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Dissertações |
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SAMUEL FREITAS NUNES
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OVINOS MORADA NOVA DA VARIEDADE BRANCA: CARACTERIZAÇÃO FENOTÍPICA E DIVERSIDADE GENÉTICA, PRIMEIRO PASSO PARA A CONSERVAÇÃO
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Orientador : DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
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MEMBROS DA BANCA :
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DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
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JOSE ERNANDES RUFINO DE SOUSA
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SAMUEL REZENDE PAIVA
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Data: 30/01/2020
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A partir da falta de dados técnicos sobre o padrão racial da variedade branca de ovinos da raça Morada Nova e da situação de risco em que a mesma se encontra o presente estudo objetivou fornecer informações para subsidiar a seleção e a manutenção da variabilidade genética a partir de dados de morfometria corporal, índices zootécnicos e imagens foi realizado testes de média para caracterização, análise de componentes principais visando descobrir quais características possuem maior importância na caracterização e analise discriminante canônica para descobrir qual característica diferencia melhor os animais. Os animais do fenótipo branco da raça Morada Nova são dolicocéfalos, com boa capacidade torácica, desenvolvimento corporal médio e garupa quadrada, possuem mucosas, cascos e pele despigmentados ou parcialmente despigmentados e características morfológicas que indicam a aptidão tanto para a produção de leite como para a produção de carne. Embora existam algumas variações destas características entre as populações, a grande parte pode ser explicada por fatores ambientais, como deficiências nos manejos nutricionais e reprodutivos, e não genéticos e as variáveis relacionadas às medidas cefálicas são as que apresentam o maior poder de diferenciação entre os animais.
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A partir da falta de dados técnicos sobre o padrão racial da variedade branca de ovinos da raça Morada Nova e da situação de risco em que a mesma se encontra o presente estudo objetivou fornecer informações para subsidiar a seleção e a manutenção da variabilidade genética a partir de dados de morfometria corporal, índices zootécnicos e imagens foi realizado testes de média para caracterização, análise de componentes principais visando descobrir quais características possuem maior importância na caracterização e analise discriminante canônica para descobrir qual característica diferencia melhor os animais. Os animais do fenótipo branco da raça Morada Nova são dolicocéfalos, com boa capacidade torácica, desenvolvimento corporal médio e garupa quadrada, possuem mucosas, cascos e pele despigmentados ou parcialmente despigmentados e características morfológicas que indicam a aptidão tanto para a produção de leite como para a produção de carne. Embora existam algumas variações destas características entre as populações, a grande parte pode ser explicada por fatores ambientais, como deficiências nos manejos nutricionais e reprodutivos, e não genéticos e as variáveis relacionadas às medidas cefálicas são as que apresentam o maior poder de diferenciação entre os animais.
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MARIA BÁRBARA SILVA
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AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CULTIVO E CRIOPRESERVAÇÃO SOBRE O ESTABELECIMENTO DE LINHAGENS FIBROBLÁSTICAS DE ONÇAS-PINTADAS, Panthera onca (LINNAEUS, 1758)
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Orientador : ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
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ANA LIZA PAZ SOUZA
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HERLON SILVA
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Data: 29/04/2020
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O quantitativo populacional cada vez mais reduzido de onças-pintadas, associado à sua importância ecológica, tem resultado no desenvolvimento de estratégias que promovam a sua conservação. Nesse sentido, células somáticas derivadas da pele destes animais podem ser empregadas para essa finalidade, seja na produção de embriões clones, na obtenção de células induzidas à pluripotência e nos estudos genéticos da espécie. Para tanto, o estabelecimento adequado destas amostras é etapa inicial para essas aplicações. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar os danos gerados pelas condições de cultivo in vitro e criopreservação sobre o estabelecimento de cinco linhagens fibroblásticas derivadas de onças-pintadas adultas. Assim, fragmentos da pele da região auricular apical de uma fêmea e quatro machos foram cultivados in vitro para a obtenção das células somáticas. Inicialmente, para a identificação do tipo celular, células foram confirmadas como fibroblastos após análise morfológica e de imunofluorescência, e as cinco linhagens (um animal/uma linhagem) foram submetidas a dois experimentos. No primeiro experimento, células foram avaliadas em diferentes passagens do cultivo (primeira, terceira décima) para viabilidade, metabolismo e atividade proliferativa. No segundo experimento, células criopreservadas foram avaliadas para viabilidade, metabolismo, atividade proliferativa, níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs), potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm) e apoptose após descongelação em uma, três e dez passagens de cultivo. Células não criopreservadas foram utilizadas como controle. O cultivo in vitro após a primeira (26,1 h ± 4,9), terceira (22,9 h ± 1,6) e décima passagem (22,8 h ± 3,7) e criopreservação (30,0 h ± 1,4) não afetaram a atividade proliferativa. Além disso, nenhuma diferença foi observada para a viabilidade após a primeira (98,9% ± 0,8), terceira (92,5% ± 6,2), décima (95,7% ± 1,4) passagem e criopreservação (73,2% ± 9,8). Contudo, células cultivadas até a décima passagem (49,0% ± 3,3) e criopreservadas (32,7% ± 2,8) reduziram seu metabolismo. Adicionalmente, células criopreservadas mostraram em unidades de fluorescência arbitrárias altos níveis de EROs (1,4 ± 0,1) e ΔΨm alterado (0,9 ± 0,0), quando comparados às células não criopreservadas (1,0 ± 0,1 e 1,0 ± 0,2). Finalmente, células criopreservadas e cultivadas após dez passagens reduziram a atividade proliferativa reduzida (45,1% ± 12,0) e número de células viáveis (30,4% ± 5,7), quando comparadas as células criopreservadas e cultivadas após uma e três passagens. Em conclusão, fibroblastos viáveis podem ser estabelecidos da pele de onças-pintadas e que embora essas células não tenham mostrado alterações na viabilidade e atividade proliferativa, elas sofrem danos durante um longo cultivo e criopreservação nas condições estudadas.
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O quantitativo populacional cada vez mais reduzido de onças-pintadas, associado à sua importância ecológica, tem resultado no desenvolvimento de estratégias que promovam a sua conservação. Nesse sentido, células somáticas derivadas da pele destes animais podem ser empregadas para essa finalidade, seja na produção de embriões clones, na obtenção de células induzidas à pluripotência e nos estudos genéticos da espécie. Para tanto, o estabelecimento adequado destas amostras é etapa inicial para essas aplicações. Portanto, o objetivo do presente estudo foi avaliar os danos gerados pelas condições de cultivo in vitro e criopreservação sobre o estabelecimento de cinco linhagens fibroblásticas derivadas de onças-pintadas adultas. Assim, fragmentos da pele da região auricular apical de uma fêmea e quatro machos foram cultivados in vitro para a obtenção das células somáticas. Inicialmente, para a identificação do tipo celular, células foram confirmadas como fibroblastos após análise morfológica e de imunofluorescência, e as cinco linhagens (um animal/uma linhagem) foram submetidas a dois experimentos. No primeiro experimento, células foram avaliadas em diferentes passagens do cultivo (primeira, terceira décima) para viabilidade, metabolismo e atividade proliferativa. No segundo experimento, células criopreservadas foram avaliadas para viabilidade, metabolismo, atividade proliferativa, níveis de espécies reativas de oxigênio (EROs), potencial de membrana mitocondrial (ΔΨm) e apoptose após descongelação em uma, três e dez passagens de cultivo. Células não criopreservadas foram utilizadas como controle. O cultivo in vitro após a primeira (26,1 h ± 4,9), terceira (22,9 h ± 1,6) e décima passagem (22,8 h ± 3,7) e criopreservação (30,0 h ± 1,4) não afetaram a atividade proliferativa. Além disso, nenhuma diferença foi observada para a viabilidade após a primeira (98,9% ± 0,8), terceira (92,5% ± 6,2), décima (95,7% ± 1,4) passagem e criopreservação (73,2% ± 9,8). Contudo, células cultivadas até a décima passagem (49,0% ± 3,3) e criopreservadas (32,7% ± 2,8) reduziram seu metabolismo. Adicionalmente, células criopreservadas mostraram em unidades de fluorescência arbitrárias altos níveis de EROs (1,4 ± 0,1) e ΔΨm alterado (0,9 ± 0,0), quando comparados às células não criopreservadas (1,0 ± 0,1 e 1,0 ± 0,2). Finalmente, células criopreservadas e cultivadas após dez passagens reduziram a atividade proliferativa reduzida (45,1% ± 12,0) e número de células viáveis (30,4% ± 5,7), quando comparadas as células criopreservadas e cultivadas após uma e três passagens. Em conclusão, fibroblastos viáveis podem ser estabelecidos da pele de onças-pintadas e que embora essas células não tenham mostrado alterações na viabilidade e atividade proliferativa, elas sofrem danos durante um longo cultivo e criopreservação nas condições estudadas.
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Teses |
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KALIANE ALESSANDRA RODRIGUES DE PAIVA
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POTENCIAL HEPATOPROTETOR, ANTINEOPLÁSICO E GENOPROTETOR DA GEOPRÓPOLIS PRODUZIDA POR ABELHA JANDAÍRA (Melipona subnitida D.) NO SEMIÁRIDO DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL.
