vegetais. Assim, a anta exerce um papel crítico na formação e manutenção da diversidade biológica, desempenhando também o papel de espécie indicadora da “saúde” dos ecossistemas tropicais onde habita. No Brasil, a espécie já é classificada como “Ameaçada” no bioma cerrado, indicando o declínio das populações não só nesse bioma. Isto pode estar relacionado às ações antrópicas como expansão da agricultura, pecuária em grande escala, perda e fragmentação do habitat, atropelamentos, caça furtiva etc. Mas também, pode estar relacionada à reprodução o, devido ao fato deste animal possuir um período de gestação longo, com duração de aproximadamente 13 meses, com intervalo entre concepções de cerca de 24 meses, e em cada gestação nascer apenas um filhote, a quantidade de descendentes viáveis para a conservação da espécie é muito reduzida. Com isso, o presente estudo terá por objetivo conhecer detalhes e particularidades acerca da fisiologia reprodutiva desta espécie. Para tanto serão analisados dados de dosagem hormonal, biometria testicular, nos machos, que serão correlacionados com os dados meteorológicos para verificar a possível interferência das condições climáticas sobre a reprodução. E nas fêmeas, será avaliada a responsividade do epitélio vaginal às flutuações hormonais, e se as condições ambientais atuam sobre estas. Com este trabalho espera-se obter informações importantes a respeito da reprodução desta espécie, e que possam ser úteis aos esforços de conservação da mesma.

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  • ANDRE GUSTAVO ALVES HOLANDA
  • Uso do Plasma no Tratamento do Carcinoma de Células Escamosas Felino: Estudo In Vitro e Aplicação Clínica em Tumores Felinos

  • Orientador : JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS AUGUSTO GALVÃO BARBOZA
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • Data: 24/05/2022

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  • O carcinoma de células escamosas (CCE) é uma neoplasia maligna que afeta frequentemente a pele e cavidade oral dos gatos. Ambas as formas exigem a adoção de um tratamento local adequado, sendo realizada comumente a cirurgia. Entretanto, o efeito desfigurante e o estádio avançado ao diagnóstico podem ser fatores limitantes. Dessa forma, torna-se necessário o desenvolvimento de terapias alternativas. Em oncologia, o plasma frio atmosférico (PFA) tem demonstrado resultados promissores, exercendo efeito anticancerígeno in vitro e in vivo contra uma ampla variedade de neoplasias. Dessa forma, o objetivo foi avaliar os efeitos anticancerígenos do PFA contra o CCE felino. Para tanto, células de carcinoma de cabeça e pescoço humano da linhagem SCC-25 foram divididas em grupo controle e tratamento, ao qual foi submetido ao plasma por 60s, 90s ou 120s. O ensaio de óxido nítrico (NO) foi realizado através da determinação da concentração de nitrito, enquanto a citotoxicidade foi avaliada pelo ensaio de MTT após 24h, 48h e 72h. Para termografia in vitro, imagens térmicas foram capturadas antes e após os diferentes tempos de terapia. O estudo clínico foi realizado em felino com dois carcinomas cutâneos e um oral. A terapia com PFA consistiu em dois ciclos, no qual cada ciclo foi composto por três sessões semanais de plasma, seguido por uma semana sem exposição. As lesões foram submetidas à análise termográfica e histopatológica. Verificou-se que concentração de nitrito aumentou significativamente com os tratamentos de 90s e 120s quando comparado ao grupo controle. Foi observada redução de viabilidade celular para as células SCC-25 decorridas 24h e 48h, independente do tempo de exposição. Entretanto, em 72h houve efeito significativo apenas com o tratamento de 120s. A exposição ao CAP resultou em redução de temperatura do meio de cultura para todos os tempos avaliados. Nos ensaios in vivo, a média de temperatura dos tumores pré-tratamento foi de 35 °C e no pós-tratamento foi de 35,7°C. Os dois tumores cutâneos responderam ao PFA, sendo uma resposta completa, com cura histológica, e outra parcial. O CCE oral permaneceu estável. A análise histopatológica demonstrou o surgimento de áreas em apoptose nos tumores remanescentes. Os efeitos adversos foram locais e incluíram eritema e formação de crostas. As reações foram em grau I, autolimitantes e não exigiram intervenção médica. O PFA apresentou efeito anticancerígeno contra células do carcinoma de cabeça e pescoço. Para o SCC cutâneo felino, a terapia parece segura e eficaz. Entretanto, para tumores orais proliferativos, a utilização do plasma de forma direta e isolada pode ter eficácia limitada.


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  • O carcinoma de células escamosas (CCE) é uma neoplasia maligna que afeta frequentemente a pele e cavidade oral dos gatos. Ambas as formas exigem a adoção de um tratamento local adequado, sendo realizada comumente a cirurgia. Entretanto, o efeito desfigurante e o estádio avançado ao diagnóstico podem ser fatores limitantes. Dessa forma, torna-se necessário o desenvolvimento de terapias alternativas. Em oncologia, o plasma frio atmosférico (PFA) tem demonstrado resultados promissores, exercendo efeito anticancerígeno in vitro e in vivo contra uma ampla variedade de neoplasias, incluindo o carcinoma de células escamosas. Dessa forma, o objetivo foi avaliar os efeitos anticancerígenos in vitro do PFA sob linhagens celulares de carcinoma de cabeça e pescoço humano e in vivo contra o CCE felino cutâneo e oral. Para tanto, células SCC-25 foram divididas em grupo controle e tratamento, ao qual foi submetido ao plasma por 60s, 90s ou 120s. A análise de óxido nítrico (NO) foi realizada através da determinação da concentração de nitrito após os diferentes tempos de exposição. A citotoxicidade foi avaliada pelo ensaio de MTT após 24h, 48h e 72h do tratamento com PFA. Para termografia in vitro, imagens térmicas foram capturadas antes e após os diferentes tempos de terapia. O estudo clínico foi realizado em felino com dois carcinomas cutâneos e um oral. A terapia com PFA consistiu em dois ciclos, no qual cada ciclo foi composto por três sessões semanais de plasma, seguido por uma semana sem exposição. As lesões foram submetidas à análise termográfica antes e após o tratamento. Para análise estatística, os dados foram submetidos ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk e apresentaram distribuição normal para o ensaio de MTT e avaliação de temperatura in vitro. Assim, estes foram submetidos à análise de variância (ANOVA) seguida pelo teste de Tukey. Para o ensaio de oxidação nítrica foi aplicado o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis, seguido pelo teste de Dunn. Foram considerados significativos valores de p < 0,05. A concentração de nitrito aumentou com os tratamentos de 90s e 120s quando comparado ao grupo controle. Foi observada redução de viabilidade das células SCC-25 após 24h e 48h, independente do tempo de exposição ao plasma. Para a avaliação em 72h, houve efeito citotóxico apenas com o tratamento de 120s. A exposição ao PFA resultou em redução na temperatura do meio de cultura para todos os tempos avaliados. In vivo, a média de temperatura dos tumores pré-tratamento foi de 35 °C e no pós-tratamento foi de 35,7°C. Os dois tumores cutâneos responderam ao PFA, sendo uma resposta completa e outra parcial. O CCE oral permaneceu estável. Os efeitos adversos foram locais e incluíram eritema e formação de crostas. As reações foram em grau I, autolimitantes e não exigiram intervenção médica. Em conclusão, o PFA é capaz de gerar efeito citotóxico em linhagens celulares de carcinoma oral humano pela geração de estresse oxidativo. Para o tratamento do CCE cutâneo felino, o emprego do PFA parece seguro e promissor. Entretanto, para forma oral, o uso direto e isolado pode ter aplicação limitada.

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  • CAMILA PONTES LANDIM
  • ACHADOS RADIOGRÁFICOS E ULTRASSONOGRÁFICOS EM GATOS NATURALMENTE INFECTADOS PELO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA FELINA

  • Orientador : JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • JULIANA FORTES VILARINHO BRAGA
  • FABIANO SÉLLOS COSTA
  • Data: 11/07/2022

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  • O objetivo deste estudo foi investigar os achados de imagem nos exames de radiografia
    torácica, ultrassonografia pulmonar e abdominal de gatos domésticos naturalmente
    infectados pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV) na cidade de Mossoró, no Rio
    Grande do Norte, Brasil. Gatos naturalmente infectados por FIV e gatos FIV-negativos
    (grupo controle), definidos por teste comercial imunoenzimático, foram submetidos a
    exame físico, radiografia torácica, ultrassonografia pulmonar e abdominal para registro
    das alterações observadas. Foram coletados e comparados os dados de 36 gatos FIV positivos e 37 gatos FIV-negativos. Na radiografia dos FIV-positivos, os lobos
    pulmonares caudais direito e esquerdo foram significativamente mais afetados (P=0.042
    e P=0.012, respectivamente), sendo o padrão broncointersticial a principal anormalidade
    observada (direito: P=0.87 e esquerdo: P=0.061). Na ultrassonografia pulmonar,
    observou-se a região cranial direita mais alterada (≥ 3 linhas b) em um maior número de
    animais FIV-positivos (P=0.02). A avaliação ultrassonográfica abdominal demonstrou
    que os rins dos gatos FIV-positivos apresentaram significativamente a cortical mais
    ecogênica (P=0.013) com perda da definição da junção corticomedular (P=0.019). A
    presença de sedimento em bexiga foi mais presente nos gatos FIV-positivos (P=0.03).
    Hepatomegalia e redução da ecogenicidade do baço foi maior nos animais FIV-positivos
    (P=0.04 e P=0.001). Os resultados demonstram que animais FIV-positivos possivelmente
    apresentam mais alterações em lobos caudais pulmonares em relação aos gatos FIV negativos, demonstrando que a ultrassonografia pulmonar é mais sensível na detecção de
    alteração em lobo cranial direito do que a radiografia. Também foram observados
    alterações renais, hepáticas e esplênicas em animais FIV-positivos pela ultrassonografia.
    O presente estudo descreve alterações nos exames de imagem e evidencia a importância
    do acompanhamento dos gatos FIV-positivos pela radiografia e ultrassonografia e a
    necessidade de inclusão desses exames no estadiamento desses pacientes.


  • Mostrar Abstract
  • A imunodeficiência viral felina (FIV) é considerada uma das doenças mais comuns em gatos em todo mundo e largamente difundida na população de gatos domésticos do Brasil. E, apesar de ser extensamente estudada, informações a respeito das alterações hematológicas, bioquímicas e de imagens (radiografia, ultrassonografia e ecocardiografia) em gatos naturalmente infectados não estão completamente elucidadas, principalmente na região nordeste do país. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é a realização da caracterização clínica, epidemiológica, laboratorial e imagística da infecção natural pelo vírus da imunodeficiência viral felina (FIV) em gatos provenientes da cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte. Para tanto, serão utilizados 80 gatos provenientes de atendimentos clínicos do Hospital Veterinário Jerônimo Dix-Huit Rosado Maia da Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA). Os animais serão divididos em dois grupos experimentais após a realização de um teste imunocromatográfico para a detecção de anticorpos contra o FIV: G1 (40 gatos FIV-positivos) e G2 (40 gatos FIV-negativos). Todos os animais serão submetidos aos exames clínicos e de imagens completos e a coleta de sangue para realização de avaliações hematológicas e bioquímicas, e para a realização de testes sorológicos com intuito de investigar as coinfecções por Toxoplasma gondii e Leishmania infantum. Os animais também serão submetidos aos exames de imagem para identificar e caracterizar as possíveis alterações presentes nos felinos. Espera-se, a partir do desenvolvimento desse estudo, esclarecer melhor a infecção natural desta retrovirose, suas coinfecções e as alterações laboratoriais e de imagens em gatos naturalmente infectados no nordeste do país.

11
  • JERSON MARQUES CAVALCANTE
  • PERFIL FARMACOCINÉTICO DOS METABÓLITOS 4-METILAMINOANTIPIRINA(MAA) E 4-AMINOANTIPIRINA(AA)  APÓS ADMINISTRAÇÃO DO METAMIZOL INTRAVENOSO EM OVINOS

  • Orientador : RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • VALERIA VERAS DE PAULA
  • TALYTA LINS NUNES
  • Data: 15/09/2022

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  • O metamizol, também conhecido como dipirona, é um AINE frequentemente utilizado como analgésico e antipirético em humanos, com a vantagem de possuir menos efeitos adversos quando comparado aos demais fármacos da mesma classe. Os efeitos farmacológicos da dipirona são atribuídos a dois principais metabólitos: 4-metilaminoantipirina (MAA), 4-aminoantipirina (AA). Mesmo considerando o potencial uso da dipirona como analgésico em ovinos, até o momento, somente um trabalho descreveu a farmacocinética do metabólito MAA na espécie. Os autores destacaram a detecção do metabólito por até 8 horas nos animais e um perfil farmacocinético semelhante ao descrito em humanos. Entretanto, dados sobre a farmacocinética do AA não foram descritos na espécie, apesar da importância que este metabólito possui no contexto da analgesia promovida pelo fármaco. Considerando todos estes aspectos, objetivou-se estabelecer o perfil farmacocinético dos metabólitos 4-metilaminoantipirina (MAA) e 4-aminoantipirina (AA), após administração única do metamizol por via intravenosa em ovinos, usando espectrometria de massa por cromatografia líquida de alta eficiência nas determinações (LC-MS/MS). Para tanto, foram utilizados 10 ovinos (Ovis aries) machos, clinicamente saudáveis, adultos, não castrados, pesando em média 35kg, oriundos de propriedade privada. Os animais foram submetidos a administração intravenosa, em dose única, de 25mg/kg de dipirona. Após aplicação da medicação, amostras de sangue serão coletadas ao longo de 36 horas, acondicionadas em tubos contendo EDTA foram centrifugadas para obtenção do plasma sanguíneo para posterior determinação dos parâmetros farmacocinéticos dos metabólitos do metamizol. O método para identificação dos metabólitos foi validado seguindo critério nacionais e internacionais e as amostras avaliadas usando espectrometria de massa por cromatografia líquida de alta eficiência nas determinações (LC-MS/MS). Os parâmetros farmacocinéticos foram calculados usando modelos não compartimentais com o software WinNonlin. O método utilizado para determinação dos metabólitos do metamizol foi eficiente e permitiu identificar e quantificar 4-MAA e 4-AA em plasma ovino, após aplicação do fármaco por via intravenosa. Os animais foram capazes de metabolizar e eliminar rapidamente a dipirona. Com base nos dados, a dipirona na dose de 25 mg/kg, mantém concentrações de MAA acima das mínimas eficazes durante 8 horas, supondo-se, portanto, que a medicação deva ser aplicada em intervalos de 8 horas. Estudos adicionais são necessários para avaliar a segurança e eficácia clínica do metamizol em ovinos.


  • Mostrar Abstract
  • O jumento foi domesticado há vários anos, e desde então vem sendo utilizado em diversos serviços. Sua utilização vai desde transporte de carga e pessoas, produção de híbridos (muares) e para a produção de leite. O asininos assim como qualquer outro animal está sujeito a traumas e enfermidades que venham a levar a queda do volume sanguíneo ou de hemácias. Nesses casos a transfusão sanguínea é necessária para reestabelecer o transporte normal de nutrientes e oxigênio. A transfusão heteróloga consiste em transfundir sangue entre animais de espécies diferentes, sendo uma alterativa quando não for possível um doador da mesma espécie. Esse tipo de transfusão já é realizada em diversas espécies, porém, a transfusão entre equinos e asininos ainda é uma incógnita. O trabalho tem como objetivo avaliar a compatibilidade in vitro e in vivo de receptores asininos em relação ao sangue equino. O estudo será realizado no Laboratório de Medicina Interna Veterinária (LABMIV) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), onde serão utilizados cinco equinos e dez asininos, todos do sexo masculino. Será avaliado a compatibilidade in vitro entre receptores asininos e doadores equinos, através de reações cruzadas de compatibilidade maior e menor. As transfusões de sangue dos equinos para os asininos ocorrerá de acordo com os testes in vitro de compatibilidade sanguínea realizados previamente. As avaliações clinicas serão realizadas em 13 momentos, antes e após cada transfusão. Dados das reações cruzadas serão analisados pelos testes de Kruskal-Wallis e Qui-Quadrado de Pearson, e das transfusões por analise de variância de duas vias, seguindo os testes de Tukey e de Bonferoni para avaliar diferenças entre grupos e os tempos, a 5% de significância, respectivamente.

Teses
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  • MAIKO ROBERTO TAVARES DANTAS
  • CARACTERÍSTICAS ESPERMÁTICAS DE CUTIAS (Dasyprocta leporina LINNAEUS, 1758) DURANTE O TRÂNSITO EPIDIDIMÁRIO E NAS ESTAÇÕES SECA E CHUVOSA DO BIOMA CAATINGA

  • Orientador : ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • MARIA ISABEL MELLO MARTINS
  • ANTONIO CHAVES DE ASSIS NETO
  • JOÃO BATISTA FREIRE DE SOUZA JUNIOR
  • Data: 29/03/2022

  • Mostrar Resumo
  • Uma vez que as características reprodutivas dos roedores silvestres são afetadas por fatores ambientais, entender a influência sazonal sobre as características espermáticas de cutias durante a maturação espermática é essencial para a conservação desta e de outras espécies filogeneticamente próximas. Diante disso, objetivou-se avaliar os efeitos causados pelas condições climáticas dos períodos seco e chuvoso de uma região semiárida sobre os parâmetros espermáticos morfofuncionais de cutia (Dasyprocta leporina) ao longo do trânsito epididimário. Para tanto, o estudo foi dividido em três experimentos, os quais utilizaram-se animais adultos oriundos do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres da UFERSA. No experimento I, objetivou-se descrever as mudanças ultraestruturais, cinéticas, morfológicas e morfométricas do espermatozoide de cutia ao longo do trânsito epididimário, compreendendo sua maturação. Para tanto, 7 complexos de testículo-epidídimo de cutias sexualmente maduras foram removidos e os espermatozoides de diferentes regiões do epidídimo (caput, corpus e cauda) foram coletados através da técnica de flutuação. Não houve diferença significativa entre as regiões do epidídimo e a morfologia normal dos espermatozoides. As médias do comprimento da cabeça, largura da cabeça e comprimento da cauda dos espermatozoides foram maiores na cabeça do epidídimo (5,15 μm, 3,44 μm e 32,04 μm, respectivamente), diminuindo ao longo do trânsito epididimário. Os espermatozoides da cauda do epidídimo apresentaram os maiores valores de integridade de membrana com atividade mitocondrial (79,71%). Houveram aumentos significativos na motilidade total e vários parâmetros cinéticos, seguindo a direção cabeça-corpo-cauda. Nós fornecemos dados sem precedentes relacionados ao trânsito epididimário de espermatozoides em cutias. O experimento II objetivou avaliar a integridade funcional da membrana celular do espermatozoide de cutia ao longo do trânsito com diferentes soluções hiposmóticas e verificar suas associações com os parâmetros espermáticos. Foram usados os espermatozoides epididimários dos animais do experimento I (n = 6), seguindo-se as análises dos parâmetros espermáticos, correlacionando-as com o teste HOST (0 mOsm/L, 50 mOsm/L e 200 mOsm/L). Houveram correlações significativas entre os parâmetros espermáticos das regiões do caput e corpus e as soluções hiposmóticas, mas não com a cauda. A integridade funcional da membrana espermática de cutias pode ser avaliada com solução à base de citrato de sódio e frutose com osmolaridade de 50 mOsm/L. Por fim, o experimento III objetivou avaliar os impactos sazonais de uma região semiárida sobre as características espermáticas da cutia. Foram avaliados os parâmetros morfofuncionais dos espermatozoides da cauda do epidídimo de 7 cutias criadas no período seco do experimento I e 7 no período chuvoso, comparando-os como as variáveis ambientais aferidas em cada estação. A temperatura máxima do ar (ºC), umidade relativa (%), velocidade do vento (m/s) e a precipitação total (mm) para as estações seca e chuvosa foram, respectivamente: 36,2 e 34,1 ºC, 66,8 e 80,1%, 4,0 e 1,9 m/s, 0,2 e 517,7 mm. Os parâmetros relativos à morfofuncionalidade espermática apresentaram um padrão de melhores resultados durante o período chuvoso: redução nos defeitos do acrossomo (0,1% durante a estação chuvosa e 1,43% durante a seca), maiores comprimento de cabeça, largura da cabeça e comprimento da peça intermediária (5,42 μm, 3,61 μm e 5,78 μm, respectivamente) e melhores padrões de motilidade (motilidade total, progressiva, VAP, VSL, VCL e subpopulação de velocidade rápida). Em resumo, as variações ambientais relacionadas ao período chuvoso de uma região semiárida influenciaram positivamente a qualidade espermática de cutias. No entanto, a maior quantidade de gametas masculinos foi obtida durante a estação seca, provavelmente devido a mecanismos compensatórios.


  • Mostrar Abstract
  • Os estudos sobre a reprodução são essenciais para obter informações outrora
    desconhecidas de como as espécies se portam frente às adversidades do meio em que
    vivem. As cutias são peças vitais na manutenção de muitos ecossistemas ao redor do
    planeta, pois os mesmos se reproduzem muito rápido, fazem parte da alimentação de
    predadores, são ótimos dispersores de sementes, além de servirem como modelos
    experimentais. Sabe-se que inúmeros fatores podem prejudicar ou contribuir na qualidade
    dos parâmetros reprodutivos dos roedores, como a sazonalidade, o fotoperíodo, a
    pluviosidade e a temperatura, influenciando diretamente nas reações no metabolismo
    destes animais. O presente trabalho terá vários momentos distintos de pesquisa, buscando
    analisar e descrever diferentes parâmetros relacionados à fisiologia reprodutiva das cutias.
    Primeiramente, serão compiladas planilhas de dados contendo informações reprodutivas de
    cutias machos e fêmeas criados no CEMAS (Mossoró – RN, UFERSA) ao longo de 2
    décadas, para serem correlacionados entre si, no intuito de traçar um perfil da fisiologia
    reprodutiva nesta espécie durante as estações do ano, para ambos os sexos. Segundo,
    será aferido a temperatura de superfície de cutias macho mantidas em cativeiro por
    termografia infravermelha, correlacionando com as variáveis meteorológicas e comparando
    seus resultados entre as estações seca e chuvosa. Terceiro, buscará descrever a
    composição bioquímica do plasma seminal de cutias, identificando, quantificando e
    correlacionando a funcionalidade das substâncias com a época do ano. Quarto, será
    realizado a proteômica do espermatozoide da cutia, identificando e quantificando as
    proteínas da membrana plasmática, a fim de caracterizar seu perfil proteico ao longo ano.
    Por fim, almeja-se caracterizar a ultraestrutura dos espermatozoides obtidos de sêmen
    fresco de cutias, através de microscopia eletrônica de transmissão e de varredura, em
    função da época do ano. A compreensão, descrição e quantificação de todos estes fatores
    citados e como eles se associam nesta espécie, podem contribuir para mitigar os prejuízos
    por eles provocados, se houver, e para melhorar protocolos existentes quanto a
    conservação de germoplasma, ou mesmo facilitar as aplicações de biotécnicas visando
    potencializar os parâmetros reprodutivos com melhor eficiência.

2
  • RADAN ELVIS MATIAS DE OLIVEIRA
  •  


    MORFOLOGIA E ACHADOS ANATOMOPATOLÓGICOS DO TRATO DIGESTÓRIO DE TARTARUGAS MARINHAS.


  • Orientador : MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • FERNANDA LÖFFLER NIEMEYER ATTADEMO
  • FLÁVIO JOSÉ DE LIMA SILVA
  • MARCELA DOS SANTOS MAGALHÃES
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • Data: 31/03/2022
    Ata de defesa assinada:

  • Mostrar Resumo
  • Embora o conhecimento acerca da biologia e ecologia das tartarugas marinhas esteja sendo ampliado no mundo, ainda são escassas informações acerca da morfofisiologia do trato digestório destes animais, bem como sobre os achados imagiológicos e anatomopatológicos associados principalmente à ingestão de resíduos sólidos. Com isso, o objetivo da presente tese foi descrever a morfologia do trato digestório de uma espécie de tartaruga marinha, Eretmochelys imbricata, a fim de compreender os processos evolutivos associados a hábitos alimentares, bem como relatar os principais achados imagiológicos e anatomopatológicos do trato digestório das tartarugas marinhas. Para tanto, a tese foi dividida em nove capítulos. O primeiro capítulo, traz informações sobre as considerações gerais das tartarugas marinhas. O segundo e terceiro capítulos, correspondem a dois artigos experimentais intitulados: Morfologia do assoalho da cavidade orofaríngea de filhotes de tartaruga-de-pente (E. imbricata) e suas implicações evolutivas; e Caracterização morfológica do tubo digestório de filhotes de tartaruga-de-pente (E. imbricata). Já o quarto capítulo, corresponde a um artigo de revisão com o título: Ingestão de resíduos marinhos e o uso do diagnóstico por imagem em tartarugas marinhas: uma revisão. Os últimos cinco capítulos correspondem a artigos de relatos de casos, nominados: Morte de uma tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta) por ingestão de uma enguia (Myrichthys ocellatus); Intussuscepção colocólica associada ao Octangium sp. (Digenea: Microscaphidiidae) em uma tartaruga-verde Chelonia mydas; Reabilitação bem-sucedida de uma tartaruga marinha oleada (Lepidochelys olivacea) afetada pelo maior derramamento de óleo do Brasil; Achados anatomopatológicos de uma tartaruga-verde (C. mydas) vítima de colisão com um barco motorizado; e Prolapso peniano em tartaruga-verde (C. mydas). Portanto, com base nas características morfológicas observadas no trato digestório de filhotes de E. imbricata, são fortes indícios de uma adaptação a dieta carnívora nessa faixa etária. Os exames de diagnóstico por imagem em tartarugas marinhas têm grande importância na medicina da conservação, pois podem indicar o tipo de material ingerido, bem como sua localização, permitindo a melhor tomada de decisão para o tratamento de um animal. O diagnóstico ante mortem das doenças que afetam o trato digestório em tartarugas marinhas é de difícil definição, portanto, os achados anatomopatológicos e os sinais clínicos apresentados aqui fornecerão informações relevantes para definir as melhores terapias para as tartarugas marinhas em centros de reabilitação.


  • Mostrar Abstract
  • Embora o conhecimento acerca da biologia e ecologia das espécies de tartarugas marinhas
    Eretmochelys imbricata e Lepidochelys olivacea esteja sendo ampliado, ainda são escassas
    informações sobre a morfologia do aparelho digestório destas espécies, bem como sobre de
    achados anatomopatológicos relativos a esse aparelho. Com isso, objetivou-se a descrever
    a morfologia macroscópica e microscópica do aparelho digestório de tartarugas-marinhas
    Eretmochelys imbricata e Lepidochelys olivacea encalhadas nas praias da bacia potiguar,
    bem como associar a ocorrência de alterações anatomopatológicas a possíveis causas
    mortis destes animais. Serão utilizados animais encontrados mortos (carcaça fresca) em
    diferentes faixas etárias (filhotes, juvenis e adultos) no litoral da Bacia Potiguar,
    provenientes do monitoramento de praias pelo Projeto Cetáceos da Costa Branca (PCCB),
    como também serão aproveitadas amostras do banco de tecidos coletadas desde o ano de
    2015, que se encontram formalizados no Laboratório de Monitoramento de Biota Marinha da
    Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). E ainda, serão coletadas as
    amostras dos animais que vierem a óbito do Centro de Reabilitação de Animais Marinhos
    PCCB-UERN. A descrição macroscópica será realizada durante os exames necroscópicos
    de rotina, e as estruturas serão analisadas e descritas “in situ” e “ex situ”, obtendo-se dados
    de dimensões, forma, coloração e topografia. Em seguida, serão coletados fragmentos de
    tecidos para fixação e posterior processamento para a microscopia de luz, eletrônica de
    transmissão e eletrônica de varredura. Ainda, serão realizados exames anatomopatológicos
    para identificar possíveis alterações teciduais que possam estar relacionadas com os
    encalhes desses animais. O presente projeto de estudo terá como intuito fornecer subsídios
    para a compreensão da fisiologia da digestão desses animais, e ainda, propõem-se
    identificar as alterações morfológicas decorrentes das ações antrópicas, promovendo um
    melhor diagnóstico das doenças por meio do exame anatomopatológico, permitindo com
    isto a busca por soluções na conservação desses animais.

3
  • HERSON DA SILVA COSTA
  • MORFOLOGIA DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO DE OVINOS, CONCEPTO E GLICOSAMINOGLICANOS NO TERÇO INICIAL DA GESTAÇÃO

  • Orientador : MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • WIRTON PEIXOTO COSTA
  • ANTONIO CHAVES DE ASSIS NETO
  • Amilton Cesar dos Santos
  • HUGO ALEXANDRE DE OLIVEIRA ROCHA
  • Data: 27/05/2022

  • Mostrar Resumo
  • Objetivou-se descrever os glicosaminoglicanos, morfologia do aparelho reprodutor feminino, placenta e desenvolvimento pós-implantacional no terço inicial da gestação de ovinos da raça Morada Nova. Assim, foram utilizadas 10 ovelhas, adultas, ao quais foram submetidas à sincronização do cio durante 7 dias, através da utilização de MAP e aplicações de PGF2alfa e eCG. Em seguida os animais foram agrupados com o macho e a monta natural foi visualisada. As gestações foram confirmadas mediante ultrassonografia e as coletas foram realizadas nos dias, 15, 20, 30, 40, 50 e 60 pós cópula. As amostras foram descritas segundo as técnicas de macroscopia, morfometria e microscopia. Em relação aos GAGs, observou-se que marcou fortemente para Anti-CS na tuba uterina, cornos uterinos, corpo uterino, vagina, relação UT/PT e placentoma. Toda via, a cérvix esteve presente fracamente. Já a atividade Anti-HS esteve fortemente presente na mucosa vaginal e no interior dos vasos presentes na relação UT/PT. Demais estruturas marcaram-se fracamente. Quanto à morfologia, foi visto diferenças entre a relação UT/PT aos 20 dias de gestação e 60 dias e, a placentação observada foi do tipo corioalantoide. Se tratando do reprodutor, observou-se que os ovários apresentaram tamanhos diferentes entre os antimeros e possui um epitélio que variou de pavimentoso a cúbico simples. A tuba uterina foi constituida por um tubo musculomembranoso enovelado e histologicamente foi dividida em: mucosa, com seu epitélio de revestimento do tipo pseudoestratificado cilindrinco com celulas ciliadas, submucosa composta de tecido conjuntivo frouxo, muscular, que inclui uma camada longitudinal e outra circular e a serosa. Os cornos uterinos, histologicamente foi dividido em três camadas: endométrio, miométrio e o perimétrio. A região de endometrio, houve diferença entre as idades 15 e 50 dias de gestação, uma vez que, apresentou um epitelio simples cilindrico e cúbico simples, respectivamente. O corpo uterino foi a continuação dos cornos uterinos e possuiu o endometrio formada por epitelio simples cilindrico e por inumeras glândulas endometriais, que por sua vez, possuia epitélio cúbico simples. A cérvix foi constituida pela mucosa, muscular interna circular, muscular externa longitudinal e serosa. A mucosa variou desde um epitélio pseudoestratificado a cúbico simples ciliado, rica em tecido conjuntivo frouxo distribuido entre as fibras musculares. A vagina foi um órgão músculo membranoso, cilíndrico, histologicamente, possui um epitélio do tipo estratificado pavimentoso ceratinizado rico em tecido conjuntivo frouxo distribuido entre as fibras musculares. No tocante ao desenvolvimento pós-implantacional, observou-se um crescimento lento (15 – 30 dias) e acelerado (30 – 60 dias) do embrião/feto. Já se tratando das características externas, constatou-se que o embrião se torna feto a partir dos 50 dias de gestação e o tubérculo genital se torna totalmente diferenciado a partir dos 60 dias de gestação. Com base no protocolo hormonal de curto período, este apresentou boa taxa de gestação (58,82 %) e o diagnóstico gestacional foi possível a partir dos 14 dias de gestação. A dosagem de progesterona aos 21 dias de gestação foi de 7,48 ± 2,33 ng/mL, podendo ser utilizado como medida auxiliar ao exame de ultrassongrafia, para diagnóstico de gestação. Conclui-se que os GAGs estão presentes e são importantes no processo gestacional favorecendo uma prole saudável. Espera-se que os dados do presente estudo possam contribuir para a biologia da espécie e anatomia comparada.


  • Mostrar Abstract
  • Objetivou-se descrever o desenvolvimento embrionário/fetal e seus anexos, assim como avaliar o perfil dos glicosaminoglicanos no aparelho reprodutor e na placenta de ovinos da raça morada nova durante o terço inicial da gestação. Assim, serão utilizadas 12 ovelhas, com idades variando de 12 a 18 meses, os quais serão mantidos em setor desabitado do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres (CEMAS) da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró-RN. As mesmas passarão por sincronização do estro através da utilização de esponjas intravaginais (MAP) por sete dias, sendo que 24 h antes da remoção das esponjas serão aplicados prostaglandina F2alfa (uma aplicação) e FSH (quatro aplicações). A detecção do estro será observada de 12/12 horas durante dois dias com a utilização de macho e monta natural. A gestação será confirmada mediante exame de ultrassonografia transretal. Para determinação das concentrações séricas de progesterona e estradiol, serão colhidas amostras de sangue, totalizando quatro amostras por animal. Posteriormente, Para as coletas, os animais serão submetidos ao protocolo anestésico. Para tanto, serão submetidos a jejum alimentar de 12 horas e hídrico de 8 horas. Posteriormente será realizada a medicação pré-anestésica mediante administração de xilazina a 1%, indução anestésica com administração de cetamina a 10% e manutenção anestésica inalatória com utilização de isofluorano a volume de 3%. Em seguida, terá início o protocolo cirúrgico, com o animal em decúbito dorsal, tricotomia da região abdominal e antissepsia ampla com utilização de iodo povidine, logo após, será realizado uma incisão longitudinal mediana pré-retroumbilical na pele, tecido subcutâneo e peritônio (três planos) até a identificação do útero gravídico, onde será realizado a ovariosalpingohisterectomia total juntamente com os embriões/fetos e seus anexos. Feito isto, será realizado o
    fechamento dos três planos, com utilização de fio de nylon. Após cada procedimento, serão realizados os cuidados pós-operatórios. As cirurgias serão realizadas no Hospital Veterinário (HOVET) da UFERSA. Serão coletados amostras de embrião/feto e anexos extraembrionários durante o terço inicial da gestação. A primeira coleta será no dia 20 póscópula e as demais serão nos dias 30, 40, 50 e 60 pós-cópula. As amostras serão descritas segundo técnicas de macroscopia, morfometria, microscopia e densitometria em gel de agarose. Com a obtenção dos resultados espera-se contribuir para a biologia da espécie, além de favorecer conhecimento para futuros estudos que propiciem a manutenção da gestação e perpetuação da espécie no sistema de produção.

4
  • CÉLIO SOUZA DA ROCHA
  • INVESTIGAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE Perkinsus sp. EM OSTRAS NATIVAS Crassostrea sp. EM BANCOS NATURAIS DE ESTUÁRIOS DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL.

  • Orientador : JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELIANA DE FÁTIMA MARQUES DE MESQUITA
  • CECILIA IRENE PEREZ CALABUIG
  • JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • JULIANA FORTES VILARINHO BRAGA
  • LEONARDO LELIS DE MACEDO COSTA
  • Data: 05/10/2022

  • Mostrar Resumo
  • Os protozoários representam o grupo de agentes patogênicos com maior número de espécies de notificação obrigatória declaradas pela Organização Mundial para a Saúde Animal (WOAH) responsáveis por causar eventos de mortalidade em massa em moluscos bivalves de bancos naturais e de cultivo. O avanço da dispersão de protozoários do gênero Perkinsus infectando moluscos de importância econômica em todo mundo coloca em alerta as autoridades sanitárias de diversos países pois demonstra a capacidade desse patógeno de se adaptar a condições ambientais diversas e de infectar uma ampla variedade de hospedeiros refletindo assim um risco eminente aos ecossistemas marinhos e cultivos locais. Diante disto, o objetivo dessa pesquisa foi investigar a ocorrência de Perkinsus sp. em ostras de mangue Crassostrea sp. de bancos naturais nos estuários do Rio Potengi e da Laguna de Guaraíras no Estado do Rio Grande do Norte, Brasil, compreendendo a dinâmica das infecções e os possíveis impactos causados no hospedeiro. Para tanto, a tese foi dividida em três capítulos. O primeiro capítulo traz as considerações gerais sobre a epizootiologia do Perkinsus sp. O segundo capítulo traz o artigo intitulado: Primeiro registro de Perkinsus marinus infectando Crassostrea sp. no Rio Grande do Norte, Brasil, utilizando PCR em tempo real. O terceiro e último capítulo traz o artigo intitulado: Detecção de Perkinsus spp. infectando a ostra de mangue Crassostrea sp. de bancos naturais em estuários da costa nordeste da América do Sul. As hipóteses levantadas na Tese foram confirmadas através de análises laboratoriais que detectaram a ocorrência do patógeno infectando ostras nativas em ambos os estuários investigados. Foi possível identificar todos os estágios de vida do protozoário através de incubação em meio fluido de tioglicolato de Ray (RFTM), zoosporulação in vitro e análise histopatológica. Um ensaio de PCR em tempo real utilizando primers ITS específicos para P. marinus e recomendados pela WOAH identificou pela primeira vez a ocorrência de uma espécie de notificação obrigatória infectando ostras de mangue no Rio Grande do Norte, Brasil. Também foram realizados ensaios de PCR gênero-específicos que confirmaram se tratar de Perkinsus sp. As amostras apresentaram sequências ITS para P. marinus com similaridade de 99,98 a 100% e 97,83 a 100% de identidade com sequências de P. beihaiensis. Este também foi o primeiro registro de P. beihaiensis no Rio Grande do Norte. Os estuários apresentaram dinâmicas de infecção diferentes e Guaraíras pareceu mais sensível às mudanças sazonais. As análises dos fatores abióticos indicaram que as infecções tiveram uma relação negativa com a salinidade sendo maiores nos pontos de coleta com médias de salinidade mais baixas. Não foram observadas mortalidades que pudessem estar associadas à ocorrência de P. marinus. Os resultados apresentados aqui podem fornecer maiores subsídios na compreensão da dinâmica das infecções causadas por Perkinsus sp. e contribuem para o monitoramento e a rastreabilidade desse patógeno ao longo da costa brasileira.


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  • A Perkinsiose ou “Dermo” é uma doença de Notificação Obrigatória à OIE que acomete animais aquáticos da classe Bivalvia causando redução de taxa de crescimento, debilidade, redução da capacidade reprodutiva e alta mortalidade nas espécies susceptíveis. O agente infeccioso causador é um protozoário do gênero Perkinsus sp. que é transmitido por contato direto entre os hospedeiros infectados em todas as fases de vida do hospedeiro. Apesar de ser uma atividade restrita a regiões litorâneas e estuarinas, a malacocultura vem se destacando no cenário da aquicultura nacional, particularmente o Estado do Rio Grande do Norte desponta como um dos maiores produtores de ostras no Nordeste abastecendo a culinária regional e também com potencial de produção de sementes em escala comercial porém, para que a atividade progrida de maneira sustentável, o controle sanitário dos moluscos bivalves é fundamental. Até o presente momento, pesquisas sobre a presença de patógenos de notificação obrigatória em moluscos bivalves são escassas no Rio Grande do Norte e não há relato da ocorrência de Perkinsus sp. em ostras de bancos nativos dos estuários potiguares. O objetivo do presente estudo é investigar a ocorrência de Perkinsus sp. em populações de ostras nativas C. rhizophorae em dois estuários do Estado do Rio Grande do Norte analisando o grau de virulência desse patógeno sob a população existente e as possíveis consequências para o setor produtivo e bancos naturais de conservação de ostras nativas.

2021
Dissertações
1
  • HELIO NOBERTO DE ARAÚJO JÚNIOR
  • DESENVOLVIMENTO PRÉ-NATAL PÓS-IMPLANTACIONAL DE CATETOS (Pecari tajacu Linnaeus, 1758)

  • Orientador : MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • GLEIDSON BENEVIDES DE OLIVEIRA
  • Data: 26/02/2021

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  • Dada a importância das informações sobre o desenvolvimento intrauterino em tayassuídeos, objetivou-se descrever a morfologia externa de conceptos de catetos criados em cativeiro. Foram utilizados dois conceptos para cada idade gestacional e recém nascidos. No primeiro terço gestacional, têm-se acentuada curvatura corporal, vesículas encefálicas, somitos, órgãos internos, placóide do cristalino, saliência auricular, brotos dos membros. Aos 25 dias pós-cópula (dpc), os embriões apresentam comprimento crown-rump (CR) de (10,20 ± 0,85mm), pesando (0,16 ± 0,02g); aos 30 dpc CR (13,78 ± 0,08mm), pesando (0,36 ± 0,02g); e aos 40 dpc CR (22,12 ± 0,04mm), pesando (1,37 ± 0,02g). No segundo terço gestacional, os fetos perdem a curvatura corporal, com maior definição anatômica, como: formação do esqueleto, pavilhão auricular externo, narinas, pálpebras, pelos táteis, fechamento das suturas cranianas. Além disso, aos 50 dpc visualizou-se a glândula odorífera dorsal e diferenciação do tubérculo genital, com CR (59,66 ± 0,66mm), pesando (12,36 ± 0,79g); aos 60 dpc, CR (80,12 ± 4,12mm), pesando (32,74 ± 2,27g); aos 70 dpc, CR (110,40 ± 1,23mm), pesando (83,79 ± 3,20g); aos 80 dpc, CR (137,01±2,06mm), pesando (187,69 ± 17,20g); e aos 90 dpc, CR (150,80 ± 4,24mm), pesando (211,02±10,11g). No terço final da gestação, os órgãos encontram-se completamente formados, com escurecimento da pele, abertura das pálpebras, erupção dentária, desenvolvimento da glândula odorífera dorsal, órgãos sexuais externos, e anexos fâneros. Aos 100 dpc apresenta CR (156,75 ± 2,33mm), pesando (257,63 ± 1,65g); e aos 120 dpc CR (209,65±18,03mm), pesando (399,40 ± 48,79g). Já os neonatos apresentavam CR (266,10±6,22mm), pesando (913,05 ± 10,82g). Os dados permitiram determinar a curva de crescimento pré-natal, fornecendo informações para anatomia comparada entre ungulados, contribuindo ainda com o manejo reprodutivo racional, que agreguem biotecnologias reprodutivas na espécie.


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  • Dada a importância das informações sobre o desenvolvimento intrauterino em tayassuídeos, objetivou-se descrever a morfologia externa de conceptos de catetos criados em cativeiro. Foram utilizados dois conceptos para cada idade gestacional e recém nascidos. No primeiro terço gestacional, têm-se acentuada curvatura corporal, vesículas encefálicas, somitos, órgãos internos, placóide do cristalino, saliência auricular, brotos dos membros. Aos 25 dias pós-cópula (dpc), os embriões apresentam comprimento crown-rump (CR) de (10,20 ± 0,85mm), pesando (0,16 ± 0,02g); aos 30 dpc CR (13,78 ± 0,08mm), pesando (0,36 ± 0,02g); e aos 40 dpc CR (22,12 ± 0,04mm), pesando (1,37 ± 0,02g). No segundo terço gestacional, os fetos perdem a curvatura corporal, com maior definição anatômica, como: formação do esqueleto, pavilhão auricular externo, narinas, pálpebras, pelos táteis, fechamento das suturas cranianas. Além disso, aos 50 dpc visualizou-se a glândula odorífera dorsal e diferenciação do tubérculo genital, com CR (59,66 ± 0,66mm), pesando (12,36 ± 0,79g); aos 60 dpc, CR (80,12 ± 4,12mm), pesando (32,74 ± 2,27g); aos 70 dpc, CR (110,40 ± 1,23mm), pesando (83,79 ± 3,20g); aos 80 dpc, CR (137,01±2,06mm), pesando (187,69 ± 17,20g); e aos 90 dpc, CR (150,80 ± 4,24mm), pesando (211,02±10,11g). No terço final da gestação, os órgãos encontram-se completamente formados, com escurecimento da pele, abertura das pálpebras, erupção dentária, desenvolvimento da glândula odorífera dorsal, órgãos sexuais externos, e anexos fâneros. Aos 100 dpc apresenta CR (156,75 ± 2,33mm), pesando (257,63 ± 1,65g); e aos 120 dpc CR (209,65±18,03mm), pesando (399,40 ± 48,79g). Já os neonatos apresentavam CR (266,10±6,22mm), pesando (913,05 ± 10,82g). Os dados permitiram determinar a curva de crescimento pré-natal, fornecendo informações para anatomia comparada entre ungulados, contribuindo ainda com o manejo reprodutivo racional, que agreguem biotecnologias reprodutivas na espécie.