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Orientador : JAEL SOARES BATISTA
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MEMBROS DA BANCA :
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JAEL SOARES BATISTA
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CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
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WIRTON PEIXOTO COSTA
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MARIA ROCIENE ABRANTES
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WESLEY LYEVERTON CORREIA RIBEIRO
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Data: 14/02/2020
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Melipona subnitida D. é uma espécie adaptada as condições locais da região semiárida do nordeste brasileiro e apresenta substâncias bioativas com propriedades medicinais atribuídas às suas cargas de mel, pólen e geoprópolis, tornando-se essencial para a economia local e comunidade cientifica, que tem o interesse de produzir fármacos naturais com novos princípios ativos e maior eficácia, pois as doenças hepáticas constituem um dos maiores problemas de saúde de ordem mundial, decorrentes principalmente do uso excessivo de drogas, em especial, antipiréticos, como o acetaminofen.. Dessa forma, objetivou-se avaliar a composição química, atividade antioxidante, genoprotetora, antineoplásica e o potencial hepatoprotetor do extrato hidroetanólico da geoprópolis produzida pela abelha jandaíra (Melipona subnitida D.), na região semiárida do Rio Grande do Norte, Brasil. Avaliou-se in vitro a composição química e atividade antioxidante do extrato hidroetanólico da geoprópolis, bem como, o potencial antineoplásico e genoprotetor, através do ensaio de redução do tetrazólio MTT (brometo de 3-(4,5-dimetil2-tiazolil)-2,5-difenil-2H tetrazólio) em linhagem celular de carcinoma hepatocelular humano (HepG2) e ensaio Cometa Alcalino em linhagem de fibroblastos de camundongo L929 (fonte BCRJ), respectivamente. As amostras de extrato hidroetanólico da geoprópolis apresentaram 41 compostos fenólicos, distribuídos entre fenóis e flavonoides, este último, sendo chalconas, flavonas e flavonóis, com excelente atividade antioxidante. Relata-se pela primeira vez, em geoprópolis de meliponídeos, a presença de lignan 4-demethyldeoxypodophyllotoxin 4-O-glucopyranoside, composto provavelmente responsável pela atividade antineoplásica em carcinoma hepatocelular humano (HepG2), conferida nas amostras de extrato hidroetanólico. Verificou-se também, efeito genoprotetor, com percentuais de redução de genotoxicidade de 90,74%, 73,12% e 48,18%, nas concentrações de 500, 250 e 100μl/mL do extrato hidroetanólico, respectivamente. In vivo, avaliou-se o potencial hepatoprotetor em Rattus norvegicus Berkenhout, 1769, linhagem Wistar com lesão hepática aguda induzida por acetaminofen, através das análises bioquímica da função hepática, avaliação macroscópica, histológica e estereológica dos fígados. Os resultados dos níveis séricos das enzimas TGO e TGP, indicaram que o extrato hidroetanólico da geoprópolis da abelha jandaíra não causou hepatotoxicidade. Na avaliação macroscópica dos fígados, no grupo G3 foi possível constatar coloração marrom pálida e discreta hemorragia, no G4 presença de sufusões hemorrágicas na cápsula, contornos irregulares e acentuação do padrão lobular. Na histoarquitetura dos fígados verificou no G3 focos de hepatócitos tumefeitos, vacuolizados e necrosados, no G4 degeneração e necrose difusa de hepatócitos. Na esteriologia, observou aumento no percentual de hepatócitos e sinusóides, bem como, redução do colágeno no grupo G3 em relação ao G4. Tais dados sugere efeito hepatoprotetor da geoprópolis frente as lesões hepáticas agudas provocadas por acetaminofen. Conclui-se que o extrato hidroetanólico da geoprópolis da abelha jandaíra (Melipona subnitida D.) apresenta composição química variada e atividade antineoplásica, com ausência de hepatotoxicidade e genotoxicidade em células normais, podendo ser um produto natural promissor na quimioterapia.
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Melipona subnitida D. é uma espécie adaptada as condições locais da região semiárida do nordeste brasileiro e apresenta substâncias bioativas com propriedades medicinais atribuídas às suas cargas de mel, pólen e geoprópolis, tornando-se essencial para a economia local e comunidade cientifica, que tem o interesse de produzir fármacos naturais com novos princípios ativos e maior eficácia, pois as doenças hepáticas constituem um dos maiores problemas de saúde de ordem mundial, decorrentes principalmente do uso excessivo de drogas, em especial, antipiréticos, como o acetaminofen.. Dessa forma, objetivou-se avaliar a composição química, atividade antioxidante, genoprotetora, antineoplásica e o potencial hepatoprotetor do extrato hidroetanólico da geoprópolis produzida pela abelha jandaíra (Melipona subnitida D.), na região semiárida do Rio Grande do Norte, Brasil. Avaliou-se in vitro a composição química e atividade antioxidante do extrato hidroetanólico da geoprópolis, bem como, o potencial antineoplásico e genoprotetor, através do ensaio de redução do tetrazólio MTT (brometo de 3-(4,5-dimetil2-tiazolil)-2,5-difenil-2H tetrazólio) em linhagem celular de carcinoma hepatocelular humano (HepG2) e ensaio Cometa Alcalino em linhagem de fibroblastos de camundongo L929 (fonte BCRJ), respectivamente. As amostras de extrato hidroetanólico da geoprópolis apresentaram 41 compostos fenólicos, distribuídos entre fenóis e flavonoides, este último, sendo chalconas, flavonas e flavonóis, com excelente atividade antioxidante. Relata-se pela primeira vez, em geoprópolis de meliponídeos, a presença de lignan 4-demethyldeoxypodophyllotoxin 4-O-glucopyranoside, composto provavelmente responsável pela atividade antineoplásica em carcinoma hepatocelular humano (HepG2), conferida nas amostras de extrato hidroetanólico. Verificou-se também, efeito genoprotetor, com percentuais de redução de genotoxicidade de 90,74%, 73,12% e 48,18%, nas concentrações de 500, 250 e 100μl/mL do extrato hidroetanólico, respectivamente. In vivo, avaliou-se o potencial hepatoprotetor em Rattus norvegicus Berkenhout, 1769, linhagem Wistar com lesão hepática aguda induzida por acetaminofen, através das análises bioquímica da função hepática, avaliação macroscópica, histológica e estereológica dos fígados. Os resultados dos níveis séricos das enzimas TGO e TGP, indicaram que o extrato hidroetanólico da geoprópolis da abelha jandaíra não causou hepatotoxicidade. Na avaliação macroscópica dos fígados, no grupo G3 foi possível constatar coloração marrom pálida e discreta hemorragia, no G4 presença de sufusões hemorrágicas na cápsula, contornos irregulares e acentuação do padrão lobular. Na histoarquitetura dos fígados verificou no G3 focos de hepatócitos tumefeitos, vacuolizados e necrosados, no G4 degeneração e necrose difusa de hepatócitos. Na esteriologia, observou aumento no percentual de hepatócitos e sinusóides, bem como, redução do colágeno no grupo G3 em relação ao G4. Tais dados sugere efeito hepatoprotetor da geoprópolis frente as lesões hepáticas agudas provocadas por acetaminofen. Conclui-se que o extrato hidroetanólico da geoprópolis da abelha jandaíra (Melipona subnitida D.) apresenta composição química variada e atividade antineoplásica, com ausência de hepatotoxicidade e genotoxicidade em células normais, podendo ser um produto natural promissor na quimioterapia.
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CAIO SERGIO SANTOS
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MICROBIOTA AERÓBIA DO SÊMEN E DA MUCOSA PREPUCIAL E EFEITO DOS ANTIMICROBIANOS NA CONSERVAÇÃO DOS PARÂMETROS ESPERMÁTICOS DE CATETOS (Pecari tajacu LINNAEUS,1758) EM CATIVEIRO.
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Orientador : ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
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ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
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CAIO AUGUSTO MARTINS AIRES
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RINALDO APARECIDO MOTA
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THIBERIO DE SOUZA CASTELO
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Data: 18/02/2020
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A presença de bactérias no sêmen pode causar perdas na função espermática e, consequentemente, interferir nas biotecnologias reprodutivas que façam uso desse material biológico. Dito isso, objetivou-se descrever a microbiota bacteriana do sêmen e prepúcio dos catetos (Pecari tajacu) criados em cativeiro, bem como o impacto do uso de substâncias antimicrobianas na carga bacteriana e função espermática durante a conservação do sêmen dessa espécie. No primeiro experimento, foi realizada a cultura das bactérias aeróbias em amostras de sêmen e prepúcio de nove animais, bem como a quantificação destas e avaliação de parâmetros espermáticos no sêmen. Os isolados foram identificados e testados frente a concentrações de penicilina-estreptomicina, gentamicina e do gel da Aloe vera. Corynebacterium spp. e Staphylococcus spp. foram isolados em maior número no sêmen (64,1% e 20,5%, respectivamente) e no prepúcio (60,6% e 24,2%, respectivamente), variando de 0,4 a 21 × 105 unidades formadoras de colônia (UFC) por mililitro. A carga de Corynebacterium spp. foi correlacionada negativamente (P < 0,05) com a integridade da membrana espermática (r = −0.73055) e velocidade curvilinear (r = −0.69048). A combinação penicilina-estreptomicina (PE) e gentamicina (G) inibiram a maioria dos microrganismos e a A. vera demonstrou fraco potencial antimicrobiano. No segundo experimento, foi analisada a toxicidade de antimicrobianos sobre a longevidade espermática pelo teste de termo resistência em seis amostras de sêmen, sendo cada uma diluída em Tris sozinho (controle) e em Tris acrescido da combinação penicilina-estreptomicina (2000 UI/ml-2 mg/ml) ou de gentamicina (70 µg/ml), e mantidas por 180 min a 37 °C. Verificou-se que os tratamentos não diferiram (P > 0,05) até 180 min, mas que o tratamento contendo G reduziu (P < 0,05) a integridade da membrana e a atividade mitocondrial das células espermáticas aos 180 min (53,1 ± 7,1% e 50,7 ± 6,2%, respectivamente) se comparado a 0 min (80,5 ± 4,7% e 86,3 ± 3,4%, respectivamente). No terceiro experimento, foi avaliado o efeito de duas concentrações de PE (2000 UI/ml – 2 mg/ml [2] e 1000 UI/ml – 1 mg/ml [1]) e G (70 µg/ml [7] e 30 µg/ml [3]) adicionadas aos diluentes Tris + 20% de gema de ovo (TG) e Tris + 20% de A. vera (TA) sobre a carga bacteriana e qualidade espermática em 10 amostras de sêmen mantidas sob refrigeração (5 °C) até 36 h. O tratamento contendo PE2, PE1 e G7, independente do diluente, controlaram (P < 0,05) o crescimento bacteriano durante o armazenamento (variando de 0.5 ± 0.3 103 a 10 ± 4.1 x 103 UFC/ml) até 36 h. Os tratamentos diluídos com TG com qualquer um dos antimicrobianos não demonstraram diferenças (P > 0,05) para a carga bacteriana e parâmetros espermáticos entre 0 e 36 h. Os tratamentos com TA, com ou sem antimicrobianos, afetaram (P < 0,05) a integridade da membrana e atividade mitocondrial dos espermatozoides após 12 h. O tratamento TG-G7 se destacou por manter algumas variáveis espermáticas por mais tempo, como a motilidade total (41,9 ± 6,1%) e progressiva (15 ± 2,6%) até 24 h, bem como a integridade de membrana (58.3 ± 2.1%) e velocidade curvilínea (76.7 ± 5.8%) até 36 h. Diante dos resultados, demonstrou-se a ocorrência de bactérias contaminantes no sêmen e prepúcio de catetos criados em cativeiro, com destaque para Corynebacterium spp. e Staphylococcus spp., bem como um impacto negativo da primeira sobre a função espermática no sêmen fresco. A combinação penicilina-estreptomicina (2000 UI/ml-2 mg/ml) e gentamicina (70 µg/ml) podem ser adicionadas ao Tris na diluição de sêmen, incubado a 37 °C por até 120 min, sem causar efeitos tóxicos aos espermatozoides dos animais. Estas drogas também foram eficazes no controle das bactérias presentes no sêmen refrigerado destes animais, por até 36 h, sem afetar a longevidade espermática.
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A presença de bactérias no sêmen pode causar perdas na função espermática e, consequentemente, interferir nas biotecnologias reprodutivas que façam uso desse material biológico. Dito isso, objetivou-se descrever a microbiota bacteriana do sêmen e prepúcio dos catetos (Pecari tajacu) criados em cativeiro, bem como o impacto do uso de substâncias antimicrobianas na carga bacteriana e função espermática durante a conservação do sêmen dessa espécie. No primeiro experimento, foi realizada a cultura das bactérias aeróbias em amostras de sêmen e prepúcio de nove animais, bem como a quantificação destas e avaliação de parâmetros espermáticos no sêmen. Os isolados foram identificados e testados frente a concentrações de penicilina-estreptomicina, gentamicina e do gel da Aloe vera. Corynebacterium spp. e Staphylococcus spp. foram isolados em maior número no sêmen (64,1% e 20,5%, respectivamente) e no prepúcio (60,6% e 24,2%, respectivamente), variando de 0,4 a 21 × 105 unidades formadoras de colônia (UFC) por mililitro. A carga de Corynebacterium spp. foi correlacionada negativamente (P < 0,05) com a integridade da membrana espermática (r = −0.73055) e velocidade curvilinear (r = −0.69048). A combinação penicilina-estreptomicina (PE) e gentamicina (G) inibiram a maioria dos microrganismos e a A. vera demonstrou fraco potencial antimicrobiano. No segundo experimento, foi analisada a toxicidade de antimicrobianos sobre a longevidade espermática pelo teste de termo resistência em seis amostras de sêmen, sendo cada uma diluída em Tris sozinho (controle) e em Tris acrescido da combinação penicilina-estreptomicina (2000 UI/ml-2 mg/ml) ou de gentamicina (70 µg/ml), e mantidas por 180 min a 37 °C. Verificou-se que os tratamentos não diferiram (P > 0,05) até 180 min, mas que o tratamento contendo G reduziu (P < 0,05) a integridade da membrana e a atividade mitocondrial das células espermáticas aos 180 min (53,1 ± 7,1% e 50,7 ± 6,2%, respectivamente) se comparado a 0 min (80,5 ± 4,7% e 86,3 ± 3,4%, respectivamente). No terceiro experimento, foi avaliado o efeito de duas concentrações de PE (2000 UI/ml – 2 mg/ml [2] e 1000 UI/ml – 1 mg/ml [1]) e G (70 µg/ml [7] e 30 µg/ml [3]) adicionadas aos diluentes Tris + 20% de gema de ovo (TG) e Tris + 20% de A. vera (TA) sobre a carga bacteriana e qualidade espermática em 10 amostras de sêmen mantidas sob refrigeração (5 °C) até 36 h. O tratamento contendo PE2, PE1 e G7, independente do diluente, controlaram (P < 0,05) o crescimento bacteriano durante o armazenamento (variando de 0.5 ± 0.3 103 a 10 ± 4.1 x 103 UFC/ml) até 36 h. Os tratamentos diluídos com TG com qualquer um dos antimicrobianos não demonstraram diferenças (P > 0,05) para a carga bacteriana e parâmetros espermáticos entre 0 e 36 h. Os tratamentos com TA, com ou sem antimicrobianos, afetaram (P < 0,05) a integridade da membrana e atividade mitocondrial dos espermatozoides após 12 h. O tratamento TG-G7 se destacou por manter algumas variáveis espermáticas por mais tempo, como a motilidade total (41,9 ± 6,1%) e progressiva (15 ± 2,6%) até 24 h, bem como a integridade de membrana (58.3 ± 2.1%) e velocidade curvilínea (76.7 ± 5.8%) até 36 h. Diante dos resultados, demonstrou-se a ocorrência de bactérias contaminantes no sêmen e prepúcio de catetos criados em cativeiro, com destaque para Corynebacterium spp. e Staphylococcus spp., bem como um impacto negativo da primeira sobre a função espermática no sêmen fresco. A combinação penicilina-estreptomicina (2000 UI/ml-2 mg/ml) e gentamicina (70 µg/ml) podem ser adicionadas ao Tris na diluição de sêmen, incubado a 37 °C por até 120 min, sem causar efeitos tóxicos aos espermatozoides dos animais. Estas drogas também foram eficazes no controle das bactérias presentes no sêmen refrigerado destes animais, por até 36 h, sem afetar a longevidade espermática.
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JOVILMA MARIA SOARES DE MEDEIROS
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INCIDÊNCIA DO Staphylococcus aureus NA PRODUÇÃO DO QUEIJO DE COALHO ARTESANAL E QUALIDADE DE NOVAS FORMULAÇÕES.
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Orientador : JEAN BERG ALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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JEAN BERG ALVES DA SILVA
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PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
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ANA CARLA DIOGENES SUASSUNA BEZERRA
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MARIA ROCIENE ABRANTES
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NATHALIA CRISTINA CIRONE SILVA
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Data: 18/02/2020
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A forma tradicional de fabricação do queijo de coalho emprega o leite cru como matéria-prima e um modo de preparo tradicional, o que possibilita a permanência de microrganismos patogênicos como o Staphylococcus aureus na cadeia produtiva desse queijo, assim como elevados teores de gordura e sódio. Diante da necessidade atual de produtos com qualidade sanitária e nutricional objetivou-se avaliar a presença do S. aureus na cadeia produtiva do queijo de coalho, o perfil fenotípico e potencial enterotoxigênico dos isolados, assim como propor novas formulações de queijo com substituição parcial do sal por ervas e da gordura por inulina. Para tanto, foram analisadas amostras de toda a cadeia produtiva do queijo de coalho em queijarias artesanais, sendo isoladas colônias de S. aureus e realizada a identificação fenotípica destas, a pesquisa de genes codificadores de enterotoxinas, de resistência a antibióticos e a tipagem por agr typing, além do teste de sensibilidade a antibióticos. Para as novas formulações utilizouse a substituição de cloreto de sódio por ervas nas proporções de 30%, 22,2% e 12,5%, como também a utilização de leite semidesnatado e integral com adição de 8% de inulina. Nessas amostras foram analisados o crescimento microbiano, a composição química e parâmetros físicos durante 10 dias de armazenamento refrigerado. Na cadeia produtiva do queijo de coalho observou-se elevada contaminação por S. aureus, assim como presença de gene produtor de enterotoxina sea e gene mecA. Os genes dos grupos agr estiveram presentes em toda a cadeia produtiva com maior prevalência do agr III. Quanto a resistência a antibióticos observou-se resistência múltipla. Nas formulações com ervas foi possível reduzir as contagens de estafilococos coagulase positiva até o 5º dia de armazenamento, assim como o teor de sódio e melhorar a aceitação do queijo com a adição de 12,5% de ervas. Em relação a inulina esta não interferiu no crescimento microbiano e manteve a aceitação sensorial equivalente ao queijo convencional. Nas queijarias artesanais estudadas encontraram-se cepas de S. aureus com preocupante potencial enterotoxigênico demonstrando a necessidade de uma fabricação com melhores condições de higiene. Além disso, a adição de ervas pode ser uma alternativa para melhorar a qualidade microbiológica, que aliada a utilização da inulina melhoram a qualidade nutricional do queijo de coalho.
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A forma tradicional de fabricação do queijo de coalho emprega o leite cru como matéria-prima e um modo de preparo tradicional, o que possibilita a permanência de microrganismos patogênicos como o Staphylococcus aureus na cadeia produtiva desse queijo, assim como elevados teores de gordura e sódio. Diante da necessidade atual de produtos com qualidade sanitária e nutricional objetivou-se avaliar a presença do S. aureus na cadeia produtiva do queijo de coalho, o perfil fenotípico e potencial enterotoxigênico dos isolados, assim como propor novas formulações de queijo com substituição parcial do sal por ervas e da gordura por inulina. Para tanto, foram analisadas amostras de toda a cadeia produtiva do queijo de coalho em queijarias artesanais, sendo isoladas colônias de S. aureus e realizada a identificação fenotípica destas, a pesquisa de genes codificadores de enterotoxinas, de resistência a antibióticos e a tipagem por agr typing, além do teste de sensibilidade a antibióticos. Para as novas formulações utilizouse a substituição de cloreto de sódio por ervas nas proporções de 30%, 22,2% e 12,5%, como também a utilização de leite semidesnatado e integral com adição de 8% de inulina. Nessas amostras foram analisados o crescimento microbiano, a composição química e parâmetros físicos durante 10 dias de armazenamento refrigerado. Na cadeia produtiva do queijo de coalho observou-se elevada contaminação por S. aureus, assim como presença de gene produtor de enterotoxina sea e gene mecA. Os genes dos grupos agr estiveram presentes em toda a cadeia produtiva com maior prevalência do agr III. Quanto a resistência a antibióticos observou-se resistência múltipla. Nas formulações com ervas foi possível reduzir as contagens de estafilococos coagulase positiva até o 5º dia de armazenamento, assim como o teor de sódio e melhorar a aceitação do queijo com a adição de 12,5% de ervas. Em relação a inulina esta não interferiu no crescimento microbiano e manteve a aceitação sensorial equivalente ao queijo convencional. Nas queijarias artesanais estudadas encontraram-se cepas de S. aureus com preocupante potencial enterotoxigênico demonstrando a necessidade de uma fabricação com melhores condições de higiene. Além disso, a adição de ervas pode ser uma alternativa para melhorar a qualidade microbiológica, que aliada a utilização da inulina melhoram a qualidade nutricional do queijo de coalho.
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TIAGO DA SILVA TEOFILO
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CARACTERÍSTICAS MORFOFISIOLÓGICAS RUMINAIS, HEPÁTICAS E PERFIL DE ÁCIDOS GRAXOS DA CARNE DE OVINOS ALIMENTADOS COM DIETAS CONTENDO DIFERENTES TEORES DE ÓLEO RESIDUAL DE FRITURA
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Orientador : JOSE DOMINGUES FONTENELE NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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FÁBIO RAPFAEL PASCOTI BRUHN
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JAEL SOARES BATISTA
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JOSE DOMINGUES FONTENELE NETO
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PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
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RENNAN HERCULANO RUFINO MOREIRA
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Data: 20/02/2020
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O uso de produtos alternativos na alimentação de ruminantes pode apresentar características benéficas, tanto do ponto de vista econômico, quanto ambiental. A suplementação de ovinos com óleo residual de fritura (ORF), como estratégia de aumentar o aporte energético dietético pode modular as características da morfofisiologia ruminal, bem como do metabolismo hepático e da carne desses animais. Com isso, objetivou avaliar as características morfofisiológicas do rúmen, bem como as eventuais alterações hepáticas e o perfil de ácidos graxos da carne de ovinos em terminação alimentados com diferentes níveis de ORF. Para isso, 24 ovinos, machos, sem padrão racial definidos, foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos (seis carneiros por tratamento). Os animais foram mantidos a pasto durante um período de até 120 dias e logo após confinados por 60 dias, onde foram submetidos a uma das dietas experimentais, que consistiram em diferentes níveis de inclusão do ORF à dieta (0, 3, 6 e 9%) com base na matéria seca. A suplementação com 9% do ORF aumentou os tempos de redução do azul de metileno, sedimentação e flotação. As variáveis morfológicas do rúmen não foram alteradas independente do teor de ORF suplementado. A suplementação com 6 e 9% do ORF promoveu um aumento das lesões hepáticas microscopicamente. A suplementação com 9% do óleo provocou ainda uma redução da deposição de glicogênio no parênquima hepático. A carne dos animais alimentados com 9% de inclusão do óleo apresentou valores menores do ácido oleico (C18:1), quando comparados com o grupo controle. Os animais do grupo controle, apresentaram um menor valor do ácido α-linolênico (C18:3), quando comparados com os demais grupos. Não foram observadas diferenças nos índices trombogênico e aterogênico. A inclusão de óleo residual de fritura até 3% é segura para ser incorporada na dieta de ovinos em terminação, não resultado em alterações hepáticas. Já em relação ao perfil o perfil de ácidos graxos na carne, níveis de até 6% de ORF não refletem em alterações, constituindo uma alternativa para o aproveitamento desse resíduo da indústria alimentar.