2
  • JOICE TEIXEIRA DE SOUZA
  • POTENCIAL DE REVESTIMENTOS COMESTÍVEIS À BASE DE QUITOSANA E EXTRATO DE PRÓPOLIS NA CONSERVAÇÃO DO CAMARÃO BRANCO DO PACÍFICO

  • Orientador : PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
  • Data: 26/02/2021

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  • Objetivou-se com esse estudo obter e caracterizar filmes e revestimentos comestíveis à base de quitosana combinada com diferentes concentrações de extrato de própolis verde e vermelha e avaliar o potencial dos revestimentos na qualidade do camarão branco (Litopenaeus vannamei). Os filmes produzidos foram caracterizados quanto suas propriedades ópticas: cor e opacidade; propriedades de barreira: permeabilidade ao vapor de água e solubilidade, propriedades mecânicas: resistência a tração, elongação na ruptura e módulo de elasticidade e microscopia eletrônica de varredura - MEV. A atividade antimicrobiana das soluções filmogênicas foi avaliada frente a cepas padrão de Salmonella typhimurium, Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Para o experimento com camarão resfriado, dividiu-se o camarão em cinco grupos aleatórios: Controle (C); Metabissulfito (MBS); Quitosana (Q); Extrato de própolis verde (EPVD) e Quitosana + extrato de própolis verde (QEPVD) após a aplicação dos tratamentos foi armazenado refrigerado a 4 ± 1 ºC por 12 dias. Para o experimento com camarão congelado, o camarão foi processado e dividido em cinco grupos: Controle (C); Glaciado (G), Quitosana (Q); Quitosana + extrato de própolis verde (QEPVD) e quitosana + extrato de própolis vermelho (QEPVM) após a aplicação dos tratamentos foi armazenado congelado a - 18 ºC por 180 dias. Para avaliar a qualidade do camarão foram realizadas análises físico-químicas: potencial hidrogeniônico – pH, reação as substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico - TBARS, perda de peso por cocção - PPC, capacidade de retenção de água – CRA, textura e cor instrumental e análises microbiológicas durante o período experimental em ambos experimentos e somente no experimento com camarão resfriado foi realizada também a análise de Método Índice de Qualidade - MIQ. De acordo com os dados obtidos foi observada diferença significativa (p < 0,05) nas propriedades de barreira e mecânicas dos filmes e melhores resultados foram encontrados nos filmes com concentrações de 0,25 e 0,12% de extrato de própolis verde e vermelha. A incorporação do extrato de própolis à quitosana proporcionou melhores resultados de atividade antimicrobiana frente às cepas de E. coli e S. aureus. A solução de revestimento de quitosana a 1,5% com 0,25% de extrato de própolis verde e 0,25% de extrato de própolis vermelha foram as escolhidas para continuação do estudo devido aos resultados positivos encontrados nas análises precedentes. No experimento com o camarão resfriado observou-se que as amostras de camarão revestidos com a combinação de quitosana e extrato de própolis demonstraram melhores resultados quanto aos valores de pH, TBARS, textura e inibição do desenvolvimento microbiano e da melanose. Já no experimento com o camarão congelado foi observado inibição do desenvolvimento de microrganismos, estabilidade oxidativa, manutenção do pH e melhores resultados na capacidade de retenção de água e manutenção do peso. A partir dos dados obtidos é possível inferir que houve sinergia entre a quitosana e o extrato de própolis e, portanto, essa combinação apresenta potencial como revestimento comestível e conservante natural para aumentar a qualidade sensorial e a vida útil do camarão branco.


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  • Objetivou-se com esse estudo obter e caracterizar filmes e revestimentos comestíveis à base de quitosana combinada com diferentes concentrações de extrato de própolis verde e vermelha e avaliar o potencial dos revestimentos na qualidade do camarão branco (Litopenaeus vannamei). Os filmes produzidos foram caracterizados quanto suas propriedades ópticas: cor e opacidade; propriedades de barreira: permeabilidade ao vapor de água e solubilidade, propriedades mecânicas: resistência a tração, elongação na ruptura e módulo de elasticidade e microscopia eletrônica de varredura - MEV. A atividade antimicrobiana das soluções filmogênicas foi avaliada frente a cepas padrão de Salmonella typhimurium, Escherichia coli e Staphylococcus aureus. Para o experimento com camarão resfriado, dividiu-se o camarão em cinco grupos aleatórios: Controle (C); Metabissulfito (MBS); Quitosana (Q); Extrato de própolis verde (EPVD) e Quitosana + extrato de própolis verde (QEPVD) após a aplicação dos tratamentos foi armazenado refrigerado a 4 ± 1 ºC por 12 dias. Para o experimento com camarão congelado, o camarão foi processado e dividido em cinco grupos: Controle (C); Glaciado (G), Quitosana (Q); Quitosana + extrato de própolis verde (QEPVD) e quitosana + extrato de própolis vermelho (QEPVM) após a aplicação dos tratamentos foi armazenado congelado a - 18 ºC por 180 dias. Para avaliar a qualidade do camarão foram realizadas análises físico-químicas: potencial hidrogeniônico – pH, reação as substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico - TBARS, perda de peso por cocção - PPC, capacidade de retenção de água – CRA, textura e cor instrumental e análises microbiológicas durante o período experimental em ambos experimentos e somente no experimento com camarão resfriado foi realizada também a análise de Método Índice de Qualidade - MIQ. De acordo com os dados obtidos foi observada diferença significativa (p < 0,05) nas propriedades de barreira e mecânicas dos filmes e melhores resultados foram encontrados nos filmes com concentrações de 0,25 e 0,12% de extrato de própolis verde e vermelha. A incorporação do extrato de própolis à quitosana proporcionou melhores resultados de atividade antimicrobiana frente às cepas de E. coli e S. aureus. A solução de revestimento de quitosana a 1,5% com 0,25% de extrato de própolis verde e 0,25% de extrato de própolis vermelha foram as escolhidas para continuação do estudo devido aos resultados positivos encontrados nas análises precedentes. No experimento com o camarão resfriado observou-se que as amostras de camarão revestidos com a combinação de quitosana e extrato de própolis demonstraram melhores resultados quanto aos valores de pH, TBARS, textura e inibição do desenvolvimento microbiano e da melanose. Já no experimento com o camarão congelado foi observado inibição do desenvolvimento de microrganismos, estabilidade oxidativa, manutenção do pH e melhores resultados na capacidade de retenção de água e manutenção do peso. A partir dos dados obtidos é possível inferir que houve sinergia entre a quitosana e o extrato de própolis e, portanto, essa combinação apresenta potencial como revestimento comestível e conservante natural para aumentar a qualidade sensorial e a vida útil do camarão branco.

3
  • MARCOS VINÍCIUS DE CASTRO FREIRE
  • Avaliação zootécnica e econômica do cultivo de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) sob diferentes manejos

  • Orientador : GUSTAVO HENRIQUE GONZAGA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • AMBROSIO PAULA BESSA JUNIOR
  • GUSTAVO HENRIQUE GONZAGA DA SILVA
  • LEONARDO LELIS DE MACEDO COSTA
  • Data: 04/03/2021

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  • Neste trabalho foram avaliados o desempenho zootécnico e a viabilidade econômica da produção de tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus), cultivada sob diferentes estratégias de manejo. O delineamento experimental foi constituído por três tratamentos: sistema de cultivo sem oferta de ração e com fertilização (M1); sistema de cultivo com oferta de ração e com fertilização (M2); Sistema de cultivo com oferta de ração e aplicação de Sulfato de Cálcio (CaSO4) (M3). Avaliou-se desempenho zootécnico dos peixes cultivados, em função do peso médio, da taxa de sobrevivência, fator de conversão alimentar aparente, ganho de peso e biomassa. Para análise econômica utilizou-se a estrutura de custo operacional e indicadores de viabilidade econômica para avaliar a produção. O cultivo sem oferta de ração (M1), gerou prejuízos econômicos em razão dos baixos índices zootécnicos, dos altos custos de produção e lucro negativo, comprovando a importância da ração para o desenvolvimento adequado de O. niloticus. A oferta de ração atrelada a fertilização (M2), foi mais viável economicamente, pois seus índices de Rentabilidade e Lucratividade foram significativamente superiores aos demais tratamentos. Concluímos que cultivos semi-intensivos de O. niloticus que utilizam ração em conjunto com o incremento do alimento natural na coluna d´água dos viveiros, por meio da fertilização dos sistemas de cultivo, pode trazer benefícios econômicos ao produtor e minimizar os custos com a alimentação artificial.


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  • Neste trabalho foram avaliados o desempenho zootécnico e a viabilidade econômica da produção de tilápia-do-Nilo (Oreochromis niloticus), cultivada sob diferentes estratégias de manejo. O delineamento experimental foi constituído por três tratamentos: sistema de cultivo sem oferta de ração e com fertilização (M1); sistema de cultivo com oferta de ração e com fertilização (M2); Sistema de cultivo com oferta de ração e aplicação de Sulfato de Cálcio (CaSO4) (M3). Avaliou-se desempenho zootécnico dos peixes cultivados, em função do peso médio, da taxa de sobrevivência, fator de conversão alimentar aparente, ganho de peso e biomassa. Para análise econômica utilizou-se a estrutura de custo operacional e indicadores de viabilidade econômica para avaliar a produção. O cultivo sem oferta de ração (M1), gerou prejuízos econômicos em razão dos baixos índices zootécnicos, dos altos custos de produção e lucro negativo, comprovando a importância da ração para o desenvolvimento adequado de O. niloticus. A oferta de ração atrelada a fertilização (M2), foi mais viável economicamente, pois seus índices de Rentabilidade e Lucratividade foram significativamente superiores aos demais tratamentos. Concluímos que cultivos semi-intensivos de O. niloticus que utilizam ração em conjunto com o incremento do alimento natural na coluna d´água dos viveiros, por meio da fertilização dos sistemas de cultivo, pode trazer benefícios econômicos ao produtor e minimizar os custos com a alimentação artificial.

4
  • EMANUEL LUCAS BEZERRA ROCHA
  • MORFOLOGIA DA GÔNADA DE FILHOTES NATIMORTOS DE TARTARUGA-
    DE-PENTE (Eretmochelys imbricata).

  • Orientador : CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • ANDRE DE MACEDO MEDEIROS
  • Data: 17/03/2021

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  • As alterações climáticas são consideradas uma grande ameaça à biodiversidade global.
    As tartarugas marinhas exibem sua determinação sexual dependente da temperatura,
    portanto consideradas vulneráveis a mudanças nos regimes térmicos. Sendo assim, as
    temperaturas dos ninhos afetam o sexo, a aptidão e a sobrevivência dos filhotes. Dentre
    as espécies que desovam no litoral do Rio Grande do Norte, as tartarugas-de-pente
    (Eretmochely simbricata) são as mais criticamente ameaçadas. Assim, o presente estudo
    tem como objetivo observar se existe dimorfismo sexual em filhotes recém-eclodidos de
    tartaruga-de-pente por meio da caracterização morfológica do das gônadas. Os animais
    foram coletados na praia de Cabo de São Roque, Município de Barra de Maxaranguape.
    Após a coleta, retirou-se o plastrão, onde foi possível a identificação e dissecação do
    complexo gônada-mesonefro (CGM). Em seguida, o CGM foi submetido a análise
    macroscópica, fragmentando e fixado em paraformaldeído a 4% e glutaraldeido a 2,5%
    em tampão fosfato por 24h, seguido de processamento para microscopia de luz e
    microscopia eletrônica de transmissão (TEM), respectivamente. Nos achados
    macroscópicos, verificou-se que as gônadas das fêmeas possuíam um aspecto granuloso,
    cor esbranquiçada translúcida e com forma fusiforme. Já nos machos, as gônadas foram
    identificadas com superfície lisa, com cor branco opaco e formato aproximadamente
    ovoide. Também foi possível observar maior vascularização na superfície das gônadas
    das fêmeas do que nos machos. Na microscopia, foi possível confirmar os sexos dos
    indivíduos, principalmente, pela diferença da estrutura da medula, onde as fêmeas
    possuíam celularidade desorganizada, com presença de ovogônias, lacunas e vasos
    sanguíneos. No entanto, nos machos a medula apresentou um padrão organizacional
    marcado pela presença de túbulos seminíferos e toda sua extensão. No que se refere a
    ultraestrutura, as fêmeas apresentaram um estroma marcado por uma rede de associação
    entre vasos sanguíneos, lacunas, fibroblastos, fibras de colágeno, músculo liso, células
    intersticiais com citoplasma rico em vesículas eletrodensas e células da linha germinativa
    (ovogônias) que apresentavam forma oval ou redonda grandes, com núcleo conspícuo e
    não central, citoplasma abundante. Já nos machos, foi possível observar no interior dos
    túbulos seminíferos, células piramidais com pouca heterocromatina, citoplasma apical
    aproximadamente triangular e basal com um nucléolo evidente característico de célula de
    Sertoli (CS). Junto a lâmina basal identificou-se células pavimentosas com características
    de células mioides (Cm) e no interstício observou-se células com características de função
    endócrina com vesículas eletrodensas em seu interior, padrão semelhante a células de
    Leydig (Ly). As Ly apresentavam núcleo arredondado, heterocromatina distribuída
    irregularmente e um nucléolo proeminente. Concluiu-se que tanto a avaliação
    macroscópica, microscópica e ultraestrutural se mostram técnicas efetivas e de confiança
    para a identificação sexual. Também vale salientar que na ausência das gônadas a análise
    microscópica dos ductos paramesonéfricos e dos apêndices dos ductos representam uma
    alternativa para identificação sexual na espécie em questão.


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  • As alterações climáticas são consideradas uma grande ameaça à biodiversidade global.
    As tartarugas marinhas exibem sua determinação sexual dependente da temperatura,
    portanto consideradas vulneráveis a mudanças nos regimes térmicos. Sendo assim, as
    temperaturas dos ninhos afetam o sexo, a aptidão e a sobrevivência dos filhotes. Dentre
    as espécies que desovam no litoral do Rio Grande do Norte, as tartarugas-de-pente
    (Eretmochely simbricata) são as mais criticamente ameaçadas. Assim, o presente estudo
    tem como objetivo observar se existe dimorfismo sexual em filhotes recém-eclodidos de
    tartaruga-de-pente por meio da caracterização morfológica do das gônadas. Os animais
    foram coletados na praia de Cabo de São Roque, Município de Barra de Maxaranguape.
    Após a coleta, retirou-se o plastrão, onde foi possível a identificação e dissecação do
    complexo gônada-mesonefro (CGM). Em seguida, o CGM foi submetido a análise
    macroscópica, fragmentando e fixado em paraformaldeído a 4% e glutaraldeido a 2,5%
    em tampão fosfato por 24h, seguido de processamento para microscopia de luz e
    microscopia eletrônica de transmissão (TEM), respectivamente. Nos achados
    macroscópicos, verificou-se que as gônadas das fêmeas possuíam um aspecto granuloso,
    cor esbranquiçada translúcida e com forma fusiforme. Já nos machos, as gônadas foram
    identificadas com superfície lisa, com cor branco opaco e formato aproximadamente
    ovoide. Também foi possível observar maior vascularização na superfície das gônadas
    das fêmeas do que nos machos. Na microscopia, foi possível confirmar os sexos dos
    indivíduos, principalmente, pela diferença da estrutura da medula, onde as fêmeas
    possuíam celularidade desorganizada, com presença de ovogônias, lacunas e vasos
    sanguíneos. No entanto, nos machos a medula apresentou um padrão organizacional
    marcado pela presença de túbulos seminíferos e toda sua extensão. No que se refere a
    ultraestrutura, as fêmeas apresentaram um estroma marcado por uma rede de associação
    entre vasos sanguíneos, lacunas, fibroblastos, fibras de colágeno, músculo liso, células
    intersticiais com citoplasma rico em vesículas eletrodensas e células da linha germinativa
    (ovogônias) que apresentavam forma oval ou redonda grandes, com núcleo conspícuo e
    não central, citoplasma abundante. Já nos machos, foi possível observar no interior dos
    túbulos seminíferos, células piramidais com pouca heterocromatina, citoplasma apical
    aproximadamente triangular e basal com um nucléolo evidente característico de célula de
    Sertoli (CS). Junto a lâmina basal identificou-se células pavimentosas com características
    de células mioides (Cm) e no interstício observou-se células com características de função
    endócrina com vesículas eletrodensas em seu interior, padrão semelhante a células de
    Leydig (Ly). As Ly apresentavam núcleo arredondado, heterocromatina distribuída
    irregularmente e um nucléolo proeminente. Concluiu-se que tanto a avaliação
    macroscópica, microscópica e ultraestrutural se mostram técnicas efetivas e de confiança
    para a identificação sexual. Também vale salientar que na ausência das gônadas a análise
    microscópica dos ductos paramesonéfricos e dos apêndices dos ductos representam uma
    alternativa para identificação sexual na espécie em questão.

5
  • ERICA LORENNA BATISTA DA SILVA
  • ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO EXTRATO DE GEOPRÓPOLIS DA ABELHA JANDAÍRA Melipona subnitida EM Salmonella sp. ISOLADAS DE CARNE BOVINA E FRANGO

  • Orientador : JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • CAIO AUGUSTO MARTINS AIRES
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • Data: 25/03/2021

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  • A salmonelose é apontada como a doença maior impacto na saúde pública, sendo um dos principais agravantes, o fato da bactéria sobreviver por longos períodos no meio ambiente. Outra problemática está relacionada ao uso exagerado de fármacos antimicrobianos o que tem tornado a bactéria mais resistente. Diante disso, alternativas aos antibióticos estão sendo propostas, dentre elas podemos citar o uso da própolis, utilizadas na medicina popular desde a antiguidade como agente anti-inflamatorio e antimicrobiano. Diante do exposto, considerando os riscos que esse patógeno representa a saúde dos consumidores, o objetivo do presente trabalho é identificar a presença de Salmonella spp. em carne bovina e de frango comercializadas na Região Oeste Potiguar e delinear o perfil de susceptibilidade das cepas ao extrato de geprópolis da abelha jandaíra comparado aos antimicrobianos de uso clínico. Foram avaliadas 60 amostras, 30 de carne bovina e 30 de frango e obteve-se como resultado um total de 18 (30%) positivas para Salmonella sp. sendo 6 (10%) de carne e 12 (20%) de frango. Os testes de foi feito por meio de disco-difusão Nos antibióticos de uso clínico os resultados demostraram um índice de resistência de 72% (13/18) a ampicilina, 11% (2/18) a sulfametoxazol/trimetropim, cefoxitina e amoxicilina/ácido clavulânico e 6% (1/18) a cefotaxima. O estudo revelou ainda que as propriedades presentes no geoprópolis extraído da abelha jandaíra é uma alternativa eficiente nas três diluições testadas (100%, 75% e 50%), sendo a diluição de 50% a mais eficaz, apresentando-se como uma opção terapêutica no tratamento de patologias humanas de origem bacteriana.


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  • A salmonelose é apontada como a doença maior impacto na saúde pública, sendo um dos principais agravantes, o fato da bactéria sobreviver por longos períodos no meio ambiente. Outra problemática está relacionada ao uso exagerado de fármacos antimicrobianos o que tem tornado a bactéria mais resistente. Diante disso, alternativas aos antibióticos estão sendo propostas, dentre elas podemos citar o uso da própolis, utilizadas na medicina popular desde a antiguidade como agente anti-inflamatorio e antimicrobiano. Diante do exposto, considerando os riscos que esse patógeno representa a saúde dos consumidores, o objetivo do presente trabalho é identificar a presença de Salmonella spp. em carne bovina e de frango comercializadas na Região Oeste Potiguar e delinear o perfil de susceptibilidade das cepas ao extrato de geprópolis da abelha jandaíra comparado aos antimicrobianos de uso clínico. Foram avaliadas 60 amostras, 30 de carne bovina e 30 de frango e obteve-se como resultado um total de 18 (30%) positivas para Salmonella sp. sendo 6 (10%) de carne e 12 (20%) de frango. Os testes de foi feito por meio de disco-difusão Nos antibióticos de uso clínico os resultados demostraram um índice de resistência de 72% (13/18) a ampicilina, 11% (2/18) a sulfametoxazol/trimetropim, cefoxitina e amoxicilina/ácido clavulânico e 6% (1/18) a cefotaxima. O estudo revelou ainda que as propriedades presentes no geoprópolis extraído da abelha jandaíra é uma alternativa eficiente nas três diluições testadas (100%, 75% e 50%), sendo a diluição de 50% a mais eficaz, apresentando-se como uma opção terapêutica no tratamento de patologias humanas de origem bacteriana.

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  • KEWEN SANTIAGO DA SILVA LUZ
  • PRODUTOS MELIPONÍCOLAS DE ABELHA JANDAÍRA (Melipona subnitida) DO SEMIÁRIDO POTIGUAR.

  • Orientador : JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • ANA CARLA DIOGENES SUASSUNA BEZERRA
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • Data: 30/03/2021

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  • Objetivou-se com este estudo caracterizar o mel, a geoprópolis e o saburá de abelha jandaíra (Melipona subnitida Ducke) da região semiárida do estado do Rio Grande do Norte quanto aos seus parâmetros físico-químicos e microbiológicos, avaliando estratégias para o beneficiamento e preparo destes produtos para comercialização. Foram coletadas amostras de mel, geoprópolis e de saburá (pólen fermentado) de abelha jandaíra de municípios da região semiárida do estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Foram analisadas as características físico-químicas e microbiológicas do material in natura após a coleta. Também foram avaliadas as características do material após processos experimentais de beneficiamento. Para a execução do processo de beneficiamento de cada produto foram seguidas metodologias empregadas pelos meliponicultores. A geoprópolis bruta foi submetida ao processo de extração com álcool de cereais 70 º GL por 30 dias com agitação de 60 segundos a cada 12 horas. Foram avaliados o potencial antimicrobiano e antioxidante dos extratos hidroetanólico da geoprópolis. O mel fresco coletado assepticamente foi submetido ao processo de maturação (fermentação controlada) em fermentador artesanal a 30 ºC ± 1 ºC por 120 dias. Foram avaliados mensalmente os parâmetros físico-químicos e microbiológicos do mel durante o processo de maturação. O saburá in natura foi submetido a análises físico-químicas e microbiológicas com o objetivo de avaliar o potencial e a segurança como alimento. Através dos resultados obtidos foi possível identificar que a geoprópolis da abelha jandaíra é uma excelente fonte de compostos fenólicos com alta atividade antioxidante. Porém, geoprópolis coletadas com teor de argila elevado apresentam menor quantidade de compostos fenólicos e menor atividade antioxidante (p < 0,001). Torna-se imprescindível a criação e aperfeiçoamento de estratégias de manejo que busquem otimizar a produção de geoprópolis de abelha jandaíra. O mel maturado da abelha jandaíra apresentou teor de acidez elevado que ocasionou a inativação do crescimento microbiano e garantiu a qualidade físico-química e microbiológica do produto. O saburá mostrou-se uma fonte formidável de proteínas. Devido ao processo de maturação, o saburá apresentou pH ácido (< 4,5) e acidez elevada (> 300) que garantiram a segurança do alimento para o consumo humano, porém extrapolam os limites estabelecidos pela a legislação brasileira. Os produtos meliponícolas da abelha jandaíra são produtos apropriados ao consumo humano. Mas são necessárias a criação e adaptação de técnicas e normas específicas para que sejam comercializados e comercializados adequadamente.


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  • Objetivou-se com este estudo caracterizar o mel, a geoprópolis e o saburá de abelha jandaíra (Melipona subnitida Ducke) da região semiárida do estado do Rio Grande do Norte quanto aos seus parâmetros físico-químicos e microbiológicos, avaliando estratégias para o beneficiamento e preparo destes produtos para comercialização. Foram coletadas amostras de mel, geoprópolis e de saburá (pólen fermentado) de abelha jandaíra de municípios da região semiárida do estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Foram analisadas as características físico-químicas e microbiológicas do material in natura após a coleta. Também foram avaliadas as características do material após processos experimentais de beneficiamento. Para a execução do processo de beneficiamento de cada produto foram seguidas metodologias empregadas pelos meliponicultores. A geoprópolis bruta foi submetida ao processo de extração com álcool de cereais 70 º GL por 30 dias com agitação de 60 segundos a cada 12 horas. Foram avaliados o potencial antimicrobiano e antioxidante dos extratos hidroetanólico da geoprópolis. O mel fresco coletado assepticamente foi submetido ao processo de maturação (fermentação controlada) em fermentador artesanal a 30 ºC ± 1 ºC por 120 dias. Foram avaliados mensalmente os parâmetros físico-químicos e microbiológicos do mel durante o processo de maturação. O saburá in natura foi submetido a análises físico-químicas e microbiológicas com o objetivo de avaliar o potencial e a segurança como alimento. Através dos resultados obtidos foi possível identificar que a geoprópolis da abelha jandaíra é uma excelente fonte de compostos fenólicos com alta atividade antioxidante. Porém, geoprópolis coletadas com teor de argila elevado apresentam menor quantidade de compostos fenólicos e menor atividade antioxidante (p < 0,001). Torna-se imprescindível a criação e aperfeiçoamento de estratégias de manejo que busquem otimizar a produção de geoprópolis de abelha jandaíra. O mel maturado da abelha jandaíra apresentou teor de acidez elevado que ocasionou a inativação do crescimento microbiano e garantiu a qualidade físico-química e microbiológica do produto. O saburá mostrou-se uma fonte formidável de proteínas. Devido ao processo de maturação, o saburá apresentou pH ácido (< 4,5) e acidez elevada (> 300) que garantiram a segurança do alimento para o consumo humano, porém extrapolam os limites estabelecidos pela a legislação brasileira. Os produtos meliponícolas da abelha jandaíra são produtos apropriados ao consumo humano. Mas são necessárias a criação e adaptação de técnicas e normas específicas para que sejam comercializados e comercializados adequadamente.

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  • ISIS THAMARA DO NASCIMENTO SOUZA
  • RESPOSTAS TERMORREGULADORAS DE OVINOS COM INCLUSÃO DE EXTRATO DE PRÓPOLIS MARROM NA DIETA

  • Orientador : PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LEONARDO LELIS DE MACEDO COSTA
  • PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • RENATA NAYHARA DE LIMA
  • Data: 29/04/2021

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  • Objetivou-se com esse estudo avaliar as respostas termorreguladoras de ovinos em confinamento na região do semiárido, quando submetidos a inclusão de extrato etanoico de própolis na dieta. Para isso, foram utilizados doze ovinos machos, sem padrão racial definido (SPRD), recebendo dieta a base de volumoso e concentrado na proporção de 40:60, pesando aproximadamente 22kg, a alimentação foi dividida em duas refeições que foram fornecidas às 08h00min e às 16h00min, sendo permitidas sobras de 10% do total fornecido. Os animais foram divididos em dois tratamentos, T0 - sem inclusão de própolis e T1 - com inclusão de própolis, para o grupo com inclusão de própolis o extrato foi fornecido antes da dieta para que se tivesse a confirmação da ingestão total dos 8ml fornecidos. Os animais foram submetidos a 59 dias de experimento, sendo 14 dias para adaptação e 45 dias para coleta de dados, para observação do desempenho e dos parâmetros fisiológicos os animais foram pesados a cada quinze dias para avaliar o desempenho com base no ganho de peso, obtendo assim o ganho de peso total (GPT) e o ganho de peso diário (GPD), para avaliar a resposta dos cordeiros ao estresse térmico foram aferidos os parâmetros fisiológicos em três momentos, começo, meio e fim do período experimental, iniciando as 7 horas da manhã e finalizando as 17 horas, a cada 120 minutos. Foram observadas a frequência respiratória, temperatura retal, temperatura do ar, umidade relativa, velocidade do vento e temperatura do globo negro. Foi observado que, para os animais do grupo controle a frequência respiratória diferiu quando a temperatura do ar foi inferior a 28ºC e quando foi superior a 36ºC, enquanto que para o grupo própolis houve diferença apenas quando a TA foi inferior a 28ºC.


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  • Objetivou-se com esse estudo avaliar as respostas termorreguladoras de ovinos em confinamento na região do semiárido, quando submetidos a inclusão de extrato etanoico de própolis na dieta. Para isso, foram utilizados doze ovinos machos, sem padrão racial definido (SPRD), recebendo dieta a base de volumoso e concentrado na proporção de 40:60, pesando aproximadamente 22kg, a alimentação foi dividida em duas refeições que foram fornecidas às 08h00min e às 16h00min, sendo permitidas sobras de 10% do total fornecido. Os animais foram divididos em dois tratamentos, T0 - sem inclusão de própolis e T1 - com inclusão de própolis, para o grupo com inclusão de própolis o extrato foi fornecido antes da dieta para que se tivesse a confirmação da ingestão total dos 8ml fornecidos. Os animais foram submetidos a 59 dias de experimento, sendo 14 dias para adaptação e 45 dias para coleta de dados, para observação do desempenho e dos parâmetros fisiológicos os animais foram pesados a cada quinze dias para avaliar o desempenho com base no ganho de peso, obtendo assim o ganho de peso total (GPT) e o ganho de peso diário (GPD), para avaliar a resposta dos cordeiros ao estresse térmico foram aferidos os parâmetros fisiológicos em três momentos, começo, meio e fim do período experimental, iniciando as 7 horas da manhã e finalizando as 17 horas, a cada 120 minutos. Foram observadas a frequência respiratória, temperatura retal, temperatura do ar, umidade relativa, velocidade do vento e temperatura do globo negro. Foi observado que, para os animais do grupo controle a frequência respiratória diferiu quando a temperatura do ar foi inferior a 28ºC e quando foi superior a 36ºC, enquanto que para o grupo própolis houve diferença apenas quando a TA foi inferior a 28ºC.

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  • LHARA RICARLIANY MEDEIROS DE OLIVEIRA
  • POTENCIAL ANTIOXIDANTE DOS BIOATIVOS PRESENTES NO ÓLEO ESSENCIAL DE Syzygium aromaticum L. NA MATURAÇÃO IN VITRO DE OÓCITOS BOVINOS

  • Orientador : ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • LUIZ SÉRGIO DE ALMEIDA CAMARGO
  • MARGOT ALVES NUNES DODE
  • Data: 21/05/2021

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  • O óleo essencial de Syzygium aromaticum (OESA) possui comprovada atividade antioxidante. Contudo, por seus bioativos serem de diferentes constituições, é necessária a aplicação de estudos bioguiados para denotar o maior potencial antioxidante do OESA, bem como determinar a concentração ideal. Assim, considerando que a produção in vitro de embriões (PIVE) em bovinos apresenta eficiência variável em virtude das condições de estresse oxidativo, a suplementação do meio com esses compostos pode ser uma alternativa para otimizar a técnica. Portanto, o objetivo foi avaliar o potencial antioxidante dos bioativos isolados do OESA em oócitos bovinos, sobre a maturação nuclear e citoplasmática, viabilidade das células do cumulus, níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs), níveis de glutationa intracelular (GSH), potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm), desenvolvimento embrionário partenogenético (Etapa 1); e diferentes concentrações do bioativo definido na primeira etapa sobre os mesmos parâmetros (Etapa 2). Para tanto, oócitos foram maturados nas seguintes suplementações: OESA20 (20 μg/mL OESA), EUG (83 μM eugenol), β-CA (19 μM β-cariofileno), ACT (12 μM acetato de eugenila), CIS (100 μM cisteamina) e controle (sem antioxidante) para a Etapa 1; e eugenol E83 (83 μM eugenol), E100 (100 μM eugenol), E120 (120 μM eugenol), controle positivo (100 μM cisteamina) e controle negativo (sem antioxidante) para Etapa 2. Na etapa 1, todos os antioxidantes foram superiores ao controle nas taxas de metáfase II (MII, P < 0,05). Contudo, EUG, OESA20 e CIS aumentaram as taxas de extrusão do primeiro corpúsculo polar (1CP, P < 0,05). Além disso, EUG apresentou taxas de expansão e viabilidade das células do cumulus superiores aos demais grupos (P < 0,05). As taxas de maturação citoplasmática por distribuição mitocondrial foram maiores nos grupos EUG e ACT, e para os padrões de agregação mitocondrial se destacaram EUG, ACT e CIS (P < 0,05). Os níveis de EROs foram reduzidos e os de GSH aumentaram com o EUG e CIS (P < 0,05). Ainda, todos os grupos mostraram menores níveis de ΔΨm comparado ao grupo controle e β-CA (P < 0,05). EUG, OESA20 e CIS promoveram maiores taxas de clivagem e qualidade embrionária, mas o EUG promoveu uma maior taxa de blastocistos e estruturas com ≥ 8 células (P < 0,05). Apesar da ação dos demais bioativos serem positivas, o eugenol promoveu a maior atividade e foi usado na etapa seguinte. Na etapa 2, as taxas de MII foram superiores para E83 quando comparados aos demais grupos (P < 0,05). E83, E120 e o controle positivo aumentaram as taxas de 1CP (P < 0,05). E83 e controle positivo resultaram em expansão e viabilidade de células cumulus superiores (P < 0,05). A maturação citoplasmática não diferiu entre os grupos com antioxidantes, mas, a agregação mitocondrial se destacou em E83 e controle positivo (P < 0,05). Um ΔΨm menor foi mostrado nos grupos suplementados com antioxidantes (P < 0,05). Os níveis de EROs reduziram com os grupos E83 e controle positivo, e os de GSH aumentaram com esses e o E120 (P < 0,05). A taxa de clivagem e o número de blastocistos eclodidos foi maior em E83, assim como a qualidade embrionária (P < 0,05). Em conclusão, apesar do β-CA e ACT terem efeitos antioxidantes, 83 μM de eugenol adicionado aos meios de MIV foi a mais interessante alternativa entre os bioativos para a manutenção da qualidade de oócitos bovinos, bem como promover o aumento do subsequente desenvolvimento embrionário.


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  • O óleo essencial de Syzygium aromaticum (OESA) possui comprovada atividade antioxidante. Contudo, por seus bioativos serem de diferentes constituições, é necessária a aplicação de estudos bioguiados para denotar o maior potencial antioxidante do OESA, bem como determinar a concentração ideal. Assim, considerando que a produção in vitro de embriões (PIVE) em bovinos apresenta eficiência variável em virtude das condições de estresse oxidativo, a suplementação do meio com esses compostos pode ser uma alternativa para otimizar a técnica. Portanto, o objetivo foi avaliar o potencial antioxidante dos bioativos isolados do OESA em oócitos bovinos, sobre a maturação nuclear e citoplasmática, viabilidade das células do cumulus, níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs), níveis de glutationa intracelular (GSH), potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm), desenvolvimento embrionário partenogenético (Etapa 1); e diferentes concentrações do bioativo definido na primeira etapa sobre os mesmos parâmetros (Etapa 2). Para tanto, oócitos foram maturados nas seguintes suplementações: OESA20 (20 μg/mL OESA), EUG (83 μM eugenol), β-CA (19 μM β-cariofileno), ACT (12 μM acetato de eugenila), CIS (100 μM cisteamina) e controle (sem antioxidante) para a Etapa 1; e eugenol E83 (83 μM eugenol), E100 (100 μM eugenol), E120 (120 μM eugenol), controle positivo (100 μM cisteamina) e controle negativo (sem antioxidante) para Etapa 2. Na etapa 1, todos os antioxidantes foram superiores ao controle nas taxas de metáfase II (MII, P < 0,05). Contudo, EUG, OESA20 e CIS aumentaram as taxas de extrusão do primeiro corpúsculo polar (1CP, P < 0,05). Além disso, EUG apresentou taxas de expansão e viabilidade das células do cumulus superiores aos demais grupos (P < 0,05). As taxas de maturação citoplasmática por distribuição mitocondrial foram maiores nos grupos EUG e ACT, e para os padrões de agregação mitocondrial se destacaram EUG, ACT e CIS (P < 0,05). Os níveis de EROs foram reduzidos e os de GSH aumentaram com o EUG e CIS (P < 0,05). Ainda, todos os grupos mostraram menores níveis de ΔΨm comparado ao grupo controle e β-CA (P < 0,05). EUG, OESA20 e CIS promoveram maiores taxas de clivagem e qualidade embrionária, mas o EUG promoveu uma maior taxa de blastocistos e estruturas com ≥ 8 células (P < 0,05). Apesar da ação dos demais bioativos serem positivas, o eugenol promoveu a maior atividade e foi usado na etapa seguinte. Na etapa 2, as taxas de MII foram superiores para E83 quando comparados aos demais grupos (P < 0,05). E83, E120 e o controle positivo aumentaram as taxas de 1CP (P < 0,05). E83 e controle positivo resultaram em expansão e viabilidade de células cumulus superiores (P < 0,05). A maturação citoplasmática não diferiu entre os grupos com antioxidantes, mas, a agregação mitocondrial se destacou em E83 e controle positivo (P < 0,05). Um ΔΨm menor foi mostrado nos grupos suplementados com antioxidantes (P < 0,05). Os níveis de EROs reduziram com os grupos E83 e controle positivo, e os de GSH aumentaram com esses e o E120 (P < 0,05). A taxa de clivagem e o número de blastocistos eclodidos foi maior em E83, assim como a qualidade embrionária (P < 0,05). Em conclusão, apesar do β-CA e ACT terem efeitos antioxidantes, 83 μM de eugenol adicionado aos meios de MIV foi a mais interessante alternativa entre os bioativos para a manutenção da qualidade de oócitos bovinos, bem como promover o aumento do subsequente desenvolvimento embrionário.

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  • GABRIELA PEREIRA DE OLIVEIRA LIRA
  • CRIOPRESERVAÇÃO DE TECIDO SOMÁTICO E OBTENÇÃO DE LINHAGENS FIBROBLÁSTICAS DERIVADAS DO PAVILHÃO AURICULAR DE ONÇA-PARDA, Puma concolor (LINNAEUS, 1771)

  • Orientador : ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • ALANA AZEVEDO BORGES
  • Data: 26/05/2021

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  • Os bancos de recursos somáticos desempenham um papel crucial na conservação da diversidade genética, permitindo a conservação de amostras biológicas de diferentes populações. As células somáticas de onça-parda podem ser recuperadas desses bancos e usadas em técnicas assistidas para promover sua multiplicação e conservação. Em resposta à redução da população desta espécie de importância ecológica, o presente trabalho teve como objetivos avaliar os danos causados pela criopreservação na formação de bancos de tecidos somáticos (Etapa 1), bem como caracterizar linhagens celulares após cultivo prolongado e criopreservação (Etapa 2). Para tanto, fragmentos do pavilhão auricular derivados de quatro onças-pardas mantidos em zoológicos da cidade de Fortaleza, Ceará, foram distribuídos em duas etapas. Na primeira etapa, fragmentos criopreservados e não criopreservados foram avaliados quanto à espessura da pele, cartilagem, número de células, número de halos perinucleares, percentual de matriz colágena, e atividade proliferativa tecidual. Além disso, células resultantes dos fragmentos cultivados foram avaliadas quanto à morfologia, aderência, confluência, viabilidade, atividade proliferativa, atividade metabólica, estresse oxidativo e níveis de apoptose. Na segunda etapa, células caracterizadas como fibroblastos por imunocitoquímica, foram avaliadas quanto ao período de cultivo (primeira, terceira e décima passagem) e efeitos da criopreservação sobre morfologia, ultraestrutura, viabilidade, atividade proliferativa, metabolismo, níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs), potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm) e níveis de apoptose. Na primeira etapa, a criopreservação aumentou a espessura da camada córnea nos tecidos e o número de halos perinucleares e lacunas vazias. Apesar disso, a criopreservação foi capaz de manter os padrões normais de fibroblastos, mesmo apresentando aumento no percentual de fibras colágenas. Além disso, a criopreservação manteve o potencial proliferativo dos tecidos e dos parâmetros avaliados durante o cultivo in vitro, principalmente quanto à viabilidade, atividade proliferativa e níveis de apoptose. Contudo, células de tecidos criopreservados apresentaram diminuição do metabolismo e do ΔΨm. Na segunda etapa, as células mostraram uma morfologia fusiforme típica com núcleos ovais localizados centralmente. As células foram identificadas como fibroblastos por coloração com vimentina. O cultivo in vitro após a primeira, terceira e décima passagem não alterou a maioria dos parâmetros avaliados. As células na terceira e décima passagem mostraram uma redução nos níveis de EROs (P < 0,05). A ultraestrutura revelou dano morfológico nos prolongamentos e núcleos de células derivadas da terceira e décima passagem. Além disso, a criopreservação resultou em uma redução no ΔΨm em comparação com as células não criopreservadas. Em conclusão, tecidos somáticos de onça-parda submetidos à criopreservação são viáveis e mantêm a integridade do tecido, apresentando alterações mínimas após o aquecimento. Adicionalmente, fibroblastos viáveis podem ser obtidos de tecidos somáticos do pavilhão auricular de onça-parda, com pequenas alterações após a décima passagem em cultivo in vitro e criopreservação.


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  • Os bancos de recursos somáticos desempenham um papel crucial na conservação da diversidade genética, permitindo a conservação de amostras biológicas de diferentes populações. As células somáticas de onça-parda podem ser recuperadas desses bancos e usadas em técnicas assistidas para promover sua multiplicação e conservação. Em resposta à redução da população desta espécie de importância ecológica, o presente trabalho teve como objetivos avaliar os danos causados pela criopreservação na formação de bancos de tecidos somáticos (Etapa 1), bem como caracterizar linhagens celulares após cultivo prolongado e criopreservação (Etapa 2). Para tanto, fragmentos do pavilhão auricular derivados de quatro onças-pardas mantidos em zoológicos da cidade de Fortaleza, Ceará, foram distribuídos em duas etapas. Na primeira etapa, fragmentos criopreservados e não criopreservados foram avaliados quanto à espessura da pele, cartilagem, número de células, número de halos perinucleares, percentual de matriz colágena, e atividade proliferativa tecidual. Além disso, células resultantes dos fragmentos cultivados foram avaliadas quanto à morfologia, aderência, confluência, viabilidade, atividade proliferativa, atividade metabólica, estresse oxidativo e níveis de apoptose. Na segunda etapa, células caracterizadas como fibroblastos por imunocitoquímica, foram avaliadas quanto ao período de cultivo (primeira, terceira e décima passagem) e efeitos da criopreservação sobre morfologia, ultraestrutura, viabilidade, atividade proliferativa, metabolismo, níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs), potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm) e níveis de apoptose. Na primeira etapa, a criopreservação aumentou a espessura da camada córnea nos tecidos e o número de halos perinucleares e lacunas vazias. Apesar disso, a criopreservação foi capaz de manter os padrões normais de fibroblastos, mesmo apresentando aumento no percentual de fibras colágenas. Além disso, a criopreservação manteve o potencial proliferativo dos tecidos e dos parâmetros avaliados durante o cultivo in vitro, principalmente quanto à viabilidade, atividade proliferativa e níveis de apoptose. Contudo, células de tecidos criopreservados apresentaram diminuição do metabolismo e do ΔΨm. Na segunda etapa, as células mostraram uma morfologia fusiforme típica com núcleos ovais localizados centralmente. As células foram identificadas como fibroblastos por coloração com vimentina. O cultivo in vitro após a primeira, terceira e décima passagem não alterou a maioria dos parâmetros avaliados. As células na terceira e décima passagem mostraram uma redução nos níveis de EROs (P < 0,05). A ultraestrutura revelou dano morfológico nos prolongamentos e núcleos de células derivadas da terceira e décima passagem. Além disso, a criopreservação resultou em uma redução no ΔΨm em comparação com as células não criopreservadas. Em conclusão, tecidos somáticos de onça-parda submetidos à criopreservação são viáveis e mantêm a integridade do tecido, apresentando alterações mínimas após o aquecimento. Adicionalmente, fibroblastos viáveis podem ser obtidos de tecidos somáticos do pavilhão auricular de onça-parda, com pequenas alterações após a décima passagem em cultivo in vitro e criopreservação.