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O uso de produtos alternativos na alimentação de ruminantes pode apresentar características benéficas, tanto do ponto de vista econômico, quanto ambiental. A suplementação de ovinos com óleo residual de fritura (ORF), como estratégia de aumentar o aporte energético dietético pode modular as características da morfofisiologia ruminal, bem como do metabolismo hepático e da carne desses animais. Com isso, objetivou avaliar as características morfofisiológicas do rúmen, bem como as eventuais alterações hepáticas e o perfil de ácidos graxos da carne de ovinos em terminação alimentados com diferentes níveis de ORF. Para isso, 24 ovinos, machos, sem padrão racial definidos, foram distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos (seis carneiros por tratamento). Os animais foram mantidos a pasto durante um período de até 120 dias e logo após confinados por 60 dias, onde foram submetidos a uma das dietas experimentais, que consistiram em diferentes níveis de inclusão do ORF à dieta (0, 3, 6 e 9%) com base na matéria seca. A suplementação com 9% do ORF aumentou os tempos de redução do azul de metileno, sedimentação e flotação. As variáveis morfológicas do rúmen não foram alteradas independente do teor de ORF suplementado. A suplementação com 6 e 9% do ORF promoveu um aumento das lesões hepáticas microscopicamente. A suplementação com 9% do óleo provocou ainda uma redução da deposição de glicogênio no parênquima hepático. A carne dos animais alimentados com 9% de inclusão do óleo apresentou valores menores do ácido oleico (C18:1), quando comparados com o grupo controle. Os animais do grupo controle, apresentaram um menor valor do ácido α-linolênico (C18:3), quando comparados com os demais grupos. Não foram observadas diferenças nos índices trombogênico e aterogênico. A inclusão de óleo residual de fritura até 3% é segura para ser incorporada na dieta de ovinos em terminação, não resultado em alterações hepáticas. Já em relação ao perfil o perfil de ácidos graxos na carne, níveis de até 6% de ORF não refletem em alterações, constituindo uma alternativa para o aproveitamento desse resíduo da indústria alimentar.
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PALOMA DE MATOS MACCHI
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AVALIAÇÃO DA FARINHA DE FOLHA DE MORINGA (Moringa oleifera) NA ALIMENTAÇÃO E IMUNIDADE DE CODORNAS EUROPEIAS (Coturnix coturnix)
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Orientador : CARLOS IBERE ALVES FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLOS IBERE ALVES FREITAS
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JEAN BERG ALVES DA SILVA
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LEONARDO LELIS DE MACEDO COSTA
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THIBERIO DE SOUZA CASTELO
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WESLEY ADSON COSTA COELHO
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Data: 20/02/2020
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A criação de codornas tem se mostrado muito promissora no Brasil, apresentando várias vantagens em relação à criação poedeiras e frangos de corte. Independente da finalidade de criação (carne ou ovos), tem tido crescimento constante em todas as regiões do Brasil. Alternativas nutricionais de baixo custo, que beneficiem o sistema imune frente às maiores exigências de aves mantidas em clima quente, podem favorecer o crescimento da coturnicultura no Nordeste brasileiro. A Moringa oleifera é uma opção que tem apresentado importantes características nutricionais e funcionais na alimentação animal. Este estudo objetivou avaliar o efeito da inclusão da folha de Moringa oleifera na alimentação de codornas europeias (Coturnix coturnix) sobre parâmetros de desempenho, rendimento de carcaça, peso de órgãos e bioquímica sérica, visando diminuir custos de produção sem comprometer desempenho e bem-estar. Foram utilizadas 360 codornas mistas da Granja Fujikura®, de 1 a 42 dias de idade, distribuídas aleatoriamente em 05 grupos, que consistiam 05 tratamentos (06 repetições) com n=12. As aves foram alimentadas ad libtum com rações experimentais à base de milho e farelo de soja, com 05 níveis de inclusão de proteína de folhas de Moringa oleifera (0.0%; 1.0%; 2.0%; 3.0%; 4.0%) em substituição a proteína do milho e soja, formuladas para 2 fases de criação, todas confeccionadas na forma farelada e isonutritivas. O experimento em campo se realizou no Instituto Federal do Rio Grande do Norte, Campus Ipanguaçu, em aviário tipo convencional onde as aves foram alojadas em boxes forrados com maravalha. Os padrões de manejo foram seguidos conforme o manual da linhagem para codornas de corte criadas em clima quente/verão. As folhas de moringa foram provenientes da área experimental do Campus Ipanguaçu, de plantas com seis meses de idade e intervalos de corte de 45 dias. O desempenho foi avaliado em duas fases (1 a 21 dias e 22 a 42 dias de idade). Aos 28, 35 e 42 dias de idade, amostras de 02 aves por grupo experimental foram escolhidas aleatoriamente para avaliação do rendimento de carcaça. A coleta de sangue e órgãos imunes e comestíveis ocorreu aos 14, 28 e 42 dias de idade das aves, a partir de 06 aves por grupo escolhidas aleatoriamente para avaliação da bioquímica sérica: Aspartato aminotransferase - AST; Alanina aminotransferase - ALT; Fosfatase alcalina - FAL; Colesterol; Triglicerídeos; Glicose. Os resultados de desempenho, rendimento de carcaça, peso de órgãos, parâmetros sanguíneos e análise econômica foram submetidos análise de variância e regressão polinomial. Os dados de rendimento de carcaça foram submetidos a análise de variância seguindo um esquema fatorial 5x3x2, sendo 5 níveis (%) de proteína de folha de moringa na ração, 3 idades e 2 sexos. Os parâmetros sanguíneos e peso de órgãos foram analisados em esquema fatorial 5x3, considerando 5 níveis de proteína de folha de moringa e 3 idades. Quando houve interação dos fatores analisados, a comparação das médias no desdobramento foi realizada pelo teste de Tukey à 5% de significância. A proteína de folha de Moringa oleifera reduz o peso vivo e ganho de peso até 21 dias de idade, porém não interfere em consumo de ração, eficiência produtiva e ganho médio diário aos 42 dias de idade, sendo possível a utilização até 2,24%. Considerando utilizar moringa somente de 22 a 42 dias é possível incluir 2,6% sem aumentar a conversão alimentar ou diminuir a eficiência alimentar, nas condições experimentais. A proteína de Moringa oleifera incluída até 4.0% na ração de codornas europeias não apresenta efeito sobre peso vivo, carcaça esviscerada, peito, coxa e sobrecoxa, e vísceras comestíveis de fêmeas aos 28, 35 e 42 dias de idade. No entanto, reduz o peso de carcaça esviscerada, peito, coxa e sobrecoxa de machos aos 35 dias. Até 4.0% de moringa ocorre aumento do peso do timo e redução do baço aos 42 dias, bem como da bolsa cloacal aos 14 dias de idade. Não interfere nos níveis de glicose e triglicerídeos aos 14, 28 e 42 dias de idade, porém reduz os níveis de colesterol aos 14 dias, sugerindo que nesse período ocorre má absorção e digestão de nutrientes. Aos 28 dias ocorre elevação dos níveis de AST, alterações em ALT e FAL aos 42 dias conforme aumento do nível de proteína de moringa, porém os valores obtidos estão dentro da normalidade para aves. A inclusão até 3.03% de proteína de moringa na ração provoca aumento dos níveis de ALT enquanto até 2.26% ocorre redução da FAL. A alimentação com até 4.0% de proteína de Moringa oleifera é viável economicamente para criação de codornas europeias mistas até 28 dias de idade, considerando apenas o investimento com ração nas condições experimentais. Considerando a venda das aves aos 42 dias, é indicado o nível 3.37% com base nos parâmetros e indicadores econômicos.
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A criação de codornas tem se mostrado muito promissora no Brasil, apresentando várias vantagens em relação à criação poedeiras e frangos de corte. Independente da finalidade de criação (carne ou ovos), tem tido crescimento constante em todas as regiões do Brasil. Alternativas nutricionais de baixo custo, que beneficiem o sistema imune frente às maiores exigências de aves mantidas em clima quente, podem favorecer o crescimento da coturnicultura no Nordeste brasileiro. A Moringa oleifera é uma opção que tem apresentado importantes características nutricionais e funcionais na alimentação animal. Este estudo objetivou avaliar o efeito da inclusão da folha de Moringa oleifera na alimentação de codornas europeias (Coturnix coturnix) sobre parâmetros de desempenho, rendimento de carcaça, peso de órgãos e bioquímica sérica, visando diminuir custos de produção sem comprometer desempenho e bem-estar. Foram utilizadas 360 codornas mistas da Granja Fujikura®, de 1 a 42 dias de idade, distribuídas aleatoriamente em 05 grupos, que consistiam 05 tratamentos (06 repetições) com n=12. As aves foram alimentadas ad libtum com rações experimentais à base de milho e farelo de soja, com 05 níveis de inclusão de proteína de folhas de Moringa oleifera (0.0%; 1.0%; 2.0%; 3.0%; 4.0%) em substituição a proteína do milho e soja, formuladas para 2 fases de criação, todas confeccionadas na forma farelada e isonutritivas. O experimento em campo se realizou no Instituto Federal do Rio Grande do Norte, Campus Ipanguaçu, em aviário tipo convencional onde as aves foram alojadas em boxes forrados com maravalha. Os padrões de manejo foram seguidos conforme o manual da linhagem para codornas de corte criadas em clima quente/verão. As folhas de moringa foram provenientes da área experimental do Campus Ipanguaçu, de plantas com seis meses de idade e intervalos de corte de 45 dias. O desempenho foi avaliado em duas fases (1 a 21 dias e 22 a 42 dias de idade). Aos 28, 35 e 42 dias de idade, amostras de 02 aves por grupo experimental foram escolhidas aleatoriamente para avaliação do rendimento de carcaça. A coleta de sangue e órgãos imunes e comestíveis ocorreu aos 14, 28 e 42 dias de idade das aves, a partir de 06 aves por grupo escolhidas aleatoriamente para avaliação da bioquímica sérica: Aspartato aminotransferase - AST; Alanina aminotransferase - ALT; Fosfatase alcalina - FAL; Colesterol; Triglicerídeos; Glicose. Os resultados de desempenho, rendimento de carcaça, peso de órgãos, parâmetros sanguíneos e análise econômica foram submetidos análise de variância e regressão polinomial. Os dados de rendimento de carcaça foram submetidos a análise de variância seguindo um esquema fatorial 5x3x2, sendo 5 níveis (%) de proteína de folha de moringa na ração, 3 idades e 2 sexos. Os parâmetros sanguíneos e peso de órgãos foram analisados em esquema fatorial 5x3, considerando 5 níveis de proteína de folha de moringa e 3 idades. Quando houve interação dos fatores analisados, a comparação das médias no desdobramento foi realizada pelo teste de Tukey à 5% de significância. A proteína de folha de Moringa oleifera reduz o peso vivo e ganho de peso até 21 dias de idade, porém não interfere em consumo de ração, eficiência produtiva e ganho médio diário aos 42 dias de idade, sendo possível a utilização até 2,24%. Considerando utilizar moringa somente de 22 a 42 dias é possível incluir 2,6% sem aumentar a conversão alimentar ou diminuir a eficiência alimentar, nas condições experimentais. A proteína de Moringa oleifera incluída até 4.0% na ração de codornas europeias não apresenta efeito sobre peso vivo, carcaça esviscerada, peito, coxa e sobrecoxa, e vísceras comestíveis de fêmeas aos 28, 35 e 42 dias de idade. No entanto, reduz o peso de carcaça esviscerada, peito, coxa e sobrecoxa de machos aos 35 dias. Até 4.0% de moringa ocorre aumento do peso do timo e redução do baço aos 42 dias, bem como da bolsa cloacal aos 14 dias de idade. Não interfere nos níveis de glicose e triglicerídeos aos 14, 28 e 42 dias de idade, porém reduz os níveis de colesterol aos 14 dias, sugerindo que nesse período ocorre má absorção e digestão de nutrientes. Aos 28 dias ocorre elevação dos níveis de AST, alterações em ALT e FAL aos 42 dias conforme aumento do nível de proteína de moringa, porém os valores obtidos estão dentro da normalidade para aves. A inclusão até 3.03% de proteína de moringa na ração provoca aumento dos níveis de ALT enquanto até 2.26% ocorre redução da FAL. A alimentação com até 4.0% de proteína de Moringa oleifera é viável economicamente para criação de codornas europeias mistas até 28 dias de idade, considerando apenas o investimento com ração nas condições experimentais. Considerando a venda das aves aos 42 dias, é indicado o nível 3.37% com base nos parâmetros e indicadores econômicos.
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ANA PAULA PINHEIRO DE ASSIS
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QUALIDADE DA CARNE BOVINA SUBMETIDA A MARINAÇÃO COM PRÓPOLIS VERDE, VERMELHA E MARROM.
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Orientador : PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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DEJAIR MESSAGE
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JEAN BERG ALVES DA SILVA
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MARIA ROCIENE ABRANTES
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PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
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RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
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Data: 21/02/2020
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Mostrar Resumo
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de marinados enriquecidos com extratos das própolis verde, vermelha e marrom sobre as características de qualidade da carne bovina ao longo de 12 dias de armazenamento refrigerado (4°C ± 1°). Utilizou-se porções do contrafilé (Longissimus dorsi) marinadas com água destilada (controle), marinadas com própolis verde (MGP), com própolis vermelha (MRP) e marinadas com própolis marrom (MBP). Para as análises microbiológicas as amostras foram submetidas à determinação de microorganismos mesófilos, psicrotróficos, psicrófilos e salmonella spp. Foram avaliados os parâmetros físico-químicos de pH, cor (L* a* b*), capacidade de retenção de água (CRA), perda de peso na cocção (PPC), força de cisalhamento (FC), umidade, cinza, proteína, lipídeos e a oxidação lipídica. As análises foram feitas em triplicata nos tempos: 0 3, 6, 9 e 12 dias. Para a análise sensorial foram realizados os testes de aceitação e intenção de comprar. As análises microbiológicas demonstraram que as amostras atenderam aos padrões microbiológicos para carne in natura. Para os valores de pH, as amostras marinadas com o MRP mantiveram o pH mais estável. O MRP e MBP oferecem uma proteção que evita perdas, mostrando valores de CRA de 74,53 e 71,77% no 12° dia de armazenamento. O MGP apresentou menor perda de peso na cocção no 12° dia de armazenamento e também mostrou menores valores de força de cisalhamento. As amostras MGP e MBP apresentaram menores alterações nos valores de luminosidade. A MRP foi a que menos sofreu alterações para o teor de vermelho. Os extratos mantiveram os valores de umidade, cinza, proteína e lipídeos estáveis, e retardaram a oxidação lipídica durante todo o período de estocagem. Quanto ao teste sensorial a marinação de menor aceitação foi a MRP por apresentar sabor e odor forte. A intenção de compra por partes dos julgadores mostrou que a carne MBP apresentou maior percentual de intenção de compra (70%). A capacidade de preservar as características físico-químicas e microbiológicas de qualidade na carne bovina foi maior na carne marinada com o extrato da própolis vermelha. Apresentou maior intenção de compra pelos avaliadores a carne marinada com o extrato da própolis marrom, mostrando também maiores notas no teste de aceitação.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de marinados enriquecidos com extratos das própolis verde, vermelha e marrom sobre as características de qualidade da carne bovina ao longo de 12 dias de armazenamento refrigerado (4°C ± 1°). Utilizou-se porções do contrafilé (Longissimus dorsi) marinadas com água destilada (controle), marinadas com própolis verde (MGP), com própolis vermelha (MRP) e marinadas com própolis marrom (MBP). Para as análises microbiológicas as amostras foram submetidas à determinação de microorganismos mesófilos, psicrotróficos, psicrófilos e salmonella spp. Foram avaliados os parâmetros físico-químicos de pH, cor (L* a* b*), capacidade de retenção de água (CRA), perda de peso na cocção (PPC), força de cisalhamento (FC), umidade, cinza, proteína, lipídeos e a oxidação lipídica. As análises foram feitas em triplicata nos tempos: 0 3, 6, 9 e 12 dias. Para a análise sensorial foram realizados os testes de aceitação e intenção de comprar. As análises microbiológicas demonstraram que as amostras atenderam aos padrões microbiológicos para carne in natura. Para os valores de pH, as amostras marinadas com o MRP mantiveram o pH mais estável. O MRP e MBP oferecem uma proteção que evita perdas, mostrando valores de CRA de 74,53 e 71,77% no 12° dia de armazenamento. O MGP apresentou menor perda de peso na cocção no 12° dia de armazenamento e também mostrou menores valores de força de cisalhamento. As amostras MGP e MBP apresentaram menores alterações nos valores de luminosidade. A MRP foi a que menos sofreu alterações para o teor de vermelho. Os extratos mantiveram os valores de umidade, cinza, proteína e lipídeos estáveis, e retardaram a oxidação lipídica durante todo o período de estocagem. Quanto ao teste sensorial a marinação de menor aceitação foi a MRP por apresentar sabor e odor forte. A intenção de compra por partes dos julgadores mostrou que a carne MBP apresentou maior percentual de intenção de compra (70%). A capacidade de preservar as características físico-químicas e microbiológicas de qualidade na carne bovina foi maior na carne marinada com o extrato da própolis vermelha. Apresentou maior intenção de compra pelos avaliadores a carne marinada com o extrato da própolis marrom, mostrando também maiores notas no teste de aceitação.
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KELIANE DA SILVA MAIA
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EFEITO DE AGENTES NATURAIS NA QUALIDADE DE MANTEIGA DE GARRAFA.
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Orientador : JEAN BERG ALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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JEAN BERG ALVES DA SILVA
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MARIA ROCIENE ABRANTES
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MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
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PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
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SOLANGE DE SOUSA
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Data: 27/02/2020
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Por ser um alimento rico em lipídios, a manteiga de garrafa pode desenvolver características indesejáveis mediante a deterioração oxidativa, conferindo-lhe sabor e odor indesejáveis, característico de ranço, além de reduzir seu valor nutricional, pela oxidação de ácidos graxos polinsaturados e consequente formação de compostos voláteis. Nesse contexto, objetivou-se investigar o uso de agentes naturais no controle oxidativo de manteiga de garrafa afim de promover maior vida útil, agregando-lhe valor e funcionalidade, pela incorporação de agentes bioativos, e pelas mudanças organoléticas diferenciadas. Para isso, o presente estudo foi constituído de dois experimentos distintos, sendo eles: Experimento I: Estabilidade oxidativa e qualidade sensorial de manteiga de garrafa enriquecida com extrato de pimenta do reino. Experimento II: Estabilidade oxidativa e qualidade sensorial de manteiga de garrafa defumada. Em ambos os experimentos, após desenvolvimento e caracterização da manteiga de garrafa, foram realizados testes de estabilidade acelerada, (simulando o armazenamento e a cocção), monitorando a evolução oxidativa através de análises físico químicas, avaliou-se também a segurança microbiológica pela contagem total de Mesófilos e Coliformes (35° e 45°), além da avaliação sensorial, afim de avaliar a aceitação e intenção de compra do produto. Em síntese, o uso de conservantes naturais a manteiga de garrafa pode benefícios econômicos pela oferta de um produto diferenciado, além de estender a qualidade de um produto regional de grande consumo, mas de fácil deterioração.
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Por ser um alimento rico em lipídios, a manteiga de garrafa pode desenvolver características indesejáveis mediante a deterioração oxidativa, conferindo-lhe sabor e odor indesejáveis, característico de ranço, além de reduzir seu valor nutricional, pela oxidação de ácidos graxos polinsaturados e consequente formação de compostos voláteis. Nesse contexto, objetivou-se investigar o uso de agentes naturais no controle oxidativo de manteiga de garrafa afim de promover maior vida útil, agregando-lhe valor e funcionalidade, pela incorporação de agentes bioativos, e pelas mudanças organoléticas diferenciadas. Para isso, o presente estudo foi constituído de dois experimentos distintos, sendo eles: Experimento I: Estabilidade oxidativa e qualidade sensorial de manteiga de garrafa enriquecida com extrato de pimenta do reino. Experimento II: Estabilidade oxidativa e qualidade sensorial de manteiga de garrafa defumada. Em ambos os experimentos, após desenvolvimento e caracterização da manteiga de garrafa, foram realizados testes de estabilidade acelerada, (simulando o armazenamento e a cocção), monitorando a evolução oxidativa através de análises físico químicas, avaliou-se também a segurança microbiológica pela contagem total de Mesófilos e Coliformes (35° e 45°), além da avaliação sensorial, afim de avaliar a aceitação e intenção de compra do produto. Em síntese, o uso de conservantes naturais a manteiga de garrafa pode benefícios econômicos pela oferta de um produto diferenciado, além de estender a qualidade de um produto regional de grande consumo, mas de fácil deterioração.
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MANUELLA DE OLIVEIRA CABRAL ROCHA LINHARES
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DETECÇÃO DE FRAUDES EM QUEIJO DE MANTEIGA E EM MANTEIGA DE GARRAFA DO RIO GRANDE DO NORTE.