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  • VANESSA SILVA SANTANA
  • Caracterização do perfil bioquímico e coproparasitológico de periquitos-da-caatinga (Eupsittula cactorum) de vida livre e advindos de apreensão

  • Orientador : CECILIA IRENE PEREZ CALABUIG
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CECILIA IRENE PEREZ CALABUIG
  • JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • VICTOR FERNANDO SANTANA LIMA
  • Data: 28/09/2021

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  • A determinação dos parâmetros bioquímicos no sangue é uma ferramenta para auxiliar o diagnóstico de doenças metabólicas, definir o perfil nutricional de uma população e permitir uma avaliação clínica mais aprofundada de indivíduos. Na clínica de aves é comum utilizar padrões de referência baseados na literatura, onde foram usadas amostras com número pequeno de animais, que não foram corretamente caracterizadas e sem descrições detalhadas das metodologias utilizadas para os exames laboratoriais. Apesar da existência de diversas técnicas padronizadas para o estudo de animais domésticos e que podem ser úteis também para espécies silvestres, ainda há uma lacuna de padrões de referência para muitas espécies de aves silvestres. Embora as aves de cativeiro possam apresentar doenças semelhantes àquelas observadas em vida livre, há escassez de dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais que acabam por limitar o diagnóstico de doenças metabólicas e/ou nutricionais. No Brasil, é cultural a manutenção ilegal de animais oriundos de caça que acaba por culminar numa prática sem cuidados veterinários para esses animais. Isso leva à erros de manejo na criação, principalmente no que diz respeito ao manejo nutricional adequado trazendo danos à saúde dos animais. Através da amostragem de animais oriundos de apreensões e da captura e amostragem de animais de vida livre em regiões pré-estabelecidas, o presente trabalho tem como objetivo compilar dados sobre parâmetros bioquímicos normais de psitacídeos neotropicais disponíveis na literatura, compilar dados de parâmetros bioquímicos alterados de psitacídeos neotropicais disponíveis na literatura, caracterizar referências dos parâmetros bioquímicos normais para Eupsittula cactorum e comparar com os parâmetros bioquímicos de animais da mesma espécie advindos de apreensão e identificar parasitas intestinais de Eupsittula cactorum de vida livre e advindos de apreensão.


  • Mostrar Abstract
  • A determinação dos parâmetros bioquímicos no sangue é uma ferramenta para auxiliar o diagnóstico de doenças metabólicas, definir o perfil nutricional de uma população e permitir uma avaliação clínica mais aprofundada de indivíduos. Na clínica de aves é comum utilizar padrões de referência baseados na literatura, onde foram usadas amostras com número pequeno de animais, que não foram corretamente caracterizadas e sem descrições detalhadas das metodologias utilizadas para os exames laboratoriais. Apesar da existência de diversas técnicas padronizadas para o estudo de animais domésticos e que podem ser úteis também para espécies silvestres, ainda há uma lacuna de padrões de referência para muitas espécies de aves silvestres. Embora as aves de cativeiro possam apresentar doenças semelhantes àquelas observadas em vida livre, há escassez de dados clínicos, epidemiológicos e laboratoriais que acabam por limitar o diagnóstico de doenças metabólicas e/ou nutricionais. No Brasil, é cultural a manutenção ilegal de animais oriundos de caça que acaba por culminar numa prática sem cuidados veterinários para esses animais. Isso leva à erros de manejo na criação, principalmente no que diz respeito ao manejo nutricional adequado trazendo danos à saúde dos animais. Através da amostragem de animais oriundos de apreensões e da captura e amostragem de animais de vida livre em regiões pré-estabelecidas, o presente trabalho tem como objetivo compilar dados sobre parâmetros bioquímicos normais de psitacídeos neotropicais disponíveis na literatura, compilar dados de parâmetros bioquímicos alterados de psitacídeos neotropicais disponíveis na literatura, caracterizar referências dos parâmetros bioquímicos normais para Eupsittula cactorum e comparar com os parâmetros bioquímicos de animais da mesma espécie advindos de apreensão e identificar parasitas intestinais de Eupsittula cactorum de vida livre e advindos de apreensão.

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  • SARAH DIÓGENES MENDONÇA DE MATTOS BRITO GOES
  • AVALIAÇÃO DO MÉTODO FAMACHA© COMO CRITÉRIO DE TRATAMENTO SELETIVO NO AUXÍLIO À CONSERVAÇÃO DA RAÇA CANINDÉ

  • Orientador : DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • JACINARA HODY GURGEL MORAIS LEITE
  • JOSE ERNANDES RUFINO DE SOUSA
  • Data: 30/09/2021

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  • Um dos principais entraves da caprinocultura no Brasil são as perdas econômicas
    causadas por parasitas gastrointestinais. Que além de diminuir a produção, ainda causa um
    aumento dos custos com aplicações de anti-helmínticos para o controle das parasitoses. Para
    diminuir esse custo foi desenvolvido o método FAMACHA©, que consiste na avaliação
    individual de cada animal para determinar o grau de anemia baseado no nível de infecção por
    parasitas hematófagos e tomar a decisão se o animal deve ou não ser tratado, diminuindo a
    pressão seletiva sobre os parasitas. No entanto, em raças localmente adaptadas, podemos
    encontrar mudanças fisiológicas adaptativas nas quais os animais apresentam parâmetros
    clínicos diferentes de animais de raças exóticas. Com isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar
    eficácia da aplicação do método FAMACHA© em caprinos da raça Canindé, criados em
    sistema extensivo no semiárido brasileiro. Para tanto, foram utilizadas 161 cabras da raça
    Canindé, as quais foram examinadas clinicamente, e classificadas através do escore F©
    em 5 categorias, F©1, F©2, F©3, F©4 e F©5. Os animais foram diagnosticados como anêmicos (F©
    3,4 e 5 ou F©4 e5) ou não anêmicos (F©1, 2 e 3 e F©1 e 2). Foi coletada amostra sanguínea para
    realização de hemograma e contagem do hematócrito, padrão ouro, para detecção de anemia,
    de cada animal, e realizada a coleta de fezes para contagem de ovos por grama de fezes (OPG)
    e realização de coprocultura para confirmação da presença de H. contortus através da
    identificação da sua larva infectante, em dois períodos do ano, seco e chuvoso. Diante dos
    dados obtidos, não houve diferenças significativas entre o os dados de HTC e F© entre os
    períodos analisados. No entanto, ao avaliar o F©, foi observado que a média da classificação
    dos animais permaneceu semelhante nos dois períodos, e a anemia não foi confirmada em
    nenhum animal pelo HTC, houve apenas diferença significante na contagem de OPG entre o
    período chuvoso e seco, no qual, os animais apresentaram uma menor média de OPG.
    Portanto, estudo concluiu que há uma relação contraditória entre a classificação da anemia
    através do método F©, valores de OPG e HTC relacionadas infecção por H. contortus, não
    sugerindo o uso do método F©para caprinos da raça Canindé e ainda propõe a elaboração de
    novas faixas de HTC associadas aos escores de F© de 1 a 5.


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  • Um dos principais entraves da caprinocultura no Brasil são as perdas econômicas
    causadas por parasitas gastrointestinais. Que além de diminuir a produção, ainda causa um
    aumento dos custos com aplicações de anti-helmínticos para o controle das parasitoses. Para
    diminuir esse custo foi desenvolvido o método FAMACHA©, que consiste na avaliação
    individual de cada animal para determinar o grau de anemia baseado no nível de infecção por
    parasitas hematófagos e tomar a decisão se o animal deve ou não ser tratado, diminuindo a
    pressão seletiva sobre os parasitas. No entanto, em raças localmente adaptadas, podemos
    encontrar mudanças fisiológicas adaptativas nas quais os animais apresentam parâmetros
    clínicos diferentes de animais de raças exóticas. Com isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar
    eficácia da aplicação do método FAMACHA© em caprinos da raça Canindé, criados em
    sistema extensivo no semiárido brasileiro. Para tanto, foram utilizadas 161 cabras da raça
    Canindé, as quais foram examinadas clinicamente, e classificadas através do escore F©
    em 5 categorias, F©1, F©2, F©3, F©4 e F©5. Os animais foram diagnosticados como anêmicos (F©
    3,4 e 5 ou F©4 e5) ou não anêmicos (F©1, 2 e 3 e F©1 e 2). Foi coletada amostra sanguínea para
    realização de hemograma e contagem do hematócrito, padrão ouro, para detecção de anemia,
    de cada animal, e realizada a coleta de fezes para contagem de ovos por grama de fezes (OPG)
    e realização de coprocultura para confirmação da presença de H. contortus através da
    identificação da sua larva infectante, em dois períodos do ano, seco e chuvoso. Diante dos
    dados obtidos, não houve diferenças significativas entre o os dados de HTC e F© entre os
    períodos analisados. No entanto, ao avaliar o F©, foi observado que a média da classificação
    dos animais permaneceu semelhante nos dois períodos, e a anemia não foi confirmada em
    nenhum animal pelo HTC, houve apenas diferença significante na contagem de OPG entre o
    período chuvoso e seco, no qual, os animais apresentaram uma menor média de OPG.
    Portanto, estudo concluiu que há uma relação contraditória entre a classificação da anemia
    através do método F©, valores de OPG e HTC relacionadas infecção por H. contortus, não
    sugerindo o uso do método F©para caprinos da raça Canindé e ainda propõe a elaboração de
    novas faixas de HTC associadas aos escores de F© de 1 a 5.

Teses
1
  • JOSIEL BORGES FERREIRA
  • VALIDAÇÃO DO MÉTODO FAMACHA© PARA O CONTROLE DAS ENDOPARASITOSES GASTRINTESTINAIS EM OVELHAS DA RAÇA MORADA NOVA.

  • Orientador : DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • ANA CARLA DIOGENES SUASSUNA BEZERRA
  • JOSE ERNANDES RUFINO DE SOUSA
  • CRISTINA SANTOS SOTOMAIOR
  • MAGDA MARIA GUILHERMINO
  • Data: 20/01/2021

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  •  A raça Morada Nova é um importante recurso genético da região semiárida brasileira, que atualmente sofre com problemas relacionados a gestão de sua população e no manejo sanitário dos rebanhos, aumentando índices de mortalidade e morbidade desses animais. O objetivo desse estudo foi avaliar as ferramentas de controle das endoparasitoses gastrintestinais ligadas ao H. contortus, mais especificamente o sistema FAMACHA© (F©), para ovelhas da raça Morada Nova. 138 fêmeas adultas foram avaliadas nos meses de março, junho, setembro e dezembro quanto aos seus aspectos de desempenho, parasitologia, hematologia e bioquímica sérica. A tese foi dividida em dois capítulos, o primeiro avaliando a sensibilidade e a especificidade do sistema F© e o segundo capítulo avaliando a concordância entre o F© e os valores de hematócrito sob abordagem multivariada, utilizando análises de componentes principais e discriminante canônica. O estudo concluiu que o sistema F© pode ser usado como uma alternativa confiável, auxiliando na redução da pressão de seleção de anti-helmínticos em relação ao tratamento seletivo de rotina, para o controle de vermes hematófagos. Foi observado que ocorreram semelhanças na utilização do sistema F© para ovelhas da raça Morada Nova, embora os animais tenham padrões fisiopatológicos particulares. A avaliação das variáveis de desempenho, parasitologia, parâmetros sanguíneos de hematologia e painel bioquímico sérico sob abordagem multivariada permitiram entender as correlações entre as variáveis do estudo, no entanto, serão necessários estudos futuros aprofundados acerca da interferência dessas variáveis nas mudanças dos escores de anemia diagnosticados pelo método F©.


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  •  A raça Morada Nova é um importante recurso genético da região semiárida brasileira, que atualmente sofre com problemas relacionados a gestão de sua população e no manejo sanitário dos rebanhos, aumentando índices de mortalidade e morbidade desses animais. O objetivo desse estudo foi avaliar as ferramentas de controle das endoparasitoses gastrintestinais ligadas ao H. contortus, mais especificamente o sistema FAMACHA© (F©), para ovelhas da raça Morada Nova. 138 fêmeas adultas foram avaliadas nos meses de março, junho, setembro e dezembro quanto aos seus aspectos de desempenho, parasitologia, hematologia e bioquímica sérica. A tese foi dividida em dois capítulos, o primeiro avaliando a sensibilidade e a especificidade do sistema F© e o segundo capítulo avaliando a concordância entre o F© e os valores de hematócrito sob abordagem multivariada, utilizando análises de componentes principais e discriminante canônica. O estudo concluiu que o sistema F© pode ser usado como uma alternativa confiável, auxiliando na redução da pressão de seleção de anti-helmínticos em relação ao tratamento seletivo de rotina, para o controle de vermes hematófagos. Foi observado que ocorreram semelhanças na utilização do sistema F© para ovelhas da raça Morada Nova, embora os animais tenham padrões fisiopatológicos particulares. A avaliação das variáveis de desempenho, parasitologia, parâmetros sanguíneos de hematologia e painel bioquímico sérico sob abordagem multivariada permitiram entender as correlações entre as variáveis do estudo, no entanto, serão necessários estudos futuros aprofundados acerca da interferência dessas variáveis nas mudanças dos escores de anemia diagnosticados pelo método F©.

2
  • LUÃ BARBALHO DE MACEDO
  • PERFIL FARMACOCINÉTICO DO METAMIZOL ISOLADO E ASSOCIADO AO TRAMADOL APÓS ADMINISTRAÇÃO INTRAVENOSA EM ASININOS

  • Orientador : VALERIA VERAS DE PAULA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VALERIA VERAS DE PAULA
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • GABRIEL ARAUJO DA SILVA
  • TALYTA LINS NUNES
  • Data: 26/02/2021

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  • A presente tese visou avaliar o perfil farmacocinético do metamizol administrado por via intravenosa de forma isolada e em associação com tramadol sendo ambos administrados em dose única em asininos. Foram utilizados 10 jumentos machos, saudáveis e inteiros. Os dez animais integraram todos os grupos do estudo, sendo realizado um período de descanso entre tratamentos de 15 dias. Os animais receberam quatro tratamento. No tratamento M10 metamizol na dose de 10 mg.kg-1, M25 – metamizol 25mg.kg-1 e M10T2 - 10 mg.kg-1 de metamizol associado a 2mg.kg-1 de tramadol e no M25T2, 25 mg.kg-1 de metamizol com 2mg.kg-1 de tramadol. Todos os tratamentos foram feitos por via intravenosa lenta. Após tempos pré-determinados, foram coletadas amostras de sangue para posterior análise. Alíquotas de plasmas foram processadas e injetadas no sistema cromatográfico UPLC-MS/MS. Os parâmetros avaliados foram: a concentração plasmática máxima (Cmax), o tempo para atingir a Cmax (Tmax), a área sob a curva de concentração plasmática do tempo zero até ao momento da última concentração mensurável (AUC0→t) e a extrapolação da AUC até ao infinito (AUC0→ ∞), volume de distribuição aparente (Vz/F), depuração aparente (CL/F), Ke (constante de eliminação) meia-vida de eliminação (t1/2); Tempo médio residual até o momento da última mensuração (MRT0→ t ), Tempo médio residual do momento zero até o infinito(MRT0→ ∞), para os fármacos e seus principais metabólitos. Nos grupos M10 e M25, os parâmetros AUC0→t, AUC0→ ∞, Cmax apresentaram um aumento significativo nos dois metabólitos do metamizol nos animais do grupo M25. Enquanto que o Tmax, Vz/F e o Cl/F não tiveram diferença estatística entre os grupos. Após administração intravenosa dos tratamentos M10T2 e M25T2, o TRA, MAA, AA foram detectados em até 24 horas de análise e o M1 até 12 horas. Analisando o metabólito do TRA, observou-se que a AUC0→ ∞ e o CL/F foi maior no grupo tratado com 10mg.kg-1 de metamizol quando comparado com o de 25 mg.kg-1. Enquanto o t ½; MRT0→ ∞; MRT0→ t apresentam-se significativa maiores no grupo M25T2. Em relação ao seu subproduto, o M1, o t ½; MRT0→ ∞; MRT0→ t apresentaram-se significativamente maiores no segundo grupo. O Vz/F; MRT 0→ ∞, t 1/2 do MAA e o MRT0→ t do AA variou significativamente entre os grupos sendo maiores nos animais que receberam 25mg.kg-1 de Metamizol. Em virtude do exposto na situação proposta, verifica-se que a metamizol e o tramadol interferem no metabolismo um do outro.


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  • A presente tese visou avaliar o perfil farmacocinético do metamizol administrado por via intravenosa de forma isolada e em associação com tramadol sendo ambos administrados em dose única em asininos. Foram utilizados 10 jumentos machos, saudáveis e inteiros. Os dez animais integraram todos os grupos do estudo, sendo realizado um período de descanso entre tratamentos de 15 dias. Os animais receberam quatro tratamento. No tratamento M10 metamizol na dose de 10 mg.kg-1, M25 – metamizol 25mg.kg-1 e M10T2 - 10 mg.kg-1 de metamizol associado a 2mg.kg-1 de tramadol e no M25T2, 25 mg.kg-1 de metamizol com 2mg.kg-1 de tramadol. Todos os tratamentos foram feitos por via intravenosa lenta. Após tempos pré-determinados, foram coletadas amostras de sangue para posterior análise. Alíquotas de plasmas foram processadas e injetadas no sistema cromatográfico UPLC-MS/MS. Os parâmetros avaliados foram: a concentração plasmática máxima (Cmax), o tempo para atingir a Cmax (Tmax), a área sob a curva de concentração plasmática do tempo zero até ao momento da última concentração mensurável (AUC0→t) e a extrapolação da AUC até ao infinito (AUC0→ ∞), volume de distribuição aparente (Vz/F), depuração aparente (CL/F), Ke (constante de eliminação) meia-vida de eliminação (t1/2); Tempo médio residual até o momento da última mensuração (MRT0→ t ), Tempo médio residual do momento zero até o infinito(MRT0→ ∞), para os fármacos e seus principais metabólitos. Nos grupos M10 e M25, os parâmetros AUC0→t, AUC0→ ∞, Cmax apresentaram um aumento significativo nos dois metabólitos do metamizol nos animais do grupo M25. Enquanto que o Tmax, Vz/F e o Cl/F não tiveram diferença estatística entre os grupos. Após administração intravenosa dos tratamentos M10T2 e M25T2, o TRA, MAA, AA foram detectados em até 24 horas de análise e o M1 até 12 horas. Analisando o metabólito do TRA, observou-se que a AUC0→ ∞ e o CL/F foi maior no grupo tratado com 10mg.kg-1 de metamizol quando comparado com o de 25 mg.kg-1. Enquanto o t ½; MRT0→ ∞; MRT0→ t apresentam-se significativa maiores no grupo M25T2. Em relação ao seu subproduto, o M1, o t ½; MRT0→ ∞; MRT0→ t apresentaram-se significativamente maiores no segundo grupo. O Vz/F; MRT 0→ ∞, t 1/2 do MAA e o MRT0→ t do AA variou significativamente entre os grupos sendo maiores nos animais que receberam 25mg.kg-1 de Metamizol. Em virtude do exposto na situação proposta, verifica-se que a metamizol e o tramadol interferem no metabolismo um do outro.

3
  • ÉRICA CAMILA GURGEL PRAXEDES
  • OTIMIZAÇÃO DO PROTOCOLO DE VITRIFICAÇÃO E ESTABELECIMENTO DO SISTEMA DE CULTIVO IN VITRO PARA O TECIDO OVARIANO DE CUTIAS (Dasyprocta leporina)

  • Orientador : ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • ANDREIA MARIA DA SILVA
  • GABRIELA LIBERALINO LIMA
  • LÍVIA BATISTA CAMPOS
  • Data: 25/05/2021

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  • O objetivo do presente estudo foi utilizar a manipulação de oócitos inclusos em folículos ovarianos pré antrais (MOIFOPA) como ferramenta para o resgate e conservação do uso de gametas femininos de cutias (Dasyprocta leporina). A tese foi dividida em duas fases experimentais. O primeiro experimento foi verificado o uso do TCM-199 suplementado com diferentes concentrações de pFSH (10 e 50 ng/mL) sob a morfologia, desenvolvimento e viabilidade de PAFs inclusos em tecido ovariano. Em seguida, verificou-se o efeito desse sistema de VCI sobre os mesmos parâmetros dos PAFs submetidos à vitrificação. Após o cultivo, o grupo FSH50 apresentou maior porcentagem de folículos morfologicamente normais quando comparado ao grupo FSH10 (P 0,05). Assim, o grupo FSH50 foi utilizado para experimento posterior, no qual um total de 76,2 ± 7,2% de PAFs normais previamente vitrificados foi encontrado após a cultivo de 6 dias, apresentando também os maiores valores (P 0,05). No segundo experimento, os ovários de oito fêmeas foram recuperados e fragmentados, com quatro fragmentos de córtex imediatamente fixados e avaliados (grupo fresco). Os demais fragmentos foram processados pelo método de vitrificação de superfície sólida (SSV) ou ovarian tissue cryosystem (OTC) usando soro fetal bovivo (SFB), etilenoglicol (EG) e sacarose (SAC) como crioprotetores, armazenados por duas semanas a -196 ºC e reaquecidos. Posteriormente, os fragmentos foram submetidos a um cultivo in vitro de 24 horas e avaliados quanto à carga microbiológica, morfologia do PAF e integridade do DNA. Não houve contaminação fúngica; entretanto, as amostras vitrificadas de dois indivíduos apresentaram contaminação bacteriana de 79 200 unidades formadoras de colônias por mililitro (UFC) / mL para SSV e 3 120 UFC / mL para OTC. Em relação à morfologia do PAF, ambos os sistemas proporcionaram preservação adequada da morfologia, com valores superiores a 70% dos folículos normais observados antes e após a cultivo. O TUNEL revelou que tanto a SSV (52,39%) quanto o OTC (41,67%) podem preservar a integridade do DNA após a vitrificação e após 24 h de cultivo. Para a proliferação celular, baixas taxas foram detectadas para amostras frescas (11,53%) e SSV (29,87%); no entanto, nenhuma evidência de proliferação foi encontrada quando OTC foi usado. Assim, como conclusão geral, o uso da MOIFOPA em cutias permitiu o conhecimento de aspectos relacionados a sua morfofisiologia reprodutiva, possibilitando tanto a conservação do material genético, com a possibilidade de formação de bancos de germoplasma; e ainda a elucidação dos mecanismos relacionados a sobrevivência e desenvolvimento dos FOPA in vitro.


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  • O objetivo do presente estudo foi utilizar a manipulação de oócitos inclusos em folículos ovarianos pré antrais (MOIFOPA) como ferramenta para o resgate e conservação do uso de gametas femininos de cutias (Dasyprocta leporina). A tese foi dividida em duas fases experimentais. O primeiro experimento foi verificado o uso do TCM-199 suplementado com diferentes concentrações de pFSH (10 e 50 ng/mL) sob a morfologia, desenvolvimento e viabilidade de PAFs inclusos em tecido ovariano. Em seguida, verificou-se o efeito desse sistema de VCI sobre os mesmos parâmetros dos PAFs submetidos à vitrificação. Após o cultivo, o grupo FSH50 apresentou maior porcentagem de folículos morfologicamente normais quando comparado ao grupo FSH10 (P 0,05). Assim, o grupo FSH50 foi utilizado para experimento posterior, no qual um total de 76,2 ± 7,2% de PAFs normais previamente vitrificados foi encontrado após a cultivo de 6 dias, apresentando também os maiores valores (P 0,05). No segundo experimento, os ovários de oito fêmeas foram recuperados e fragmentados, com quatro fragmentos de córtex imediatamente fixados e avaliados (grupo fresco). Os demais fragmentos foram processados pelo método de vitrificação de superfície sólida (SSV) ou ovarian tissue cryosystem (OTC) usando soro fetal bovivo (SFB), etilenoglicol (EG) e sacarose (SAC) como crioprotetores, armazenados por duas semanas a -196 ºC e reaquecidos. Posteriormente, os fragmentos foram submetidos a um cultivo in vitro de 24 horas e avaliados quanto à carga microbiológica, morfologia do PAF e integridade do DNA. Não houve contaminação fúngica; entretanto, as amostras vitrificadas de dois indivíduos apresentaram contaminação bacteriana de 79 200 unidades formadoras de colônias por mililitro (UFC) / mL para SSV e 3 120 UFC / mL para OTC. Em relação à morfologia do PAF, ambos os sistemas proporcionaram preservação adequada da morfologia, com valores superiores a 70% dos folículos normais observados antes e após a cultivo. O TUNEL revelou que tanto a SSV (52,39%) quanto o OTC (41,67%) podem preservar a integridade do DNA após a vitrificação e após 24 h de cultivo. Para a proliferação celular, baixas taxas foram detectadas para amostras frescas (11,53%) e SSV (29,87%); no entanto, nenhuma evidência de proliferação foi encontrada quando OTC foi usado. Assim, como conclusão geral, o uso da MOIFOPA em cutias permitiu o conhecimento de aspectos relacionados a sua morfofisiologia reprodutiva, possibilitando tanto a conservação do material genético, com a possibilidade de formação de bancos de germoplasma; e ainda a elucidação dos mecanismos relacionados a sobrevivência e desenvolvimento dos FOPA in vitro.

4
  • ILANNA VANESSA PRISTO DE MEDEIROS OLIVEIRA
  • Pesquisa por agentes zoonóticos em tatus (Mammalia: Cingulata) da espécie Euphractus
    sexcinctus no semi-árido da Caatinga

  • Orientador : JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FELIPE FORNAZARI
  • JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • JULIANA FORTES VILARINHO BRAGA
  • PATRÍCIA DUARTE DEPS
  • RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • Data: 29/09/2021

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  • A participação dos tatus nos ciclos de enfermidades zoonóticas possivelmente atuando como agentes disseminadores dos patógenos vem sendo estudada há décadas. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a ocorrência da presença de Trypanossoma cruzi, Toxoplasma gondii, Leishmania spp. e Leptospira spp. em tatus da espécie Euphractus sexcinctus capturados em regiões da caatinga no estado do Rio Grande do Norte, no nordeste do Brasil. Foram capturados 20 animais dessa espécie dos quais foram coletadas amostras de sangue total e de tecidos de rins, fígado, baço, coração e pulmão para realização de PCR, Hemocultura e Soroaglutinação microscópica. Para o T. cruzi foram utilizados a hemocultura e o PCR dos tecidos sanguíneo e cardíaco; para pesquisa do T. gondii foi realizado o teste molecular de PCR de baço, coração e pulmão; para identificação da Leishmania spp. fez-se PCR de baço e fígado e para investigação da infecção pela Leptospira spp., realizou-se Soroaglutinação microscópica e qPCR. Todos os nossos resultados negativaram, exceto um animal que se mostrou positivo para a Doença de Chagas no PCR de sangue, não apresentando relevância estatística. A ausência da infecção pode indicar que o controle dos patógenos dentro dos ciclos urbanos e entre humanos influencia na ocorrência das doenças nos animais do ambiente silvestre da mesma região, o que também levanta a hipótese de haver uma relação direta entre as infecções humanas e de tatus.
    complementares a cerca de outras possíveis zoonoses oriundas dos tatus-peba.


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  • A participação dos tatus nos ciclos de enfermidades zoonóticas possivelmente atuando como agentes disseminadores dos patógenos vem sendo estudada há décadas. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar a ocorrência da presença de Trypanossoma cruzi, Toxoplasma gondii, Leishmania spp. e Leptospira spp. em tatus da espécie Euphractus sexcinctus capturados em regiões da caatinga no estado do Rio Grande do Norte, no nordeste do Brasil. Foram capturados 20 animais dessa espécie dos quais foram coletadas amostras de sangue total e de tecidos de rins, fígado, baço, coração e pulmão para realização de PCR, Hemocultura e Soroaglutinação microscópica. Para o T. cruzi foram utilizados a hemocultura e o PCR dos tecidos sanguíneo e cardíaco; para pesquisa do T. gondii foi realizado o teste molecular de PCR de baço, coração e pulmão; para identificação da Leishmania spp. fez-se PCR de baço e fígado e para investigação da infecção pela Leptospira spp., realizou-se Soroaglutinação microscópica e qPCR. Todos os nossos resultados negativaram, exceto um animal que se mostrou positivo para a Doença de Chagas no PCR de sangue, não apresentando relevância estatística. A ausência da infecção pode indicar que o controle dos patógenos dentro dos ciclos urbanos e entre humanos influencia na ocorrência das doenças nos animais do ambiente silvestre da mesma região, o que também levanta a hipótese de haver uma relação direta entre as infecções humanas e de tatus.
    complementares a cerca de outras possíveis zoonoses oriundas dos tatus-peba.

5
  • VIVIANE MORLANES PEREIRA
  • ECOLOGIA DE PEQUENOS MAMÍFEROS (DIDELPHIMORPHIA E RODENTIA) EM UMA ÁREA DE
    CAATINGA DO RIO GRANDE DO NORTE

  • Orientador : CECILIA IRENE PEREZ CALABUIG
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS ROUCO ZUFIAURRE
  • CECILIA IRENE PEREZ CALABUIG
  • DARIUS PUKENIS TUBELIS
  • ISABEL PACIOS PALMA
  • JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • Data: 03/11/2021

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  • Os pequenos mamíferos (Didelphimorphia e Rodentia) formam o grupo ecológico mais diversificado de mamíferos do Brasil e, sua abundância, distribuição e diversidade estão diretamente relacionadas com variações espaço-temporais no clima e na disponibilidade de recursos. A Caatinga é um ecossistema semiárido neotropical exclusivamente brasileiro, caracterizado por altas temperaturas e um regime sazonal e irregular de chuvas. No entanto há pouca informação sobre o efeito que o déficit hídrico e a sazonalidade na disponibilidade de recursos têm sobre a composição, estrutura e dinâmica das comunidades de pequenos mamíferos neste bioma. O presente estudo se divide em dois capítulos: o primeiro capítulo, apresentará dados sobre a densidade populacionais; e analisará os padrões temporais de em relação com a sazonalidade. E o segundo capítulo apresentará dados sobre sobrevivência de Gracilinanus agilis, em relação à sazonalidade ambiental. Para o estudo será utilizado o método de captura-marcação-recaptura através do uso de 115 armadilhas em vivo (modelos Sherman e Tomahawk), colocadas no solo e no sub-bosque, ao longo de quatro anos sucessivos entre junho de 2014 a fevereiro de 2020. A área de estudo localiza-se em um fragmento de 8,25 ha de mata nativa de Caatinga, situada na Fazenda Experimental Rafael Fernandes da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró-RN.


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  • Os pequenos mamíferos (Didelphimorphia e Rodentia) formam o grupo ecológico mais diversificado de mamíferos do Brasil e, sua abundância, distribuição e diversidade estão diretamente relacionadas com variações espaço-temporais no clima e na disponibilidade de recursos. A Caatinga é um ecossistema semiárido neotropical exclusivamente brasileiro, caracterizado por altas temperaturas e um regime sazonal e irregular de chuvas. No entanto há pouca informação sobre o efeito que o déficit hídrico e a sazonalidade na disponibilidade de recursos têm sobre a composição, estrutura e dinâmica das comunidades de pequenos mamíferos neste bioma. O presente estudo se divide em dois capítulos: o primeiro capítulo, apresentará dados sobre a densidade populacionais; e analisará os padrões temporais de em relação com a sazonalidade. E o segundo capítulo apresentará dados sobre sobrevivência de Gracilinanus agilis, em relação à sazonalidade ambiental. Para o estudo será utilizado o método de captura-marcação-recaptura através do uso de 115 armadilhas em vivo (modelos Sherman e Tomahawk), colocadas no solo e no sub-bosque, ao longo de quatro anos sucessivos entre junho de 2014 a fevereiro de 2020. A área de estudo localiza-se em um fragmento de 8,25 ha de mata nativa de Caatinga, situada na Fazenda Experimental Rafael Fernandes da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró-RN.

6
  • CARLOS MAGNO BEZERRA DE AZEVEDO SILVA
  • HIPOCALCEMIA: INTER-RELAÇÃO COM AS ESPÉCIES RETIVAS DO OXIGÊNIO (ERO) E SUA INTERFERÊNCIA NO PERFIL METABÓLICO E NA SAÚDE DE VACAS GIROLANDO

  • Orientador : RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • HUMBERTO DE MELLO BRANDÃO
  • JEFFERSON FILGUEIRA ALCINDO
  • RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • REJANE DOS SANTOS SOUSA
  • WIRTON PEIXOTO COSTA
  • Data: 09/12/2021

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  • Objetivou-se avaliar as concentrações de cálcio, sua inter-relação com o estresse oxidativo e as alterações sobre o metabolismo, parâmetros clínicos e a composição do leite durante o período de transição de vacas leiteiras Girolando. Para tanto, foram monitoradas 40 matrizes da raça Girolando, pelo período de 30 dias anteriores e sete dias posteriores ao parto. As coletas de sangue foram realizadas por meio de punção da veia coccígea, distribuídas em três momentos: 21 dias anteriores a previsão de parto (M1), 0-12 horas após o parto (M2) e sete dias após o parto (M3). As vacas foram divididas em dois grupos: T1, normocalcêmico (n=8); T2, hipocalcêmico (n=7). O cálcio total (Ca) foi determinado no soro, sendo o Ca ionizado calculado a partir desse resultado, considerando ainda os teores de albumina e da proteína total. O estresse oxidativo foi determinado pela mensuração da capacidade antioxidante total (CAT), da capacidade oxidante total (COT) e da peroxidação lipídica. O balanço energético foi estabelecido através da medição do beta-hidroxibutirato (BHB) e da glicose; através da proteína total e da albumina, no sangue, além da ureia, no leite, determinou-se o metabolismo proteico; o status metabólico mineral, além do Ca, níveis sanguíneos de Mg, Na e Cl foram avaliados, bem como, o pH. A sanidade animal foi determinada através de exames clínicos, sendo aferidos: temperatura retal (TR), frequências cardíacas (FC) e respiratórias (FR), exame das mucosas, movimentos ruminais (MR), avaliação do escore de condição corporal (ECC) e estado geral de saúde (EGS). Amostras de leite foram coletadas para determinação do teor de gordura, proteína, lactose, extrato seco (ES), extrato seco desengordurado (ESD), ureia, contagem de células somáticas (CCS) e perfil da lactose (tamanho e potencial zeta).


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  • Objetivou-se avaliar as concentrações de cálcio, sua inter-relação com o estresse oxidativo e as alterações sobre o metabolismo, parâmetros clínicos e a composição do leite durante o período de transição de vacas leiteiras Girolando. Para tanto, foram monitoradas 40 matrizes da raça Girolando, pelo período de 30 dias anteriores e sete dias posteriores ao parto. As coletas de sangue foram realizadas por meio de punção da veia coccígea, distribuídas em três momentos: 21 dias anteriores a previsão de parto (M1), 0-12 horas após o parto (M2) e sete dias após o parto (M3). As vacas foram divididas em dois grupos: T1, normocalcêmico (n=8); T2, hipocalcêmico (n=7). O cálcio total (Ca) foi determinado no soro, sendo o Ca ionizado calculado a partir desse resultado, considerando ainda os teores de albumina e da proteína total. O estresse oxidativo foi determinado pela mensuração da capacidade antioxidante total (CAT), da capacidade oxidante total (COT) e da peroxidação lipídica. O balanço energético foi estabelecido através da medição do beta-hidroxibutirato (BHB) e da glicose; através da proteína total e da albumina, no sangue, além da ureia, no leite, determinou-se o metabolismo proteico; o status metabólico mineral, além do Ca, níveis sanguíneos de Mg, Na e Cl foram avaliados, bem como, o pH. A sanidade animal foi determinada através de exames clínicos, sendo aferidos: temperatura retal (TR), frequências cardíacas (FC) e respiratórias (FR), exame das mucosas, movimentos ruminais (MR), avaliação do escore de condição corporal (ECC) e estado geral de saúde (EGS). Amostras de leite foram coletadas para determinação do teor de gordura, proteína, lactose, extrato seco (ES), extrato seco desengordurado (ESD), ureia, contagem de células somáticas (CCS) e perfil da lactose (tamanho e potencial zeta).

7
  • FLAVIO SANTOS DA SILVA
  • EFEITOS DA OXIGENOTERAPIA HIPERBÁRICA NO REMODELAMENTO CARDÍACO INDUZIDO PELA DIABETES MELLITUS EXPERIMENTAL

  • Orientador : MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BENTO JOÃO DA GRAÇA AZEVEDO ABREU
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • EMANUEL KENNEDY FEITOSA LIMA
  • FERNANDO AUGUSTO LAVEZZO DIAS
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • Data: 17/12/2021

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  • A diabetes mellitus (DM) é uma doença prevalente e complexa que exige assistência contínua para controle da glicemia e de suas complicações. Entre as principais complicações da DM, destacam-se as desordens cardiovasculares. A oxigenoterapia hiperbárica (OHB), que envolve a administração intermitente de 100% de O2 em pressão acima da atmosférica, poderia ter influência nos danos cardíacos oriundos da DM. O objetivo principal desse trabalho foi avaliar os efeitos da OHB no remodelamento cardíaco em ratos diabéticos. Foram utilizados 33 ratos machos da linhagem Wistar, com 60 dias de vida, pesando cerca de 220-300g, divididos em quatro grupos: controle (n = 8), ratos normoglicêmicos tratados com oxigênio hiperbárico (OHB, n = 7), diabéticos (STZ, n = 10), e diabéticos tratados com oxigênio hiperbárico (STZ+OHB, n = 8). A DM foi induzida por estreptozotocina (60 mg/kg, i.p.). Os animais dos grupos OHB e STZ+OHB foram expostos ao O2 puro com pressão no interior da câmara de 2,5 atmosferas absolutas, em sessões diárias de 60 minutos, 5 dias por semana, durante 5 semanas. Ao final dos experimentos, diferentes porções do ventrículo esquerdo (VE) foram isoladas para avaliação de sua morfologia e da expressão dos genes (por RT-qPCR) colágenos I (Col1a1) e III (Col3a1), metaloproteinases da matriz 2 (Mmp2) e 9 (Mmp9), e fator de crescimento transformador-β1 (Tgfb1), e da expressão proteica (por imunohistoquímica) do fator de necrose tumoral (TNF)-α e do fator de crescimento vascular endotelial (VEGF). Os dados dos grupos foram comparados com ANOVA e teste de Tukey ou Dunnett, atribuindo-se nível de significância de 5%. Os resultados obtidos mostraram que a OHB preveniu o remodelamento concêntrico do VE, hipertrofia heterogênea dos cardiomiócitos, fibrose, e atenuou o influxo de células inflamatórias no miocárdio dos animais diabéticos. Além disso, a OHB aumentou a expressão gênica da Mmp2 e inibiu a hiperexpressão dos genes Tgfb1 e Mmp9 induzida pelo DM. O grupo STZ também exibiu aumento na imunoexpressão de TNF-α e imunoexpressão de VEGF diminuída. Por sua vez, o grupo STZ+OHB apresentou níveis de expressão de TNF-α e VEGF normais. Em síntese, os resultados indicam que a OHB é capaz de melhorar a sinalização pró-inflamatória e pró-angiogênica, e o perfil proteolítico do colágeno cardíaco em ratos diabéticos induzidos por STZ, preservando, assim, a morfologia do miocárdio do VE e suas dimensões.


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  • A diabetes mellitus (DM) é uma doença prevalente e complexa que exige assistência contínua para controle da glicemia e de suas complicações. Entre as principais complicações da DM, destacam-se as desordens cardiovasculares. A oxigenoterapia hiperbárica (OHB), que envolve a administração intermitente de 100% de O2 em pressão acima da atmosférica, poderia ter influência nos danos cardíacos oriundos da DM. O objetivo principal desse trabalho foi avaliar os efeitos da OHB no remodelamento cardíaco em ratos diabéticos. Foram utilizados 33 ratos machos da linhagem Wistar, com 60 dias de vida, pesando cerca de 220-300g, divididos em quatro grupos: controle (n = 8), ratos normoglicêmicos tratados com oxigênio hiperbárico (OHB, n = 7), diabéticos (STZ, n = 10), e diabéticos tratados com oxigênio hiperbárico (STZ+OHB, n = 8). A DM foi induzida por estreptozotocina (60 mg/kg, i.p.). Os animais dos grupos OHB e STZ+OHB foram expostos ao O2 puro com pressão no interior da câmara de 2,5 atmosferas absolutas, em sessões diárias de 60 minutos, 5 dias por semana, durante 5 semanas. Ao final dos experimentos, diferentes porções do ventrículo esquerdo (VE) foram isoladas para avaliação de sua morfologia e da expressão dos genes (por RT-qPCR) colágenos I (Col1a1) e III (Col3a1), metaloproteinases da matriz 2 (Mmp2) e 9 (Mmp9), e fator de crescimento transformador-β1 (Tgfb1), e da expressão proteica (por imunohistoquímica) do fator de necrose tumoral (TNF)-α e do fator de crescimento vascular endotelial (VEGF). Os dados dos grupos foram comparados com ANOVA e teste de Tukey ou Dunnett, atribuindo-se nível de significância de 5%. Os resultados obtidos mostraram que a OHB preveniu o remodelamento concêntrico do VE, hipertrofia heterogênea dos cardiomiócitos, fibrose, e atenuou o influxo de células inflamatórias no miocárdio dos animais diabéticos. Além disso, a OHB aumentou a expressão gênica da Mmp2 e inibiu a hiperexpressão dos genes Tgfb1 e Mmp9 induzida pelo DM. O grupo STZ também exibiu aumento na imunoexpressão de TNF-α e imunoexpressão de VEGF diminuída. Por sua vez, o grupo STZ+OHB apresentou níveis de expressão de TNF-α e VEGF normais. Em síntese, os resultados indicam que a OHB é capaz de melhorar a sinalização pró-inflamatória e pró-angiogênica, e o perfil proteolítico do colágeno cardíaco em ratos diabéticos induzidos por STZ, preservando, assim, a morfologia do miocárdio do VE e suas dimensões.

2020
Dissertações
1
  • SAMUEL FREITAS NUNES
  • OVINOS MORADA NOVA DA VARIEDADE BRANCA: CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA E
    DIVERSIDADE GENÉTICA, PRIMEIRO PASSO PARA A CONSERVAÇÃO

  • Orientador : DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • JOSE ERNANDES RUFINO DE SOUSA
  • SAMUEL REZENDE PAIVA
  • Data: 30/01/2020

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  • A partir da falta de dados técnicos sobre o padrão racial da variedade branca de ovinos da raça Morada Nova e da situação de risco em que a mesma se encontra o presente estudo objetivou fornecer informações para subsidiar a seleção e a manutenção da variabilidade genética a partir de dados de morfometria corporal, índices zootécnicos e imagens foi realizado testes de média para caracterização, análise de componentes principais visando descobrir quais características possuem maior importância na caracterização e analise discriminante canônica para descobrir qual característica diferencia melhor os animais. Os animais do fenótipo branco da raça Morada Nova são dolicocéfalos, com boa capacidade torácica, desenvolvimento corporal médio e garupa quadrada, possuem mucosas, cascos e pele despigmentados ou parcialmente despigmentados e características morfológicas que indicam a aptidão tanto para a produção de leite como para a produção de carne. Embora existam algumas variações destas características entre as populações, a grande parte pode ser explicada por fatores ambientais, como deficiências nos manejos nutricionais e reprodutivos, e não genéticos e as variáveis relacionadas às medidas cefálicas são as que apresentam o maior poder de diferenciação entre os animais.


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  • A partir da falta de dados técnicos sobre o padrão racial da variedade branca de ovinos da raça Morada Nova e da situação de risco em que a mesma se encontra o presente estudo objetivou fornecer informações para subsidiar a seleção e a manutenção da variabilidade genética a partir de dados de morfometria corporal, índices zootécnicos e imagens foi realizado testes de média para caracterização, análise de componentes principais visando descobrir quais características possuem maior importância na caracterização e analise discriminante canônica para descobrir qual característica diferencia melhor os animais. Os animais do fenótipo branco da raça Morada Nova são dolicocéfalos, com boa capacidade torácica, desenvolvimento corporal médio e garupa quadrada, possuem mucosas, cascos e pele despigmentados ou parcialmente despigmentados e características morfológicas que indicam a aptidão tanto para a produção de leite como para a produção de carne. Embora existam algumas variações destas características entre as populações, a grande parte pode ser explicada por fatores ambientais, como deficiências nos manejos nutricionais e reprodutivos, e não genéticos e as variáveis relacionadas às medidas cefálicas são as que apresentam o maior poder de diferenciação entre os animais.