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Orientador : JEAN BERG ALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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JEAN BERG ALVES DA SILVA
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MARIA ROCIENE ABRANTES
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MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
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PATRICIA DA CUNHA SOUSA
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SOLANGE DE SOUSA
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Data: 27/02/2020
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O queijo de manteiga e a manteiga de garrafa são bastante consumidos no Nordeste do Brasil, além disso têm muita relevância para o crescimento socioeconômico para a região. Em alguns casos, durante a fabricação desses produtos, são realizadas práticas inadequadas de higiene e de adição de ingredientes não permitidos pela legislação. Assim, objetivou-se avaliar a qualidade microbiológica, físico-química e detecção de possíveis fraudes em queijos de manteiga e em manteigas de garrafa comercializados no Rio Grande do Norte. Para isso, foram adquiridas 30 amostras de queijos de manteiga e 30 de manteigas de garrafa. As amostras foram submetidas as análises microbiológicas (Coliformes a 35 e 45 ºC, Staphylococcus coagulase positiva e Salmonella spp.), físico-químicas (umidade, gordura, pH, cloretos, acidez), teste do Lugol (só para queijos) e o perfil dos ácidos graxos em cromatografia gasosa. Observou-se que 87% e 33% das amostras de queijo e manteiga, respectivamente, apresentaram contagens elevadas para Staphylococcus coagulase positiva. Apenas uma amostra de queijo apresentou presença para Salmonella spp. Nos queijos foram obtidos resultados médios para umidade de 43,79%, gordura 26,70%, pH 4,81, cloretos 8,07% e acidez 1,53%. Para as manteigas foram obtidos resultados médios para umidade de 0,28%, gordura 98,38%, sólidos não gordurosos 1,34%, pH 4,65, cloretos 0,05%, sólidos totais 99,70% e acidez 0,26%. Foram detectadas a presença do amido em 6 (20%) das amostras de queijos. Para o perfil dos ácidos graxos observou-se que 83% dos queijos e 50% das manteigas apresentaram percentual de ácido linoleico acima de 3% que é a média encontrada no leite. Assim, permitiu-se concluir que os queijos de manteiga e as manteigas de garrafa apresentaram qualidade microbiológica indesejável, e também, foram detectadas fraudes por adição de amido e por substituição de gordura animal láctea por óleo vegetal, considerando a elevada porcentagem de ácido linoleico encontrada nas amostras.
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O queijo de manteiga e a manteiga de garrafa são bastante consumidos no Nordeste do Brasil, além disso têm muita relevância para o crescimento socioeconômico para a região. Em alguns casos, durante a fabricação desses produtos, são realizadas práticas inadequadas de higiene e de adição de ingredientes não permitidos pela legislação. Assim, objetivou-se avaliar a qualidade microbiológica, físico-química e detecção de possíveis fraudes em queijos de manteiga e em manteigas de garrafa comercializados no Rio Grande do Norte. Para isso, foram adquiridas 30 amostras de queijos de manteiga e 30 de manteigas de garrafa. As amostras foram submetidas as análises microbiológicas (Coliformes a 35 e 45 ºC, Staphylococcus coagulase positiva e Salmonella spp.), físico-químicas (umidade, gordura, pH, cloretos, acidez), teste do Lugol (só para queijos) e o perfil dos ácidos graxos em cromatografia gasosa. Observou-se que 87% e 33% das amostras de queijo e manteiga, respectivamente, apresentaram contagens elevadas para Staphylococcus coagulase positiva. Apenas uma amostra de queijo apresentou presença para Salmonella spp. Nos queijos foram obtidos resultados médios para umidade de 43,79%, gordura 26,70%, pH 4,81, cloretos 8,07% e acidez 1,53%. Para as manteigas foram obtidos resultados médios para umidade de 0,28%, gordura 98,38%, sólidos não gordurosos 1,34%, pH 4,65, cloretos 0,05%, sólidos totais 99,70% e acidez 0,26%. Foram detectadas a presença do amido em 6 (20%) das amostras de queijos. Para o perfil dos ácidos graxos observou-se que 83% dos queijos e 50% das manteigas apresentaram percentual de ácido linoleico acima de 3% que é a média encontrada no leite. Assim, permitiu-se concluir que os queijos de manteiga e as manteigas de garrafa apresentaram qualidade microbiológica indesejável, e também, foram detectadas fraudes por adição de amido e por substituição de gordura animal láctea por óleo vegetal, considerando a elevada porcentagem de ácido linoleico encontrada nas amostras.
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FERNANDA ARAUJO DOS SANTOS
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IDADE DA DOADORA E DIFERENTES GÊNEROS RECEPTORES: RESPOSTAS AO XENOTRANSPLANTE OVARIANO OVINO POR LONGO PERÍODO DE CULTIVO
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Orientador : MARCELO BARBOSA BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
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FRANCISCO SILVESTRE BRILHANTE BEZERRA
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GERLANE MODESTO DA SILVA
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MARCELO BARBOSA BEZERRA
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Naisandra Bezerra da Silva
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Data: 28/02/2020
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O xenotransplante de tecido ovariano representa uma ferramenta interessante para investigar o potencial reprodutivo em diferentes mamíferos domésticos, no entanto sua aplicabilidade em ovinos ainda necessita ser estudada. O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade e desenvolvimento de tecido ovariano ovino transplantado em duas linhagens de camundongos imunossuprimidos (C57BL/6 SCID e BALB/c Nude). Para o primeiro experimento, ovários de fetos ovinos foram colhidos após o abate de suas genitoras, divididos em pequenos fragmentos que foram destinados a avaliação controle e ao xenotransplante a fresco. Foram utilizadas cinco receptoras da linhagem C57BL/6 SCID para o xenotransplante. As camundongas receptoras foram eutanasiadas após 65 dias de pós-operatório, sendo coletados os transplantes para avaliações macro e microscópicas. Para o segundo experimento, fragmentos ovarianos (1 mm3) de ovelhas jovens foram xenotransplantados a fresco em cinco receptores machos de cada linhagem. Após 65 dias do xenotransplante, os animais foram eutanasiados e os transplantes avaliados quanto às características macroscópicas, por histologia clássica e o desenvolvimento oocitário in vitro. No primeiro experimento observou-se que em 80% das fêmeas receptoras o padrão citológico do lavado vaginal alternou entre diestro-proestro-diestro, não sendo observadas as fases de estro e metaestro durante o período experimental. Na análise histológica foram observados folículos pré antrais e antrais (menores) e sem alterações morfológicas. No segundo experimento foi observada uma depleção massiva dos folículos xenotransplantados, principalmente nos animais da linhagem SCID. No entanto, em um dos receptores BALB/c Nude, recuperou-se um oócito, o qual foi submetido a maturação, fecundação e cultivo in vitro, sem contudo apresentar desenvolvimento embrionário. Pode-se observar que enquanto o período adotado não foi suficiente para que os ovários de feto ovino transplantados nas fêmeas SCID apresentassem folículos antrais com mais de 1mm após o cultivo, os córtices ovarianos de ovelhas jovens transplantados nos machos Nude e SCID apresentaram depleção massiva dos folículos e presença de 1 antral com mais de 1mm. Considerando doadoras da mesma espécie, conclui-se que a idade da doadora, a espécie receptora, o local de realização do transplante e o período para a coleta do tecido ovariano devem ser adaptados para melhores resultados.
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O xenotransplante de tecido ovariano representa uma ferramenta interessante para investigar o potencial reprodutivo em diferentes mamíferos domésticos, no entanto sua aplicabilidade em ovinos ainda necessita ser estudada. O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade e desenvolvimento de tecido ovariano ovino transplantado em duas linhagens de camundongos imunossuprimidos (C57BL/6 SCID e BALB/c Nude). Para o primeiro experimento, ovários de fetos ovinos foram colhidos após o abate de suas genitoras, divididos em pequenos fragmentos que foram destinados a avaliação controle e ao xenotransplante a fresco. Foram utilizadas cinco receptoras da linhagem C57BL/6 SCID para o xenotransplante. As camundongas receptoras foram eutanasiadas após 65 dias de pós-operatório, sendo coletados os transplantes para avaliações macro e microscópicas. Para o segundo experimento, fragmentos ovarianos (1 mm3) de ovelhas jovens foram xenotransplantados a fresco em cinco receptores machos de cada linhagem. Após 65 dias do xenotransplante, os animais foram eutanasiados e os transplantes avaliados quanto às características macroscópicas, por histologia clássica e o desenvolvimento oocitário in vitro. No primeiro experimento observou-se que em 80% das fêmeas receptoras o padrão citológico do lavado vaginal alternou entre diestro-proestro-diestro, não sendo observadas as fases de estro e metaestro durante o período experimental. Na análise histológica foram observados folículos pré antrais e antrais (menores) e sem alterações morfológicas. No segundo experimento foi observada uma depleção massiva dos folículos xenotransplantados, principalmente nos animais da linhagem SCID. No entanto, em um dos receptores BALB/c Nude, recuperou-se um oócito, o qual foi submetido a maturação, fecundação e cultivo in vitro, sem contudo apresentar desenvolvimento embrionário. Pode-se observar que enquanto o período adotado não foi suficiente para que os ovários de feto ovino transplantados nas fêmeas SCID apresentassem folículos antrais com mais de 1mm após o cultivo, os córtices ovarianos de ovelhas jovens transplantados nos machos Nude e SCID apresentaram depleção massiva dos folículos e presença de 1 antral com mais de 1mm. Considerando doadoras da mesma espécie, conclui-se que a idade da doadora, a espécie receptora, o local de realização do transplante e o período para a coleta do tecido ovariano devem ser adaptados para melhores resultados.
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LUCAS DE OLIVEIRA SOARES REBOUCAS
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QUALIDADE DE ATUNS CAPTURADOS EM FROTA ARTESANAL NO ATLÂNTICO OESTE EQUATORIAL.
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Orientador : PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA CARLA DIOGENES SUASSUNA BEZERRA
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GUELSON BATISTA DA SILVA
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JEAN BERG ALVES DA SILVA
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MARIA ROCIENE ABRANTES
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PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
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Data: 28/02/2020
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O grupo dos atuns e afins constituem um importante recurso pesqueiro mundial. Normalmente a pesca de atuns é caracterizada pela predominância do segmento industrial, sendo realizada por grandes embarcações, com alto nível tecnológico, para a captura, armazenamento e processamento a bordo. No Nordeste com o esgotamento dos estoques tradicionalmente explotados, grande parte da frota pesqueira artesanal está sendo adaptada na busca de pescarias alternativas, como a dos atuns. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade dos atuns capturados em frota artesanal no atlântico oeste equatorial. Foram realizados embarques bimestrais durante um ano. Logo após a captura, foi realizada a identificação da espécie com o auxílio de literatura especializada, biometria com o auxílio de um paquímetro de 2 m alcance e precisão de 1 cm, para a obtenção do comprimento furcal, e em seguida no momento da evisceração, será feita a identificação do sexo através da observação das gônadas. Para avaliar a qualidade física, foi avaliado o potencial hidrogeniônico (pH), capacidade de retenção de água (CRA), perda de peso pós-cocção (PPC), força de cisalhamento e as coordenadas de cor (L*, a* e b*). Os efeitos das diferentes variáveis independentes (sexo, dias de armazenamento, temperatura de armazenamento, tamanho do peixe e época de captura) sobre cada variável dependente (parâmetros físicos, químicos e sensoriais) foram comparados por meio do teste de Tukey, a nível de 5% de probabilidade. A relação entre as variáveis, ainda foram analisadas através de análises de regressão simples, com correlação de Pearson, afim de verificar se há correlação (negativa/positiva) entre as variáveis. Os resultados deste trabalho demonstraram que a qualidade dos atuns capturados em frota artesanal é influenciada pela forma de abate e manipulação a bordo sendo que a variação das características estudadas interferiram na produção de um pescado de boa qualidade.