2
  • MARIA BÁRBARA SILVA
  • AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CULTIVO E CRIOPRESERVAÇÃO SOBRE O ESTABELECIMENTO DE LINHAGENS FIBROBLÁSTICAS DE ONÇAS-PINTADAS, Panthera onca (LINNAEUS, 1758)

  • Orientador : ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • ANA LIZA PAZ SOUZA
  • HERLON SILVA
  • Data: 29/04/2020

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  • O quantitativo populacional cada vez mais reduzido de onças-pintadas, associado à sua importância ecológica, tem resultado no desenvolvimento de estratégias que promovam a sua conservação. Nesse sentido, células somáticas derivadas da pele destes animais podem ser empregadas para essa finalidade, seja na produção de embriões clones, na obtenção de células induzidas à pluripotência e nos estudos genéticos da espécie. Para tanto, o estabelecimento adequado destas amostras é etapa inicial para essas aplicações. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar os danos gerados pelas condições de cultivo in vitro e criopreservação sobre o estabelecimento de cinco linhagens fibroblásticas derivadas de onças-pintadas adultas. Assim, fragmentos da pele da região auricular apical de uma fêmea e quatro machos foram cultivados in vitro para a obtenção das células somáticas. Inicialmente, para a identificação do tipo celular, células foram confirmadas como fibroblastos após análise morfológica e de imunofluorescência, e as cinco linhagens (um animal/uma linhagem) foram submetidas a dois experimentos. No primeiro experimento, células foram avaliadas em diferentes passagens do cultivo (primeira, terceira décima) para viabilidade, metabolismo e atividade proliferativa. No segundo experimento, células criopreservadas foram avaliadas para viabilidade, metabolismo, atividade proliferativa, níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs), potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm) e apoptose após descongelação em uma, três e dez passagens de cultivo. Células não criopreservadas foram utilizadas como controle. O cultivo in vitro após a primeira (26,1 h ± 4,9), terceira (22,9 h ± 1,6) e décima passagem (22,8 h ± 3,7) e criopreservação (30,0 h ± 1,4) não afetaram a atividade proliferativa. Além disso, nenhuma diferença foi observada para a viabilidade após a primeira (98,9% ± 0,8), terceira (92,5% ± 6,2), décima (95,7% ± 1,4) passagem e criopreservação (73,2% ± 9,8). Contudo, células cultivadas até a décima passagem (49,0% ± 3,3) e criopreservadas (32,7% ± 2,8) reduziram seu metabolismo. Adicionalmente, células criopreservadas mostraram em unidades de fluorescência arbitrárias altos níveis de EROs (1,4 ± 0,1) e ΔΨm alterado (0,9 ± 0,0), quando comparados às células não criopreservadas (1,0 ± 0,1 e 1,0 ± 0,2). Finalmente, células criopreservadas e cultivadas após dez passagens reduziram a atividade proliferativa reduzida (45,1% ± 12,0) e número de células viáveis (30,4% ± 5,7), quando comparadas as células criopreservadas e cultivadas após uma e três passagens. Em conclusão, fibroblastos viáveis podem ser estabelecidos da pele de onças-pintadas e que embora essas células não tenham mostrado alterações na viabilidade e atividade proliferativa, elas sofrem danos durante um longo cultivo e criopreservação nas condições estudadas.


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  • O quantitativo populacional cada vez mais reduzido de onças-pintadas, associado à sua importância ecológica, tem resultado no desenvolvimento de estratégias que promovam a sua conservação. Nesse sentido, células somáticas derivadas da pele destes animais podem ser empregadas para essa finalidade, seja na produção de embriões clones, na obtenção de células induzidas à pluripotência e nos estudos genéticos da espécie. Para tanto, o estabelecimento adequado destas amostras é etapa inicial para essas aplicações. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar os danos gerados pelas condições de cultivo in vitro e criopreservação sobre o estabelecimento de cinco linhagens fibroblásticas derivadas de onças-pintadas adultas. Assim, fragmentos da pele da região auricular apical de uma fêmea e quatro machos foram cultivados in vitro para a obtenção das células somáticas. Inicialmente, para a identificação do tipo celular, células foram confirmadas como fibroblastos após análise morfológica e de imunofluorescência, e as cinco linhagens (um animal/uma linhagem) foram submetidas a dois experimentos. No primeiro experimento, células foram avaliadas em diferentes passagens do cultivo (primeira, terceira décima) para viabilidade, metabolismo e atividade proliferativa. No segundo experimento, células criopreservadas foram avaliadas para viabilidade, metabolismo, atividade proliferativa, níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs), potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm) e apoptose após descongelação em uma, três e dez passagens de cultivo. Células não criopreservadas foram utilizadas como controle. O cultivo in vitro após a primeira (26,1 h ± 4,9), terceira (22,9 h ± 1,6) e décima passagem (22,8 h ± 3,7) e criopreservação (30,0 h ± 1,4) não afetaram a atividade proliferativa. Além disso, nenhuma diferença foi observada para a viabilidade após a primeira (98,9% ± 0,8), terceira (92,5% ± 6,2), décima (95,7% ± 1,4) passagem e criopreservação (73,2% ± 9,8). Contudo, células cultivadas até a décima passagem (49,0% ± 3,3) e criopreservadas (32,7% ± 2,8) reduziram seu metabolismo. Adicionalmente, células criopreservadas mostraram em unidades de fluorescência arbitrárias altos níveis de EROs (1,4 ± 0,1) e ΔΨm alterado (0,9 ± 0,0), quando comparados às células não criopreservadas (1,0 ± 0,1 e 1,0 ± 0,2). Finalmente, células criopreservadas e cultivadas após dez passagens reduziram a atividade proliferativa reduzida (45,1% ± 12,0) e número de células viáveis (30,4% ± 5,7), quando comparadas as células criopreservadas e cultivadas após uma e três passagens. Em conclusão, fibroblastos viáveis podem ser estabelecidos da pele de onças-pintadas e que embora essas células não tenham mostrado alterações na viabilidade e atividade proliferativa, elas sofrem danos durante um longo cultivo e criopreservação nas condições estudadas.

Teses
1
  • KALIANE ALESSANDRA RODRIGUES DE PAIVA
  • POTENCIAL HEPATOPROTETOR, ANTINEOPLÁSICO E GENOPROTETOR DA GEOPRÓPOLIS PRODUZIDA POR ABELHA JANDAÍRA (Melipona subnitida D.) NO SEMIÁRIDO DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL.

  • Orientador : JAEL SOARES BATISTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JAEL SOARES BATISTA
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • WIRTON PEIXOTO COSTA
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • WESLEY LYEVERTON CORREIA RIBEIRO
  • Data: 14/02/2020

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  • Melipona subnitida D. é uma espécie adaptada as condições locais da região semiárida do nordeste brasileiro e apresenta substâncias bioativas com propriedades medicinais atribuídas às suas cargas de mel, pólen e geoprópolis, tornando-se essencial para a economia local e comunidade cientifica, que tem o interesse de produzir fármacos naturais com novos princípios ativos e maior eficácia, pois as doenças hepáticas constituem um dos maiores problemas de saúde de ordem mundial, decorrentes principalmente do uso excessivo de drogas, em especial, antipiréticos, como o acetaminofen.. Dessa forma, objetivou-se avaliar a composição química, atividade antioxidante, genoprotetora, antineoplásica e o potencial hepatoprotetor do extrato hidroetanólico da geoprópolis produzida pela abelha jandaíra (Melipona subnitida D.), na região semiárida do Rio Grande do Norte, Brasil. Avaliou-se in vitro a composição química e atividade antioxidante do extrato hidroetanólico da geoprópolis, bem como, o potencial antineoplásico e genoprotetor, através do ensaio de redução do tetrazólio MTT (brometo de 3-(4,5-dimetil2-tiazolil)-2,5-difenil-2H tetrazólio) em linhagem celular de carcinoma hepatocelular humano (HepG2) e ensaio Cometa Alcalino em linhagem de fibroblastos de camundongo L929 (fonte BCRJ), respectivamente. As amostras de extrato hidroetanólico da geoprópolis apresentaram 41 compostos fenólicos, distribuídos entre fenóis e flavonoides, este último, sendo chalconas, flavonas e flavonóis, com excelente atividade antioxidante. Relata-se pela primeira vez, em geoprópolis de meliponídeos, a presença de lignan 4-demethyldeoxypodophyllotoxin 4-O-glucopyranoside, composto provavelmente responsável pela atividade antineoplásica em carcinoma hepatocelular humano (HepG2), conferida nas amostras de extrato hidroetanólico. Verificou-se também, efeito genoprotetor, com percentuais de redução de genotoxicidade de 90,74%, 73,12% e 48,18%, nas concentrações de 500, 250 e 100μl/mL do extrato hidroetanólico, respectivamente. In vivo, avaliou-se o potencial hepatoprotetor em Rattus norvegicus Berkenhout, 1769, linhagem Wistar com lesão hepática aguda induzida por acetaminofen, através das análises bioquímica da função hepática, avaliação macroscópica, histológica e estereológica dos fígados. Os resultados dos níveis séricos das enzimas TGO e TGP, indicaram que o extrato hidroetanólico da geoprópolis da abelha jandaíra não causou hepatotoxicidade. Na avaliação macroscópica dos fígados, no grupo G3 foi possível constatar coloração marrom pálida e discreta hemorragia, no G4 presença de sufusões hemorrágicas na cápsula, contornos irregulares e acentuação do padrão lobular. Na histoarquitetura dos fígados verificou no G3 focos de hepatócitos tumefeitos, vacuolizados e necrosados, no G4 degeneração e necrose difusa de hepatócitos. Na esteriologia, observou aumento no percentual de hepatócitos e sinusóides, bem como, redução do colágeno no grupo G3 em relação ao G4. Tais dados sugere efeito hepatoprotetor da geoprópolis frente as lesões hepáticas agudas provocadas por acetaminofen. Conclui-se que o extrato hidroetanólico da geoprópolis da abelha jandaíra (Melipona subnitida D.) apresenta composição química variada e atividade antineoplásica, com ausência de hepatotoxicidade e genotoxicidade em células normais, podendo ser um produto natural promissor na quimioterapia.


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  • Melipona subnitida D. é uma espécie adaptada as condições locais da região semiárida do nordeste brasileiro e apresenta substâncias bioativas com propriedades medicinais atribuídas às suas cargas de mel, pólen e geoprópolis, tornando-se essencial para a economia local e comunidade cientifica, que tem o interesse de produzir fármacos naturais com novos princípios ativos e maior eficácia, pois as doenças hepáticas constituem um dos maiores problemas de saúde de ordem mundial, decorrentes principalmente do uso excessivo de drogas, em especial, antipiréticos, como o acetaminofen.. Dessa forma, objetivou-se avaliar a composição química, atividade antioxidante, genoprotetora, antineoplásica e o potencial hepatoprotetor do extrato hidroetanólico da geoprópolis produzida pela abelha jandaíra (Melipona subnitida D.), na região semiárida do Rio Grande do Norte, Brasil. Avaliou-se in vitro a composição química e atividade antioxidante do extrato hidroetanólico da geoprópolis, bem como, o potencial antineoplásico e genoprotetor, através do ensaio de redução do tetrazólio MTT (brometo de 3-(4,5-dimetil2-tiazolil)-2,5-difenil-2H tetrazólio) em linhagem celular de carcinoma hepatocelular humano (HepG2) e ensaio Cometa Alcalino em linhagem de fibroblastos de camundongo L929 (fonte BCRJ), respectivamente. As amostras de extrato hidroetanólico da geoprópolis apresentaram 41 compostos fenólicos, distribuídos entre fenóis e flavonoides, este último, sendo chalconas, flavonas e flavonóis, com excelente atividade antioxidante. Relata-se pela primeira vez, em geoprópolis de meliponídeos, a presença de lignan 4-demethyldeoxypodophyllotoxin 4-O-glucopyranoside, composto provavelmente responsável pela atividade antineoplásica em carcinoma hepatocelular humano (HepG2), conferida nas amostras de extrato hidroetanólico. Verificou-se também, efeito genoprotetor, com percentuais de redução de genotoxicidade de 90,74%, 73,12% e 48,18%, nas concentrações de 500, 250 e 100μl/mL do extrato hidroetanólico, respectivamente. In vivo, avaliou-se o potencial hepatoprotetor em Rattus norvegicus Berkenhout, 1769, linhagem Wistar com lesão hepática aguda induzida por acetaminofen, através das análises bioquímica da função hepática, avaliação macroscópica, histológica e estereológica dos fígados. Os resultados dos níveis séricos das enzimas TGO e TGP, indicaram que o extrato hidroetanólico da geoprópolis da abelha jandaíra não causou hepatotoxicidade. Na avaliação macroscópica dos fígados, no grupo G3 foi possível constatar coloração marrom pálida e discreta hemorragia, no G4 presença de sufusões hemorrágicas na cápsula, contornos irregulares e acentuação do padrão lobular. Na histoarquitetura dos fígados verificou no G3 focos de hepatócitos tumefeitos, vacuolizados e necrosados, no G4 degeneração e necrose difusa de hepatócitos. Na esteriologia, observou aumento no percentual de hepatócitos e sinusóides, bem como, redução do colágeno no grupo G3 em relação ao G4. Tais dados sugere efeito hepatoprotetor da geoprópolis frente as lesões hepáticas agudas provocadas por acetaminofen. Conclui-se que o extrato hidroetanólico da geoprópolis da abelha jandaíra (Melipona subnitida D.) apresenta composição química variada e atividade antineoplásica, com ausência de hepatotoxicidade e genotoxicidade em células normais, podendo ser um produto natural promissor na quimioterapia.

2
  • CAIO SERGIO SANTOS
  • MICROBIOTA AERÓBIA DO SÊMEN E DA MUCOSA PREPUCIAL E EFEITO DOS ANTIMICROBIANOS NA CONSERVAÇÃO DOS PARÂMETROS ESPERMÁTICOS DE CATETOS (Pecari tajacu LINNAEUS,1758) EM CATIVEIRO.

  • Orientador : ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • CAIO AUGUSTO MARTINS AIRES
  • RINALDO APARECIDO MOTA
  • THIBERIO DE SOUZA CASTELO
  • Data: 18/02/2020

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  • A presença de bactérias no sêmen pode causar perdas na função espermática e, consequentemente, interferir nas biotecnologias reprodutivas que façam uso desse material biológico. Dito isso, objetivou-se descrever a microbiota bacteriana do sêmen e prepúcio dos catetos (Pecari tajacu) criados em cativeiro, bem como o impacto do uso de substâncias antimicrobianas na carga bacteriana e função espermática durante a conservação do sêmen dessa espécie. No primeiro experimento, foi realizada a cultura das bactérias aeróbias em amostras de sêmen e prepúcio de nove animais, bem como a quantificação destas e avaliação de parâmetros espermáticos no sêmen. Os isolados foram identificados e testados frente a concentrações de penicilina-estreptomicina, gentamicina e do gel da Aloe vera. Corynebacterium spp. e Staphylococcus spp. foram isolados em maior número no sêmen (64,1% e 20,5%, respectivamente) e no prepúcio (60,6% e 24,2%, respectivamente), variando de 0,4 a 21 × 105 unidades formadoras de colônia (UFC) por mililitro. A carga de Corynebacterium spp. foi correlacionada negativamente (P < 0,05) com a integridade da membrana espermática (r = −0.73055) e velocidade curvilinear (r = −0.69048). A combinação penicilina-estreptomicina (PE) e gentamicina (G) inibiram a maioria dos microrganismos e a A. vera demonstrou fraco potencial antimicrobiano. No segundo experimento, foi analisada a toxicidade de antimicrobianos sobre a longevidade espermática pelo teste de termo resistência em seis amostras de sêmen, sendo cada uma diluída em Tris sozinho (controle) e em Tris acrescido da combinação penicilina-estreptomicina (2000 UI/ml-2 mg/ml) ou de gentamicina (70 µg/ml), e mantidas por 180 min a 37 °C. Verificou-se que os tratamentos não diferiram (P > 0,05) até 180 min, mas que o tratamento contendo G reduziu (P < 0,05) a integridade da membrana e a atividade mitocondrial das células espermáticas aos 180 min (53,1 ± 7,1% e 50,7 ± 6,2%, respectivamente) se comparado a 0 min (80,5 ± 4,7% e 86,3 ± 3,4%, respectivamente). No terceiro experimento, foi avaliado o efeito de duas concentrações de PE (2000 UI/ml – 2 mg/ml [2] e 1000 UI/ml – 1 mg/ml [1]) e G (70 µg/ml [7] e 30 µg/ml [3]) adicionadas aos diluentes Tris + 20% de gema de ovo (TG) e Tris + 20% de A. vera (TA) sobre a carga bacteriana e qualidade espermática em 10 amostras de sêmen mantidas sob refrigeração (5 °C) até 36 h. O tratamento contendo PE2, PE1 e G7, independente do diluente, controlaram (P < 0,05) o crescimento bacteriano durante o armazenamento (variando de 0.5 ± 0.3 103 a 10 ± 4.1 x 103 UFC/ml) até 36 h. Os tratamentos diluídos com TG com qualquer um dos antimicrobianos não demonstraram diferenças (P > 0,05) para a carga bacteriana e parâmetros espermáticos entre 0 e 36 h. Os tratamentos com TA, com ou sem antimicrobianos, afetaram (P < 0,05) a integridade da membrana e atividade mitocondrial dos espermatozoides após 12 h. O tratamento TG-G7 se destacou por manter algumas variáveis espermáticas por mais tempo, como a motilidade total (41,9 ± 6,1%) e progressiva (15 ± 2,6%) até 24 h, bem como a integridade de membrana (58.3 ± 2.1%) e velocidade curvilínea (76.7 ± 5.8%) até 36 h. Diante dos resultados, demonstrou-se a ocorrência de bactérias contaminantes no sêmen e prepúcio de catetos criados em cativeiro, com destaque para Corynebacterium spp. e Staphylococcus spp., bem como um impacto negativo da primeira sobre a função espermática no sêmen fresco. A combinação penicilina-estreptomicina (2000 UI/ml-2 mg/ml) e gentamicina (70 µg/ml) podem ser adicionadas ao Tris na diluição de sêmen, incubado a 37 °C por até 120 min, sem causar efeitos tóxicos aos espermatozoides dos animais. Estas drogas também foram eficazes no controle das bactérias presentes no sêmen refrigerado destes animais, por até 36 h, sem afetar a longevidade espermática.


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  • A presença de bactérias no sêmen pode causar perdas na função espermática e, consequentemente, interferir nas biotecnologias reprodutivas que façam uso desse material biológico. Dito isso, objetivou-se descrever a microbiota bacteriana do sêmen e prepúcio dos catetos (Pecari tajacu) criados em cativeiro, bem como o impacto do uso de substâncias antimicrobianas na carga bacteriana e função espermática durante a conservação do sêmen dessa espécie. No primeiro experimento, foi realizada a cultura das bactérias aeróbias em amostras de sêmen e prepúcio de nove animais, bem como a quantificação destas e avaliação de parâmetros espermáticos no sêmen. Os isolados foram identificados e testados frente a concentrações de penicilina-estreptomicina, gentamicina e do gel da Aloe vera. Corynebacterium spp. e Staphylococcus spp. foram isolados em maior número no sêmen (64,1% e 20,5%, respectivamente) e no prepúcio (60,6% e 24,2%, respectivamente), variando de 0,4 a 21 × 105 unidades formadoras de colônia (UFC) por mililitro. A carga de Corynebacterium spp. foi correlacionada negativamente (P < 0,05) com a integridade da membrana espermática (r = −0.73055) e velocidade curvilinear (r = −0.69048). A combinação penicilina-estreptomicina (PE) e gentamicina (G) inibiram a maioria dos microrganismos e a A. vera demonstrou fraco potencial antimicrobiano. No segundo experimento, foi analisada a toxicidade de antimicrobianos sobre a longevidade espermática pelo teste de termo resistência em seis amostras de sêmen, sendo cada uma diluída em Tris sozinho (controle) e em Tris acrescido da combinação penicilina-estreptomicina (2000 UI/ml-2 mg/ml) ou de gentamicina (70 µg/ml), e mantidas por 180 min a 37 °C. Verificou-se que os tratamentos não diferiram (P > 0,05) até 180 min, mas que o tratamento contendo G reduziu (P < 0,05) a integridade da membrana e a atividade mitocondrial das células espermáticas aos 180 min (53,1 ± 7,1% e 50,7 ± 6,2%, respectivamente) se comparado a 0 min (80,5 ± 4,7% e 86,3 ± 3,4%, respectivamente). No terceiro experimento, foi avaliado o efeito de duas concentrações de PE (2000 UI/ml – 2 mg/ml [2] e 1000 UI/ml – 1 mg/ml [1]) e G (70 µg/ml [7] e 30 µg/ml [3]) adicionadas aos diluentes Tris + 20% de gema de ovo (TG) e Tris + 20% de A. vera (TA) sobre a carga bacteriana e qualidade espermática em 10 amostras de sêmen mantidas sob refrigeração (5 °C) até 36 h. O tratamento contendo PE2, PE1 e G7, independente do diluente, controlaram (P < 0,05) o crescimento bacteriano durante o armazenamento (variando de 0.5 ± 0.3 103 a 10 ± 4.1 x 103 UFC/ml) até 36 h. Os tratamentos diluídos com TG com qualquer um dos antimicrobianos não demonstraram diferenças (P > 0,05) para a carga bacteriana e parâmetros espermáticos entre 0 e 36 h. Os tratamentos com TA, com ou sem antimicrobianos, afetaram (P < 0,05) a integridade da membrana e atividade mitocondrial dos espermatozoides após 12 h. O tratamento TG-G7 se destacou por manter algumas variáveis espermáticas por mais tempo, como a motilidade total (41,9 ± 6,1%) e progressiva (15 ± 2,6%) até 24 h, bem como a integridade de membrana (58.3 ± 2.1%) e velocidade curvilínea (76.7 ± 5.8%) até 36 h. Diante dos resultados, demonstrou-se a ocorrência de bactérias contaminantes no sêmen e prepúcio de catetos criados em cativeiro, com destaque para Corynebacterium spp. e Staphylococcus spp., bem como um impacto negativo da primeira sobre a função espermática no sêmen fresco. A combinação penicilina-estreptomicina (2000 UI/ml-2 mg/ml) e gentamicina (70 µg/ml) podem ser adicionadas ao Tris na diluição de sêmen, incubado a 37 °C por até 120 min, sem causar efeitos tóxicos aos espermatozoides dos animais. Estas drogas também foram eficazes no controle das bactérias presentes no sêmen refrigerado destes animais, por até 36 h, sem afetar a longevidade espermática.

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  • JOVILMA MARIA SOARES DE MEDEIROS
  • INCIDÊNCIA DO Staphylococcus aureus NA PRODUÇÃO DO QUEIJO DE COALHO ARTESANAL E QUALIDADE DE NOVAS FORMULAÇÕES.

  • Orientador : JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • ANA CARLA DIOGENES SUASSUNA BEZERRA
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • NATHALIA CRISTINA CIRONE SILVA
  • Data: 18/02/2020

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  • A forma tradicional de fabricação do queijo de coalho emprega o leite cru como matéria-prima e um modo de preparo tradicional, o que possibilita a permanência de microrganismos patogênicos como o Staphylococcus aureus na cadeia produtiva desse queijo, assim como elevados teores de gordura e sódio. Diante da necessidade atual de produtos com qualidade sanitária e nutricional objetivou-se avaliar a presença do S. aureus na cadeia produtiva do queijo de coalho, o perfil fenotípico e potencial enterotoxigênico dos isolados, assim como propor novas formulações de queijo com substituição parcial do sal por ervas e da gordura por inulina. Para tanto, foram analisadas amostras de toda a cadeia produtiva do queijo de coalho em queijarias artesanais, sendo isoladas colônias de S. aureus e realizada a identificação fenotípica destas, a pesquisa de genes codificadores de enterotoxinas, de resistência a antibióticos e a tipagem por agr typing, além do teste de sensibilidade a antibióticos. Para as novas formulações utilizouse a substituição de cloreto de sódio por ervas nas proporções de 30%, 22,2% e 12,5%, como também a utilização de leite semidesnatado e integral com adição de 8% de inulina. Nessas amostras foram analisados o crescimento microbiano, a composição química e parâmetros físicos durante 10 dias de armazenamento refrigerado. Na cadeia produtiva do queijo de coalho observou-se elevada contaminação por S. aureus, assim como presença de gene produtor de enterotoxina sea e gene mecA. Os genes dos grupos agr estiveram presentes em toda a cadeia produtiva com maior prevalência do agr III. Quanto a resistência a antibióticos observou-se resistência múltipla. Nas formulações com ervas foi possível reduzir as contagens de estafilococos coagulase positiva até o 5º dia de armazenamento, assim como o teor de sódio e melhorar a aceitação do queijo com a adição de 12,5% de ervas. Em relação a inulina esta não interferiu no crescimento microbiano e manteve a aceitação sensorial equivalente ao queijo convencional. Nas queijarias artesanais estudadas encontraram-se cepas de S. aureus com preocupante potencial enterotoxigênico demonstrando a necessidade de uma fabricação com melhores condições de higiene. Além disso, a adição de ervas pode ser uma alternativa para melhorar a qualidade microbiológica, que aliada a utilização da inulina melhoram a qualidade nutricional do queijo de coalho.


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  • A forma tradicional de fabricação do queijo de coalho emprega o leite cru como matéria-prima e um modo de preparo tradicional, o que possibilita a permanência de microrganismos patogênicos como o Staphylococcus aureus na cadeia produtiva desse queijo, assim como elevados teores de gordura e sódio. Diante da necessidade atual de produtos com qualidade sanitária e nutricional objetivou-se avaliar a presença do S. aureus na cadeia produtiva do queijo de coalho, o perfil fenotípico e potencial enterotoxigênico dos isolados, assim como propor novas formulações de queijo com substituição parcial do sal por ervas e da gordura por inulina. Para tanto, foram analisadas amostras de toda a cadeia produtiva do queijo de coalho em queijarias artesanais, sendo isoladas colônias de S. aureus e realizada a identificação fenotípica destas, a pesquisa de genes codificadores de enterotoxinas, de resistência a antibióticos e a tipagem por agr typing, além do teste de sensibilidade a antibióticos. Para as novas formulações utilizouse a substituição de cloreto de sódio por ervas nas proporções de 30%, 22,2% e 12,5%, como também a utilização de leite semidesnatado e integral com adição de 8% de inulina. Nessas amostras foram analisados o crescimento microbiano, a composição química e parâmetros físicos durante 10 dias de armazenamento refrigerado. Na cadeia produtiva do queijo de coalho observou-se elevada contaminação por S. aureus, assim como presença de gene produtor de enterotoxina sea e gene mecA. Os genes dos grupos agr estiveram presentes em toda a cadeia produtiva com maior prevalência do agr III. Quanto a resistência a antibióticos observou-se resistência múltipla. Nas formulações com ervas foi possível reduzir as contagens de estafilococos coagulase positiva até o 5º dia de armazenamento, assim como o teor de sódio e melhorar a aceitação do queijo com a adição de 12,5% de ervas. Em relação a inulina esta não interferiu no crescimento microbiano e manteve a aceitação sensorial equivalente ao queijo convencional. Nas queijarias artesanais estudadas encontraram-se cepas de S. aureus com preocupante potencial enterotoxigênico demonstrando a necessidade de uma fabricação com melhores condições de higiene. Além disso, a adição de ervas pode ser uma alternativa para melhorar a qualidade microbiológica, que aliada a utilização da inulina melhoram a qualidade nutricional do queijo de coalho.

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  • TIAGO DA SILVA TEOFILO
  • CARACTERÍSTICAS MORFOFISIOLÓGICAS RUMINAIS, HEPÁTICAS E PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS DA CARNE DE OVINOS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO DIFERENTES TEORES DE ÓLEO RESIDUAL DE FRITURA

  • Orientador : JOSE DOMINGUES FONTENELE NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FÁBIO RAPFAEL PASCOTI BRUHN
  • JAEL SOARES BATISTA
  • JOSE DOMINGUES FONTENELE NETO
  • PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • RENNAN HERCULANO RUFINO MOREIRA
  • Data: 20/02/2020

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  • O uso de produtos alternativos na alimentação de ruminantes pode apresentar características benéficas, tanto do ponto de vista econômico, quanto ambiental. A suplementação de ovinos com óleo residual de fritura (ORF), como estratégia de aumentar o aporte energético dietético pode modular as características da morfofisiologia ruminal, bem como do metabolismo hepático e da carne desses animais. Com isso, objetivou avaliar as características morfofisiológicas do rúmen, bem como as eventuais alterações hepáticas e o perfil de ácidos graxos da carne de ovinos em terminação alimentados com diferentes níveis de ORF. Para isso, 24 ovinos, machos, sem padrão racial definidos, foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos (seis carneiros por tratamento). Os animais foram mantidos a pasto durante um período de até 120 dias e logo após confinados por 60 dias, onde foram submetidos a uma das dietas experimentais, que consistiram em diferentes níveis de inclusão do ORF à dieta (0, 3, 6 e 9%) com base na matéria seca. A suplementação com 9% do ORF aumentou os tempos de redução do azul de metileno, sedimentação e flotação. As variáveis morfológicas do rúmen não foram alteradas independente do teor de ORF suplementado. A suplementação com 6 e 9% do ORF promoveu um aumento das lesões hepáticas microscopicamente. A suplementação com 9% do óleo provocou ainda uma redução da deposição de glicogênio no parênquima hepático. A carne dos animais alimentados com 9% de inclusão do óleo apresentou valores menores do ácido oleico (C18:1), quando comparados com o grupo controle. Os animais do grupo controle, apresentaram um menor valor do ácido α-linolênico (C18:3), quando comparados com os demais grupos. Não foram observadas diferenças nos índices trombogênico e aterogênico. A inclusão de óleo residual de fritura até 3% é segura para ser incorporada na dieta de ovinos em terminação, não resultado em alterações hepáticas. Já em relação ao perfil o perfil de ácidos graxos na carne, níveis de até 6% de ORF não refletem em alterações,
    constituindo uma alternativa para o aproveitamento desse resíduo da indústria alimentar.


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  • O uso de produtos alternativos na alimentação de ruminantes pode apresentar características benéficas, tanto do ponto de vista econômico, quanto ambiental. A suplementação de ovinos com óleo residual de fritura (ORF), como estratégia de aumentar o aporte energético dietético pode modular as características da morfofisiologia ruminal, bem como do metabolismo hepático e da carne desses animais. Com isso, objetivou avaliar as características morfofisiológicas do rúmen, bem como as eventuais alterações hepáticas e o perfil de ácidos graxos da carne de ovinos em terminação alimentados com diferentes níveis de ORF. Para isso, 24 ovinos, machos, sem padrão racial definidos, foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos (seis carneiros por tratamento). Os animais foram mantidos a pasto durante um período de até 120 dias e logo após confinados por 60 dias, onde foram submetidos a uma das dietas experimentais, que consistiram em diferentes níveis de inclusão do ORF à dieta (0, 3, 6 e 9%) com base na matéria seca. A suplementação com 9% do ORF aumentou os tempos de redução do azul de metileno, sedimentação e flotação. As variáveis morfológicas do rúmen não foram alteradas independente do teor de ORF suplementado. A suplementação com 6 e 9% do ORF promoveu um aumento das lesões hepáticas microscopicamente. A suplementação com 9% do óleo provocou ainda uma redução da deposição de glicogênio no parênquima hepático. A carne dos animais alimentados com 9% de inclusão do óleo apresentou valores menores do ácido oleico (C18:1), quando comparados com o grupo controle. Os animais do grupo controle, apresentaram um menor valor do ácido α-linolênico (C18:3), quando comparados com os demais grupos. Não foram observadas diferenças nos índices trombogênico e aterogênico. A inclusão de óleo residual de fritura até 3% é segura para ser incorporada na dieta de ovinos em terminação, não resultado em alterações hepáticas. Já em relação ao perfil o perfil de ácidos graxos na carne, níveis de até 6% de ORF não refletem em alterações,
    constituindo uma alternativa para o aproveitamento desse resíduo da indústria alimentar.

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  • PALOMA DE MATOS MACCHI
  • AVALIAÇÃO DA FARINHA DE FOLHA DE MORINGA (Moringa oleifera) NA ALIMENTAÇÃO E IMUNIDADE DE CODORNAS EUROPEIAS (Coturnix coturnix)

  • Orientador : CARLOS IBERE ALVES FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS IBERE ALVES FREITAS
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • LEONARDO LELIS DE MACEDO COSTA
  • THIBERIO DE SOUZA CASTELO
  • WESLEY ADSON COSTA COELHO
  • Data: 20/02/2020

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  • A criação de codornas tem se mostrado muito promissora no Brasil, apresentando várias vantagens em relação à criação poedeiras e frangos de corte. Independente da finalidade de criação (carne ou ovos), tem tido crescimento constante em todas as regiões do Brasil. Alternativas nutricionais de baixo custo, que beneficiem o sistema imune frente às maiores exigências de aves mantidas em clima quente, podem favorecer o crescimento da coturnicultura no Nordeste brasileiro. A Moringa oleifera é uma opção que tem apresentado importantes características nutricionais e funcionais na alimentação animal. Este estudo objetivou avaliar o efeito da inclusão da folha de Moringa oleifera na alimentação de codornas europeias (Coturnix coturnix) sobre parâmetros de desempenho, rendimento de carcaça, peso de órgãos e bioquímica sérica, visando diminuir custos de produção sem comprometer desempenho e bem-estar. Foram utilizadas 360 codornas mistas da Granja Fujikura®, de 1 a 42 dias de idade, distribuídas aleatoriamente em 05 grupos, que consistiam 05 tratamentos (06 repetições) com n=12. As aves foram alimentadas ad libtum com rações experimentais à base de milho e farelo de soja, com 05 níveis de inclusão de proteína de folhas de Moringa oleifera (0.0%; 1.0%; 2.0%; 3.0%; 4.0%) em substituição a proteína do milho e soja, formuladas para 2 fases de criação, todas confeccionadas na forma farelada e isonutritivas. O experimento em campo se realizou no Instituto Federal do Rio Grande do Norte, Campus Ipanguaçu, em aviário tipo convencional onde as aves foram alojadas em boxes forrados com maravalha. Os padrões de manejo foram seguidos conforme o manual da linhagem para codornas de corte criadas em clima quente/verão. As folhas de moringa foram provenientes da área experimental do Campus Ipanguaçu, de plantas com seis meses de idade e intervalos de corte de 45 dias. O desempenho foi avaliado em duas fases (1 a 21 dias e 22 a 42 dias de idade). Aos 28, 35 e 42 dias de idade, amostras de 02 aves por grupo experimental foram escolhidas aleatoriamente para avaliação do rendimento de carcaça. A coleta de sangue e órgãos imunes e comestíveis ocorreu aos 14, 28 e 42 dias de idade das aves, a partir de 06 aves por grupo escolhidas aleatoriamente para avaliação da bioquímica sérica: Aspartato aminotransferase - AST; Alanina aminotransferase - ALT; Fosfatase alcalina - FAL; Colesterol; Triglicerídeos; Glicose. Os resultados de desempenho, rendimento de carcaça, peso de órgãos, parâmetros sanguíneos e análise econômica foram submetidos análise de variância e regressão polinomial. Os dados de rendimento de carcaça foram submetidos a análise de variância seguindo um esquema fatorial 5x3x2, sendo 5 níveis (%) de proteína de folha de moringa na ração, 3 idades e 2 sexos. Os parâmetros sanguíneos e peso de órgãos foram analisados em esquema fatorial 5x3, considerando 5 níveis de proteína de folha de moringa e 3 idades. Quando houve interação dos fatores analisados, a comparação das médias no desdobramento foi realizada pelo teste de Tukey à 5% de significância. A proteína de folha de Moringa oleifera reduz o peso vivo e ganho de peso até 21 dias de idade, porém não interfere em consumo de ração, eficiência produtiva e ganho médio diário aos 42 dias de idade, sendo possível a utilização até 2,24%. Considerando utilizar moringa somente de 22 a 42 dias é possível incluir 2,6% sem aumentar a conversão alimentar ou diminuir a eficiência alimentar, nas condições experimentais. A proteína de Moringa oleifera incluída até 4.0% na ração de codornas europeias não apresenta efeito sobre peso vivo, carcaça esviscerada, peito, coxa e sobrecoxa, e vísceras comestíveis de fêmeas aos 28, 35 e 42 dias de idade. No entanto, reduz o peso de carcaça esviscerada, peito, coxa e sobrecoxa de machos aos 35 dias. Até 4.0% de moringa ocorre aumento do peso do timo e redução do baço aos 42 dias, bem como da bolsa cloacal aos 14 dias de idade. Não interfere nos níveis de glicose e triglicerídeos aos 14, 28 e 42 dias de idade, porém reduz os níveis de colesterol aos 14 dias, sugerindo que nesse período ocorre má absorção e digestão de nutrientes. Aos 28 dias ocorre elevação dos níveis de AST, alterações em ALT e FAL aos 42 dias conforme aumento do nível de proteína de moringa, porém os valores obtidos estão dentro da normalidade para aves. A inclusão até 3.03% de proteína de moringa na ração provoca aumento dos níveis de ALT enquanto até 2.26% ocorre redução da FAL. A alimentação com até 4.0% de proteína de Moringa oleifera é viável economicamente para criação de codornas europeias mistas até 28 dias de idade, considerando apenas o investimento com ração nas condições experimentais. Considerando a venda das aves aos 42 dias, é indicado o nível 3.37% com base nos parâmetros e indicadores econômicos.


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  • A criação de codornas tem se mostrado muito promissora no Brasil, apresentando várias vantagens em relação à criação poedeiras e frangos de corte. Independente da finalidade de criação (carne ou ovos), tem tido crescimento constante em todas as regiões do Brasil. Alternativas nutricionais de baixo custo, que beneficiem o sistema imune frente às maiores exigências de aves mantidas em clima quente, podem favorecer o crescimento da coturnicultura no Nordeste brasileiro. A Moringa oleifera é uma opção que tem apresentado importantes características nutricionais e funcionais na alimentação animal. Este estudo objetivou avaliar o efeito da inclusão da folha de Moringa oleifera na alimentação de codornas europeias (Coturnix coturnix) sobre parâmetros de desempenho, rendimento de carcaça, peso de órgãos e bioquímica sérica, visando diminuir custos de produção sem comprometer desempenho e bem-estar. Foram utilizadas 360 codornas mistas da Granja Fujikura®, de 1 a 42 dias de idade, distribuídas aleatoriamente em 05 grupos, que consistiam 05 tratamentos (06 repetições) com n=12. As aves foram alimentadas ad libtum com rações experimentais à base de milho e farelo de soja, com 05 níveis de inclusão de proteína de folhas de Moringa oleifera (0.0%; 1.0%; 2.0%; 3.0%; 4.0%) em substituição a proteína do milho e soja, formuladas para 2 fases de criação, todas confeccionadas na forma farelada e isonutritivas. O experimento em campo se realizou no Instituto Federal do Rio Grande do Norte, Campus Ipanguaçu, em aviário tipo convencional onde as aves foram alojadas em boxes forrados com maravalha. Os padrões de manejo foram seguidos conforme o manual da linhagem para codornas de corte criadas em clima quente/verão. As folhas de moringa foram provenientes da área experimental do Campus Ipanguaçu, de plantas com seis meses de idade e intervalos de corte de 45 dias. O desempenho foi avaliado em duas fases (1 a 21 dias e 22 a 42 dias de idade). Aos 28, 35 e 42 dias de idade, amostras de 02 aves por grupo experimental foram escolhidas aleatoriamente para avaliação do rendimento de carcaça. A coleta de sangue e órgãos imunes e comestíveis ocorreu aos 14, 28 e 42 dias de idade das aves, a partir de 06 aves por grupo escolhidas aleatoriamente para avaliação da bioquímica sérica: Aspartato aminotransferase - AST; Alanina aminotransferase - ALT; Fosfatase alcalina - FAL; Colesterol; Triglicerídeos; Glicose. Os resultados de desempenho, rendimento de carcaça, peso de órgãos, parâmetros sanguíneos e análise econômica foram submetidos análise de variância e regressão polinomial. Os dados de rendimento de carcaça foram submetidos a análise de variância seguindo um esquema fatorial 5x3x2, sendo 5 níveis (%) de proteína de folha de moringa na ração, 3 idades e 2 sexos. Os parâmetros sanguíneos e peso de órgãos foram analisados em esquema fatorial 5x3, considerando 5 níveis de proteína de folha de moringa e 3 idades. Quando houve interação dos fatores analisados, a comparação das médias no desdobramento foi realizada pelo teste de Tukey à 5% de significância. A proteína de folha de Moringa oleifera reduz o peso vivo e ganho de peso até 21 dias de idade, porém não interfere em consumo de ração, eficiência produtiva e ganho médio diário aos 42 dias de idade, sendo possível a utilização até 2,24%. Considerando utilizar moringa somente de 22 a 42 dias é possível incluir 2,6% sem aumentar a conversão alimentar ou diminuir a eficiência alimentar, nas condições experimentais. A proteína de Moringa oleifera incluída até 4.0% na ração de codornas europeias não apresenta efeito sobre peso vivo, carcaça esviscerada, peito, coxa e sobrecoxa, e vísceras comestíveis de fêmeas aos 28, 35 e 42 dias de idade. No entanto, reduz o peso de carcaça esviscerada, peito, coxa e sobrecoxa de machos aos 35 dias. Até 4.0% de moringa ocorre aumento do peso do timo e redução do baço aos 42 dias, bem como da bolsa cloacal aos 14 dias de idade. Não interfere nos níveis de glicose e triglicerídeos aos 14, 28 e 42 dias de idade, porém reduz os níveis de colesterol aos 14 dias, sugerindo que nesse período ocorre má absorção e digestão de nutrientes. Aos 28 dias ocorre elevação dos níveis de AST, alterações em ALT e FAL aos 42 dias conforme aumento do nível de proteína de moringa, porém os valores obtidos estão dentro da normalidade para aves. A inclusão até 3.03% de proteína de moringa na ração provoca aumento dos níveis de ALT enquanto até 2.26% ocorre redução da FAL. A alimentação com até 4.0% de proteína de Moringa oleifera é viável economicamente para criação de codornas europeias mistas até 28 dias de idade, considerando apenas o investimento com ração nas condições experimentais. Considerando a venda das aves aos 42 dias, é indicado o nível 3.37% com base nos parâmetros e indicadores econômicos.

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  • ANA PAULA PINHEIRO DE ASSIS
  • QUALIDADE DA CARNE BOVINA SUBMETIDA A MARINAÇÃO COM PRÓPOLIS VERDE, VERMELHA E MARROM.

  • Orientador : PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DEJAIR MESSAGE
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
  • Data: 21/02/2020

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  • O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de marinados enriquecidos com extratos das própolis verde, vermelha e marrom sobre as características de qualidade da carne bovina ao longo de 12 dias de armazenamento refrigerado (4°C ± 1°). Utilizou-se porções do contrafilé (Longissimus dorsi) marinadas com água destilada (controle), marinadas com própolis verde (MGP), com própolis vermelha (MRP) e marinadas com própolis marrom (MBP). Para as análises microbiológicas as amostras foram submetidas à determinação de microorganismos mesófilos, psicrotróficos, psicrófilos e salmonella spp. Foram avaliados os parâmetros físico-químicos de pH, cor (L* a* b*), capacidade de retenção de água (CRA), perda de peso na cocção (PPC), força de cisalhamento (FC), umidade, cinza, proteína, lipídeos e a oxidação lipídica. As análises foram feitas em triplicata nos tempos: 0 3, 6, 9 e 12 dias. Para a análise sensorial foram realizados os testes de aceitação e intenção de comprar. As análises microbiológicas demonstraram que as amostras atenderam aos padrões microbiológicos para carne in natura. Para os valores de pH, as amostras marinadas com o MRP mantiveram o pH mais estável. O MRP e MBP oferecem uma proteção que evita perdas, mostrando valores de CRA de 74,53 e 71,77% no 12° dia de armazenamento. O MGP apresentou menor perda de peso na cocção no 12° dia de armazenamento e também mostrou menores valores de força de cisalhamento. As amostras MGP e MBP apresentaram menores alterações nos valores de luminosidade. A MRP foi a que menos sofreu alterações para o teor de vermelho. Os extratos mantiveram os valores de umidade, cinza, proteína e lipídeos estáveis, e retardaram a oxidação lipídica durante todo o período de estocagem. Quanto ao teste sensorial a marinação de menor aceitação foi a MRP por apresentar sabor e odor forte. A intenção de compra por partes dos julgadores mostrou que a carne MBP apresentou maior percentual de intenção de compra (70%). A capacidade de preservar as características físico-químicas e microbiológicas de qualidade na carne bovina foi maior na carne marinada com o extrato da própolis vermelha. Apresentou maior intenção de compra pelos avaliadores a carne marinada com o extrato da própolis marrom, mostrando também maiores notas no teste de aceitação.


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  • O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de marinados enriquecidos com extratos das própolis verde, vermelha e marrom sobre as características de qualidade da carne bovina ao longo de 12 dias de armazenamento refrigerado (4°C ± 1°). Utilizou-se porções do contrafilé (Longissimus dorsi) marinadas com água destilada (controle), marinadas com própolis verde (MGP), com própolis vermelha (MRP) e marinadas com própolis marrom (MBP). Para as análises microbiológicas as amostras foram submetidas à determinação de microorganismos mesófilos, psicrotróficos, psicrófilos e salmonella spp. Foram avaliados os parâmetros físico-químicos de pH, cor (L* a* b*), capacidade de retenção de água (CRA), perda de peso na cocção (PPC), força de cisalhamento (FC), umidade, cinza, proteína, lipídeos e a oxidação lipídica. As análises foram feitas em triplicata nos tempos: 0 3, 6, 9 e 12 dias. Para a análise sensorial foram realizados os testes de aceitação e intenção de comprar. As análises microbiológicas demonstraram que as amostras atenderam aos padrões microbiológicos para carne in natura. Para os valores de pH, as amostras marinadas com o MRP mantiveram o pH mais estável. O MRP e MBP oferecem uma proteção que evita perdas, mostrando valores de CRA de 74,53 e 71,77% no 12° dia de armazenamento. O MGP apresentou menor perda de peso na cocção no 12° dia de armazenamento e também mostrou menores valores de força de cisalhamento. As amostras MGP e MBP apresentaram menores alterações nos valores de luminosidade. A MRP foi a que menos sofreu alterações para o teor de vermelho. Os extratos mantiveram os valores de umidade, cinza, proteína e lipídeos estáveis, e retardaram a oxidação lipídica durante todo o período de estocagem. Quanto ao teste sensorial a marinação de menor aceitação foi a MRP por apresentar sabor e odor forte. A intenção de compra por partes dos julgadores mostrou que a carne MBP apresentou maior percentual de intenção de compra (70%). A capacidade de preservar as características físico-químicas e microbiológicas de qualidade na carne bovina foi maior na carne marinada com o extrato da própolis vermelha. Apresentou maior intenção de compra pelos avaliadores a carne marinada com o extrato da própolis marrom, mostrando também maiores notas no teste de aceitação.

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  • KELIANE DA SILVA MAIA
  • EFEITO DE AGENTES NATURAIS NA QUALIDADE DE MANTEIGA DE GARRAFA.

  • Orientador : JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • SOLANGE DE SOUSA
  • Data: 27/02/2020

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  • Por ser um alimento rico em lipídios, a manteiga de garrafa pode desenvolver características indesejáveis mediante a deterioração oxidativa, conferindo-lhe sabor e odor indesejáveis, característico de ranço, além de reduzir seu valor nutricional, pela oxidação de ácidos graxos polinsaturados e consequente formação de compostos voláteis. Nesse contexto, objetivou-se investigar o uso de agentes naturais no controle oxidativo de manteiga de garrafa afim de promover maior vida útil, agregando-lhe valor e funcionalidade, pela incorporação de agentes bioativos, e pelas mudanças organoléticas diferenciadas. Para isso, o presente estudo foi constituído de dois experimentos distintos, sendo eles: Experimento I: Estabilidade oxidativa e qualidade sensorial de manteiga de garrafa enriquecida com extrato de pimenta do reino. Experimento II: Estabilidade oxidativa e qualidade sensorial de manteiga de garrafa defumada. Em ambos os experimentos, após desenvolvimento e caracterização da manteiga de garrafa, foram realizados testes de estabilidade acelerada, (simulando o armazenamento e a cocção), monitorando a evolução oxidativa através de análises físico químicas, avaliou-se também a segurança microbiológica pela contagem total de Mesófilos e Coliformes (35° e 45°), além da avaliação sensorial, afim de avaliar a aceitação e intenção de compra do produto. Em síntese, o uso de conservantes naturais a manteiga de garrafa pode benefícios econômicos pela oferta de um produto diferenciado, além de estender a qualidade de um produto regional de grande consumo, mas de fácil deterioração.


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  • Por ser um alimento rico em lipídios, a manteiga de garrafa pode desenvolver características indesejáveis mediante a deterioração oxidativa, conferindo-lhe sabor e odor indesejáveis, característico de ranço, além de reduzir seu valor nutricional, pela oxidação de ácidos graxos polinsaturados e consequente formação de compostos voláteis. Nesse contexto, objetivou-se investigar o uso de agentes naturais no controle oxidativo de manteiga de garrafa afim de promover maior vida útil, agregando-lhe valor e funcionalidade, pela incorporação de agentes bioativos, e pelas mudanças organoléticas diferenciadas. Para isso, o presente estudo foi constituído de dois experimentos distintos, sendo eles: Experimento I: Estabilidade oxidativa e qualidade sensorial de manteiga de garrafa enriquecida com extrato de pimenta do reino. Experimento II: Estabilidade oxidativa e qualidade sensorial de manteiga de garrafa defumada. Em ambos os experimentos, após desenvolvimento e caracterização da manteiga de garrafa, foram realizados testes de estabilidade acelerada, (simulando o armazenamento e a cocção), monitorando a evolução oxidativa através de análises físico químicas, avaliou-se também a segurança microbiológica pela contagem total de Mesófilos e Coliformes (35° e 45°), além da avaliação sensorial, afim de avaliar a aceitação e intenção de compra do produto. Em síntese, o uso de conservantes naturais a manteiga de garrafa pode benefícios econômicos pela oferta de um produto diferenciado, além de estender a qualidade de um produto regional de grande consumo, mas de fácil deterioração.

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  • MANUELLA DE OLIVEIRA CABRAL ROCHA LINHARES
  • DETECÇÃO DE FRAUDES EM QUEIJO DE MANTEIGA E EM MANTEIGA DE GARRAFA DO RIO GRANDE DO NORTE.

  • Orientador : JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • PATRICIA DA CUNHA SOUSA
  • SOLANGE DE SOUSA
  • Data: 27/02/2020

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  • O queijo de manteiga e a manteiga de garrafa são bastante consumidos no Nordeste do Brasil, além disso têm muita relevância para o crescimento socioeconômico para a região. Em alguns casos, durante a fabricação desses produtos, são realizadas práticas inadequadas de higiene e de adição de ingredientes não permitidos pela legislação. Assim, objetivou-se avaliar a qualidade microbiológica, físico-química e detecção de possíveis fraudes em queijos de manteiga e em manteigas de garrafa comercializados no Rio Grande do Norte. Para isso, foram adquiridas 30 amostras de queijos de manteiga e 30 de manteigas de garrafa. As amostras foram submetidas as análises microbiológicas (Coliformes a 35 e 45 ºC, Staphylococcus coagulase positiva e Salmonella spp.), físico-químicas (umidade, gordura, pH, cloretos, acidez), teste do Lugol (só para queijos) e o perfil dos ácidos graxos em cromatografia gasosa. Observou-se que 87% e 33% das amostras de queijo e manteiga, respectivamente, apresentaram contagens elevadas para Staphylococcus coagulase positiva. Apenas uma amostra de queijo apresentou presença para Salmonella spp. Nos queijos foram obtidos resultados médios para umidade de 43,79%, gordura 26,70%, pH 4,81, cloretos 8,07% e acidez 1,53%. Para as manteigas foram obtidos resultados médios para umidade de 0,28%, gordura 98,38%, sólidos não gordurosos 1,34%, pH 4,65, cloretos 0,05%, sólidos totais 99,70% e acidez 0,26%. Foram detectadas a presença do amido em 6 (20%) das amostras de queijos. Para o perfil dos ácidos graxos observou-se que 83% dos queijos e 50% das manteigas apresentaram percentual de ácido linoleico acima de 3% que é a média encontrada no leite. Assim, permitiu-se concluir que os queijos de manteiga e as manteigas de garrafa apresentaram qualidade microbiológica indesejável, e também, foram detectadas fraudes por adição de amido e por substituição de gordura animal láctea por óleo vegetal, considerando a elevada porcentagem de ácido linoleico encontrada nas amostras.


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  • O queijo de manteiga e a manteiga de garrafa são bastante consumidos no Nordeste do Brasil, além disso têm muita relevância para o crescimento socioeconômico para a região. Em alguns casos, durante a fabricação desses produtos, são realizadas práticas inadequadas de higiene e de adição de ingredientes não permitidos pela legislação. Assim, objetivou-se avaliar a qualidade microbiológica, físico-química e detecção de possíveis fraudes em queijos de manteiga e em manteigas de garrafa comercializados no Rio Grande do Norte. Para isso, foram adquiridas 30 amostras de queijos de manteiga e 30 de manteigas de garrafa. As amostras foram submetidas as análises microbiológicas (Coliformes a 35 e 45 ºC, Staphylococcus coagulase positiva e Salmonella spp.), físico-químicas (umidade, gordura, pH, cloretos, acidez), teste do Lugol (só para queijos) e o perfil dos ácidos graxos em cromatografia gasosa. Observou-se que 87% e 33% das amostras de queijo e manteiga, respectivamente, apresentaram contagens elevadas para Staphylococcus coagulase positiva. Apenas uma amostra de queijo apresentou presença para Salmonella spp. Nos queijos foram obtidos resultados médios para umidade de 43,79%, gordura 26,70%, pH 4,81, cloretos 8,07% e acidez 1,53%. Para as manteigas foram obtidos resultados médios para umidade de 0,28%, gordura 98,38%, sólidos não gordurosos 1,34%, pH 4,65, cloretos 0,05%, sólidos totais 99,70% e acidez 0,26%. Foram detectadas a presença do amido em 6 (20%) das amostras de queijos. Para o perfil dos ácidos graxos observou-se que 83% dos queijos e 50% das manteigas apresentaram percentual de ácido linoleico acima de 3% que é a média encontrada no leite. Assim, permitiu-se concluir que os queijos de manteiga e as manteigas de garrafa apresentaram qualidade microbiológica indesejável, e também, foram detectadas fraudes por adição de amido e por substituição de gordura animal láctea por óleo vegetal, considerando a elevada porcentagem de ácido linoleico encontrada nas amostras.

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  • FERNANDA ARAUJO DOS SANTOS
  • IDADE DA DOADORA E DIFERENTES GÊNEROS RECEPTORES: RESPOSTAS AO XENOTRANSPLANTE OVARIANO OVINO POR LONGO PERÍODO DE CULTIVO

  • Orientador : MARCELO BARBOSA BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • FRANCISCO SILVESTRE BRILHANTE BEZERRA
  • GERLANE MODESTO DA SILVA
  • MARCELO BARBOSA BEZERRA
  • Naisandra Bezerra da Silva
  • Data: 28/02/2020

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  • O xenotransplante de tecido ovariano representa uma ferramenta interessante para investigar o potencial reprodutivo em diferentes mamíferos domésticos, no entanto sua aplicabilidade em ovinos ainda necessita ser estudada. O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade e desenvolvimento de tecido ovariano ovino transplantado em duas linhagens de camundongos imunossuprimidos (C57BL/6 SCID e BALB/c Nude). Para o primeiro experimento, ovários de fetos ovinos foram colhidos após o abate de suas genitoras, divididos em pequenos fragmentos que foram destinados a avaliação controle e ao xenotransplante a fresco. Foram utilizadas cinco receptoras da linhagem C57BL/6 SCID para o xenotransplante. As camundongas receptoras foram eutanasiadas após 65 dias de pós-operatório, sendo coletados os transplantes para avaliações macro e microscópicas. Para o segundo experimento, fragmentos ovarianos (1 mm3) de ovelhas jovens foram xenotransplantados a fresco em cinco receptores machos de cada linhagem. Após 65 dias  do xenotransplante, os animais foram eutanasiados e os transplantes avaliados quanto às características macroscópicas, por histologia clássica e o desenvolvimento oocitário in vitro. No primeiro experimento observou-se que em 80% das fêmeas receptoras o padrão citológico do lavado vaginal alternou entre diestro-proestro-diestro, não sendo observadas as fases de estro e metaestro durante o período experimental. Na análise histológica foram observados folículos pré antrais e antrais (menores) e sem alterações morfológicas. No segundo experimento foi observada uma depleção massiva dos folículos xenotransplantados, principalmente nos animais da linhagem SCID. No entanto, em um dos receptores BALB/c Nude, recuperou-se um oócito, o qual foi submetido a maturação, fecundação e cultivo in vitro, sem contudo apresentar desenvolvimento embrionário. Pode-se observar que enquanto o período adotado não foi suficiente para que os ovários de feto ovino transplantados nas fêmeas SCID apresentassem folículos antrais com mais de 1mm após o cultivo, os córtices ovarianos de ovelhas jovens transplantados nos machos Nude e SCID apresentaram depleção massiva dos folículos e presença de 1 antral com mais de 1mm. Considerando doadoras da mesma espécie, conclui-se que a idade da doadora, a espécie receptora, o local de realização do transplante e o período para a coleta do tecido ovariano devem ser adaptados para melhores resultados.


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  • O xenotransplante de tecido ovariano representa uma ferramenta interessante para investigar o potencial reprodutivo em diferentes mamíferos domésticos, no entanto sua aplicabilidade em ovinos ainda necessita ser estudada. O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade e desenvolvimento de tecido ovariano ovino transplantado em duas linhagens de camundongos imunossuprimidos (C57BL/6 SCID e BALB/c Nude). Para o primeiro experimento, ovários de fetos ovinos foram colhidos após o abate de suas genitoras, divididos em pequenos fragmentos que foram destinados a avaliação controle e ao xenotransplante a fresco. Foram utilizadas cinco receptoras da linhagem C57BL/6 SCID para o xenotransplante. As camundongas receptoras foram eutanasiadas após 65 dias de pós-operatório, sendo coletados os transplantes para avaliações macro e microscópicas. Para o segundo experimento, fragmentos ovarianos (1 mm3) de ovelhas jovens foram xenotransplantados a fresco em cinco receptores machos de cada linhagem. Após 65 dias  do xenotransplante, os animais foram eutanasiados e os transplantes avaliados quanto às características macroscópicas, por histologia clássica e o desenvolvimento oocitário in vitro. No primeiro experimento observou-se que em 80% das fêmeas receptoras o padrão citológico do lavado vaginal alternou entre diestro-proestro-diestro, não sendo observadas as fases de estro e metaestro durante o período experimental. Na análise histológica foram observados folículos pré antrais e antrais (menores) e sem alterações morfológicas. No segundo experimento foi observada uma depleção massiva dos folículos xenotransplantados, principalmente nos animais da linhagem SCID. No entanto, em um dos receptores BALB/c Nude, recuperou-se um oócito, o qual foi submetido a maturação, fecundação e cultivo in vitro, sem contudo apresentar desenvolvimento embrionário. Pode-se observar que enquanto o período adotado não foi suficiente para que os ovários de feto ovino transplantados nas fêmeas SCID apresentassem folículos antrais com mais de 1mm após o cultivo, os córtices ovarianos de ovelhas jovens transplantados nos machos Nude e SCID apresentaram depleção massiva dos folículos e presença de 1 antral com mais de 1mm. Considerando doadoras da mesma espécie, conclui-se que a idade da doadora, a espécie receptora, o local de realização do transplante e o período para a coleta do tecido ovariano devem ser adaptados para melhores resultados.

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  • LUCAS DE OLIVEIRA SOARES REBOUCAS
  • QUALIDADE DE ATUNS CAPTURADOS EM FROTA ARTESANAL NO ATLÂNTICO OESTE EQUATORIAL.

  • Orientador : PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CARLA DIOGENES SUASSUNA BEZERRA
  • GUELSON BATISTA DA SILVA
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • Data: 28/02/2020

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  • O grupo dos atuns e afins constituem um importante recurso pesqueiro mundial. Normalmente a pesca de atuns é caracterizada pela predominância do segmento industrial, sendo realizada por grandes embarcações, com alto nível tecnológico, para a captura, armazenamento e processamento a bordo. No Nordeste com o esgotamento dos estoques tradicionalmente explotados, grande parte da frota pesqueira artesanal está sendo adaptada na busca de pescarias alternativas, como a dos atuns. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade dos atuns capturados em frota artesanal no atlântico oeste equatorial. Foram realizados embarques bimestrais durante um ano. Logo após a captura, foi realizada a identificação da espécie com o auxílio de literatura especializada, biometria com o auxílio de um paquímetro de 2 m alcance e precisão de 1 cm, para a obtenção do comprimento furcal, e em seguida no momento da evisceração, será feita a identificação do sexo através da observação das gônadas. Para avaliar a qualidade física, foi avaliado o potencial hidrogeniônico (pH), capacidade de retenção de água (CRA), perda de peso pós-cocção (PPC), força de cisalhamento e as coordenadas de cor (L*, a* e b*). Os efeitos das diferentes variáveis independentes (sexo, dias de armazenamento, temperatura de armazenamento, tamanho do peixe e época de captura) sobre cada variável dependente (parâmetros físicos, químicos e sensoriais) foram comparados por meio do teste de Tukey, a nível de 5% de probabilidade. A relação entre as variáveis, ainda foram analisadas através de análises de regressão simples, com correlação de Pearson, afim de verificar se há correlação (negativa/positiva) entre as variáveis. Os resultados deste trabalho demonstraram que a qualidade dos atuns capturados em frota artesanal é influenciada pela forma de abate e manipulação a bordo sendo que a variação das características estudadas interferiram na produção de um pescado de boa qualidade.


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  • O grupo dos atuns e afins constituem um importante recurso pesqueiro mundial. Normalmente a pesca de atuns é caracterizada pela predominância do segmento industrial, sendo realizada por grandes embarcações, com alto nível tecnológico, para a captura, armazenamento e processamento a bordo. No Nordeste com o esgotamento dos estoques tradicionalmente explotados, grande parte da frota pesqueira artesanal está sendo adaptada na busca de pescarias alternativas, como a dos atuns. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade dos atuns capturados em frota artesanal no atlântico oeste equatorial. Foram realizados embarques bimestrais durante um ano. Logo após a captura, foi realizada a identificação da espécie com o auxílio de literatura especializada, biometria com o auxílio de um paquímetro de 2 m alcance e precisão de 1 cm, para a obtenção do comprimento furcal, e em seguida no momento da evisceração, será feita a identificação do sexo através da observação das gônadas. Para avaliar a qualidade física, foi avaliado o potencial hidrogeniônico (pH), capacidade de retenção de água (CRA), perda de peso pós-cocção (PPC), força de cisalhamento e as coordenadas de cor (L*, a* e b*). Os efeitos das diferentes variáveis independentes (sexo, dias de armazenamento, temperatura de armazenamento, tamanho do peixe e época de captura) sobre cada variável dependente (parâmetros físicos, químicos e sensoriais) foram comparados por meio do teste de Tukey, a nível de 5% de probabilidade. A relação entre as variáveis, ainda foram analisadas através de análises de regressão simples, com correlação de Pearson, afim de verificar se há correlação (negativa/positiva) entre as variáveis. Os resultados deste trabalho demonstraram que a qualidade dos atuns capturados em frota artesanal é influenciada pela forma de abate e manipulação a bordo sendo que a variação das características estudadas interferiram na produção de um pescado de boa qualidade.

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  • DANIEL DE FREITAS BRASIL
  • TERMITEIROS ARBORÍCOLAS (Microcerotermes indistinctus e Constrictotermes cyphergaster) COMO SUBSTRATO DE NIDIFICAÇÃO PARA A ABELHA SEM FERRÃO Partamona seridoensis NA CAATINGA.

  • Orientador : MICHAEL HRNCIR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MICHAEL HRNCIR
  • DANIELA FARIA FLORENCIO
  • BRENO MAGALHÃES FREITAS
  • DENISE DE ARAUJO ALVES
  • VERA LUCIA IMPERATRIZ FONSECA
  • Data: 28/02/2020

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  • A diagnose morfológica da espécie de abelha sem ferrão, endêmica da Caatinga, Partamona seridoensis é amplamente descrita e consolidada, porém, os aspectos arquitetônicos, estruturais e termodinâmicos dos cupinzeiros e dos ninhos desta abelha termitófila obrigatória são pouco conhecidos. Diante disso, este trabalho buscou realizar um estudo base que teve por objetivos: (1) indicar qual melhor metodologia de dimensionamento de volume e área superficial de cupinzeiros arborícolas, oferecendo um modelo matemático de ajuste; (2) realizar uma descrição comparativa entre as estruturas arquitetônicas de ninhos de abelhas P. seridoensis inseridos em termiteiros das espécies Microcerotermes indistinctus e Constrictotermes cyphergaster; (3) estudar as características térmicas de ninhos de abelhas e dos substratos circundantes; (4) apresentar um modelo detalhado de uma colmeia racional voltada exclusivamente para espécies termitófilas. O período experimental foi compreendido entre os meses de abril a novembro de 2018, onde foram utilizados vinte cupinzeiros para os estudos, sendo dez de cada espécie, onde metade era habitado por abelhas e a outra metade inativa. (1) Para o primeiro objetivo utilizou-se a modelagem 3D e equações aritméticas para os cálculos de volume e área superficiais dos termiteiros. Os resultados encontrados para os dimensionamentos dos termiteiros mostraram que a compartimentalização é a metodologia que apresentou valores mais próximos à realidade, porém devido a sua complexidade é inviável de ser utilizada em campo, tornando o modelo elipsoidal mais vantajoso uma vez que os dados necessários à sua utilização são apenas as medidas de largura, altura e comprimento dos cupinzeiros. (2) Para a descrição das características gerais dos termiteiros e a morfologia dos ninhos de P. seridoensis seguiu-se metodologias estabelecidas pela literatura. Verificou-se que os aspectos gerais e arquitetônicos dos ninhos de P. seridoensis, inseridos em cupinzeiros com substratos e dimensionamentos distintos, apresentaram características estruturais semelhantes e típicas das abelhas termitófilas do gênero Partamona. (3) Para a análise das características térmicas, sensores de temperatura foram inseridos em locais específicos (substrato, região do invólucro, área de cria e área de alimento) para cupinzeiros que possuíam ninhos de abelhas e, em termiteiros inativos, nas profundidades de 5, 10, 15, e 20 cm. Os dados captados do ambiente foram realizados através de estação meteorológica automática instalada no local do experimento. A escolha do melhor cupinzeiro usado na nidificação de abelhas P. seridoensis pode se dar por conta do tipo de substrato termoisolante, mas outros fatores, como: a agressividade do hospedeiro, cavidade pré-existente ou mesmo a antropização do ambiente podem influenciar. Contudo, quando se observou apenas a questão térmica, os cupinzeiros da espécie M. indistinctus foram melhores para a P. seridoensis, uma vez que exigiram menos da temperatura ambiental e possuíram mais isolamento térmico quando comparados aos termiteiros de C. cyphergaster, mesmo que estes também tivessem características desejáveis como a termoestabilidade. (4) Por fim, para a construção da colmeia racional foram utilizados os resultados provenientes deste estudo unindo as características arquitetônicas mais usuais das colmeias racionais, onde as observações preliminares em P. seridoensis indicaram que essas abelhas se habituaram rapidamente ao modelo de colmeia racional desenvolvido.


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  • A diagnose morfológica da espécie de abelha sem ferrão, endêmica da Caatinga, Partamona seridoensis é amplamente descrita e consolidada, porém, os aspectos arquitetônicos, estruturais e termodinâmicos dos cupinzeiros e dos ninhos desta abelha termitófila obrigatória são pouco conhecidos. Diante disso, este trabalho buscou realizar um estudo base que teve por objetivos: (1) indicar qual melhor metodologia de dimensionamento de volume e área superficial de cupinzeiros arborícolas, oferecendo um modelo matemático de ajuste; (2) realizar uma descrição comparativa entre as estruturas arquitetônicas de ninhos de abelhas P. seridoensis inseridos em termiteiros das espécies Microcerotermes indistinctus e Constrictotermes cyphergaster; (3) estudar as características térmicas de ninhos de abelhas e dos substratos circundantes; (4) apresentar um modelo detalhado de uma colmeia racional voltada exclusivamente para espécies termitófilas. O período experimental foi compreendido entre os meses de abril a novembro de 2018, onde foram utilizados vinte cupinzeiros para os estudos, sendo dez de cada espécie, onde metade era habitado por abelhas e a outra metade inativa. (1) Para o primeiro objetivo utilizou-se a modelagem 3D e equações aritméticas para os cálculos de volume e área superficiais dos termiteiros. Os resultados encontrados para os dimensionamentos dos termiteiros mostraram que a compartimentalização é a metodologia que apresentou valores mais próximos à realidade, porém devido a sua complexidade é inviável de ser utilizada em campo, tornando o modelo elipsoidal mais vantajoso uma vez que os dados necessários à sua utilização são apenas as medidas de largura, altura e comprimento dos cupinzeiros. (2) Para a descrição das características gerais dos termiteiros e a morfologia dos ninhos de P. seridoensis seguiu-se metodologias estabelecidas pela literatura. Verificou-se que os aspectos gerais e arquitetônicos dos ninhos de P. seridoensis, inseridos em cupinzeiros com substratos e dimensionamentos distintos, apresentaram características estruturais semelhantes e típicas das abelhas termitófilas do gênero Partamona. (3) Para a análise das características térmicas, sensores de temperatura foram inseridos em locais específicos (substrato, região do invólucro, área de cria e área de alimento) para cupinzeiros que possuíam ninhos de abelhas e, em termiteiros inativos, nas profundidades de 5, 10, 15, e 20 cm. Os dados captados do ambiente foram realizados através de estação meteorológica automática instalada no local do experimento. A escolha do melhor cupinzeiro usado na nidificação de abelhas P. seridoensis pode se dar por conta do tipo de substrato termoisolante, mas outros fatores, como: a agressividade do hospedeiro, cavidade pré-existente ou mesmo a antropização do ambiente podem influenciar. Contudo, quando se observou apenas a questão térmica, os cupinzeiros da espécie M. indistinctus foram melhores para a P. seridoensis, uma vez que exigiram menos da temperatura ambiental e possuíram mais isolamento térmico quando comparados aos termiteiros de C. cyphergaster, mesmo que estes também tivessem características desejáveis como a termoestabilidade. (4) Por fim, para a construção da colmeia racional foram utilizados os resultados provenientes deste estudo unindo as características arquitetônicas mais usuais das colmeias racionais, onde as observações preliminares em P. seridoensis indicaram que essas abelhas se habituaram rapidamente ao modelo de colmeia racional desenvolvido.

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  • JEAN CARLOS DANTAS DE OLIVEIRA
  • EFEITO DA FRAGMENTAÇÃO DE UM RIO DO SEMIÁRIDO NA ESTRUTURA DA ASSEMBLEIA DE PEIXES E NA ALIMENTAÇÃO DE PEIXES DETRITÍVOROS.

  • Orientador : JOSE LUIS COSTA NOVAES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CECILIA IRENE PEREZ CALABUIG
  • GUELSON BATISTA DA SILVA
  • JORGE IVÁN SÁNCHEZ BOTERO
  • JOSE LUIS COSTA NOVAES
  • MARIO VINICIUS CONDINI
  • Data: 11/03/2020

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  • A regulação dos sistemas fluviais através da disposição de reservatórios em cascatas ao longo do rio principal provoca alterações acentuadas na composição das comunidades de peixes, como nos padrões de fluxo de água, alterando o transporte de água, detritos, sedimentos e nutrientes ao longo das cascatas de reservatórios. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar a estrutura das assembleias de peixes no sistema de cascata de reservatórios no rio Apodi/Mossoró na região do semiárido brasileiro, bem como analisar a dieta de Prochilodus brevis e Curimatella lepidura que apresentam hábitos alimentares detritívora/Iliófagas entre os reservatórios. A bacia do rio Apodi/Mossoró, está localizada no Nordeste oriental do Brasil ocupando uma área de 14.276 km2, com uma rede hidrográfica intermitente e com fluxo pesadamente alterado por construção de reservatórios, que atualmente são 618. No canal principal do rio estão dispostos em cascata os reservatórios de Major Sales, Angicos, Flechas, Pau dos Ferros e Santa Cruz, onde as amostragens ocorreram trimestralmente, durante os meses de fevereiro, maio, agosto e novembro, no período de 2011 e 2012 no reservatório de Pau dos Ferros, e em 2015 e 2016 nos demais reservatórios. Os indivíduos foram capturados com onze redes de emalhe com malhas variando entre 12, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 60 e 70 mm (entre nós adjacentes), com 15m de comprimento e altura de 2,0m por pontos de coleta, expostos paralelamente às margens por período de 12 horas. A triagem e identificados dos espécimes ocorreu de acordo literatura especializada, sendo posteriormente confirmada e/ou corrigida por taxonomista da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Para se a riqueza e abundância das assembleias de peixes nativas não migradoras, nativas migradora e não-nativas diferem entre os reservatórios ao longo da cascata foi aplicada a análise de variância não paramétrica de Kruskal-Wallis, seguido de teste de Wilcoxon entre os grupos, para os dados de riqueza e de CPUEn separadamente. Análise da dieta das espécies detritívoras foi feita através do Índice de Importância Alimentar (IAi%). A cascata de reservatórios do rio Apodi/Mossoró, associado as características peculiares dos sistemas fluviais com regime intermitente são ambientes adversos que não favoreceu espécies com hábito migrador, especialmente nos reservatórios a montante da cascata, colocando em risco algumas espécies, que apresentaram baixos valores de abundância, a desaparecer em escalas locais. As constatações do predomínio dos recursos detrito, sedimento e material vegetal, na dieta das duas espécies, mas com diferentes contribuições nos reservatórios longo da cascata, indica que as espécies apresentam nicho trófico estreito, consumindo possivelmente os recursos alimentes mais abundantes no ambiente, o que permite a coexistências das duas espécies, mesmo sobrepondo suas dietas.


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  • A regulação dos sistemas fluviais através da disposição de reservatórios em cascatas ao longo do rio principal provoca alterações acentuadas na composição das comunidades de peixes, como nos padrões de fluxo de água, alterando o transporte de água, detritos, sedimentos e nutrientes ao longo das cascatas de reservatórios. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar a estrutura das assembleias de peixes no sistema de cascata de reservatórios no rio Apodi/Mossoró na região do semiárido brasileiro, bem como analisar a dieta de Prochilodus brevis e Curimatella lepidura que apresentam hábitos alimentares detritívora/Iliófagas entre os reservatórios. A bacia do rio Apodi/Mossoró, está localizada no Nordeste oriental do Brasil ocupando uma área de 14.276 km2, com uma rede hidrográfica intermitente e com fluxo pesadamente alterado por construção de reservatórios, que atualmente são 618. No canal principal do rio estão dispostos em cascata os reservatórios de Major Sales, Angicos, Flechas, Pau dos Ferros e Santa Cruz, onde as amostragens ocorreram trimestralmente, durante os meses de fevereiro, maio, agosto e novembro, no período de 2011 e 2012 no reservatório de Pau dos Ferros, e em 2015 e 2016 nos demais reservatórios. Os indivíduos foram capturados com onze redes de emalhe com malhas variando entre 12, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 60 e 70 mm (entre nós adjacentes), com 15m de comprimento e altura de 2,0m por pontos de coleta, expostos paralelamente às margens por período de 12 horas. A triagem e identificados dos espécimes ocorreu de acordo literatura especializada, sendo posteriormente confirmada e/ou corrigida por taxonomista da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Para se a riqueza e abundância das assembleias de peixes nativas não migradoras, nativas migradora e não-nativas diferem entre os reservatórios ao longo da cascata foi aplicada a análise de variância não paramétrica de Kruskal-Wallis, seguido de teste de Wilcoxon entre os grupos, para os dados de riqueza e de CPUEn separadamente. Análise da dieta das espécies detritívoras foi feita através do Índice de Importância Alimentar (IAi%). A cascata de reservatórios do rio Apodi/Mossoró, associado as características peculiares dos sistemas fluviais com regime intermitente são ambientes adversos que não favoreceu espécies com hábito migrador, especialmente nos reservatórios a montante da cascata, colocando em risco algumas espécies, que apresentaram baixos valores de abundância, a desaparecer em escalas locais. As constatações do predomínio dos recursos detrito, sedimento e material vegetal, na dieta das duas espécies, mas com diferentes contribuições nos reservatórios longo da cascata, indica que as espécies apresentam nicho trófico estreito, consumindo possivelmente os recursos alimentes mais abundantes no ambiente, o que permite a coexistências das duas espécies, mesmo sobrepondo suas dietas.

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  • WALLACE SOSTENE TAVARES DA SILVA
  • Plasticidade Fenotípica e Indicadores de Produtividade em Caprinos Leiteiros em Ambiente Temperado

  • Orientador : DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • JOSE ERNANDES RUFINO DE SOUSA
  • ANGELA MARIA DE VASCONCELOS
  • JACINARA HODY GURGEL MORAIS LEITE
  • LUIS ALBERTO BERMEJO ASENSIO
  • Data: 20/03/2020

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  • O Arquipélago Canario é constituído por sete ilhas situadas a oeste do continente africano, mais precisamente na costa subsaariana. Devido a sua proximidade ao continente africano e influência dos ventos Açores, as ilhas possuem climas distintos criando diferentes tipos de fauna e flora. A partir dessa perspectiva climática surgiram raças de caprinos leiteiros em que se destacam devido aos seus bons índices produtivos, notável qualidade de seus derivados e excelente adaptação aos diferentes ambientes existentes no arquipélago. As duas raças consideradas mais expressivas na produção de leite, são a raça Majorera, que se originou na ilha de Fuerteventura, caracterizada por apresentar um clima árido e seco e a raça Palmera, evoluída em um clima mais temperado da ilha de La Palma. Partindo da hipótese que, esses animais possuem características relacionadas a adaptação em diferentes ambientes nos quais evoluíram, o estudo tem como objetivo principal, avaliar os efeitos das condições meteorológicas em cabras adultas em diferentes estações do ano, sobre as características adaptativas, associando-as com dados de produção de leite e qualidade físico química, em um mesmo ambiente térmico. As atividades serão realizadas no Instituto Canario de Investigación Agraria – ICIA, localizado no norte da ilha do Tenerife, em 30 cabras da raça Majorera e 25 cabras da raça Palmera, durante o período de lactação e seco, em sistema de produção intensivo, nos quais durante dois anos, a cada 15 dias ao mês, serão avaliadas as características morfofisiológicas de adaptação, os mecanismos de transferência de calor, assim como dados de produção de leite e características como: lactose, proteína, gordura, extrato seco e sólidos totais. Espera-se estabelecer épocas críticas do ano, tanto no que se refere à capacidade de termorregulação, homeostase e produção, bem como quais características são mais usadas por esses animais e interferindo sobre os aspectos produtivos. Portanto, é necessário investigar a relação entre as características vinculadas à adaptação dos animais com os dados produtivos, na tentativa de ampliar os critérios de seleção dos animais.


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  • O Arquipélago Canario é constituído por sete ilhas situadas a oeste do continente africano, mais precisamente na costa subsaariana. Devido a sua proximidade ao continente africano e influência dos ventos Açores, as ilhas possuem climas distintos criando diferentes tipos de fauna e flora. A partir dessa perspectiva climática surgiram raças de caprinos leiteiros em que se destacam devido aos seus bons índices produtivos, notável qualidade de seus derivados e excelente adaptação aos diferentes ambientes existentes no arquipélago. As duas raças consideradas mais expressivas na produção de leite, são a raça Majorera, que se originou na ilha de Fuerteventura, caracterizada por apresentar um clima árido e seco e a raça Palmera, evoluída em um clima mais temperado da ilha de La Palma. Partindo da hipótese que, esses animais possuem características relacionadas a adaptação em diferentes ambientes nos quais evoluíram, o estudo tem como objetivo principal, avaliar os efeitos das condições meteorológicas em cabras adultas em diferentes estações do ano, sobre as características adaptativas, associando-as com dados de produção de leite e qualidade físico química, em um mesmo ambiente térmico. As atividades serão realizadas no Instituto Canario de Investigación Agraria – ICIA, localizado no norte da ilha do Tenerife, em 30 cabras da raça Majorera e 25 cabras da raça Palmera, durante o período de lactação e seco, em sistema de produção intensivo, nos quais durante dois anos, a cada 15 dias ao mês, serão avaliadas as características morfofisiológicas de adaptação, os mecanismos de transferência de calor, assim como dados de produção de leite e características como: lactose, proteína, gordura, extrato seco e sólidos totais. Espera-se estabelecer épocas críticas do ano, tanto no que se refere à capacidade de termorregulação, homeostase e produção, bem como quais características são mais usadas por esses animais e interferindo sobre os aspectos produtivos. Portanto, é necessário investigar a relação entre as características vinculadas à adaptação dos animais com os dados produtivos, na tentativa de ampliar os critérios de seleção dos animais.

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  • LUCIANA CRISTINA BORGES FERNANDES
  • INVESTIGAÇÃO IN VITRO E IN VIVO DO EFEITO REGENERATIVO NA MEDULA ESPINAL NA PRESENÇA DE FRAGMENTOS DO NERVO ISQUIÁTICO COM ADIÇÃO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE HYPTIS SUAVEOLENS (L.) POIT E CROTON BLANCHETIANUS BAIL

  • Orientador : CARLOS IBERE ALVES FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS IBERE ALVES FREITAS
  • CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
  • FAUSTO PIEDORNÁ GUZEN
  • JOSÉ RODOLFO LOPES DE PAIVA CAVALCANTI
  • MARCO AURÉLIO DE MOURA FREIRE
  • Data: 20/03/2020

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  • A medula espinal (ME) é afetada em casos de traumas diretos ou indiretos e alguns estudos apontam que os nervos periféricos induzem um ambiente propício para regeneração. Além disso, várias plantas medicinais possuem metabólitos secundários com atividades no Sistema Nervoso Central (SNC). Este estudo objetivou analisar o efeito regenerativo na ME in vitro e in vivo na presença de fragmentos do nervo isquiático (FGNI) com adição dos óleos essenciais (OES) de Hyptis suaveolens (HS) e Croton blanchetianus (CB). As plantas de HS e CB foram submetidas ao processo de hidrodestilação e a análise da composição química foi feita por cromatografia gasosa e espectrometria de massas (CG-EM). Para a avaliação da plasticidade na ME in vitro, células foram coletadas de ratos neonatos Wistar e cultivadas em 6 grupos: um controle (D-10) e os demais grupos com diferentes combinações de meio condicionado do nervo isquiático (MCNI) e os OES de HS e CB. A
    morfometria celular foi avaliada após 96 horas por microscopia de contraste de fases, sendo em seguida realizada a imunocitoquímica para GFAP, GAP-43, NeuN e a plasticidade analisada por Microscopia Eletronica de Varredura (MEV). Os grupos foram comparados estatisticamente através do teste de Tukey e Bonferrone (p<0,05). Assim, foi possível avaliar a aderência, o efeito plástico e trófico das células nos grupos cultivados em D-10 acrescidos dos OES, com alterações morfológicas mais visíveis quando comparados com os grupos controle. O OE de CB, especialmente, promoveu a manutenção da expansão das células, indicando sua ação na plasticidade das células da ME. Quanto à análise regenerativa na ME in vivo, foram utilizados 40 ratos Wistar e de 4 deles foi removido o NI. Os 36 animais restantes foram submetidos a uma transecção medular com 4 mm de espessura ao nível torácico baixo e divididos em 6 grupos (n=6): no grupo 1 foi inoculado 10μl de solução salina (5%) (SS); no grupo 2 FGNI mais 10μl de SS (SS + NI); no grupo 3 FGNI mais o OE de HS (HS + NI); no grupo 4 foi inoculado apenas o OE de HS; no grupo 5 FGNI mais o OE de CB (CB + NI) e no grupo 6 foi inoculado apenas o OE de CB. O desempenho dos membros posteriores foi avaliado por 12 semanas usando pontuação do comportamento motor (BBB) e o déficit funcional ligado ao comportamento da pontuação combinada (CBS) e os dados dos testes comportamentais dos grupos tratados foram comparados estatisticamente. Ocorreu recuperação dos movimentos dos membros posteriores dos animais pertencentes aos grupos com o FGNI e com os OES quando comparados ao grupo SS e SS + NI. Entretanto, nos grupos com o OE de CB ocorreram resultados mais significativos e superioridade frente aos grupos com o OE de HS. Este estudo permitiu a investigação do uso de OES, in vitro e in vivo, devido a presença de substâncias nos OES com provável atividade neuroprotera e regenerativa, favorecendo a plasticidade morfológica e melhora da recuperação funcional da ME.


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  • A medula espinal (ME) é afetada em casos de traumas diretos ou indiretos e alguns estudos apontam que os nervos periféricos induzem um ambiente propício para regeneração. Além disso, várias plantas medicinais possuem metabólitos secundários com atividades no Sistema Nervoso Central (SNC). Este estudo objetivou analisar o efeito regenerativo na ME in vitro e in vivo na presença de fragmentos do nervo isquiático (FGNI) com adição dos óleos essenciais (OES) de Hyptis suaveolens (HS) e Croton blanchetianus (CB). As plantas de HS e CB foram submetidas ao processo de hidrodestilação e a análise da composição química foi feita por cromatografia gasosa e espectrometria de massas (CG-EM). Para a avaliação da plasticidade na ME in vitro, células foram coletadas de ratos neonatos Wistar e cultivadas em 6 grupos: um controle (D-10) e os demais grupos com diferentes combinações de meio condicionado do nervo isquiático (MCNI) e os OES de HS e CB. A
    morfometria celular foi avaliada após 96 horas por microscopia de contraste de fases, sendo em seguida realizada a imunocitoquímica para GFAP, GAP-43, NeuN e a plasticidade analisada por Microscopia Eletronica de Varredura (MEV). Os grupos foram comparados estatisticamente através do teste de Tukey e Bonferrone (p<0,05). Assim, foi possível avaliar a aderência, o efeito plástico e trófico das células nos grupos cultivados em D-10 acrescidos dos OES, com alterações morfológicas mais visíveis quando comparados com os grupos controle. O OE de CB, especialmente, promoveu a manutenção da expansão das células, indicando sua ação na plasticidade das células da ME. Quanto à análise regenerativa na ME in vivo, foram utilizados 40 ratos Wistar e de 4 deles foi removido o NI. Os 36 animais restantes foram submetidos a uma transecção medular com 4 mm de espessura ao nível torácico baixo e divididos em 6 grupos (n=6): no grupo 1 foi inoculado 10μl de solução salina (5%) (SS); no grupo 2 FGNI mais 10μl de SS (SS + NI); no grupo 3 FGNI mais o OE de HS (HS + NI); no grupo 4 foi inoculado apenas o OE de HS; no grupo 5 FGNI mais o OE de CB (CB + NI) e no grupo 6 foi inoculado apenas o OE de CB. O desempenho dos membros posteriores foi avaliado por 12 semanas usando pontuação do comportamento motor (BBB) e o déficit funcional ligado ao comportamento da pontuação combinada (CBS) e os dados dos testes comportamentais dos grupos tratados foram comparados estatisticamente. Ocorreu recuperação dos movimentos dos membros posteriores dos animais pertencentes aos grupos com o FGNI e com os OES quando comparados ao grupo SS e SS + NI. Entretanto, nos grupos com o OE de CB ocorreram resultados mais significativos e superioridade frente aos grupos com o OE de HS. Este estudo permitiu a investigação do uso de OES, in vitro e in vivo, devido a presença de substâncias nos OES com provável atividade neuroprotera e regenerativa, favorecendo a plasticidade morfológica e melhora da recuperação funcional da ME.