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O grupo dos atuns e afins constituem um importante recurso pesqueiro mundial. Normalmente a pesca de atuns é caracterizada pela predominância do segmento industrial, sendo realizada por grandes embarcações, com alto nível tecnológico, para a captura, armazenamento e processamento a bordo. No Nordeste com o esgotamento dos estoques tradicionalmente explotados, grande parte da frota pesqueira artesanal está sendo adaptada na busca de pescarias alternativas, como a dos atuns. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade dos atuns capturados em frota artesanal no atlântico oeste equatorial. Foram realizados embarques bimestrais durante um ano. Logo após a captura, foi realizada a identificação da espécie com o auxílio de literatura especializada, biometria com o auxílio de um paquímetro de 2 m alcance e precisão de 1 cm, para a obtenção do comprimento furcal, e em seguida no momento da evisceração, será feita a identificação do sexo através da observação das gônadas. Para avaliar a qualidade física, foi avaliado o potencial hidrogeniônico (pH), capacidade de retenção de água (CRA), perda de peso pós-cocção (PPC), força de cisalhamento e as coordenadas de cor (L*, a* e b*). Os efeitos das diferentes variáveis independentes (sexo, dias de armazenamento, temperatura de armazenamento, tamanho do peixe e época de captura) sobre cada variável dependente (parâmetros físicos, químicos e sensoriais) foram comparados por meio do teste de Tukey, a nível de 5% de probabilidade. A relação entre as variáveis, ainda foram analisadas através de análises de regressão simples, com correlação de Pearson, afim de verificar se há correlação (negativa/positiva) entre as variáveis. Os resultados deste trabalho demonstraram que a qualidade dos atuns capturados em frota artesanal é influenciada pela forma de abate e manipulação a bordo sendo que a variação das características estudadas interferiram na produção de um pescado de boa qualidade.
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DANIEL DE FREITAS BRASIL
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TERMITEIROS ARBORÍCOLAS (Microcerotermes indistinctus e Constrictotermes cyphergaster) COMO SUBSTRATO DE NIDIFICAÇÃO PARA A ABELHA SEM FERRÃO Partamona seridoensis NA CAATINGA.
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Orientador : MICHAEL HRNCIR
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MEMBROS DA BANCA :
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MICHAEL HRNCIR
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DANIELA FARIA FLORENCIO
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BRENO MAGALHÃES FREITAS
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DENISE DE ARAUJO ALVES
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VERA LUCIA IMPERATRIZ FONSECA
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Data: 28/02/2020
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A diagnose morfológica da espécie de abelha sem ferrão, endêmica da Caatinga, Partamona seridoensis é amplamente descrita e consolidada, porém, os aspectos arquitetônicos, estruturais e termodinâmicos dos cupinzeiros e dos ninhos desta abelha termitófila obrigatória são pouco conhecidos. Diante disso, este trabalho buscou realizar um estudo base que teve por objetivos: (1) indicar qual melhor metodologia de dimensionamento de volume e área superficial de cupinzeiros arborícolas, oferecendo um modelo matemático de ajuste; (2) realizar uma descrição comparativa entre as estruturas arquitetônicas de ninhos de abelhas P. seridoensis inseridos em termiteiros das espécies Microcerotermes indistinctus e Constrictotermes cyphergaster; (3) estudar as características térmicas de ninhos de abelhas e dos substratos circundantes; (4) apresentar um modelo detalhado de uma colmeia racional voltada exclusivamente para espécies termitófilas. O período experimental foi compreendido entre os meses de abril a novembro de 2018, onde foram utilizados vinte cupinzeiros para os estudos, sendo dez de cada espécie, onde metade era habitado por abelhas e a outra metade inativa. (1) Para o primeiro objetivo utilizou-se a modelagem 3D e equações aritméticas para os cálculos de volume e área superficiais dos termiteiros. Os resultados encontrados para os dimensionamentos dos termiteiros mostraram que a compartimentalização é a metodologia que apresentou valores mais próximos à realidade, porém devido a sua complexidade é inviável de ser utilizada em campo, tornando o modelo elipsoidal mais vantajoso uma vez que os dados necessários à sua utilização são apenas as medidas de largura, altura e comprimento dos cupinzeiros. (2) Para a descrição das características gerais dos termiteiros e a morfologia dos ninhos de P. seridoensis seguiu-se metodologias estabelecidas pela literatura. Verificou-se que os aspectos gerais e arquitetônicos dos ninhos de P. seridoensis, inseridos em cupinzeiros com substratos e dimensionamentos distintos, apresentaram características estruturais semelhantes e típicas das abelhas termitófilas do gênero Partamona. (3) Para a análise das características térmicas, sensores de temperatura foram inseridos em locais específicos (substrato, região do invólucro, área de cria e área de alimento) para cupinzeiros que possuíam ninhos de abelhas e, em termiteiros inativos, nas profundidades de 5, 10, 15, e 20 cm. Os dados captados do ambiente foram realizados através de estação meteorológica automática instalada no local do experimento. A escolha do melhor cupinzeiro usado na nidificação de abelhas P. seridoensis pode se dar por conta do tipo de substrato termoisolante, mas outros fatores, como: a agressividade do hospedeiro, cavidade pré-existente ou mesmo a antropização do ambiente podem influenciar. Contudo, quando se observou apenas a questão térmica, os cupinzeiros da espécie M. indistinctus foram melhores para a P. seridoensis, uma vez que exigiram menos da temperatura ambiental e possuíram mais isolamento térmico quando comparados aos termiteiros de C. cyphergaster, mesmo que estes também tivessem características desejáveis como a termoestabilidade. (4) Por fim, para a construção da colmeia racional foram utilizados os resultados provenientes deste estudo unindo as características arquitetônicas mais usuais das colmeias racionais, onde as observações preliminares em P. seridoensis indicaram que essas abelhas se habituaram rapidamente ao modelo de colmeia racional desenvolvido.
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A diagnose morfológica da espécie de abelha sem ferrão, endêmica da Caatinga, Partamona seridoensis é amplamente descrita e consolidada, porém, os aspectos arquitetônicos, estruturais e termodinâmicos dos cupinzeiros e dos ninhos desta abelha termitófila obrigatória são pouco conhecidos. Diante disso, este trabalho buscou realizar um estudo base que teve por objetivos: (1) indicar qual melhor metodologia de dimensionamento de volume e área superficial de cupinzeiros arborícolas, oferecendo um modelo matemático de ajuste; (2) realizar uma descrição comparativa entre as estruturas arquitetônicas de ninhos de abelhas P. seridoensis inseridos em termiteiros das espécies Microcerotermes indistinctus e Constrictotermes cyphergaster; (3) estudar as características térmicas de ninhos de abelhas e dos substratos circundantes; (4) apresentar um modelo detalhado de uma colmeia racional voltada exclusivamente para espécies termitófilas. O período experimental foi compreendido entre os meses de abril a novembro de 2018, onde foram utilizados vinte cupinzeiros para os estudos, sendo dez de cada espécie, onde metade era habitado por abelhas e a outra metade inativa. (1) Para o primeiro objetivo utilizou-se a modelagem 3D e equações aritméticas para os cálculos de volume e área superficiais dos termiteiros. Os resultados encontrados para os dimensionamentos dos termiteiros mostraram que a compartimentalização é a metodologia que apresentou valores mais próximos à realidade, porém devido a sua complexidade é inviável de ser utilizada em campo, tornando o modelo elipsoidal mais vantajoso uma vez que os dados necessários à sua utilização são apenas as medidas de largura, altura e comprimento dos cupinzeiros. (2) Para a descrição das características gerais dos termiteiros e a morfologia dos ninhos de P. seridoensis seguiu-se metodologias estabelecidas pela literatura. Verificou-se que os aspectos gerais e arquitetônicos dos ninhos de P. seridoensis, inseridos em cupinzeiros com substratos e dimensionamentos distintos, apresentaram características estruturais semelhantes e típicas das abelhas termitófilas do gênero Partamona. (3) Para a análise das características térmicas, sensores de temperatura foram inseridos em locais específicos (substrato, região do invólucro, área de cria e área de alimento) para cupinzeiros que possuíam ninhos de abelhas e, em termiteiros inativos, nas profundidades de 5, 10, 15, e 20 cm. Os dados captados do ambiente foram realizados através de estação meteorológica automática instalada no local do experimento. A escolha do melhor cupinzeiro usado na nidificação de abelhas P. seridoensis pode se dar por conta do tipo de substrato termoisolante, mas outros fatores, como: a agressividade do hospedeiro, cavidade pré-existente ou mesmo a antropização do ambiente podem influenciar. Contudo, quando se observou apenas a questão térmica, os cupinzeiros da espécie M. indistinctus foram melhores para a P. seridoensis, uma vez que exigiram menos da temperatura ambiental e possuíram mais isolamento térmico quando comparados aos termiteiros de C. cyphergaster, mesmo que estes também tivessem características desejáveis como a termoestabilidade. (4) Por fim, para a construção da colmeia racional foram utilizados os resultados provenientes deste estudo unindo as características arquitetônicas mais usuais das colmeias racionais, onde as observações preliminares em P. seridoensis indicaram que essas abelhas se habituaram rapidamente ao modelo de colmeia racional desenvolvido.
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JEAN CARLOS DANTAS DE OLIVEIRA
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EFEITO DA FRAGMENTAÇÃO DE UM RIO DO SEMIÁRIDO NA ESTRUTURA DA ASSEMBLEIA DE PEIXES E NA ALIMENTAÇÃO DE PEIXES DETRITÍVOROS.