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  • ANDREZZA ASSIS CRUZ MOURA BARRETO
  • PROPRIEDADES FUNCIONAL E SENSORIAL DE IOGURTES DE LEITE DE CABRA ADICIONADOS DE POLPAS DE ACEROLA E CAJU

  • Orientador : JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • EDNA MARIA MENDES AROUCHA
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • SOLANGE DE SOUSA
  • Data: 27/03/2020

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  • Este estudo teve por objetivo avaliar a qualidade de iogurtes de leite de cabra adicionados de frutos regionais. Foram realizadas análises físico-químicas (umidade, cinzas, pH, acidez titulável, gordura láctea e proteína láctea) microbiológicas, a cada sete dias, durante 35 dias (coliformes totais, coliformes termotolerantes, bolores e leveduras e bactérias lácticas totais), funcional (compostos bioativos e atividade antioxidante) e sensorial de iogurtes de leite de cabra elaborados com polpa de acerola (Malpighia emarginata D.C.) e de caju (Anacardium occidentale L.) em diferentes concentrações. As formulações foram produzidas com iogurte natural sem adição de polpas (A0), iogurte natural com adição de 10% (A10), 20% (A20) e 30% (A30) de polpa de acerola, assim como com a adição de 10% (C10), 20% (C20) e 30% (C30) de polpa de caju, cujos resultados foram analisados comparando as formulações com cada fruta ao iogurte natural. A presença de polpa de acerola e de caju não modificou as características microbiológicas dos iogurtes. Nas formulações com acerola houve diferença na composição físico-químicas e a proteína láctea manteve-se fora dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira. A formulação A30 apresentou teores de ácido ascórbico e compostos fenólicos superiores as demais formulações, mas a atividade antioxidante foi semelhante entre as formulações A10 e A20, sendo superior ao A0. Apresentaram impressão global, aroma, doçura, sabor, textura e intenção de compra semelhantes ao A0. A formulação A10 apresentou aparência semelhante ao controle, obtendo melhores notas. Os iogurtes com caju apresentaram alteração na composição físico-química com a acidez e a proteína láctea mantendo-se fora dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira. A formulação C30 apresentou teores de ácido ascórbico superiores as demais formulações com caju, mas a atividade antioxidante foi semelhante entre elas e superior ao natural. Os iogurtes preparados com polpa de caju não diferiram quanto a impressão global, doçura, sabor e intenção de compra. A formulação C30 apresentou melhor aparência que as demais e as C20 e C30 mostraram notas semelhantes para aroma e textura, sendo inferiores as demais formulações nesses dois atributos. As
    análises evidenciaram que os iogurtes de leite de cabra com adição de polpa de acerola e de caju apresentaram qualidades nutricionais satisfatórias, mostraram potencial atividade antioxidante, caracterizando-os como alimento funcional e mostrando viabilidade como derivado de leite de cabra para o mercado consumidor, com readequações nas suas características físico-químicas e sensoriais.


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  • Este estudo teve por objetivo avaliar a qualidade de iogurtes de leite de cabra adicionados de frutos regionais. Foram realizadas análises físico-químicas (umidade, cinzas, pH, acidez titulável, gordura láctea e proteína láctea) microbiológicas, a cada sete dias, durante 35 dias (coliformes totais, coliformes termotolerantes, bolores e leveduras e bactérias lácticas totais), funcional (compostos bioativos e atividade antioxidante) e sensorial de iogurtes de leite de cabra elaborados com polpa de acerola (Malpighia emarginata D.C.) e de caju (Anacardium occidentale L.) em diferentes concentrações. As formulações foram produzidas com iogurte natural sem adição de polpas (A0), iogurte natural com adição de 10% (A10), 20% (A20) e 30% (A30) de polpa de acerola, assim como com a adição de 10% (C10), 20% (C20) e 30% (C30) de polpa de caju, cujos resultados foram analisados comparando as formulações com cada fruta ao iogurte natural. A presença de polpa de acerola e de caju não modificou as características microbiológicas dos iogurtes. Nas formulações com acerola houve diferença na composição físico-químicas e a proteína láctea manteve-se fora dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira. A formulação A30 apresentou teores de ácido ascórbico e compostos fenólicos superiores as demais formulações, mas a atividade antioxidante foi semelhante entre as formulações A10 e A20, sendo superior ao A0. Apresentaram impressão global, aroma, doçura, sabor, textura e intenção de compra semelhantes ao A0. A formulação A10 apresentou aparência semelhante ao controle, obtendo melhores notas. Os iogurtes com caju apresentaram alteração na composição físico-química com a acidez e a proteína láctea mantendo-se fora dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira. A formulação C30 apresentou teores de ácido ascórbico superiores as demais formulações com caju, mas a atividade antioxidante foi semelhante entre elas e superior ao natural. Os iogurtes preparados com polpa de caju não diferiram quanto a impressão global, doçura, sabor e intenção de compra. A formulação C30 apresentou melhor aparência que as demais e as C20 e C30 mostraram notas semelhantes para aroma e textura, sendo inferiores as demais formulações nesses dois atributos. As
    análises evidenciaram que os iogurtes de leite de cabra com adição de polpa de acerola e de caju apresentaram qualidades nutricionais satisfatórias, mostraram potencial atividade antioxidante, caracterizando-os como alimento funcional e mostrando viabilidade como derivado de leite de cabra para o mercado consumidor, com readequações nas suas características físico-químicas e sensoriais.

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  • Ricardo Gonçalves Santos
  • COMPORTAMENTO ENXAMEATÓRIO DE ABELHAS AFRICANIZADAS (Apis mellifera L.) EM ZONA URBANA DE MOSSORÓ/RN, REGIÃO SEMIÁRIDA DO NORDESTE BRASILEIRO

  • Orientador : LIONEL SEGUI GONCALVES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LIONEL SEGUI GONCALVES
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • ALEXANDRE PAULA BRAGA
  • DAVID DE JONG
  • Data: 30/03/2020

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  • As abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) possuem elevado comportamento enxameatório e alta capacidade de adaptação, características que permitiram sua rápida propagação nas condições tropicais, no entanto, estas vem gerando problemas nas cidades brasileiras devido ao elevado risco de acidentes com pessoas e animais, uma vez que apresentam um forte instinto defensivo. Este trabalho foi realizado na Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA em Mossoró, com a colaboração do CETAPIS-RN, Centro tecnológico de Apicultura e Meliponicultura do Rio Grande do Norte e teve como principal objetivo, avaliar as características de enxames silvestres de abelhas africanizadas em Mossoró/RN, com intuito de obter uma melhor compreensão da biologia dessas abelhas em áreas urbanas, entendendo os possíveis fatores envolvidos no processo de nidificação e  enxameação nas cidades da região semiárida do Nordeste do Brasil. Para isso, por meio de uma parceria entre a UFERSA e a Corporação de Bombeiros Militar de Mossoró, 487 enxames foram notificados, oriundos de solicitações feitas pela comunidade local durante o período de abril de 2015 a maio de 2018. A cada ocorrência, diversas informações sobre os enxames eram registrados como: data, endereço, altura e estrutura do local onde as abelhas estavam alojadas, ocorrência ou não de nidificação, posição de construção dos favos, estimativa do tamanho populacional do enxame, defensividade das abelhas e presença de rainha, realeiras, zangões e cria de zangões. Dados de precipitação pluviométrica, temperatura do ar, umidade relativa do ar, radiação solar e velocidade do vento foram obtidos com intuito de avaliar o efeito das variáveis climáticas sobre a enxameação e os aspectos reprodutivos dos enxames. Foi encontrada correlação negativa estatisticamente significante (r= -0,864) entre a temperatura do ar e a ocorrência de enxames. Os enxames foram encontrados em enorme quantidade de estruturas (arvores, pneus, cumeeiras de casas, etc) em locais abertos, no período com maior disponibilidade de flores e temperatura amena. Os resultados obtidos neste trabalho mostraram que nas zonas
    urbanas do semiárido nordestino, os enxames investem em reprodução e enxameação durante o ano inteiro, contudo, a criação de rainhas e de zangões é intensificada na estação chuvosa, enquanto o pico de enxameação ocorre entre o final da estação chuvosa e início da estação seca. A criação de realeiras e zangões nas colônias foram afetadas negativamente nos períodos de maior temperatura, radiação solar e velocidade do vento. Os enxames ocuparam uma enorme quantidade de estruturas e a maioria foram encontrados em locais abertos (enxame exposto), contudo, nos locais fechados (enxame protegido) houve maior predominância de colônias estabelecidas do que enxames não instalados ou provisórios. As abelhas demonstraram preferência por locais com altura menor que 4 metros e também priorizaram a construção de seus favos orientados direcionalmente no sentido leste/oeste. Em Mossoró-RN a maior frequência de enxames ocorre entre abril e setembro e a menor frequência entre outubro e março. Não houve diferença de frequência de enxames entre os períodos de chuvas e secas. Os enxames geralmente apresentavam-se com população de até 20 mil abelhas e com comportamento
    de baixa defensividade. Concluímos que as produções naturais de rainhas e zangões nas colônias são influenciadas pelas condições ambientais do Semiárido Brasileiro e que as abelhas africanizadas realizam o pico de enxameação reprodutiva nas zonas urbanas no período do ano em que há maior disponibilidade de flores na região e quando a média de temperatura ambiental está amena. Isto nos leva crer que exista um ajuste comportamental das abelhas A. mellifera às condições climáticas da região, evitando condições adversas do clima local. Além disso constatamos que, apesar de serem generalistas, as abelhas africanizadas apresentam maior grau de exigência quando procuram um sítio para construção do ninho, ao invés de um local provisório apenas para pouso e descanso. Por outro lado, as abelhas escolhem alturas que as protejam dos ventos mais fortes, porém sem deixá-las vulneráveis à ação de inimigos naturais. Concluímos também que os enxames
    pequenos de abelhas africanizadas (até 20 mil abelhas) são pouco defensivos e que esta baixa defensividade se deva também ao adequado manejo dos enxames (uso de equipamentos apícolas, EPI, fumegador) o que facilita o trabalho de resgate das abelhas em locais urbanos mais populosos, tornando possível realizar capturas em áreas urbanas de forma mais segura.


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  • As abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) possuem elevado comportamento enxameatório e alta capacidade de adaptação, características que permitiram sua rápida propagação nas condições tropicais, no entanto, estas vem gerando problemas nas cidades brasileiras devido ao elevado risco de acidentes com pessoas e animais, uma vez que apresentam um forte instinto defensivo. Este trabalho foi realizado na Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA em Mossoró, com a colaboração do CETAPIS-RN, Centro tecnológico de Apicultura e Meliponicultura do Rio Grande do Norte e teve como principal objetivo, avaliar as características de enxames silvestres de abelhas africanizadas em Mossoró/RN, com intuito de obter uma melhor compreensão da biologia dessas abelhas em áreas urbanas, entendendo os possíveis fatores envolvidos no processo de nidificação e  enxameação nas cidades da região semiárida do Nordeste do Brasil. Para isso, por meio de uma parceria entre a UFERSA e a Corporação de Bombeiros Militar de Mossoró, 487 enxames foram notificados, oriundos de solicitações feitas pela comunidade local durante o período de abril de 2015 a maio de 2018. A cada ocorrência, diversas informações sobre os enxames eram registrados como: data, endereço, altura e estrutura do local onde as abelhas estavam alojadas, ocorrência ou não de nidificação, posição de construção dos favos, estimativa do tamanho populacional do enxame, defensividade das abelhas e presença de rainha, realeiras, zangões e cria de zangões. Dados de precipitação pluviométrica, temperatura do ar, umidade relativa do ar, radiação solar e velocidade do vento foram obtidos com intuito de avaliar o efeito das variáveis climáticas sobre a enxameação e os aspectos reprodutivos dos enxames. Foi encontrada correlação negativa estatisticamente significante (r= -0,864) entre a temperatura do ar e a ocorrência de enxames. Os enxames foram encontrados em enorme quantidade de estruturas (arvores, pneus, cumeeiras de casas, etc) em locais abertos, no período com maior disponibilidade de flores e temperatura amena. Os resultados obtidos neste trabalho mostraram que nas zonas
    urbanas do semiárido nordestino, os enxames investem em reprodução e enxameação durante o ano inteiro, contudo, a criação de rainhas e de zangões é intensificada na estação chuvosa, enquanto o pico de enxameação ocorre entre o final da estação chuvosa e início da estação seca. A criação de realeiras e zangões nas colônias foram afetadas negativamente nos períodos de maior temperatura, radiação solar e velocidade do vento. Os enxames ocuparam uma enorme quantidade de estruturas e a maioria foram encontrados em locais abertos (enxame exposto), contudo, nos locais fechados (enxame protegido) houve maior predominância de colônias estabelecidas do que enxames não instalados ou provisórios. As abelhas demonstraram preferência por locais com altura menor que 4 metros e também priorizaram a construção de seus favos orientados direcionalmente no sentido leste/oeste. Em Mossoró-RN a maior frequência de enxames ocorre entre abril e setembro e a menor frequência entre outubro e março. Não houve diferença de frequência de enxames entre os períodos de chuvas e secas. Os enxames geralmente apresentavam-se com população de até 20 mil abelhas e com comportamento
    de baixa defensividade. Concluímos que as produções naturais de rainhas e zangões nas colônias são influenciadas pelas condições ambientais do Semiárido Brasileiro e que as abelhas africanizadas realizam o pico de enxameação reprodutiva nas zonas urbanas no período do ano em que há maior disponibilidade de flores na região e quando a média de temperatura ambiental está amena. Isto nos leva crer que exista um ajuste comportamental das abelhas A. mellifera às condições climáticas da região, evitando condições adversas do clima local. Além disso constatamos que, apesar de serem generalistas, as abelhas africanizadas apresentam maior grau de exigência quando procuram um sítio para construção do ninho, ao invés de um local provisório apenas para pouso e descanso. Por outro lado, as abelhas escolhem alturas que as protejam dos ventos mais fortes, porém sem deixá-las vulneráveis à ação de inimigos naturais. Concluímos também que os enxames
    pequenos de abelhas africanizadas (até 20 mil abelhas) são pouco defensivos e que esta baixa defensividade se deva também ao adequado manejo dos enxames (uso de equipamentos apícolas, EPI, fumegador) o que facilita o trabalho de resgate das abelhas em locais urbanos mais populosos, tornando possível realizar capturas em áreas urbanas de forma mais segura.

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  • LARA BARBOSA DE SOUZA
  • POTENCIAL DE CONSERVAÇÃO DE QUEIJO COALHO COM O USO DE COBERTURA A BASE DE SORO E CONSERVANTE NATURAL E SINTÉTICO

  • Orientador : JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • ANA CARLA DIOGENES SUASSUNA BEZERRA
  • EDNA MARIA MENDES AROUCHA
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • Data: 27/04/2020

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  • O queijo coalho é um derivado lácteo rico em nutrientes, com proteínas de alto valor biológico, caracterizado como de média a alta umidade, textura macia e levemente ácido. Essas condições podem favorecer à contaminação microbiana. Da sua produção, é o obtido o resíduo soro de queijo. O revestimento de alimentos, surge como ferramenta à tecnologia de conservação, na qaul filmes e coberturas podem prolongar as características de frescor do alimento. O objetivo do estudo foi desenvolver uma cobertura comestível à base de soro e verificar a influência na vida de prateleira do queijo coalho e o impacto do armazenamento refrigerado sobre as características organolépticas. Foram avaliadas amostras de queijo durante 20 dias de armazenamento refrigerado (5°C), avaliando seis formulações de revestimentos, realizando caracterização microbiológica, física e perfil de textura das amostras. Não foram detectados Salmonella e S.aures. A cor e o pH das amostras controle e queijos revestidos, não apresentaram diferenças significativas. O revestimento demonstrou potencial para aplicação como barreira à contaminantes em queijos, além de manter as características de frescor. Alterações na consistência da massa foram significantes após 15 dias de armazenamento refrigerado, e o queijo com o revestimento 1 (QR1) foi o de melhor maciez e mastigabilidade. A análise instrumental permite caracterizar o produto quanto sua qualidade e aceitabilidade, demonstrando que a cobertura comestível tem potencial e aplicabilidade na conservação de queijo coalho.


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  • O queijo coalho é um derivado lácteo rico em nutrientes, com proteínas de alto valor biológico, caracterizado como de média a alta umidade, textura macia e levemente ácido. Essas condições podem favorecer à contaminação microbiana. Da sua produção, é o obtido o resíduo soro de queijo. O revestimento de alimentos, surge como ferramenta à tecnologia de conservação, na qaul filmes e coberturas podem prolongar as características de frescor do alimento. O objetivo do estudo foi desenvolver uma cobertura comestível à base de soro e verificar a influência na vida de prateleira do queijo coalho e o impacto do armazenamento refrigerado sobre as características organolépticas. Foram avaliadas amostras de queijo durante 20 dias de armazenamento refrigerado (5°C), avaliando seis formulações de revestimentos, realizando caracterização microbiológica, física e perfil de textura das amostras. Não foram detectados Salmonella e S.aures. A cor e o pH das amostras controle e queijos revestidos, não apresentaram diferenças significativas. O revestimento demonstrou potencial para aplicação como barreira à contaminantes em queijos, além de manter as características de frescor. Alterações na consistência da massa foram significantes após 15 dias de armazenamento refrigerado, e o queijo com o revestimento 1 (QR1) foi o de melhor maciez e mastigabilidade. A análise instrumental permite caracterizar o produto quanto sua qualidade e aceitabilidade, demonstrando que a cobertura comestível tem potencial e aplicabilidade na conservação de queijo coalho.

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  • HERBSTER RANIELLE LIRA DE CARVALHO
  • ANÁLISE REMOTA DAS CONCENTRAÇÕES DE CLOROFILA- A E CARBONO ORGÂNICO TOTAL E ESTIMATIVAS DAS EMISSÕES NATURAIS E ANTRÓPICAS DE NUTRIENTES EM RESERVATÓRIOS E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO

  • Orientador : GUSTAVO HENRIQUE GONZAGA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GUSTAVO HENRIQUE GONZAGA DA SILVA
  • GUELSON BATISTA DA SILVA
  • LUIS CESAR DE AQUINO LEMOS FILHO
  • ANTONIO FERNANDO MONTEIRO CAMARGO
  • RODRIGO GUIMARÃES DE CARVALHO
  • Data: 29/04/2020

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  • Entre as atividades aquícolas, a piscicultura é a de maior ocorrência nos reservatórios do nordeste do Brasil, e também a que mais contribui para a deterioração da qualidade da água desses reservatórios. Sendo assim, é de suma importância o desenvolvimento de técnicas que possam facilitar o monitoramento da conservação da qualidade da água, não só com ênfase nas atividades aquícolas, mas também na manutenção da qualidade da
    água para o consumo humano e dessedentação animal. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivos: caracterizar as bacias de contribuição dos reservatórios estudados, tanto do ponto de vista morfométrico, quanto ao o uso e ocupação; estimar os aportes de nutrientes oriundos de emissões naturais e antrópicas; e analisar remotamente a distribuição de variáveis limnológicas opticamente ativas voltadas à análise qualidade da água desses reservatórios. Para tanto, foram realizadas bimestralmente, seis coletas de
    dados limnológicos, entre outubro de 2017 e janeiro de 2019, em dois reservatórios do semiárido potiguar, Umari e Mendubim, e caracterizadas suas respectivas bacias de contribuição. Os reservatórios apresentam bacias de contribuição exorreicas, com formato predominantemente alongado, baixa tendência a enchentes, redes de drenagem com baixas densidade, declividade e velocidade de escoamento, formadas por substratos
    permeáveis; tendo como principais atividades a agricultura e a pecuária. Estima-se que esses reservatórios recebam anualmente cargas de nitrogênio e fósforo em torno, respectivamente, de 588 t.ano-1 e 136 t.ano-1 para Umari, e de 329 t.ano-1 e 106 t.ano-1 para Mendubim, sendo as principais fontes naturais de nitrogênio e fósforo a denudação físico-química do solo e a deposição atmosférica, e antrópicas a pecuária e a agricultura. A
    distribuição da variáveis limnológicas opticamente ativas, Clorofila a (Chl-a) e Carbono orgânico total (COT) foram analisadas utilizando imagens do sensor OLI/ Landsat 8, para tanto foram desenvolvidos modelos de regressão linear entre combinações das bandas B2 a B6 das imagens Landsat e as concentrações de clorofila e carbono estimadas em laboratório oriundas das coleta de campo, afim de recuperar valores de concentração dessa variáveis a partir dos dados espectrais dessas imagens. De acordo com índice de estado trófico os reservatórios foram Umari e Mendubim foram classificados, respectivamente, como mesotrófico (IET= 49,74) e Eutrófico (IET=54,14). Verificou-se uma correlação elevada entre os dados espectrais do sensor LS8/OLI e as concentrações de Chl-a (R²=0,74) e COT (r²=0,70). A recuperação das concentrações de Chl-a e COT estimadas
    partir de dados espectrais mostrou-se eficiente. O presente estudo não pretender findar, e sim, dar mais uma contribuição ao estudo do tema. 


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  • Entre as atividades aquícolas, a piscicultura é a de maior ocorrência nos reservatórios do nordeste do Brasil, e também a que mais contribui para a deterioração da qualidade da água desses reservatórios. Sendo assim, é de suma importância o desenvolvimento de técnicas que possam facilitar o monitoramento da conservação da qualidade da água, não só com ênfase nas atividades aquícolas, mas também na manutenção da qualidade da
    água para o consumo humano e dessedentação animal. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivos: caracterizar as bacias de contribuição dos reservatórios estudados, tanto do ponto de vista morfométrico, quanto ao o uso e ocupação; estimar os aportes de nutrientes oriundos de emissões naturais e antrópicas; e analisar remotamente a distribuição de variáveis limnológicas opticamente ativas voltadas à análise qualidade da água desses reservatórios. Para tanto, foram realizadas bimestralmente, seis coletas de
    dados limnológicos, entre outubro de 2017 e janeiro de 2019, em dois reservatórios do semiárido potiguar, Umari e Mendubim, e caracterizadas suas respectivas bacias de contribuição. Os reservatórios apresentam bacias de contribuição exorreicas, com formato predominantemente alongado, baixa tendência a enchentes, redes de drenagem com baixas densidade, declividade e velocidade de escoamento, formadas por substratos
    permeáveis; tendo como principais atividades a agricultura e a pecuária. Estima-se que esses reservatórios recebam anualmente cargas de nitrogênio e fósforo em torno, respectivamente, de 588 t.ano-1 e 136 t.ano-1 para Umari, e de 329 t.ano-1 e 106 t.ano-1 para Mendubim, sendo as principais fontes naturais de nitrogênio e fósforo a denudação físico-química do solo e a deposição atmosférica, e antrópicas a pecuária e a agricultura. A
    distribuição da variáveis limnológicas opticamente ativas, Clorofila a (Chl-a) e Carbono orgânico total (COT) foram analisadas utilizando imagens do sensor OLI/ Landsat 8, para tanto foram desenvolvidos modelos de regressão linear entre combinações das bandas B2 a B6 das imagens Landsat e as concentrações de clorofila e carbono estimadas em laboratório oriundas das coleta de campo, afim de recuperar valores de concentração dessa variáveis a partir dos dados espectrais dessas imagens. De acordo com índice de estado trófico os reservatórios foram Umari e Mendubim foram classificados, respectivamente, como mesotrófico (IET= 49,74) e Eutrófico (IET=54,14). Verificou-se uma correlação elevada entre os dados espectrais do sensor LS8/OLI e as concentrações de Chl-a (R²=0,74) e COT (r²=0,70). A recuperação das concentrações de Chl-a e COT estimadas
    partir de dados espectrais mostrou-se eficiente. O presente estudo não pretender findar, e sim, dar mais uma contribuição ao estudo do tema. 

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  • PARMENEDES DIAS DE BRITO
  • EFEITO DE EXTRATOS DE PRÓPOLIS VERDE E GEOPRÓPOLIS NA VIABILIDADE DE TRANSPLANTES ALOGÊNICO E AUTÓLOGOS, CICATRIZAÇÃO E NO PROCESSO INFLAMATÓRIO AGUDO E CRÔNICO EM RATOS (Rattus norvegicus)

  • Orientador : CARLOS IBERE ALVES FREITAS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS IBERE ALVES FREITAS
  • JAEL SOARES BATISTA
  • KATIA PERES GRAMACHO
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • WIRTON PEIXOTO COSTA
  • Data: 30/06/2020

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  • A própolis e a geoprópolis são produtos resinosos elaborados a partir de exsudatos, óleos e resinas colhidas das plantas, aos quais são adicionados enzimas salivares, pólen, cera e, na geoprópolis, terra. O resultado é um produto conhecido e utilizado por populares devido às propriedades medicinais. Objetivou-se avaliar o efeito do extrato hidroalcoólico de própolis verde, geoprópolis de abelha canudo e geoprópolis de abelha jandaíra sobre a inflamação aguda, inflamação crônica, cicatrização e transplante cutâneo autogênico e autólogo em ratos wistar. Para tanto, foram utilizados 36 ratos adultos, de ambos os sexos, distribuídos em cinco grupos: extrato hidroalcoólico de própolis verde (EHPv); extrato de geoprópolis de abelha canudo (EHG-Can); extrato de geoprópolis de abelha Jandaíra (EHG-Jan); fármaco registrado como grupo controle positivo (GC+); apenas veículo como controle negativo (GC-). A inflamação aguda foi induzida por carragenina a 1% (n = 36), a inflamação crônica foi realizado por corpo estranho (lamínula de vidro) (n = 16) e a cicatrização foi acompanhada a partir de ferida circular de 8mm de diâmetro (n = 16). Os transplantes (n = 20) foram feitos com a incisão e realocação de dois enxertos cutâneos quadrados (1cm2), um para autoenxerto e outro para aloenxerto, respectivamente. Sobre o teor de flavonoides, o grupo EHG-Jan apresentou a maior quantidade (p<0,05), EHPv quantidade intermediária e o EHG-Can a menor. Verificou-se um efeito positivo antiedematoso pronunciado do EHPv, moderado efeito nos grupos EHG-Can e EHG-Jan. Na inflamação crônica, o grupo EHG-Jan destacou-se por acelerar a formação do granuloma quando comparado aos demais extratos. Houve aceleração da cicatrização por efeito dos extratos em 18 dias, os animais dos grupos EHPv e EHG-Can em 16 dias já apresentavam cicatrizes com reepitelização completa. Os extratos aumentaram a proteção das áreas lesionadas e induziram discreto retardo nos fenômenos desvitalizantes dos enxertos autólogos. No transplante alogênico percebeu-se discreto retardo na rejeição, havendo indução de reepitelização, com pior aspecto macroscópico do grupo EHG-Jan, em contrapartida os aloenxertos deste grupo apresentaram a reepitelização mais avançada dentre os tratamentos. Os extratos hidroalcoólicos de própolis e geoprópolis apresentaram efeitos positivos sobre o processo inflamatório agudo e crônico, na cicatrização e nos transplantes cutâneos de ratos wistar.


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  • A própolis e a geoprópolis são produtos resinosos elaborados a partir de exsudatos, óleos e resinas colhidas das plantas, aos quais são adicionados enzimas salivares, pólen, cera e, na geoprópolis, terra. O resultado é um produto conhecido e utilizado por populares devido às propriedades medicinais. Objetivou-se avaliar o efeito do extrato hidroalcoólico de própolis verde, geoprópolis de abelha canudo e geoprópolis de abelha jandaíra sobre a inflamação aguda, inflamação crônica, cicatrização e transplante cutâneo autogênico e autólogo em ratos wistar. Para tanto, foram utilizados 36 ratos adultos, de ambos os sexos, distribuídos em cinco grupos: extrato hidroalcoólico de própolis verde (EHPv); extrato de geoprópolis de abelha canudo (EHG-Can); extrato de geoprópolis de abelha Jandaíra (EHG-Jan); fármaco registrado como grupo controle positivo (GC+); apenas veículo como controle negativo (GC-). A inflamação aguda foi induzida por carragenina a 1% (n = 36), a inflamação crônica foi realizado por corpo estranho (lamínula de vidro) (n = 16) e a cicatrização foi acompanhada a partir de ferida circular de 8mm de diâmetro (n = 16). Os transplantes (n = 20) foram feitos com a incisão e realocação de dois enxertos cutâneos quadrados (1cm2), um para autoenxerto e outro para aloenxerto, respectivamente. Sobre o teor de flavonoides, o grupo EHG-Jan apresentou a maior quantidade (p<0,05), EHPv quantidade intermediária e o EHG-Can a menor. Verificou-se um efeito positivo antiedematoso pronunciado do EHPv, moderado efeito nos grupos EHG-Can e EHG-Jan. Na inflamação crônica, o grupo EHG-Jan destacou-se por acelerar a formação do granuloma quando comparado aos demais extratos. Houve aceleração da cicatrização por efeito dos extratos em 18 dias, os animais dos grupos EHPv e EHG-Can em 16 dias já apresentavam cicatrizes com reepitelização completa. Os extratos aumentaram a proteção das áreas lesionadas e induziram discreto retardo nos fenômenos desvitalizantes dos enxertos autólogos. No transplante alogênico percebeu-se discreto retardo na rejeição, havendo indução de reepitelização, com pior aspecto macroscópico do grupo EHG-Jan, em contrapartida os aloenxertos deste grupo apresentaram a reepitelização mais avançada dentre os tratamentos. Os extratos hidroalcoólicos de própolis e geoprópolis apresentaram efeitos positivos sobre o processo inflamatório agudo e crônico, na cicatrização e nos transplantes cutâneos de ratos wistar.

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  • ALANA AZEVEDO BORGES
  • ESTABELECIMENTO DE CARIOPLASTOS E CITOPLASTOS DE CATETOS, Pecari tajacu (LINNAEUS, 1758), VISANDO A CLONAGEM POR TRANSFERÊNCIA NUCLEAR DE CÉLULA SOMÁTICA EM TAIASSUÍDEOS

  • Orientador : ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • CARLOS EDUARDO AMBRÓSIO
  • MARCELO BERTOLINI
  • Data: 28/07/2020

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  • O direcionamento dos primeiros passos para a realização da transferência nuclear de células somáticas (TNCS) em catetos garantirá uma ferramenta efetiva na conservação da espécie, perante sua acelerada diminuição populacional e sua atividade ecológica indispensável para o ecossistema. Para tanto, a presente tese foi dividida em duas etapas (três experimentos por etapa), sendo a primeira etapa o estudo das células doadoras de núcleo ou carioplastos e a segunda etapa, o estudo das células doadoras de citoplasma ou citoplastos. Assim, diante da importância de carioplastos de qualidade reconhecida para a TNCS, nós inicialmente estabelecemos cinco linhagens de fibroblastos de catetos, monitorando a viabilidade, atividade metabólica e estresse oxidativo, de acordo com os efeitos do número de passagens (primeira, terceira e décima) e criopreservação. Embora não haja efeito desses critérios sobre a viabilidade, células em décima passagem tiveram uma redução de seu metabolismo. Adicionalmente, células congeladas/descongeladas tiveram um aumento no número de espécies reativas de oxigênio e potencial de membrana mitocondrial. Além disso, sabendo da importância de manter estas células armazenadas em um biobanco de maneira adequada, nós otimizamos a solução crioprotetora utilizada na congelação lenta de fibroblastos de catetos. Deste modo, a solução composta por 10% de dimetilsulfóxido (DMSO) com 0,2 M de sacarose e 50% de soro fetal bovino (SFB) foi considerada a solução mais eficiente em manter a viabilidade, atividade proliferativa, metabolismo e níveis adequados de estresse oxidativo de células somáticas de catetos, quando comparada a soluções na ausência de sacarose e com 10% de SFB em diferentes combinações. Finalmente, um passo essencial no estabelecimento dos carioplastos para a TNCS consiste na sincronização das células em G0/G1 do ciclo celular. Deste modo, nós avaliamos diferentes métodos de sincronização do ciclo celular: (i) supressão de soro (SS) por um a quatro dias, (ii) inibição por contato (IC) por um a três dias e (iii) agentes químicos [DMSO, 6-dimetilaminopurina (6-DMAP), ciclohexamida (CHX), e citocalasina B (CB)] por um a dois dias, em termos de seus efeitos sobre a sincronização em G0/G1 e viabilidade. Assim, nós observamos que a IC por três dias foi o método mais eficiente para sincronização do ciclo celular e manutenção da viabilidade de fibroblastos de catetos. Portanto, com estes três experimentos, nós estabelecemos a etapa de carioplastos da TNCS de catetos, obtendo células de qualidade e aptas a serem usadas como doadoras de núcleo. Na segunda etapa, nós, inicialmente, adequamos as condições de maturação in vitro (MIV) de oócitos de catetos, avaliando o tempo de MIV e o efeito do fator de crescimento epidermal (EGF) sobre a habilidade meiótica. Assim, nós concluímos que 48 h é o período adequado para a MIV de oócitos quando comparado ao tempo de 24 h, de acordo com o potencial meiótico. Ainda, observou-se que o EGF pode ser utilizado para otimizar o meio de MIV. Finalmente, no terceiro experimento, nós avaliamos a habilidade de desenvolvimento destes oócitos após ativação artificial, usando a ionomicina como ativador primário e comparando diferentes ativadores secundários (6-DMAP, CHX e CB). Nós verificamos que a ativação química usando ionomicina e 6-DMAP foi a mais eficiente combinação, tendo esta tese alcançado como resultado significativo, uma taxa de 27,6% de blastocistos de catetos derivados da ativação oocitária artificial. Em síntese, nós obtivemos carioplastos e citoplastos que poderão ser empregados na TNCS de catetos, deixando a ponto as etapas fundamentais para a clonagem desta espécie. Ainda, destaca-se que os conhecimentos aqui gerados poderão ser aplicados em estudos de fecundação in vitro, compreensão do desenvolvimento embrionário, produção de células induzidas à pluripotência, e ensaios de toxicidade. Portanto, este trabalho foi um grande passo para a conservação de catetos.


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  • O direcionamento dos primeiros passos para a realização da transferência nuclear de células somáticas (TNCS) em catetos garantirá uma ferramenta efetiva na conservação da espécie, perante sua acelerada diminuição populacional e sua atividade ecológica indispensável para o ecossistema. Para tanto, a presente tese foi dividida em duas etapas (três experimentos por etapa), sendo a primeira etapa o estudo das células doadoras de núcleo ou carioplastos e a segunda etapa, o estudo das células doadoras de citoplasma ou citoplastos. Assim, diante da importância de carioplastos de qualidade reconhecida para a TNCS, nós inicialmente estabelecemos cinco linhagens de fibroblastos de catetos, monitorando a viabilidade, atividade metabólica e estresse oxidativo, de acordo com os efeitos do número de passagens (primeira, terceira e décima) e criopreservação. Embora não haja efeito desses critérios sobre a viabilidade, células em décima passagem tiveram uma redução de seu metabolismo. Adicionalmente, células congeladas/descongeladas tiveram um aumento no número de espécies reativas de oxigênio e potencial de membrana mitocondrial. Além disso, sabendo da importância de manter estas células armazenadas em um biobanco de maneira adequada, nós otimizamos a solução crioprotetora utilizada na congelação lenta de fibroblastos de catetos. Deste modo, a solução composta por 10% de dimetilsulfóxido (DMSO) com 0,2 M de sacarose e 50% de soro fetal bovino (SFB) foi considerada a solução mais eficiente em manter a viabilidade, atividade proliferativa, metabolismo e níveis adequados de estresse oxidativo de células somáticas de catetos, quando comparada a soluções na ausência de sacarose e com 10% de SFB em diferentes combinações. Finalmente, um passo essencial no estabelecimento dos carioplastos para a TNCS consiste na sincronização das células em G0/G1 do ciclo celular. Deste modo, nós avaliamos diferentes métodos de sincronização do ciclo celular: (i) supressão de soro (SS) por um a quatro dias, (ii) inibição por contato (IC) por um a três dias e (iii) agentes químicos [DMSO, 6-dimetilaminopurina (6-DMAP), ciclohexamida (CHX), e citocalasina B (CB)] por um a dois dias, em termos de seus efeitos sobre a sincronização em G0/G1 e viabilidade. Assim, nós observamos que a IC por três dias foi o método mais eficiente para sincronização do ciclo celular e manutenção da viabilidade de fibroblastos de catetos. Portanto, com estes três experimentos, nós estabelecemos a etapa de carioplastos da TNCS de catetos, obtendo células de qualidade e aptas a serem usadas como doadoras de núcleo. Na segunda etapa, nós, inicialmente, adequamos as condições de maturação in vitro (MIV) de oócitos de catetos, avaliando o tempo de MIV e o efeito do fator de crescimento epidermal (EGF) sobre a habilidade meiótica. Assim, nós concluímos que 48 h é o período adequado para a MIV de oócitos quando comparado ao tempo de 24 h, de acordo com o potencial meiótico. Ainda, observou-se que o EGF pode ser utilizado para otimizar o meio de MIV. Finalmente, no terceiro experimento, nós avaliamos a habilidade de desenvolvimento destes oócitos após ativação artificial, usando a ionomicina como ativador primário e comparando diferentes ativadores secundários (6-DMAP, CHX e CB). Nós verificamos que a ativação química usando ionomicina e 6-DMAP foi a mais eficiente combinação, tendo esta tese alcançado como resultado significativo, uma taxa de 27,6% de blastocistos de catetos derivados da ativação oocitária artificial. Em síntese, nós obtivemos carioplastos e citoplastos que poderão ser empregados na TNCS de catetos, deixando a ponto as etapas fundamentais para a clonagem desta espécie. Ainda, destaca-se que os conhecimentos aqui gerados poderão ser aplicados em estudos de fecundação in vitro, compreensão do desenvolvimento embrionário, produção de células induzidas à pluripotência, e ensaios de toxicidade. Portanto, este trabalho foi um grande passo para a conservação de catetos.

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  • GERMANA GUIMARÃES REBOUÇAS
  • MARCADORES MOLECULARES NA IDENTIFICAÇÃO DE VARIANTES GENOTÍPICAS DO VÍRUS DA SÍNDROME DA MANCHA BRANCA EM CAMARÕES Litopenaeus vannamei CULTIVADOS NO ESTADO DO CEARÁ

  • Orientador : SIDNEI MIYOSHI SAKAMOTO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • IONÁ SANTOS ARAÚJO HOLANDA
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • KARINA RIBEIRO
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • SIDNEI MIYOSHI SAKAMOTO
  • Data: 31/08/2020

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  • A Carcinicultura no Brasil é uma atividade bastante rentável, entretanto é muito sensível a surtos de doenças que se apresentam como um dos principais entraves para o seu crescimento econômico. Com destaque para a Doença da Síndrome da Mancha Branca (WSSD), cujo agente causador é o Vírus da Síndrome da Mancha Branca (WSSV) que devido a sua elevada morbidade e mortalidade, vêm acometendo quase todos os cultivos de camarões no mundo. Assim, sendo o Estado do Ceará um dos principais produtores de camarão do Brasil, e o WSSV ter afetado severamente suas fazendas de cultivo no ano de 2016, este trabalho objetivou estudar a incidência e a variabilidade genética do WSSV em fazendas do Estado do Ceará, após o surto de 2016. Este estudo foi organizado em três etapas, estruturados em capítulos e com objetivos complementares. O primeiro capítulo é constituído pela construção de um referencial teórico, no segundo capítulo é relatado a caracterização das fazendas em estudo, bem como a influência de parâmetros de cultivo na incidência de WSSV. No capítulo três, está descrita a detecção de amostras positivas para o WSSV e o uso de marcadores moleculares para caracterizá-las, comparando-as em seguida com isolados de outras regiões geográficas. Por fim, o capítulo quatro realiza uma análise in sílico das regiões gênicas amplificadas nas amostras discutidas no capítulo três, buscando estudar as regiões variáveis do genoma do WSSV através de análises de mutações, inserções e SNPs, além de analisar as similaridades evolutivas traçando um perfil filogenético. Dessa forma, este trabalho trás dados relevantes sobre as variantes do WSSV circulantes no Estado do Ceará, contribuindo para levantar informações, ainda limitadas, sobre a incidência desse vírus na região Nordeste do Brasil.


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  • A Carcinicultura no Brasil é uma atividade bastante rentável, entretanto é muito sensível a surtos de doenças que se apresentam como um dos principais entraves para o seu crescimento econômico. Com destaque para a Doença da Síndrome da Mancha Branca (WSSD), cujo agente causador é o Vírus da Síndrome da Mancha Branca (WSSV) que devido a sua elevada morbidade e mortalidade, vêm acometendo quase todos os cultivos de camarões no mundo. Assim, sendo o Estado do Ceará um dos principais produtores de camarão do Brasil, e o WSSV ter afetado severamente suas fazendas de cultivo no ano de 2016, este trabalho objetivou estudar a incidência e a variabilidade genética do WSSV em fazendas do Estado do Ceará, após o surto de 2016. Este estudo foi organizado em três etapas, estruturados em capítulos e com objetivos complementares. O primeiro capítulo é constituído pela construção de um referencial teórico, no segundo capítulo é relatado a caracterização das fazendas em estudo, bem como a influência de parâmetros de cultivo na incidência de WSSV. No capítulo três, está descrita a detecção de amostras positivas para o WSSV e o uso de marcadores moleculares para caracterizá-las, comparando-as em seguida com isolados de outras regiões geográficas. Por fim, o capítulo quatro realiza uma análise in sílico das regiões gênicas amplificadas nas amostras discutidas no capítulo três, buscando estudar as regiões variáveis do genoma do WSSV através de análises de mutações, inserções e SNPs, além de analisar as similaridades evolutivas traçando um perfil filogenético. Dessa forma, este trabalho trás dados relevantes sobre as variantes do WSSV circulantes no Estado do Ceará, contribuindo para levantar informações, ainda limitadas, sobre a incidência desse vírus na região Nordeste do Brasil.

2019
Dissertações
1
  • SAMARA SANDY JERÔNIMO MOREIRA
  • INFLUÊNCIA DO PERÍODO CLIMÁTICA SOBRE OS CONSTITUINTES BIOQUÍMICOS DO PLASMA SEMINAL DE CATETOS (Pecari tacaju Linnaeus, 1758) CRIADOS EM REGIÃO SEMIÁRIDA.

  • Orientador : ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • ANNICE AQUINO CORTEZ
  • Data: 19/02/2019

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  • O cateto é um tayassuídeo abundante na fauna sul-americana, de grande potencial ecológico e econômico. A fim de estender o conhecimento a respeito da sua biologia reprodutiva, estudou-se a influência dos períodos climáticos em um clima semiárido sobre seus parâmetros seminais e perfil bioquímico do plasma seminal. Para isso, o ejaculado de 12 machos adultos foi obtido por eletroejaculação durante o período seco (setembro a novembro de 2017) e chuvoso (fevereiro a abril de 2018) e em seguida analisados quanto ao volume, concentração, motilidade, funcionalidade da membrana, integridade da membrana, estado de
    condensação da cromatina, morfologia espermática e pH. Para análise bioquímica, as amostras foram centrifugadas a 385 ×g por 10 minutos e o sobrenadante armazenado a -20°C até análise, no qual foram aquecidos a 25°C por 2 minutos e analisados por meio de kits bioquímicos comerciais, cujas absorbâncias foram mensuradas em espectrofotômetro mediante os comprimentos de ondas sugeridos por cada kit. Os resultados foram expressos em média e erro padrão e comparados por ANOVA seguida do teste de Tukey (Pparâmetros espermáticos e bioquímicos foram correlacionados entre si através da correlação de Spearman (p60,6 espermatozoides/mL, 58,5 ± 9,1% de espermatozoides móveis, 80,3 ± 2,9% de espermatozoides com membrana funcional, 81,8 ± 1,3% de espermatozoides com membrana íntegra, 99,1 ± 0,3% de espermatozoides com cromatina condensada, 72,1 ± 7,1% espermatozoides normais e pH 8,5 ± 0,3. Quanto ao perfil bioquímico, não foram identificadas diferenças (P>0,05) entre as estações para vários constituintes do plasma seminal, com valores de 140,8 ± 36,03 mg/dL e 169,7 ± 19,9 mg/dL para ácido cítrico, 152,3
    ± 33,65 mg/dL e 332,0 ± 99,6 mg/dL para colesterol, 8,0 ± 2,26 g/dL e 7,0 ± 1,5 g/dL para proteínas totais, 5,7 ± 0,5 mg/dL e 5,9 ± 0,24 mg/dL para magnésio, 315,6 ± 103,94 mEq/L e 271,3 ± 45,57 mEq/L para cloretos, 9,4 ± 3,26 g/dL e 3,0 ± 0,64 g/dL para albumina e 12,3 ± 5,0 mg/dL e 75,1 ± 39,53 mg/dL para fósforo, 210,9 ± 93,9 μg/dL e 423,2 ± 228,1 μg/dL para o ferro e 403,6 ± 117,6 mmol/L e 198,4 ± 108,0 mmol/L para frutosamina, obtidos durante as estações seca e chuvosa, respectivamente. Por outro lado, a frutose (115,7 ± 44,2 mg/dL/ 849,2 ± 142,6 mg/dL) e o cálcio (15,6 ± 5,09 mg/dL/32,3 ± 5,3 mg/dL) foram
    significativamente mais predominantes no período chuvoso (P


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  • O cateto é um tayassuídeo abundante na fauna sul-americana, de grande potencial ecológico e econômico. A fim de estender o conhecimento a respeito da sua biologia reprodutiva, estudou-se a influência dos períodos climáticos em um clima semiárido sobre seus parâmetros seminais e perfil bioquímico do plasma seminal. Para isso, o ejaculado de 12 machos adultos foi obtido por eletroejaculação durante o período seco (setembro a novembro de 2017) e chuvoso (fevereiro a abril de 2018) e em seguida analisados quanto ao volume, concentração, motilidade, funcionalidade da membrana, integridade da membrana, estado de
    condensação da cromatina, morfologia espermática e pH. Para análise bioquímica, as amostras foram centrifugadas a 385 ×g por 10 minutos e o sobrenadante armazenado a -20°C até análise, no qual foram aquecidos a 25°C por 2 minutos e analisados por meio de kits bioquímicos comerciais, cujas absorbâncias foram mensuradas em espectrofotômetro mediante os comprimentos de ondas sugeridos por cada kit. Os resultados foram expressos em média e erro padrão e comparados por ANOVA seguida do teste de Tukey (Pparâmetros espermáticos e bioquímicos foram correlacionados entre si através da correlação de Spearman (p60,6 espermatozoides/mL, 58,5 ± 9,1% de espermatozoides móveis, 80,3 ± 2,9% de espermatozoides com membrana funcional, 81,8 ± 1,3% de espermatozoides com membrana íntegra, 99,1 ± 0,3% de espermatozoides com cromatina condensada, 72,1 ± 7,1% espermatozoides normais e pH 8,5 ± 0,3. Quanto ao perfil bioquímico, não foram identificadas diferenças (P>0,05) entre as estações para vários constituintes do plasma seminal, com valores de 140,8 ± 36,03 mg/dL e 169,7 ± 19,9 mg/dL para ácido cítrico, 152,3
    ± 33,65 mg/dL e 332,0 ± 99,6 mg/dL para colesterol, 8,0 ± 2,26 g/dL e 7,0 ± 1,5 g/dL para proteínas totais, 5,7 ± 0,5 mg/dL e 5,9 ± 0,24 mg/dL para magnésio, 315,6 ± 103,94 mEq/L e 271,3 ± 45,57 mEq/L para cloretos, 9,4 ± 3,26 g/dL e 3,0 ± 0,64 g/dL para albumina e 12,3 ± 5,0 mg/dL e 75,1 ± 39,53 mg/dL para fósforo, 210,9 ± 93,9 μg/dL e 423,2 ± 228,1 μg/dL para o ferro e 403,6 ± 117,6 mmol/L e 198,4 ± 108,0 mmol/L para frutosamina, obtidos durante as estações seca e chuvosa, respectivamente. Por outro lado, a frutose (115,7 ± 44,2 mg/dL/ 849,2 ± 142,6 mg/dL) e o cálcio (15,6 ± 5,09 mg/dL/32,3 ± 5,3 mg/dL) foram
    significativamente mais predominantes no período chuvoso (P

2
  • ÉRIKA ALMEIDA PRAXEDES
  • Descrição histológica, cultivo in vitro de fibroblastos e criopreservação da pele do pavilhão auricular de onça-pintada, Panthera onca (Linnaeus, 1758).

  • Orientador : ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • JOSÉ ROBERTO VIANA SILVA
  • Data: 22/02/2019

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  • A onça-pintada é um carnívoro de elevada importância ecológica e econômica para a biodiversidade mundial. Devido principalmente a ações antropogênicas, a população de onça-pintada tem sido reduzida, sendo necessário o desenvolvimento de estratégias, como a criopreservação de tecidos somáticos. Contudo, o emprego de técnicas de criopreservação depende do conhecimento das características histológicas e celulares dos tecidos em estudo. Portanto, os objetivos foram descrever histologicamente por técnicas histológicas e por cultivo in vitro a pele do pavilhão auricular apical (Etapa 1) e comparar três técnicas de criopreservação [congelação lenta (CL), vitrificação direta em criotubos (VDC) e vitrificação em superfície sólida (VSS)] sobre a conservação dessas amostras de onça-pintada (Etapa 2). Para tanto, fragmentos foram recuperados de cinco animais oriundos de zoológicos do Brasil. Na primeira etapa, amostras de apenas dois animais, sendo um de pelagem amarela e outro de pelagem preta, foram avaliadas quanto à espessura da pele, quantificação e distribuição das células, percentual de matriz colágena, atividade proliferativa e viabilidade dos tecidos após cultivo. Para a segunda etapa, fragmentos foram criopreservados por CL, VDC ou VSS, e comparados com fragmentos não criopreservados (controle) quanto à espessura da pele, número de células, percentual de matriz colágena, e atividade proliferativa tecidual. Além disso, células resultantes dos fragmentos cultivados foram avaliadas quanto à morfologia, aderência, confluência, viabilidade, atividade proliferativa e metabólica. Assim, na primeira etapa, o estudo histomorfométrico mostrou uma espessura da pele total de 273,2 μm e 274,6 μm para onça pelagem amarela e preta, respectivamente. Além disso, melanócitos e fibroblastos para onça amarela foram de 9,3 e 23,0 e para onça preta foram de 11,3 e 26,8, respectivamente. Um percentual de matriz colágena de 67,0% e 49,0% foi observado para onça de pelagem amarela e preta, respectivamente. Adicionalmente, ambos os animais apresentaram uma atividade proliferativa celular variando de 1,20–1,30 e todos os fragmentos foram hábeis para promover o desprendimento celular, atingindo a subconfluência entre 10 a 15 dias. Na segunda etapa, todos os fragmentos criopreservados, independente da técnica empregada, mostraram uma redução na espessura da derme e da pele (P < 0,05). Embora uma matriz colágena similar ao grupo controle tenha sido observada somente para os fragmentos derivados dos grupos CL e VSS, todas as técnicas mantiveram o número de fibroblastos (P > 0,05). Além disso, VDC e VSS mantiveram a atividade proliferativa dos tecidos após o aquecimento. Após o cultivo, somente CL e VSS foram eficientes para a recuperação de células somáticas, de acordo com a maioria dos parâmetros avaliados, especialmente quanto à duração do cultivo e atividade metabólica celular. Em conclusão, a pele do pavilhão auricular de onça-pintada amarela e preta possui algumas variações em relação a outros mamíferos, quanto à espessura da pele, densidade de matriz colágena, e número de melanócitos e fibroblastos. Contudo, o padrão de crescimento celular foi similar a outros felídeos silvestres. Além disso, a VSS foi a técnica mais eficiente para a criopreservação de pele de onça-pintada, quando comparada a VDC e CL. Estes resultados irão contribuir para a formação de bancos de recursos somáticos desta espécie, direcionando a criopreservação adequada de amostras somáticas para aplicações em medicina regenerativa e tecnologias de reprodução assistida.


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  • A onça-pintada é um carnívoro de elevada importância ecológica e econômica para a biodiversidade mundial. Devido principalmente a ações antropogênicas, a população de onça-pintada tem sido reduzida, sendo necessário o desenvolvimento de estratégias, como a criopreservação de tecidos somáticos. Contudo, o emprego de técnicas de criopreservação depende do conhecimento das características histológicas e celulares dos tecidos em estudo. Portanto, os objetivos foram descrever histologicamente por técnicas histológicas e por cultivo in vitro a pele do pavilhão auricular apical (Etapa 1) e comparar três técnicas de criopreservação [congelação lenta (CL), vitrificação direta em criotubos (VDC) e vitrificação em superfície sólida (VSS)] sobre a conservação dessas amostras de onça-pintada (Etapa 2). Para tanto, fragmentos foram recuperados de cinco animais oriundos de zoológicos do Brasil. Na primeira etapa, amostras de apenas dois animais, sendo um de pelagem amarela e outro de pelagem preta, foram avaliadas quanto à espessura da pele, quantificação e distribuição das células, percentual de matriz colágena, atividade proliferativa e viabilidade dos tecidos após cultivo. Para a segunda etapa, fragmentos foram criopreservados por CL, VDC ou VSS, e comparados com fragmentos não criopreservados (controle) quanto à espessura da pele, número de células, percentual de matriz colágena, e atividade proliferativa tecidual. Além disso, células resultantes dos fragmentos cultivados foram avaliadas quanto à morfologia, aderência, confluência, viabilidade, atividade proliferativa e metabólica. Assim, na primeira etapa, o estudo histomorfométrico mostrou uma espessura da pele total de 273,2 μm e 274,6 μm para onça pelagem amarela e preta, respectivamente. Além disso, melanócitos e fibroblastos para onça amarela foram de 9,3 e 23,0 e para onça preta foram de 11,3 e 26,8, respectivamente. Um percentual de matriz colágena de 67,0% e 49,0% foi observado para onça de pelagem amarela e preta, respectivamente. Adicionalmente, ambos os animais apresentaram uma atividade proliferativa celular variando de 1,20–1,30 e todos os fragmentos foram hábeis para promover o desprendimento celular, atingindo a subconfluência entre 10 a 15 dias. Na segunda etapa, todos os fragmentos criopreservados, independente da técnica empregada, mostraram uma redução na espessura da derme e da pele (P < 0,05). Embora uma matriz colágena similar ao grupo controle tenha sido observada somente para os fragmentos derivados dos grupos CL e VSS, todas as técnicas mantiveram o número de fibroblastos (P > 0,05). Além disso, VDC e VSS mantiveram a atividade proliferativa dos tecidos após o aquecimento. Após o cultivo, somente CL e VSS foram eficientes para a recuperação de células somáticas, de acordo com a maioria dos parâmetros avaliados, especialmente quanto à duração do cultivo e atividade metabólica celular. Em conclusão, a pele do pavilhão auricular de onça-pintada amarela e preta possui algumas variações em relação a outros mamíferos, quanto à espessura da pele, densidade de matriz colágena, e número de melanócitos e fibroblastos. Contudo, o padrão de crescimento celular foi similar a outros felídeos silvestres. Além disso, a VSS foi a técnica mais eficiente para a criopreservação de pele de onça-pintada, quando comparada a VDC e CL. Estes resultados irão contribuir para a formação de bancos de recursos somáticos desta espécie, direcionando a criopreservação adequada de amostras somáticas para aplicações em medicina regenerativa e tecnologias de reprodução assistida.

3
  • ALLISON FERREIRA DE LIMA
  • Revestimentos comestíveis a base de quitosona e extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis
    L.) e sua aplicabilidade na carne bovina.

  • Orientador : PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
  • Data: 22/02/2019

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  • O objetivo com esta pesquisa foi elaborar e avaliar revestimentos comestíveis a base de quitosona e extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis L.) e sua aplicabilidade na carne bovina. A princípio o estudo contou com a preparação dos extratos nas concentrações de 4% e 8%, além do preparo da mistura polimérica e, consequente imersão da carne nesse conteúdo para as análises: físicas (pH, cor, capacidade de retenção de água, perda de peso
    na cocção e força de cisalhamento), microbiológicas (coliformes termotolerantes a 45°C, mesófilos, psicrotróficos, Staphylococcus ssp. e detecção de Salmonella spp.) e atividade antioxidante (TBARS). Após essa etapa, avaliou-se as propriedades mecânicas, permeabilidade ao vapor de água (PVA), cor, transparência, solubilidade e absorção de
    umidade dos filmes. Os resultados das análises físicas, demonstram que houve efeito significativo (p


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  • O objetivo com esta pesquisa foi elaborar e avaliar revestimentos comestíveis a base de quitosona e extrato de alecrim (Rosmarinus officinalis L.) e sua aplicabilidade na carne bovina. A princípio o estudo contou com a preparação dos extratos nas concentrações de 4% e 8%, além do preparo da mistura polimérica e, consequente imersão da carne nesse conteúdo para as análises: físicas (pH, cor, capacidade de retenção de água, perda de peso
    na cocção e força de cisalhamento), microbiológicas (coliformes termotolerantes a 45°C, mesófilos, psicrotróficos, Staphylococcus ssp. e detecção de Salmonella spp.) e atividade antioxidante (TBARS). Após essa etapa, avaliou-se as propriedades mecânicas, permeabilidade ao vapor de água (PVA), cor, transparência, solubilidade e absorção de
    umidade dos filmes. Os resultados das análises físicas, demonstram que houve efeito significativo (p

4
  • MARIA ERICA DA SILVA OLIVEIRA
  • A RELAÇÃO UMIDADE/PROTEÍNA NO CAMARÃO BRANCO DO PACÍFICO Litopenaeus vannamei COMO UM PARÂMETRO DE IDENTIFICAÇÃO DE FRAUDE POR ADIÇÃO DE ÁGUA

  • Orientador : ALEX AUGUSTO GONCALVES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEX AUGUSTO GONCALVES
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • Data: 25/02/2019

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  • Considerando a flutuação de temperatura durante a cadeia fria na comercialização do pescado, onde o produto é submetido aos ciclos de congelamento e descongelamento, e as práticas comuns (importação e exportação), o objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia de vários aditivos alimentares umectantes na qualidade do camarão branco do Pacífico (L. vannamei) após dois ciclos de congelamento e descongelamento e, ao mesmo tempo, se a relação umidade-proteína de camarões frescos e congelados descongelados (tratados ou não com aditivos) pode ser útil em a identificação de fraudes econômicas por adição de água. Amostras de camarão foram submetidas aos seguintes tratamentos: Controle (C - camarão fresco); T1 (água destilada); T2 (5% NaCl); T3 (tripolifosfato de sódio a 5% TPF); T4 (5% CARNAL 961); T5 (5% NP-30); T6 (5% de BRIFISOL 450); e T7 (5% BRIFISOL S5). Todas as soluções foram feitas com água destilada (5ᵒC) e o tempo de imersão foi estabelecido em 60 min. Os ciclos de congelamento e descongelamento foram feitos da seguinte forma: parte das amostras tratadas foram submetidas ao 1º congelamento (-35ºC/24 h), armazenamento (-35ºC/15 dias), 1º descongelamento (5ºC/24 h), 2º congelamento (-35ºC/ 24 h), armazenamento (-35ºC/15 dias) e 2º descongelamento (5ºC/24h). Parte das amostras foram tratadas novamente com os mesmos aditivos após o primeiro descongelamento, e prosseguiram ao 2º congelamento, armazenamento e descongelamento. Após cada etapa, foi determinado o rendimento (%) e realizadas as análises físico-químicas (umidade, proteína, sódio, fosfato, pH e capacidade de retenção de água - CRA). Os aditivos mostraram-se eficientes no ganho de peso e redução de perda de peso das amostras. Para os valores de umidade, proteína e relação umidade-proteína (RUP), verificou-se que houve diferença significativa (p


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  • Considerando a flutuação de temperatura durante a cadeia fria na comercialização do pescado, onde o produto é submetido aos ciclos de congelamento e descongelamento, e as práticas comuns (importação e exportação), o objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia de vários aditivos alimentares umectantes na qualidade do camarão branco do Pacífico (L. vannamei) após dois ciclos de congelamento e descongelamento e, ao mesmo tempo, se a relação umidade-proteína de camarões frescos e congelados descongelados (tratados ou não com aditivos) pode ser útil em a identificação de fraudes econômicas por adição de água. Amostras de camarão foram submetidas aos seguintes tratamentos: Controle (C - camarão fresco); T1 (água destilada); T2 (5% NaCl); T3 (tripolifosfato de sódio a 5% TPF); T4 (5% CARNAL 961); T5 (5% NP-30); T6 (5% de BRIFISOL 450); e T7 (5% BRIFISOL S5). Todas as soluções foram feitas com água destilada (5ᵒC) e o tempo de imersão foi estabelecido em 60 min. Os ciclos de congelamento e descongelamento foram feitos da seguinte forma: parte das amostras tratadas foram submetidas ao 1º congelamento (-35ºC/24 h), armazenamento (-35ºC/15 dias), 1º descongelamento (5ºC/24 h), 2º congelamento (-35ºC/ 24 h), armazenamento (-35ºC/15 dias) e 2º descongelamento (5ºC/24h). Parte das amostras foram tratadas novamente com os mesmos aditivos após o primeiro descongelamento, e prosseguiram ao 2º congelamento, armazenamento e descongelamento. Após cada etapa, foi determinado o rendimento (%) e realizadas as análises físico-químicas (umidade, proteína, sódio, fosfato, pH e capacidade de retenção de água - CRA). Os aditivos mostraram-se eficientes no ganho de peso e redução de perda de peso das amostras. Para os valores de umidade, proteína e relação umidade-proteína (RUP), verificou-se que houve diferença significativa (p

5
  • HENRIQUE ALBANO NOGUEIRA GOMES
  • EFEITO DA PROTEÍNA MORFOGENÉTICA ÓSSEA 15(BMP15) NO CULTIVO IN SITU DE TECIDO OVARIANO DE CATETOS (Pecari tajacu LINNAEUS, 1958)

  • Orientador : MARCIA VIVIANE ALVES SARAIVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARCIA VIVIANE ALVES SARAIVA
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • RAFAEL ROSSETTO DE SOUSA
  • Data: 26/02/2019

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  • Os catetos são animais silvestres que possuem grande importância ecológica e potencial econômico. Assim, a fim de aumentar o potencial reprodutivo desta espécie, biotécnicas como cultivo in vitro de folículos pré-antrais vem sendo estudadas. Sabe-se que a foliculogênese préantral é regulada por fatores autócrinos e parácrinos em um mecanismo orquestrado que define o curso de desenvolvimento ou morte folicular. Entre esses fatores está a proteína morfogenética óssea 15 (BMP15), que atua na ativação, sobrevivência e desenvolvimento folicular em diferentes espécies. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de diferentes concentrações de BMP15 sobre a sobrevivência, ativação, crescimento e proliferação das células da granulosa de folículos pré-antrais de catetos cultivados in vitro por 6 dias. Para tanto, 5 pares de ovários foram coletados de fêmeas de cateto e de cada par foram retirados fragmentos do córtex, dos quais, um foi utilizado como controle fresco, e os demais foram cultivados in vitro por 1 ou 6 dias nos diferentes tratamentos: 0, 1, 25 e 50 ng/mL de BMP15. Os fragmentos do controle fresco e pós-cultivo foram fixados, processados para histologia clássica (hematoxilina/eosina e AgNOR) para a confecção das lâminas. Os folículos ovarianos foram avaliados quanto à morfologia, sendo classificados em normais ou degenerados e quanto ao grau de evolução, sendo classificados em primordiais ou em desenvolvimento (primários e secundários). Este último parâmetro foi utilizado para o estudo da ativação folicular, levando em consideração a razão entre o percentual de folículos primordiais e em desenvolvimento ao longo do cultivo. Além disso, os folículos e oócitos foram mensurados antes e após o cultivo para registrar o crescimento folicular e oocitário. A proliferação celular dos folículos ovarianos durante o cultivo foi avaliada pela contagem das regiões organizadoras nucleolares (NORs) pela técnica de AgNOR. Após o cultivo, a adição de BMP15 (25 ng/mL) ao meio resultou numa maior percentagem de folículos normais (79,67%± 0,69) quando comparada aos demais tratamentos (P0,05). Além disso, as concentrações mais elevadas de BMP15 (25 ng/ml e 50 ng/ml) estimularam a ativação dos foliculos primordiais em relação ao controle cultivado (P


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  • Os catetos são animais silvestres que possuem grande importância ecológica e potencial econômico. Assim, a fim de aumentar o potencial reprodutivo desta espécie, biotécnicas como cultivo in vitro de folículos pré-antrais vem sendo estudadas. Sabe-se que a foliculogênese préantral é regulada por fatores autócrinos e parácrinos em um mecanismo orquestrado que define o curso de desenvolvimento ou morte folicular. Entre esses fatores está a proteína morfogenética óssea 15 (BMP15), que atua na ativação, sobrevivência e desenvolvimento folicular em diferentes espécies. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de diferentes concentrações de BMP15 sobre a sobrevivência, ativação, crescimento e proliferação das células da granulosa de folículos pré-antrais de catetos cultivados in vitro por 6 dias. Para tanto, 5 pares de ovários foram coletados de fêmeas de cateto e de cada par foram retirados fragmentos do córtex, dos quais, um foi utilizado como controle fresco, e os demais foram cultivados in vitro por 1 ou 6 dias nos diferentes tratamentos: 0, 1, 25 e 50 ng/mL de BMP15. Os fragmentos do controle fresco e pós-cultivo foram fixados, processados para histologia clássica (hematoxilina/eosina e AgNOR) para a confecção das lâminas. Os folículos ovarianos foram avaliados quanto à morfologia, sendo classificados em normais ou degenerados e quanto ao grau de evolução, sendo classificados em primordiais ou em desenvolvimento (primários e secundários). Este último parâmetro foi utilizado para o estudo da ativação folicular, levando em consideração a razão entre o percentual de folículos primordiais e em desenvolvimento ao longo do cultivo. Além disso, os folículos e oócitos foram mensurados antes e após o cultivo para registrar o crescimento folicular e oocitário. A proliferação celular dos folículos ovarianos durante o cultivo foi avaliada pela contagem das regiões organizadoras nucleolares (NORs) pela técnica de AgNOR. Após o cultivo, a adição de BMP15 (25 ng/mL) ao meio resultou numa maior percentagem de folículos normais (79,67%± 0,69) quando comparada aos demais tratamentos (P0,05). Além disso, as concentrações mais elevadas de BMP15 (25 ng/ml e 50 ng/ml) estimularam a ativação dos foliculos primordiais em relação ao controle cultivado (P

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  • ELANNE DE PAIVA FONSECA
  • ASPECTOS SANITÁRIOS E ADAPTABILIDADE DE CAPRINOS DA RAÇA CANINDÉ EM REGIÃO SEMIÁRIDA.

  • Orientador : DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CARLA DIOGENES SUASSUNA BEZERRA
  • DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
  • RICARDO WAGNER DIAS PORTELA
  • Data: 26/02/2019

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  • A criação de ruminantes localmente adaptados, como os caprinos da raça Canindé, é uma característica de alguns sistemas de produção da região nordeste do Brasil. Nesse contexto, as parasitoses gastrintestinais e a linfadenite caseosa são responsáveis pela diminuição da população desses animais, representando uma das principais problemáticas observadas na caprinocultura. Com isso, o objetivo do presente estudo foi avaliar as
    condições adaptativas de cabras Canindé em relação aos aspectos clínicos, hematológicos e bioquímicos durante o ano e sua resistência as endoparasitoses e a linfadenite caseosa em região semiárida. Foram utilizadas 180 fêmeas da raça Canindé em região semiárida. Dentre as variáveis avaliadas estão: idade, peso, escore de condição corporal; estado sanitário (contagem de ovos por grama de fezes, Famacha© e diagnóstico de linfadenite caseosa); fisiológicos (temperatura retal, frequências respiratória e cardíaca); perfil hematológico e os valores bioquímicos séricos. Todas essas variáveis serão avaliadas em dois períodos do ano: seco e chuvoso. A dissertação é composta por três capítulos: (I) Referencial teórico, percorrendo assuntos voltados a caracterização dos sistemas produtivos do semiárido, a importância dos recursos genéticos de raças localmente
    adaptadas e os aspectos que levam esses animais a uma adaptabilidade e resistência; (II) Uma avaliação da termorregulação e do desempenho de cabras da raça Canindé durante o período seco e chuvoso; (III) Uma verificação dos valores hematológicos e bioquímicos em relação as endoparasitoses gastrintestinais e ao diagnóstico da linfadenite caseosa. O estudo relata que o período chuvoso apresentou maiores fatores de risco para a saúde dos caprinos da raça Canindé, atribuído as alterações fisiológicas e a alta carga endoparasitária.
    Diferenças nos intervalos de referência foram encontrados, podendo ser devido as características particulares da raça e sua adaptabilidade. Todos esses aspectos estudados servem como base para compreender a fisiologia e o manejo adequado dos caprinos localmente adaptados.


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  • A criação de ruminantes localmente adaptados, como os caprinos da raça Canindé, é uma característica de alguns sistemas de produção da região nordeste do Brasil. Nesse contexto, as parasitoses gastrintestinais e a linfadenite caseosa são responsáveis pela diminuição da população desses animais, representando uma das principais problemáticas observadas na caprinocultura. Com isso, o objetivo do presente estudo foi avaliar as
    condições adaptativas de cabras Canindé em relação aos aspectos clínicos, hematológicos e bioquímicos durante o ano e sua resistência as endoparasitoses e a linfadenite caseosa em região semiárida. Foram utilizadas 180 fêmeas da raça Canindé em região semiárida. Dentre as variáveis avaliadas estão: idade, peso, escore de condição corporal; estado sanitário (contagem de ovos por grama de fezes, Famacha© e diagnóstico de linfadenite caseosa); fisiológicos (temperatura retal, frequências respiratória e cardíaca); perfil hematológico e os valores bioquímicos séricos. Todas essas variáveis serão avaliadas em dois períodos do ano: seco e chuvoso. A dissertação é composta por três capítulos: (I) Referencial teórico, percorrendo assuntos voltados a caracterização dos sistemas produtivos do semiárido, a importância dos recursos genéticos de raças localmente
    adaptadas e os aspectos que levam esses animais a uma adaptabilidade e resistência; (II) Uma avaliação da termorregulação e do desempenho de cabras da raça Canindé durante o período seco e chuvoso; (III) Uma verificação dos valores hematológicos e bioquímicos em relação as endoparasitoses gastrintestinais e ao diagnóstico da linfadenite caseosa. O estudo relata que o período chuvoso apresentou maiores fatores de risco para a saúde dos caprinos da raça Canindé, atribuído as alterações fisiológicas e a alta carga endoparasitária.
    Diferenças nos intervalos de referência foram encontrados, podendo ser devido as características particulares da raça e sua adaptabilidade. Todos esses aspectos estudados servem como base para compreender a fisiologia e o manejo adequado dos caprinos localmente adaptados.

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  • FELIPE VERÍSSIMO DE LIMA
  • QUALIDADE DE ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL SERVIDOS EM UNIDADES DE EDUCAÇÃO INFANTIL

  • Orientador : JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • NATHALIA CRISTINA CIRONE SILVA
  • Data: 28/02/2019

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  • Conforme os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) houve um aumento no número de surtos alimentares por Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) no período de 2007 a 2016 o número de doentes chegou a 90.194 pessoas, destas 7,82% eram crianças entre 1 e 4 anos e entre os alimentos incriminados, 12% eram de origem animal. Diariamente as crianças recebem alimentação nos ambientes de ensino. Nas Unidades de Educação Infantil (UEI) os pré-escolares, faixa etária de 2 a 4 anos de idade, realizam duas refeições. Diante disto, o objetivou-se avaliar as condições produção e a qualidade microbiológica dos alimentos de origem animal servidos no cardápio na fase de pré-preparo. Para tanto, foi aplicado um “checklist” em 12 UEI visando avaliar as condições higiênico-sanitárias na produção dos alimentos. Além disso, foram realizadas análises microbiológicas de coliformes a 35ºC e 45ºC e contagem de bactérias mesófilas em amostras de carne bovina, frango, leite, água, superfícies e utensílios, Staphylococcus spp. e Salmonella sp. na carne bovina, frango e leite. Os resultados encontrados mostraram um elevado percentual de não conformidades em todas as UEI analisadas.


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  • Conforme os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) houve um aumento no número de surtos alimentares por Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) no período de 2007 a 2016 o número de doentes chegou a 90.194 pessoas, destas 7,82% eram crianças entre 1 e 4 anos e entre os alimentos incriminados, 12% eram de origem animal. Diariamente as crianças recebem alimentação nos ambientes de ensino. Nas Unidades de Educação Infantil (UEI) os pré-escolares, faixa etária de 2 a 4 anos de idade, realizam duas refeições. Diante disto, o objetivou-se avaliar as condições produção e a qualidade microbiológica dos alimentos de origem animal servidos no cardápio na fase de pré-preparo. Para tanto, foi aplicado um “checklist” em 12 UEI visando avaliar as condições higiênico-sanitárias na produção dos alimentos. Além disso, foram realizadas análises microbiológicas de coliformes a 35ºC e 45ºC e contagem de bactérias mesófilas em amostras de carne bovina, frango, leite, água, superfícies e utensílios, Staphylococcus spp. e Salmonella sp. na carne bovina, frango e leite. Os resultados encontrados mostraram um elevado percentual de não conformidades em todas as UEI analisadas.

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  • SOFIA DE OLIVEIRA CABRAL
  • DIETA SAZONAL DE LAGARTOS E SERPENTES ATROPELADOS EM RODOVIAS DO SEMIáRIDO NORDESTINO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE, RN.

  • Orientador : CECILIA IRENE PEREZ CALABUIG
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS IBERE ALVES FREITAS
  • CECILIA IRENE PEREZ CALABUIG
  • FEDERICO MARANGONI
  • Data: 15/03/2019

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  • Os estudos sobre a história natural de lagartos e serpentes ainda são escassos para o bioma, com descrições desagregadas e pontuais em tipos diferentes de Caatinga. As diferentes espécies de lagartos e serpentes ocupam diferentes posições a nível trófico e  possuem grande importância no diagnóstico de efeitos bióticos e abióticos sobre o ambiente. O presente estudo está sendo realizado através dos animais mortos por atropelamento em de trechos de estradas circundantes a três Unidades de Conservação Federal: Parque Nacional de Furna Feia, Floresta Nacional de Assu e Estação Ecológica do Seridó. Os animais atropelados são levados para o laboratório de Ecologia e Conservação da Fauna Silvestre, na Universidade Federal Rural do Semi-árido, para identificação da espécie, morfometria e análise da dieta. O objetivo geral do projeto é caracterizar sazonalmente os hábitos alimentares de diferentes espécies de lagartos e serpentes mortos por atropelamento. O estudo das dietas possibilita uma maior amplitude acerca das informações não apenas ecológicas, como também fisiológicas, que se têm sobre as espécies encontradas atropeladas, pois a abrangência do conhecimento contribui ainda para que sejam implantadas medidas de conservação das espécies estudadas.


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  • Os estudos sobre a história natural de lagartos e serpentes ainda são escassos para o bioma, com descrições desagregadas e pontuais em tipos diferentes de Caatinga. As diferentes espécies de lagartos e serpentes ocupam diferentes posições a nível trófico e  possuem grande importância no diagnóstico de efeitos bióticos e abióticos sobre o ambiente. O presente estudo está sendo realizado através dos animais mortos por atropelamento em de trechos de estradas circundantes a três Unidades de Conservação Federal: Parque Nacional de Furna Feia, Floresta Nacional de Assu e Estação Ecológica do Seridó. Os animais atropelados são levados para o laboratório de Ecologia e Conservação da Fauna Silvestre, na Universidade Federal Rural do Semi-árido, para identificação da espécie, morfometria e análise da dieta. O objetivo geral do projeto é caracterizar sazonalmente os hábitos alimentares de diferentes espécies de lagartos e serpentes mortos por atropelamento. O estudo das dietas possibilita uma maior amplitude acerca das informações não apenas ecológicas, como também fisiológicas, que se têm sobre as espécies encontradas atropeladas, pois a abrangência do conhecimento contribui ainda para que sejam implantadas medidas de conservação das espécies estudadas.

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  • ISABELLE DE OLIVEIRA LIMA
  • Avaliação da associação xilazina/cetamina e dexmedetomidina/cetamina no bem-estar de cutias(Dasyprocta Leporina Linneaus, 1753) submetidas a eletroejaculação

  • Orientador : VALERIA VERAS DE PAULA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • THIBERIO DE SOUZA CASTELO
  • VALERIA VERAS DE PAULA
  • Data: 22/03/2019

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  • A eletroejaculação (EEJ) é uma técnica que permite a obtenção do sêmen causar dor e desconforto. Devido a estes motivos, é de suma importância a obtenção de um protocolo anestésico seguro para garantir o bem-estar animal, promovendo uma boa analgesia e viabilizar a coleta de sêmen com baixos índices de contaminação por urina. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da associação xilazina/cetamina e dexmedetomidina/ cetamina por via intramuscular, sobre o bem-estar animal na coleta de sêmen em cutias (Dasyprocta leporina) por eletroejaculação, durante o procedimento de eletroejaculação com dois tipos diferentes de eletrodos. Utilizou-se onze animais sexualmente maduros e cada indivíduo passou aleatoriamente por quatro tratamentos: xilazina/cetamina/sonda longitudinal (G1); dexmedetomidina/cetamina/sonda longitudinal (G2); xilazina/cetamina/sonda anel (G3), dexmedetomidina/cetamina/sonda anel (G4). Foram avaliados a frequência cardíaca, respiratória, temperatura retal, pressão arterial sistólica, média e diastólica, período de latência de indução e recuperação anestésica, bem como parâmetros para avaliação do bem-estar animal: hemograma, glicemia, CK e vocalização. Em relação aos parâmetros reprodutivos, a avaliamos ereção, o ciclo de estimulação e as variáveis seminais. Os resultados sugerem que a sonda em anel é mais eficiente em estimular a EEJ, no entanto promove mais vocalizações nos animais. Todos os protocolos anestésicos permitiram a realização da EEJ. Obtivemos ejaculado em todos os tratamentos, no entanto não foram eficientes para a coleta de sêmen. Somente um animal apresentou espermatozoides na urina coletada após a eletroejaculação.


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  • A eletroejaculação (EEJ) é uma técnica que permite a obtenção do sêmen causar dor e desconforto. Devido a estes motivos, é de suma importância a obtenção de um protocolo anestésico seguro para garantir o bem-estar animal, promovendo uma boa analgesia e viabilizar a coleta de sêmen com baixos índices de contaminação por urina. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da associação xilazina/cetamina e dexmedetomidina/ cetamina por via intramuscular, sobre o bem-estar animal na coleta de sêmen em cutias (Dasyprocta leporina) por eletroejaculação, durante o procedimento de eletroejaculação com dois tipos diferentes de eletrodos. Utilizou-se onze animais sexualmente maduros e cada indivíduo passou aleatoriamente por quatro tratamentos: xilazina/cetamina/sonda longitudinal (G1); dexmedetomidina/cetamina/sonda longitudinal (G2); xilazina/cetamina/sonda anel (G3), dexmedetomidina/cetamina/sonda anel (G4). Foram avaliados a frequência cardíaca, respiratória, temperatura retal, pressão arterial sistólica, média e diastólica, período de latência de indução e recuperação anestésica, bem como parâmetros para avaliação do bem-estar animal: hemograma, glicemia, CK e vocalização. Em relação aos parâmetros reprodutivos, a avaliamos ereção, o ciclo de estimulação e as variáveis seminais. Os resultados sugerem que a sonda em anel é mais eficiente em estimular a EEJ, no entanto promove mais vocalizações nos animais. Todos os protocolos anestésicos permitiram a realização da EEJ. Obtivemos ejaculado em todos os tratamentos, no entanto não foram eficientes para a coleta de sêmen. Somente um animal apresentou espermatozoides na urina coletada após a eletroejaculação.

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  • ALEXANDRE DE OLIVEIRA MARQUES
  • EFEITO DA ABUNDÂNCIA DE MACROALGAS SOBRE A CONDIÇÃO CORPORAL DE PEIXES MARINHOS

  • Orientador : CRISTIANO QUEIROZ DE ALBUQUERQUE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CRISTIANO QUEIROZ DE ALBUQUERQUE
  • ALEXANDRE FIRMINO DIOGENES
  • MARIO VINICIUS CONDINI
  • Data: 27/03/2019

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  • A presença de macroalgas em ambientes marinhos pode fornecer abrigo e alimento para peixes e outros organismos e sua grande produção pode também influenciar a condição corporal dos indivíduos ali presentes. Para isso, é importante avaliar a ação da presença de algas marinhas sobre o estado fisiológico animal. Assim, objetivou-se avaliar o efeito da presença de macroalgas sobre a condição corporal de peixes marinhos. Diante disso, foram realizados arrastos de fundo bimestrais em zonas costeiras dos municípios de Baía Formosa e Porto do Mangue. Arrastos com portas do tipo camaroeiro tiveram duração de 20 minutos, sendo coletados amostras de água de fundo para análise de fósforo total, carbono total, nitrogênio total, oxigênio dissolvido e salinidade, e verificada “in loco” a temperatura de fundo e superfície, pH e transparência. Foi coletada amostra de solo para análise de matéria orgânica. O material biológico coletado foi guardado em caixas isotérmicas com gelo e algas
    foram pesadas em cada arrasto. Os peixes coletados foram identificados e foram mensurados seu comprimento padrão e peso total em laboratório. Foram utilizadas técnicas de estatística multivariada para determinação do efeito de fatores ambientais sobre a condição de 9 espécies de peixe. Diferenças entre locais/períodos e condições foram avaliadas pelo pacote estatístico PERMUCO, no software R. Dentre as 9 espécies avaliadas, 4 apresentaram diferença na condição entre os locais coletados. Em Porto do Mangue todas as 5 espécies analisadas apresentaram condição melhor no período que apresentou maior densidade de algas. Em Baía Formosa, duas espécies apresentaram melhor condição durante o período de maior abundância de macroalga. Na comparação local houve melhor condição corporal para a praia que apresentou mais densidade de algas.
    E na avaliação sazonal, independentemente do local analisado, houve melhor condição para período chuvoso, quando também houve maior abundância de macroalgas. Desta forma, conclui-se que a presença de macroalgas influencia positivamente a condição corporal para diversas espécies de peixes, disponibilizando alimento e habitats para estas espécies.


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  • A presença de macroalgas em ambientes marinhos pode fornecer abrigo e alimento para peixes e outros organismos e sua grande produção pode também influenciar a condição corporal dos indivíduos ali presentes. Para isso, é importante avaliar a ação da presença de algas marinhas sobre o estado fisiológico animal. Assim, objetivou-se avaliar o efeito da presença de macroalgas sobre a condição corporal de peixes marinhos. Diante disso, foram realizados arrastos de fundo bimestrais em zonas costeiras dos municípios de Baía Formosa e Porto do Mangue. Arrastos com portas do tipo camaroeiro tiveram duração de 20 minutos, sendo coletados amostras de água de fundo para análise de fósforo total, carbono total, nitrogênio total, oxigênio dissolvido e salinidade, e verificada “in loco” a temperatura de fundo e superfície, pH e transparência. Foi coletada amostra de solo para análise de matéria orgânica. O material biológico coletado foi guardado em caixas isotérmicas com gelo e algas
    foram pesadas em cada arrasto. Os peixes coletados foram identificados e foram mensurados seu comprimento padrão e peso total em laboratório. Foram utilizadas técnicas de estatística multivariada para determinação do efeito de fatores ambientais sobre a condição de 9 espécies de peixe. Diferenças entre locais/períodos e condições foram avaliadas pelo pacote estatístico PERMUCO, no software R. Dentre as 9 espécies avaliadas, 4 apresentaram diferença na condição entre os locais coletados. Em Porto do Mangue todas as 5 espécies analisadas apresentaram condição melhor no período que apresentou maior densidade de algas. Em Baía Formosa, duas espécies apresentaram melhor condição durante o período de maior abundância de macroalga. Na comparação local houve melhor condição corporal para a praia que apresentou mais densidade de algas.
    E na avaliação sazonal, independentemente do local analisado, houve melhor condição para período chuvoso, quando também houve maior abundância de macroalgas. Desta forma, conclui-se que a presença de macroalgas influencia positivamente a condição corporal para diversas espécies de peixes, disponibilizando alimento e habitats para estas espécies.

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  • JOSE ARTUR BRILHANTE BEZERRA
  • INVESTIGAÇÃO DA INFECÇÃO POR Leishmania spp. EM FELINOS DOMÉSTICOS (Felis catus) NA CIDADE DE MOSSORÓ, RIO GRANDE DO NORTE

  • Orientador : JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CARLA DIOGENES SUASSUNA BEZERRA
  • JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • JULIANA FORTES VILARINHO BRAGA
  • Data: 16/05/2019

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  • O objetivo do presente estudo foi investigar a ocorrência da infecção por Leishmania spp. por meio de métodos sorológicos e moleculares em felinos domésticos provenientes de uma cidade endêmica no estado do Rio Grande do Norte para a leishmaniose visceral canina e humana. Foram incluídos no estudo 91 gatos. Esses animais foram submetidos a exame clínico completo e amostras de sangue foram coletadas. Um questionário epidemiológico foi aplicado para cada animal para investigar fatores de risco. Anticorpos IgG anti-Leishmania
    spp. foram avaliados por meio da imunofluorescência indireta (RIFI), adotando-se como ponto de corte a diluição de 1:40. A reação em cadeia da polimerase (PCR) foi executada visando detectar o material genético de Leishmania spp. a partir de amostras de sangue total. Também foi executado um teste imunocromatográfico para avaliar a presença de anticorpos contra o vírus da imunodeficiência felina (FIV) e antígenos do vírus da leucemia felina (FeLV). Observou-se soropositividade em 14 (15,38%), 26 (28,57%) e 3 (3,29%) animais para Leishmania spp., FIV e FeLV, respectivamente. Nenhuma amostra foi positiva na PCR de sangue total. Não foi observada nenhuma associação estatística entre a soropositividade para Leishmania spp. e gênero, idade, presença de sinais clínicos e fatores de risco avaliados. Dos 14 animais soropositivos para Leishmania spp., 5 apresentavam anticorpos contra o FIV, porém não houve associação estatística entre as duas infecções (p=0,052). Não houve coinfecção com o FeLV. Esses achados demonstram pela primeira vez que os felinos da região estudada estão sendo expostos a esta zoonose e podem estar participando de forma importante da cadeia epidemiológica de transmissão da leishmaniose visceral.


  • Mostrar Abstract
  • O objetivo do presente estudo foi investigar a ocorrência da infecção por Leishmania spp. por meio de métodos sorológicos e moleculares em felinos domésticos provenientes de uma cidade endêmica no estado do Rio Grande do Norte para a leishmaniose visceral canina e humana. Foram incluídos no estudo 91 gatos. Esses animais foram submetidos a exame clínico completo e amostras de sangue foram coletadas. Um questionário epidemiológico foi aplicado para cada animal para investigar fatores de risco. Anticorpos IgG anti-Leishmania
    spp. foram avaliados por meio da imunofluorescência indireta (RIFI), adotando-se como ponto de corte a diluição de 1:40. A reação em cadeia da polimerase (PCR) foi executada visando detectar o material genético de Leishmania spp. a partir de amostras de sangue total. Também foi executado um teste imunocromatográfico para avaliar a presença de anticorpos contra o vírus da imunodeficiência felina (FIV) e antígenos do vírus da leucemia felina (FeLV). Observou-se soropositividade em 14 (15,38%), 26 (28,57%) e 3 (3,29%) animais para Leishmania spp., FIV e FeLV, respectivamente. Nenhuma amostra foi positiva na PCR de sangue total. Não foi observada nenhuma associação estatística entre a soropositividade para Leishmania spp. e gênero, idade, presença de sinais clínicos e fatores de risco avaliados. Dos 14 animais soropositivos para Leishmania spp., 5 apresentavam anticorpos contra o FIV, porém não houve associação estatística entre as duas infecções (p=0,052). Não houve coinfecção com o FeLV. Esses achados demonstram pela primeira vez que os felinos da região estudada estão sendo expostos a esta zoonose e podem estar participando de forma importante da cadeia epidemiológica de transmissão da leishmaniose visceral.

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  • ANDRESSA NUNES MOUTA
  • Perfil farmacocinético de tramadol e o-desmetiltramadol após administração intravenosa em jumentos (Equus asinus)

  • Orientador : VALERIA VERAS DE PAULA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • VALERIA VERAS DE PAULA
  • RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • Data: 12/12/2019

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  • Os jumentos são animais rústicos que rapidamente se adaptam às condições adversas e ao intenso trabalho à tração, estando constantemente expostos a condições clínicas dolorosas e, por isso é de suma importância tratás-la adequadamente, por meio do uso de analgésicos apropriados. O tramadol é um analgésico opioide de ação central amplamente utilizado para tratamento da dor aguda e crônica em humanos e animais. Sua metabolização hepática resulta em diversos metabólitos, sendo o principal destes o metabólito ativo O-desmetiltramadol (M1), pois apresenta maior afinidade pelos receptores opioides. O objetivo do presente estudo foi descrever a farmacocinética do tramadol e do M1, após a administração intravenosa única de duas doses distintas em jumentos. Foram utilizados 10 asininos adultos, hígidos, machos e inteiros. No grupo T2, 10 animais receberam a dose de 2 mg.kg-1 de tramadol e no grupo T4, os mesmos 10 animais receberam a dose de 4 mg.kg-1, com intervalo de 15 dias entre os tratamentos. Foram coletados 10 ml de sangue da veia jugular para obtenção do plasma e as amostras foram acondicionadas a -80°C para posterior análise farmacocinética por meio de cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada a um detector de espectrometria de massas (CLUE-MS/MS), utilizando um modelo não compartimental. A coleta de sangue foi realizada no momento 0 (antes da administração do fármaco) e seguindo os tempos: 5, 10, 20, 30, 40, 50 minutos, 1h, 1:15h, 1:30h, 1:45h, 2h, 2:30h, 3h, 4h, 6h, 8h, 12h, 24h e 48h. Os efeitos adversos decorrentes da administração do fármaco também foram observados. O tramadol e o M1 foram mensurados até 48 horas e quantificados até 12 horas após a administração. A dose de 4 mg.kg-1 apresentou aumento significativo do tempo do tempo residual médio (TRM0→ ∞) e tempo de meia vida (T1/2) para o metabólito. Para o tramadol, a concentração plasmática máxima média (Cmáx), o T1/2 e TMR0→ ∞ para 2 mg.kg-1 foram de 6787,21ng/ml, 4,10h e 1,45 h, enquanto na dose 4mg.kg-1 foram de 10884,70 ng/ml 3,96 h, 0,11 h e 2,71 h. Para o M1, a Cmáx,T1/2, Tmáx e TRM0→ ∞ para a menor dose foram de 100,15 ng/ml 2,49 h, 1,02 h e 3,82 h, enquanto para a maior dose foram de 125,45 ng/ml,6,35h, 1,21 h e 7,06 h. Na menor dose, um animal apresentou ataxia e espasmos musculares, enquanto na maior dose, sete animais apresentaram esses efeitos. O tramadol e o M1 atingiram concentrações plasmáticas consideradas efetivas para analgesia. Sugere-se intervalo de administração de aproximadamente 2,5 e 6,4 horas para as doses de 2 e 4 mg.kg-1 respectivamente. Para evitar a ocorrência de efeitos adversos, é necessário administrar o fármaco em um tempo mais prolongado.


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  • Os jumentos são animais rústicos que rapidamente se adaptam às condições adversas e ao intenso trabalho à tração, estando constantemente expostos a condições clínicas dolorosas e, por isso é de suma importância tratás-la adequadamente, por meio do uso de analgésicos apropriados. O tramadol é um analgésico opioide de ação central amplamente utilizado para tratamento da dor aguda e crônica em humanos e animais. Sua metabolização hepática resulta em diversos metabólitos, sendo o principal destes o metabólito ativo O-desmetiltramadol (M1), pois apresenta maior afinidade pelos receptores opioides. O objetivo do presente estudo foi descrever a farmacocinética do tramadol e do M1, após a administração intravenosa única de duas doses distintas em jumentos. Foram utilizados 10 asininos adultos, hígidos, machos e inteiros. No grupo T2, 10 animais receberam a dose de 2 mg.kg-1 de tramadol e no grupo T4, os mesmos 10 animais receberam a dose de 4 mg.kg-1, com intervalo de 15 dias entre os tratamentos. Foram coletados 10 ml de sangue da veia jugular para obtenção do plasma e as amostras foram acondicionadas a -80°C para posterior análise farmacocinética por meio de cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada a um detector de espectrometria de massas (CLUE-MS/MS), utilizando um modelo não compartimental. A coleta de sangue foi realizada no momento 0 (antes da administração do fármaco) e seguindo os tempos: 5, 10, 20, 30, 40, 50 minutos, 1h, 1:15h, 1:30h, 1:45h, 2h, 2:30h, 3h, 4h, 6h, 8h, 12h, 24h e 48h. Os efeitos adversos decorrentes da administração do fármaco também foram observados. O tramadol e o M1 foram mensurados até 48 horas e quantificados até 12 horas após a administração. A dose de 4 mg.kg-1 apresentou aumento significativo do tempo do tempo residual médio (TRM0→ ∞) e tempo de meia vida (T1/2) para o metabólito. Para o tramadol, a concentração plasmática máxima média (Cmáx), o T1/2 e TMR0→ ∞ para 2 mg.kg-1 foram de 6787,21ng/ml, 4,10h e 1,45 h, enquanto na dose 4mg.kg-1 foram de 10884,70 ng/ml 3,96 h, 0,11 h e 2,71 h. Para o M1, a Cmáx,T1/2, Tmáx e TRM0→ ∞ para a menor dose foram de 100,15 ng/ml 2,49 h, 1,02 h e 3,82 h, enquanto para a maior dose foram de 125,45 ng/ml,6,35h, 1,21 h e 7,06 h. Na menor dose, um animal apresentou ataxia e espasmos musculares, enquanto na maior dose, sete animais apresentaram esses efeitos. O tramadol e o M1 atingiram concentrações plasmáticas consideradas efetivas para analgesia. Sugere-se intervalo de administração de aproximadamente 2,5 e 6,4 horas para as doses de 2 e 4 mg.kg-1 respectivamente. Para evitar a ocorrência de efeitos adversos, é necessário administrar o fármaco em um tempo mais prolongado.

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  • JOSEANNA DE PAIVA ALVES
  • CULTIVO MULTITRÓFICO DO CAMARÃO MARINHO Litopenaeus vannamei COM A MACROALGA Gracilaria birdiae.

  • Orientador : GUSTAVO HENRIQUE GONZAGA DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • GUSTAVO HENRIQUE GONZAGA DA SILVA
  • LEONARDO LELIS DE MACEDO COSTA
  • ANTONIO FERNANDO MONTEIRO CAMARGO
  • Data: 18/12/2019

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  • Objetivamos avaliar o cultivo multitrófico do camarão marinho Litopenaeus vannamei e da macroalga Gracilaria birdiae. Realizamos um experimento integrando as duas espécies em unidades experimentais de 1000 L dotadas de aeração constante, localizadas em ambiente externo. Foi realizado um monocultivo de camarão (100 animais.m-2), como sendo o controle (T1), e três cultivos multitróficos de camarão (100 animais.m-2) com macroalga em diferentes densidades (500, 1.000 e 2.000 g correspondendo a T2, T3 e T4, respectivamente). Durante o experimento não foi observado diferença significativa para as variáveis limnológicas, exceto para turbidez, que apresentou valores significativamente mais elevados nos tratamentos de monocultivo e de menor densidade de macroalgas (T1 e T2). O desenvolvimento do camarão marinho L. vannamei não foi significativamente afetado com a inserção da G. birdiae no mesmo ambiente de cultivo. Os resultados obtidos mostraram uma constância de biomassa da macroalga em T3 e T4, sendo observado expressiva redução no T2 a partir do 75º dia de cultivo, isso provavelmente ocorreu devido aos altos valores de turbidez durante o estudo observado para todos os tratamentos, com valores significativamente mais elevados no T2. Com isso, não foram atribuídas vantagens econômicas da inserção da espécie do sistema de cultivo com o L. vannamei. Ainda, as macroalgas tiveram uma tendência de redução de nitrogênio total e fósforo total mas não reduziram esses nutrientes de forma eficaz. Portanto, em condições de elevada turbidez não foi verificada viabilidade na inserção da macroalga G. birdiae no sistema de cultivo do camarão L. vannamei.


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  • Objetivamos avaliar o cultivo multitrófico do camarão marinho Litopenaeus vannamei e da macroalga Gracilaria birdiae. Realizamos um experimento integrando as duas espécies em unidades experimentais de 1000 L dotadas de aeração constante, localizadas em ambiente externo. Foi realizado um monocultivo de camarão (100 animais.m-2), como sendo o controle (T1), e três cultivos multitróficos de camarão (100 animais.m-2) com macroalga em diferentes densidades (500, 1.000 e 2.000 g correspondendo a T2, T3 e T4, respectivamente). Durante o experimento não foi observado diferença significativa para as variáveis limnológicas, exceto para turbidez, que apresentou valores significativamente mais elevados nos tratamentos de monocultivo e de menor densidade de macroalgas (T1 e T2). O desenvolvimento do camarão marinho L. vannamei não foi significativamente afetado com a inserção da G. birdiae no mesmo ambiente de cultivo. Os resultados obtidos mostraram uma constância de biomassa da macroalga em T3 e T4, sendo observado expressiva redução no T2 a partir do 75º dia de cultivo, isso provavelmente ocorreu devido aos altos valores de turbidez durante o estudo observado para todos os tratamentos, com valores significativamente mais elevados no T2. Com isso, não foram atribuídas vantagens econômicas da inserção da espécie do sistema de cultivo com o L. vannamei. Ainda, as macroalgas tiveram uma tendência de redução de nitrogênio total e fósforo total mas não reduziram esses nutrientes de forma eficaz. Portanto, em condições de elevada turbidez não foi verificada viabilidade na inserção da macroalga G. birdiae no sistema de cultivo do camarão L. vannamei.

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  • JOÃO PAULO ALBUQUERQUE DOS SANTOS
  • HIDRATAÇÃO ENTERAL ADMINISTRADA EM FLUXO CONTÍNUO EM ASININOS (Equus asinus africanus) DESIDRATADOS EXPERIMENTALMENTE

  • Orientador : RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • VALERIA VERAS DE PAULA
  • JOSÉ DANTAS RIBEIRO FILHO
  • Data: 19/12/2019

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  • O presente estudo avaliou os efeitos de duas soluções eletrolíticas enterais de manutenção administradas por via nasogástrica em fluxo contínuo sobre os parâmetros fisiológicos, hematológicos, bioquímicos e urinário em asininos submetidos a desidratação. Para isso foram utilizados seis jumentos em um delineamento cross-over (6x2), mantidos em jejum hídrico e alimentar durante 36 horas, juntamente com administração de única dose de furosemida 2 mg kg-1 por via intravenosa, esperando-se desidratação discreta a moderada e posteriormente submetidos a 12 horas de hidratação enteral em fluxo contínuo. O protocolo de hidratação enteral não alterou os parâmetros fisiológicos, proporcionou aumento de aproximadamente 11% do peso corporal, trouxe um aumento superior a 7% na circunferência abdominal, não acarretou no aumento da umidade nas fezes. As concentrações plasmáticas de glicose do grupo SEDex mostrou aumento no T8 e no T12 em relação ao T0, já no SEMalt o grupo mostrou apenas em relação ao T12. Observou-se discreta diminuição do pH densidade, ureia e creatina urinária conforme o protocolo de hidratação era instituído. O protocolo de hidratação foi capaz de repor o déficit hídrico, melhorar os índices glicêmicos sem gerar estresse nos animais.


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  • O presente estudo avaliou os efeitos de duas soluções eletrolíticas enterais de manutenção administradas por via nasogástrica em fluxo contínuo sobre os parâmetros fisiológicos, hematológicos, bioquímicos e urinário em asininos submetidos a desidratação. Para isso foram utilizados seis jumentos em um delineamento cross-over (6x2), mantidos em jejum hídrico e alimentar durante 36 horas, juntamente com administração de única dose de furosemida 2 mg kg-1 por via intravenosa, esperando-se desidratação discreta a moderada e posteriormente submetidos a 12 horas de hidratação enteral em fluxo contínuo. O protocolo de hidratação enteral não alterou os parâmetros fisiológicos, proporcionou aumento de aproximadamente 11% do peso corporal, trouxe um aumento superior a 7% na circunferência abdominal, não acarretou no aumento da umidade nas fezes. As concentrações plasmáticas de glicose do grupo SEDex mostrou aumento no T8 e no T12 em relação ao T0, já no SEMalt o grupo mostrou apenas em relação ao T12. Observou-se discreta diminuição do pH densidade, ureia e creatina urinária conforme o protocolo de hidratação era instituído. O protocolo de hidratação foi capaz de repor o déficit hídrico, melhorar os índices glicêmicos sem gerar estresse nos animais.

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  • KALYNE DANIELLY SILVA DE OLIVEIRA
  • QUANTIFICAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE FRATURAS EM PELVE ATRAVÉS DA RADIOGRAFIA PADRONIZADA E OBLÍQUA BILATERAL EM CÃES E GATOS POLITRAUMATIZADOS

  • Orientador : JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FABIANO SÉLLOS COSTA
  • JOAO MARCELO AZEVEDO DE PAULA ANTUNES
  • WIRTON PEIXOTO COSTA
  • Data: 19/12/2019

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  • Objetivou-se radiografar pela técnica padronizada (latero-lateral e ventrodorsal) a pelve de cães e gatos politraumatizados e comparar com a técnica oblíqua bilateral (ventro-450 medial dorso lateral esquerda/direita flexionada) na avaliação de fraturas (completas e incompletas) e luxações (sacro-ilíaca e coxofemoral). Utilizou-se oito gatos e quatro cães, de idade, raça e peso variados. Após a obtenção das radiografias, as imagens foram avaliadas por dois radiologistas (RAD) grupo controle,
    dois ortopedistas (ORTO), dois residentes de diagnóstico por imagem (RESRAD) e dois alunos (ALUNO). As imagens radiográficas foram distribuídas e avaliadas de forma aleatória. A análise realizada foi uma comparação de médias para dados não paramétricos através de um GLM levando em consideração o estatístico WALD e p˂0,05. Ao comparar o número total de fraturas completas e incompletas nas projeções ventro-dorsal (VD), latero-lateral (LL) e oblíqua (OBL), observou-se diferença estatística entre as três projeções LL, VD e OBL (N=288, df= 2, wald= 24,7 p= 0.0000),
    entre VD e OBL (N=288, df= 2, wald= 11,9 p=0,0005), entre LL e OBL (N=288, df= 2, wald = 24,0, p= 0,000001) demostrando que a projeção em que mais visibilizou fraturas foi a VD (n=188). As projeções OBL (n=174) e VD (n=188) visibilizaram mais do que a LL (n=105). Para avaliação de luxações sacro-ilíacas verificou-se que as projeções VD (n=33) e OBL (n=33) foram mais sensíveis quando comparada com a LL (n=0) (N= 288, df=2, Wald= 1964,2, P˂0,01-10 ). De modo geral, as anormalidades (fraturas e luxações) foram vistas com maior acurácia na vista VD (n=237), seguida pela vista OBL (n=225) (N= 288, df=2, Wald= 18,1, p=0,00002) e LL (n=120) (N= 288, df=2, Wald= 40,2, P˂0,01-10) sugerindo que a projeção LL possui pouca sensibilidade na avaliação de anormalidades na pelve de cães e gatos politraumatizados. Contudo, sugere-se que as projeções OBL sejam incluídas nos estudos da pelve, enquanto as projeções LL, sejam realizadas em casos de direcionamento das luxações coxofemorais.


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  • Objetivou-se radiografar pela técnica padronizada (latero-lateral e ventrodorsal) a pelve de cães e gatos politraumatizados e comparar com a técnica oblíqua bilateral (ventro-450 medial dorso lateral esquerda/direita flexionada) na avaliação de fraturas (completas e incompletas) e luxações (sacro-ilíaca e coxofemoral). Utilizou-se oito gatos e quatro cães, de idade, raça e peso variados. Após a obtenção das radiografias, as imagens foram avaliadas por dois radiologistas (RAD) grupo controle,
    dois ortopedistas (ORTO), dois residentes de diagnóstico por imagem (RESRAD) e dois alunos (ALUNO). As imagens radiográficas foram distribuídas e avaliadas de forma aleatória. A análise realizada foi uma comparação de médias para dados não paramétricos através de um GLM levando em consideração o estatístico WALD e p˂0,05. Ao comparar o número total de fraturas completas e incompletas nas projeções ventro-dorsal (VD), latero-lateral (LL) e oblíqua (OBL), observou-se diferença estatística entre as três projeções LL, VD e OBL (N=288, df= 2, wald= 24,7 p= 0.0000),
    entre VD e OBL (N=288, df= 2, wald= 11,9 p=0,0005), entre LL e OBL (N=288, df= 2, wald = 24,0, p= 0,000001) demostrando que a projeção em que mais visibilizou fraturas foi a VD (n=188). As projeções OBL (n=174) e VD (n=188) visibilizaram mais do que a LL (n=105). Para avaliação de luxações sacro-ilíacas verificou-se que as projeções VD (n=33) e OBL (n=33) foram mais sensíveis quando comparada com a LL (n=0) (N= 288, df=2, Wald= 1964,2, P˂0,01-10 ). De modo geral, as anormalidades (fraturas e luxações) foram vistas com maior acurácia na vista VD (n=237), seguida pela vista OBL (n=225) (N= 288, df=2, Wald= 18,1, p=0,00002) e LL (n=120) (N= 288, df=2, Wald= 40,2, P˂0,01-10) sugerindo que a projeção LL possui pouca sensibilidade na avaliação de anormalidades na pelve de cães e gatos politraumatizados. Contudo, sugere-se que as projeções OBL sejam incluídas nos estudos da pelve, enquanto as projeções LL, sejam realizadas em casos de direcionamento das luxações coxofemorais.

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  • BEATRIZ DANTAS FERNANDES
  • DESENVOLVIMENTO DE SISTEMA MICROFLUÍDICO À BASE DE SILICONE SILPURAN@ PARA SELEÇÃO DE ESPERMATOZOIDES BOVINOS.

  • Orientador : MARCELO BARBOSA BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
  • FREDERICO OZANAN BARROS MONTEIRO
  • MARCELO BARBOSA BEZERRA
  • Data: 19/12/2019

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  • A seleção espermática consiste em etapa fundamental em algumas técnicas reprodutivas, como na PIVE. Entretanto, os métodos usualmente utilizados podem causar danos à integridade da célula e ao DNA, além de necessitarem de longo tempo para sua realização. Desta forma, dispositivos microfluídicos foram desenvolvidos com a finalidade de selecionar espermatozoides com melhor motilidade, sem a utilização de centrifugação, e com redução de tempo e material de consumo utilizado. Porém, embora estes dispositivos microfluídicos sejam confeccionados com materiais considerados de baixo custo, ainda são relativamente caros quando confeccionados em larga escala e não se enquadrariam na realidade de muitos profissionais. Com isso, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a toxicidade da placa microfluídica confeccionada a partir do silicone Silpuran@ e realizar a seleção de espermatozoides epididimários e de sêmen descongelado de bovinos testando-se a quimiotaxia por diferentes substâncias. Para tanto, foram utilizados 10 CTEs e 10 palhetas de sêmen congelado para cada parte do experimento. No experimento 1, para avaliar a toxicidade do material, foi utilizado o teste de termoresistência lento (T.T.L) em que as amostras do controle e tratamento foram incubadas a 37,5ºC e avaliadas em diferentes tempos (0, 60, 120 e 180 min). Para o experimento de seleção espermática foram utilizados diferentes meios em cada reservatório de saída. O reservatório 1 foi preenchido com soro, sendo considerado como grupo controle em relação aos demais meios utilizados; Os reservatórios 2, 3 e 4 correspondiam ao meio MIV (Meio M), meio MIV + oócitos maturados (Meio MO) e meio MIV + acetato de medroxiprogesterona (Meio MP), respectivamente. Concomitantemente, a técnica de gradiente de Percoll foi utilizada como técnica controle em relação à microfluídica. Foram avaliadas a cinética dos espermatozoides a partir do CASA, a integridade de membrana espermática através do teste hiposmótico, viabilidade de membrana e atividade mitocondrial pela microscopia de fluorescência e a morfologia de espermatozoides. No experimento 1, os espermatozoides epididimários depositados na placa microfluidica apresentaram valores de MT, MP, VCL, VSL e VAP superiores no último tempo de avaliação quando comparado as amostras depositadas no tubo. Para as demais avaliações, os espermatozoides epididimários não se diferiram em relação ao controle. As avaliações de sêmen descongelado não apresentou diferença (P > 0,05) em relação ao controle. O dispositivo microfluídico desenvolvido possui baixo custo quando comparada a outras técnicas e materiais e o uso do silicone Silpuran@ não foi tóxico para espermatozoides de bovinos.


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  • A seleção espermática consiste em etapa fundamental em algumas técnicas reprodutivas, como na PIVE. Entretanto, os métodos usualmente utilizados podem causar danos à integridade da célula e ao DNA, além de necessitarem de longo tempo para sua realização. Desta forma, dispositivos microfluídicos foram desenvolvidos com a finalidade de selecionar espermatozoides com melhor motilidade, sem a utilização de centrifugação, e com redução de tempo e material de consumo utilizado. Porém, embora estes dispositivos microfluídicos sejam confeccionados com materiais considerados de baixo custo, ainda são relativamente caros quando confeccionados em larga escala e não se enquadrariam na realidade de muitos profissionais. Com isso, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a toxicidade da placa microfluídica confeccionada a partir do silicone Silpuran@ e realizar a seleção de espermatozoides epididimários e de sêmen descongelado de bovinos testando-se a quimiotaxia por diferentes substâncias. Para tanto, foram utilizados 10 CTEs e 10 palhetas de sêmen congelado para cada parte do experimento. No experimento 1, para avaliar a toxicidade do material, foi utilizado o teste de termoresistência lento (T.T.L) em que as amostras do controle e tratamento foram incubadas a 37,5ºC e avaliadas em diferentes tempos (0, 60, 120 e 180 min). Para o experimento de seleção espermática foram utilizados diferentes meios em cada reservatório de saída. O reservatório 1 foi preenchido com soro, sendo considerado como grupo controle em relação aos demais meios utilizados; Os reservatórios 2, 3 e 4 correspondiam ao meio MIV (Meio M), meio MIV + oócitos maturados (Meio MO) e meio MIV + acetato de medroxiprogesterona (Meio MP), respectivamente. Concomitantemente, a técnica de gradiente de Percoll foi utilizada como técnica controle em relação à microfluídica. Foram avaliadas a cinética dos espermatozoides a partir do CASA, a integridade de membrana espermática através do teste hiposmótico, viabilidade de membrana e atividade mitocondrial pela microscopia de fluorescência e a morfologia de espermatozoides. No experimento 1, os espermatozoides epididimários depositados na placa microfluidica apresentaram valores de MT, MP, VCL, VSL e VAP superiores no último tempo de avaliação quando comparado as amostras depositadas no tubo. Para as demais avaliações, os espermatozoides epididimários não se diferiram em relação ao controle. As avaliações de sêmen descongelado não apresentou diferença (P > 0,05) em relação ao controle. O dispositivo microfluídico desenvolvido possui baixo custo quando comparada a outras técnicas e materiais e o uso do silicone Silpuran@ não foi tóxico para espermatozoides de bovinos.

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  • LUAN ARAGÃO RODRIGUES
  • Avaliação dos Parâmetros Inflamatórios em Asininos (Equus asinus africanus) Submetidos a Orquiectomia

  • Orientador : RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • WIRTON PEIXOTO COSTA
  • REJANE DOS SANTOS SOUSA
  • Data: 19/12/2019

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  • Objetivou-se avaliar os parâmetros inflamatórios em asininos (Equus asinus) submetidos a técnica de orquiectomia fechada pelo acesso escrotal e por uma nova abordagem (paraescrotal).Foram utilizados doze asininos divididos em dois grupos: grupo 1(G1) realizou a técnica de orquiectomia através do acesso cirúrgico paraescrotal e, grupo 2 (G2) foi realizada a técnica de orquiectomia pelo acesso escrotal (convencional). As avaliações pós-operatórias consistiram em avaliação macroscópica da ferida cirúrgica, parâmetros hematológicos e do líquido peritoneal, que ocorreram em ambos os grupos nos momentos (M): M0 (antes do procedimento cirúrgico), e os demais momentos após a cirurgia, M12 (doze horas), M24 (vinte e quatro horas), M48 (quarenta e oito horas), M72 (setenta e duas horas), M8D (oito dias) e M16D (dezesseis dias). Também foram mensuradas a frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR) e temperatura corporal (TC) em todos os momentos. As feridas cirúrgicas de ambos os grupos foram avaliadas de acordo com o grau de sangramento, grau de edema escrotal, presença de secreção, sensibilidade dolorosa a palpação escrotal, presença de tecido de granulação, presença de secreção e crostas. Foram realizados exames hematológicos (hematócrito, contagem total de leucócitos e eritrócitos, volume corpuscular médio, concentração de hemoglobina corpuscular média, concentração de hemoglobina, proteínas totais séricas e fibrinogênio). O líquido peritoneal foi avaliado segundo sua coloração, aspecto e grau de turbidez, como ph, densidade, proteínas totais, contagem de eritrócitos e leucócitos.


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  • Objetivou-se avaliar os parâmetros inflamatórios em asininos (Equus asinus) submetidos a técnica de orquiectomia fechada pelo acesso escrotal e por uma nova abordagem (paraescrotal).Foram utilizados doze asininos divididos em dois grupos: grupo 1(G1) realizou a técnica de orquiectomia através do acesso cirúrgico paraescrotal e, grupo 2 (G2) foi realizada a técnica de orquiectomia pelo acesso escrotal (convencional). As avaliações pós-operatórias consistiram em avaliação macroscópica da ferida cirúrgica, parâmetros hematológicos e do líquido peritoneal, que ocorreram em ambos os grupos nos momentos (M): M0 (antes do procedimento cirúrgico), e os demais momentos após a cirurgia, M12 (doze horas), M24 (vinte e quatro horas), M48 (quarenta e oito horas), M72 (setenta e duas horas), M8D (oito dias) e M16D (dezesseis dias). Também foram mensuradas a frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (FR) e temperatura corporal (TC) em todos os momentos. As feridas cirúrgicas de ambos os grupos foram avaliadas de acordo com o grau de sangramento, grau de edema escrotal, presença de secreção, sensibilidade dolorosa a palpação escrotal, presença de tecido de granulação, presença de secreção e crostas. Foram realizados exames hematológicos (hematócrito, contagem total de leucócitos e eritrócitos, volume corpuscular médio, concentração de hemoglobina corpuscular média, concentração de hemoglobina, proteínas totais séricas e fibrinogênio). O líquido peritoneal foi avaliado segundo sua coloração, aspecto e grau de turbidez, como ph, densidade, proteínas totais, contagem de eritrócitos e leucócitos.

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  • GERARD VICENTE DANTAS DE MEDEIROS
  • ATIVIDADE CICATRIZANTE DA PROPOLIS VERMELHA EM FERIDAS CIRURGICA DE GATAS SUBMETIDAS À OVARIOSSALPINGOHISTERECTOMIA.

  • Orientador : JAEL SOARES BATISTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FREDERICO OZANAN BARROS MONTEIRO
  • JAEL SOARES BATISTA
  • RAIMUNDO ALVES BARRETO JUNIOR
  • WIRTON PEIXOTO COSTA
  • Data: 19/12/2019

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  • O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do extrato hidroetanólico de própolis vermelha, produzida pela Apis mellifera no semiárido, Brasil, na cicatrização de feridas cirúrgicas em gatas submetidos à ovarisalpingohisterectomia. Também avaliou-se a composição química, os efeitos citotóxicos e atividade antioxidante da própolis vermelha. O teor total de fenol foi determinado pelo método Folin Ciocalteu e flavonóide pelo método de espectrofotometria. A composição química do estrato foi realizada pelo método HPLC-DADESI-MS/MS. A atividade antioxidante foi avaliada pelo método DPPH (2,2-difenil-1-picrilidrazyl) e a citotoxicidade foi avaliada pelo método colorimétrico MTT utilizando fibroblastos L929 e queratinócitos HACAT expostos a diferentes concentrações de extrato de própolis vermelha (500, 250, 125, 62,5, 31,2 e 15,6 µg/mL) por 72 horas. O efeito cicatrizante do extrato foi avaliado em 60 gatos domésticos (Felis catus) distribuídos em três grupos: Grupo I (grupo teste) composto por 20 gatas submetidos a ovarisalpingofisterectomia tratados com aplicação tópica de 0,2 ml de 50 mg / ml (EEPV); Grupo II (grupo referência) com 20 gatas que também receberam aplicação tópica de 0,2 ml de solução comercial à base de rifamicina (Rifocina®), e Grupo III (grupo controle), também composto por 20 animais tratados com aplicação tópica de 0,2 ml de solução fisiológica NaCl 0,9%. As feridas cirúrgicas foram avaliadas quanto aos aspectos clínicos, macroscópicos e histológicos no 3º, 7º, 14º e 21º dias de pós-operatório. Sobre a composição química do extrato etanólico de própolis vermelha, ressalta-se que foram identificados 26 flavonóides, altos valores de fenois totais e alta atividade antioxidante. O extrato de própolis não teve efeito citotóxico em nenhuma das linhagens celular testadas. Foram observadas altas porcentagens de viabilidade celular, variando de 80,0% a 94,4% para fibroblastos L929 e 78,0% a 91,5% de ceratócitos (Hacat). A própolis vermelha exerceu influência positiva na cicatrização de feridas de gatas submetidos à ovarisalpingohisterectomia, pois promoveu resposta inflamatória menos intensa, fechamento rápido da ferida, deposição precoce de colágeno e reepitelização. Portanto, concluiu-se que o extrato etanólico da própolis vermelha não exerceu efeito citotóxico in vitro, apresentou altos teores de fenóis totais, diferentes tipos de flavanóides, elevada atividade antioxidante e promoveu a aceleração da cicatrização de feridas cirúrgicas.


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  • O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do extrato hidroetanólico de própolis vermelha, produzida pela Apis mellifera no semiárido, Brasil, na cicatrização de feridas cirúrgicas em gatas submetidos à ovarisalpingohisterectomia. Também avaliou-se a composição química, os efeitos citotóxicos e atividade antioxidante da própolis vermelha. O teor total de fenol foi determinado pelo método Folin Ciocalteu e flavonóide pelo método de espectrofotometria. A composição química do estrato foi realizada pelo método HPLC-DADESI-MS/MS. A atividade antioxidante foi avaliada pelo método DPPH (2,2-difenil-1-picrilidrazyl) e a citotoxicidade foi avaliada pelo método colorimétrico MTT utilizando fibroblastos L929 e queratinócitos HACAT expostos a diferentes concentrações de extrato de própolis vermelha (500, 250, 125, 62,5, 31,2 e 15,6 µg/mL) por 72 horas. O efeito cicatrizante do extrato foi avaliado em 60 gatos domésticos (Felis catus) distribuídos em três grupos: Grupo I (grupo teste) composto por 20 gatas submetidos a ovarisalpingofisterectomia tratados com aplicação tópica de 0,2 ml de 50 mg / ml (EEPV); Grupo II (grupo referência) com 20 gatas que também receberam aplicação tópica de 0,2 ml de solução comercial à base de rifamicina (Rifocina®), e Grupo III (grupo controle), também composto por 20 animais tratados com aplicação tópica de 0,2 ml de solução fisiológica NaCl 0,9%. As feridas cirúrgicas foram avaliadas quanto aos aspectos clínicos, macroscópicos e histológicos no 3º, 7º, 14º e 21º dias de pós-operatório. Sobre a composição química do extrato etanólico de própolis vermelha, ressalta-se que foram identificados 26 flavonóides, altos valores de fenois totais e alta atividade antioxidante. O extrato de própolis não teve efeito citotóxico em nenhuma das linhagens celular testadas. Foram observadas altas porcentagens de viabilidade celular, variando de 80,0% a 94,4% para fibroblastos L929 e 78,0% a 91,5% de ceratócitos (Hacat). A própolis vermelha exerceu influência positiva na cicatrização de feridas de gatas submetidos à ovarisalpingohisterectomia, pois promoveu resposta inflamatória menos intensa, fechamento rápido da ferida, deposição precoce de colágeno e reepitelização. Portanto, concluiu-se que o extrato etanólico da própolis vermelha não exerceu efeito citotóxico in vitro, apresentou altos teores de fenóis totais, diferentes tipos de flavanóides, elevada atividade antioxidante e promoveu a aceleração da cicatrização de feridas cirúrgicas.

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  • MANUELA COSTA DE MENEZES
  • POTENCIAL FOTOPROTETOR E GENOPROTETOR DA PRÓPOLIS VERMELHA PRODUZIDA POR APIS MELLIFERA NO SEMIÁRIDO DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL.

  • Orientador : JAEL SOARES BATISTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CARLOS IBERE ALVES FREITAS
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • WIRTON PEIXOTO COSTA
  • Data: 20/12/2019

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  • Objetivou-se avaliar os teores de fenóis, flavanóides totais, além das atividades antioxidante, genoprotetora e fotoprotetora do extrato etanólico da própolis vermelha produzida por Apis mellifera. Diferentes concentrações do extrato foram avaliadas in vitro por espectrofotometria. O efeito fotoprotetor do extrato foi avaliado in vivo em 30 ratos Wistar distribuídos em três grupos: Grupo I - a pele não recebeu aplicação tópica de extrato e não foi submetida à irradiação ultravioleta; Grupo II - a pele não foi submetida a aplicação tópica de extrato e foram irradiados; Grupo III - pele foi submetida a aplicação tópica de extrato e foram irradiados. A pele foi avaliada macroscópica e quantificou-se a densidade de células inflamatórias, mastócitos, células necrosadas e fibras colágenas. O extrato apresentou altos teores de fenóis e flavonoides com capacidade antioxidante e genoprotetor, protegendo a pele da irradiação. No grupo II foram observadas eritremas, bolhas e crosta superficial. Não houve diferenças significativas dos valores médios da densidade de mastócitos e fibras colágenas não diferiram entre os grupos I e III. Concluiu-se que o extrato etanólico da própolis vermelha exerceu efeitos genoprotetor e fotoprotetor por promover satisfatórias absorbâncias da radiação ultravioleta e foi capaz de proteger a pele das lesões induzida pela irradiação UVB.


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  • Objetivou-se avaliar os teores de fenóis, flavanóides totais, além das atividades antioxidante, genoprotetora e fotoprotetora do extrato etanólico da própolis vermelha produzida por Apis mellifera. Diferentes concentrações do extrato foram avaliadas in vitro por espectrofotometria. O efeito fotoprotetor do extrato foi avaliado in vivo em 30 ratos Wistar distribuídos em três grupos: Grupo I - a pele não recebeu aplicação tópica de extrato e não foi submetida à irradiação ultravioleta; Grupo II - a pele não foi submetida a aplicação tópica de extrato e foram irradiados; Grupo III - pele foi submetida a aplicação tópica de extrato e foram irradiados. A pele foi avaliada macroscópica e quantificou-se a densidade de células inflamatórias, mastócitos, células necrosadas e fibras colágenas. O extrato apresentou altos teores de fenóis e flavonoides com capacidade antioxidante e genoprotetor, protegendo a pele da irradiação. No grupo II foram observadas eritremas, bolhas e crosta superficial. Não houve diferenças significativas dos valores médios da densidade de mastócitos e fibras colágenas não diferiram entre os grupos I e III. Concluiu-se que o extrato etanólico da própolis vermelha exerceu efeitos genoprotetor e fotoprotetor por promover satisfatórias absorbâncias da radiação ultravioleta e foi capaz de proteger a pele das lesões induzida pela irradiação UVB.

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  • IGOR RENNO GUIMARÃES LOPES
  • Morfologia do coração de cateto (Pecari tajacu LINNAEUS, 1758).

  • Orientador : MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDRE DE MACEDO MEDEIROS
  • GLEIDSON BENEVIDES DE OLIVEIRA
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • Data: 23/12/2019

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  • Objetivou-se pesquisar a angioarquitetura, forma e localização no cateto (Pecari tajacu), sendo utilizados 8 animais, 4 machos e 4 fêmeas. Foi realizada uma incisão desde a sincondrose intermandibular à cartilagem xifoide, para remoção do esterno e estabelecimento dos parâmetros topográficos do coração. Os corações foram retirados, dos quais 4 corações foram imersos em solução de formaldeído 10% por 24h para fixação e, posteriormente, feitas secções a fim de expor a face interna. 2 corações tiveram seus sistemas arteriais perfundidos com látex Neoprene (650) amarelo, e 2 com acetato de vinil amarelo, estes posteriormente submetidos a corrosão com ácido sulfúrico a 20% por 72h. O coração de cateto apresenta forma cônica alongada, ocupa a maior parte do espaço mediastínico médio do tórax e situa-se em região delimitada entre a 3ª e a 6ª costela, envolta pelo pericárdio, este ligado ao diafragma por meio do ligamento frenopericárdico, Do arco aórtico emergem dois ramos colaterais, o tronco braquiocefálico, que se ramifica em artéria subclávia direita e um tronco comum das artérias carótidas comuns direita e esquerda e, em seguida, em artéria subclávia esquerda. Nos modelos arteriais cardíacos a artéria coronária esquerda emergiu da aorta, entre a aurícula esquerda e o tronco pulmonar, e ramificava-se em um ramo superficial que retorna para a aurícula esquerda, um ramo circunflexo, o qual, pelo sulco coronário, circundava a base do coração em direção a face atrial, e o ramo paraconal, que seguia em direção ao ápice e, em seu trajeto, emitia 3 a 4 ramos acessórios. A artéria coronária direita emerge da aorta, entre a aurícula direita e o átrio direito, em seguida, bifurca-se em um ramo superficial que se insere na aurícula direita e um ramo subsinuoso, que se curva em direção a face atrial e segue em direção ao ápice, conferindo ao coração uma vascularização do tipo equilibrada.


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  • Objetivou-se pesquisar a angioarquitetura, forma e localização no cateto (Pecari tajacu), sendo utilizados 8 animais, 4 machos e 4 fêmeas. Foi realizada uma incisão desde a sincondrose intermandibular à cartilagem xifoide, para remoção do esterno e estabelecimento dos parâmetros topográficos do coração. Os corações foram retirados, dos quais 4 corações foram imersos em solução de formaldeído 10% por 24h para fixação e, posteriormente, feitas secções a fim de expor a face interna. 2 corações tiveram seus sistemas arteriais perfundidos com látex Neoprene (650) amarelo, e 2 com acetato de vinil amarelo, estes posteriormente submetidos a corrosão com ácido sulfúrico a 20% por 72h. O coração de cateto apresenta forma cônica alongada, ocupa a maior parte do espaço mediastínico médio do tórax e situa-se em região delimitada entre a 3ª e a 6ª costela, envolta pelo pericárdio, este ligado ao diafragma por meio do ligamento frenopericárdico, Do arco aórtico emergem dois ramos colaterais, o tronco braquiocefálico, que se ramifica em artéria subclávia direita e um tronco comum das artérias carótidas comuns direita e esquerda e, em seguida, em artéria subclávia esquerda. Nos modelos arteriais cardíacos a artéria coronária esquerda emergiu da aorta, entre a aurícula esquerda e o tronco pulmonar, e ramificava-se em um ramo superficial que retorna para a aurícula esquerda, um ramo circunflexo, o qual, pelo sulco coronário, circundava a base do coração em direção a face atrial, e o ramo paraconal, que seguia em direção ao ápice e, em seu trajeto, emitia 3 a 4 ramos acessórios. A artéria coronária direita emerge da aorta, entre a aurícula direita e o átrio direito, em seguida, bifurca-se em um ramo superficial que se insere na aurícula direita e um ramo subsinuoso, que se curva em direção a face atrial e segue em direção ao ápice, conferindo ao coração uma vascularização do tipo equilibrada.

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  • PAULO MATEUS ALVES LOPES
  • LOCALIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS RECEPTORES DE MELATONINA EM DIFERENTES IDADES EMBRIONÁRIAS DE PREÁ (Galea spixii Wagler, 1831).

  • Orientador : MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
  • ANDRE DE MACEDO MEDEIROS
  • GLEIDSON BENEVIDES DE OLIVEIRA
  • Data: 23/12/2019

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  • A pesquisa com animais silvestres fornece apoio para preservação de espécies e para sua manutenção em cativeiro, pois gera dados para a tomada de medidas que visam aumentar as chances de sobrevivência destes animais. Já foram realizados vários estudos referentes à morfologia de preás, mas nenhum faz citação aos receptores de melatonina em embriões desta espécie. Este trabalho teve como objetivo avaliar a distribuição dos receptores de melatonina (MT1 e MT2) em embriões de preá em diferentes estágios de desenvolvimento, com base em microscopia de luz e de imunofluorescência. Para desenvolvimento deste estudo, foram utilizados 12 preás fêmeas, adultas, com as quais foram formados três grupos com quatro fêmeas, obtidas no Centro de Multiplicação de Animais Silvestres da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (CEMAS/UFERSA). Para experimentação, os animais foram eutanasiados seguindo o protocolo preconizado para roedores, após a aprovação pelo ICMBio e pela CEUA. As coletas dos embriões foram realizadas aos 20, 25, 30 dias de gestação, sendo coletados três embriões por idade gestacional, e esses embriões foram destinados ao processamento para microscopia de luz e imunofluorescência. Ocorreu marcação dos receptores de melatonina MT1 e MT2 em todos os órgãos estudados e nas diferentes idades gestacionais. Na regiao encefálica do preá ocorreu ampla distribuição desses receptores no córtex cerebral. No coração do preá houve marcação inespecífica e distribuída por todo o órgão em ambas as idades gestacionais. O fígado foi o tecido que apresentou maior marcação dos receptores de melatonina, sendo evidenciado principalmente nos hepatócitos. O pulmão e o rim apresentaram marcação dos receptores semelhante em todas as idades gestacionais, na qual foi observado marcação principalmente nas regiões tubulares dos órgãos. Com relação a densidade, observou-se que a maior densidade de marcação dos receptores de melatonina ocorreu no fígado e na idade de 25 dias de gestação.


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  • A pesquisa com animais silvestres fornece apoio para preservação de espécies e para sua manutenção em cativeiro, pois gera dados para a tomada de medidas que visam aumentar as chances de sobrevivência destes animais. Já foram realizados vários estudos referentes à morfologia de preás, mas nenhum faz citação aos receptores de melatonina em embriões desta espécie. Este trabalho teve como objetivo avaliar a distribuição dos receptores de melatonina (MT1 e MT2) em embriões de preá em diferentes estágios de desenvolvimento, com base em microscopia de luz e de imunofluorescência. Para desenvolvimento deste estudo, foram utilizados 12 preás fêmeas, adultas, com as quais foram formados três grupos com quatro fêmeas, obtidas no Centro de Multiplicação de Animais Silvestres da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (CEMAS/UFERSA). Para experimentação, os animais foram eutanasiados seguindo o protocolo preconizado para roedores, após a aprovação pelo ICMBio e pela CEUA. As coletas dos embriões foram realizadas aos 20, 25, 30 dias de gestação, sendo coletados três embriões por idade gestacional, e esses embriões foram destinados ao processamento para microscopia de luz e imunofluorescência. Ocorreu marcação dos receptores de melatonina MT1 e MT2 em todos os órgãos estudados e nas diferentes idades gestacionais. Na regiao encefálica do preá ocorreu ampla distribuição desses receptores no córtex cerebral. No coração do preá houve marcação inespecífica e distribuída por todo o órgão em ambas as idades gestacionais. O fígado foi o tecido que apresentou maior marcação dos receptores de melatonina, sendo evidenciado principalmente nos hepatócitos. O pulmão e o rim apresentaram marcação dos receptores semelhante em todas as idades gestacionais, na qual foi observado marcação principalmente nas regiões tubulares dos órgãos. Com relação a densidade, observou-se que a maior densidade de marcação dos receptores de melatonina ocorreu no fígado e na idade de 25 dias de gestação.

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  • ROOSEVELT DE ARAÚJO SALES JÚNIOR
  • SISTEMA DE CULTIVO ORGÂNICO DO CAMARÃO BRANCO (Litopenaeus vannamei) E DA OSTRA NATIVA (Crassostrea gasar): ASPECTOS QUALITATIVOS DO PRODUTO

  • Orientador : JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JEAN BERG ALVES DA SILVA
  • PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
  • MARIA ROCIENE ABRANTES
  • Data: 27/12/2019

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