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Orientador : JOSE LUIS COSTA NOVAES
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MEMBROS DA BANCA :
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CECILIA IRENE PEREZ CALABUIG
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GUELSON BATISTA DA SILVA
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JORGE IVÁN SÁNCHEZ BOTERO
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JOSE LUIS COSTA NOVAES
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MARIO VINICIUS CONDINI
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Data: 11/03/2020
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A regulação dos sistemas fluviais através da disposição de reservatórios em cascatas ao longo do rio principal provoca alterações acentuadas na composição das comunidades de peixes, como nos padrões de fluxo de água, alterando o transporte de água, detritos, sedimentos e nutrientes ao longo das cascatas de reservatórios. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar a estrutura das assembleias de peixes no sistema de cascata de reservatórios no rio Apodi/Mossoró na região do semiárido brasileiro, bem como analisar a dieta de Prochilodus brevis e Curimatella lepidura que apresentam hábitos alimentares detritívora/Iliófagas entre os reservatórios. A bacia do rio Apodi/Mossoró, está localizada no Nordeste oriental do Brasil ocupando uma área de 14.276 km2, com uma rede hidrográfica intermitente e com fluxo pesadamente alterado por construção de reservatórios, que atualmente são 618. No canal principal do rio estão dispostos em cascata os reservatórios de Major Sales, Angicos, Flechas, Pau dos Ferros e Santa Cruz, onde as amostragens ocorreram trimestralmente, durante os meses de fevereiro, maio, agosto e novembro, no período de 2011 e 2012 no reservatório de Pau dos Ferros, e em 2015 e 2016 nos demais reservatórios. Os indivíduos foram capturados com onze redes de emalhe com malhas variando entre 12, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 60 e 70 mm (entre nós adjacentes), com 15m de comprimento e altura de 2,0m por pontos de coleta, expostos paralelamente às margens por período de 12 horas. A triagem e identificados dos espécimes ocorreu de acordo literatura especializada, sendo posteriormente confirmada e/ou corrigida por taxonomista da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Para se a riqueza e abundância das assembleias de peixes nativas não migradoras, nativas migradora e não-nativas diferem entre os reservatórios ao longo da cascata foi aplicada a análise de variância não paramétrica de Kruskal-Wallis, seguido de teste de Wilcoxon entre os grupos, para os dados de riqueza e de CPUEn separadamente. Análise da dieta das espécies detritívoras foi feita através do Índice de Importância Alimentar (IAi%). A cascata de reservatórios do rio Apodi/Mossoró, associado as características peculiares dos sistemas fluviais com regime intermitente são ambientes adversos que não favoreceu espécies com hábito migrador, especialmente nos reservatórios a montante da cascata, colocando em risco algumas espécies, que apresentaram baixos valores de abundância, a desaparecer em escalas locais. As constatações do predomínio dos recursos detrito, sedimento e material vegetal, na dieta das duas espécies, mas com diferentes contribuições nos reservatórios longo da cascata, indica que as espécies apresentam nicho trófico estreito, consumindo possivelmente os recursos alimentes mais abundantes no ambiente, o que permite a coexistências das duas espécies, mesmo sobrepondo suas dietas.
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A regulação dos sistemas fluviais através da disposição de reservatórios em cascatas ao longo do rio principal provoca alterações acentuadas na composição das comunidades de peixes, como nos padrões de fluxo de água, alterando o transporte de água, detritos, sedimentos e nutrientes ao longo das cascatas de reservatórios. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar a estrutura das assembleias de peixes no sistema de cascata de reservatórios no rio Apodi/Mossoró na região do semiárido brasileiro, bem como analisar a dieta de Prochilodus brevis e Curimatella lepidura que apresentam hábitos alimentares detritívora/Iliófagas entre os reservatórios. A bacia do rio Apodi/Mossoró, está localizada no Nordeste oriental do Brasil ocupando uma área de 14.276 km2, com uma rede hidrográfica intermitente e com fluxo pesadamente alterado por construção de reservatórios, que atualmente são 618. No canal principal do rio estão dispostos em cascata os reservatórios de Major Sales, Angicos, Flechas, Pau dos Ferros e Santa Cruz, onde as amostragens ocorreram trimestralmente, durante os meses de fevereiro, maio, agosto e novembro, no período de 2011 e 2012 no reservatório de Pau dos Ferros, e em 2015 e 2016 nos demais reservatórios. Os indivíduos foram capturados com onze redes de emalhe com malhas variando entre 12, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45, 50, 60 e 70 mm (entre nós adjacentes), com 15m de comprimento e altura de 2,0m por pontos de coleta, expostos paralelamente às margens por período de 12 horas. A triagem e identificados dos espécimes ocorreu de acordo literatura especializada, sendo posteriormente confirmada e/ou corrigida por taxonomista da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Para se a riqueza e abundância das assembleias de peixes nativas não migradoras, nativas migradora e não-nativas diferem entre os reservatórios ao longo da cascata foi aplicada a análise de variância não paramétrica de Kruskal-Wallis, seguido de teste de Wilcoxon entre os grupos, para os dados de riqueza e de CPUEn separadamente. Análise da dieta das espécies detritívoras foi feita através do Índice de Importância Alimentar (IAi%). A cascata de reservatórios do rio Apodi/Mossoró, associado as características peculiares dos sistemas fluviais com regime intermitente são ambientes adversos que não favoreceu espécies com hábito migrador, especialmente nos reservatórios a montante da cascata, colocando em risco algumas espécies, que apresentaram baixos valores de abundância, a desaparecer em escalas locais. As constatações do predomínio dos recursos detrito, sedimento e material vegetal, na dieta das duas espécies, mas com diferentes contribuições nos reservatórios longo da cascata, indica que as espécies apresentam nicho trófico estreito, consumindo possivelmente os recursos alimentes mais abundantes no ambiente, o que permite a coexistências das duas espécies, mesmo sobrepondo suas dietas.
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WALLACE SOSTENE TAVARES DA SILVA
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Plasticidade Fenotípica e Indicadores de Produtividade em Caprinos Leiteiros em Ambiente Temperado
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Orientador : DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
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MEMBROS DA BANCA :
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DEBORA ANDREA EVANGELISTA FACANHA
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JOSE ERNANDES RUFINO DE SOUSA
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ANGELA MARIA DE VASCONCELOS
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JACINARA HODY GURGEL MORAIS LEITE
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LUIS ALBERTO BERMEJO ASENSIO
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Data: 20/03/2020
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O Arquipélago Canario é constituído por sete ilhas situadas a oeste do continente africano, mais precisamente na costa subsaariana. Devido a sua proximidade ao continente africano e influência dos ventos Açores, as ilhas possuem climas distintos criando diferentes tipos de fauna e flora. A partir dessa perspectiva climática surgiram raças de caprinos leiteiros em que se destacam devido aos seus bons índices produtivos, notável qualidade de seus derivados e excelente adaptação aos diferentes ambientes existentes no arquipélago. As duas raças consideradas mais expressivas na produção de leite, são a raça Majorera, que se originou na ilha de Fuerteventura, caracterizada por apresentar um clima árido e seco e a raça Palmera, evoluída em um clima mais temperado da ilha de La Palma. Partindo da hipótese que, esses animais possuem características relacionadas a adaptação em diferentes ambientes nos quais evoluíram, o estudo tem como objetivo principal, avaliar os efeitos das condições meteorológicas em cabras adultas em diferentes estações do ano, sobre as características adaptativas, associando-as com dados de produção de leite e qualidade físico química, em um mesmo ambiente térmico. As atividades serão realizadas no Instituto Canario de Investigación Agraria – ICIA, localizado no norte da ilha do Tenerife, em 30 cabras da raça Majorera e 25 cabras da raça Palmera, durante o período de lactação e seco, em sistema de produção intensivo, nos quais durante dois anos, a cada 15 dias ao mês, serão avaliadas as características morfofisiológicas de adaptação, os mecanismos de transferência de calor, assim como dados de produção de leite e características como: lactose, proteína, gordura, extrato seco e sólidos totais. Espera-se estabelecer épocas críticas do ano, tanto no que se refere à capacidade de termorregulação, homeostase e produção, bem como quais características são mais usadas por esses animais e interferindo sobre os aspectos produtivos. Portanto, é necessário investigar a relação entre as características vinculadas à adaptação dos animais com os dados produtivos, na tentativa de ampliar os critérios de seleção dos animais.
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O Arquipélago Canario é constituído por sete ilhas situadas a oeste do continente africano, mais precisamente na costa subsaariana. Devido a sua proximidade ao continente africano e influência dos ventos Açores, as ilhas possuem climas distintos criando diferentes tipos de fauna e flora. A partir dessa perspectiva climática surgiram raças de caprinos leiteiros em que se destacam devido aos seus bons índices produtivos, notável qualidade de seus derivados e excelente adaptação aos diferentes ambientes existentes no arquipélago. As duas raças consideradas mais expressivas na produção de leite, são a raça Majorera, que se originou na ilha de Fuerteventura, caracterizada por apresentar um clima árido e seco e a raça Palmera, evoluída em um clima mais temperado da ilha de La Palma. Partindo da hipótese que, esses animais possuem características relacionadas a adaptação em diferentes ambientes nos quais evoluíram, o estudo tem como objetivo principal, avaliar os efeitos das condições meteorológicas em cabras adultas em diferentes estações do ano, sobre as características adaptativas, associando-as com dados de produção de leite e qualidade físico química, em um mesmo ambiente térmico. As atividades serão realizadas no Instituto Canario de Investigación Agraria – ICIA, localizado no norte da ilha do Tenerife, em 30 cabras da raça Majorera e 25 cabras da raça Palmera, durante o período de lactação e seco, em sistema de produção intensivo, nos quais durante dois anos, a cada 15 dias ao mês, serão avaliadas as características morfofisiológicas de adaptação, os mecanismos de transferência de calor, assim como dados de produção de leite e características como: lactose, proteína, gordura, extrato seco e sólidos totais. Espera-se estabelecer épocas críticas do ano, tanto no que se refere à capacidade de termorregulação, homeostase e produção, bem como quais características são mais usadas por esses animais e interferindo sobre os aspectos produtivos. Portanto, é necessário investigar a relação entre as características vinculadas à adaptação dos animais com os dados produtivos, na tentativa de ampliar os critérios de seleção dos animais.
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LUCIANA CRISTINA BORGES FERNANDES
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INVESTIGAÇÃO IN VITRO E IN VIVO DO EFEITO REGENERATIVO NA MEDULA ESPINAL NA PRESENÇA DE FRAGMENTOS DO NERVO ISQUIÁTICO COM ADIÇÃO DOS ÓLEOS ESSENCIAIS DE HYPTIS SUAVEOLENS (L.) POIT E CROTON BLANCHETIANUS BAIL
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Orientador : CARLOS IBERE ALVES FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLOS IBERE ALVES FREITAS
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CARLOS EDUARDO BEZERRA DE MOURA
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FAUSTO PIEDORNÁ GUZEN
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JOSÉ RODOLFO LOPES DE PAIVA CAVALCANTI
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MARCO AURÉLIO DE MOURA FREIRE
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Data: 20/03/2020
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A medula espinal (ME) é afetada em casos de traumas diretos ou indiretos e alguns estudos apontam que os nervos periféricos induzem um ambiente propício para regeneração. Além disso, várias plantas medicinais possuem metabólitos secundários com atividades no Sistema Nervoso Central (SNC). Este estudo objetivou analisar o efeito regenerativo na ME in vitro e in vivo na presença de fragmentos do nervo isquiático (FGNI) com adição dos óleos essenciais (OES) de Hyptis suaveolens (HS) e Croton blanchetianus (CB). As plantas de HS e CB foram submetidas ao processo de hidrodestilação e a análise da composição química foi feita por cromatografia gasosa e espectrometria de massas (CG-EM). Para a avaliação da plasticidade na ME in vitro, células foram coletadas de ratos neonatos Wistar e cultivadas em 6 grupos: um controle (D-10) e os demais grupos com diferentes combinações de meio condicionado do nervo isquiático (MCNI) e os OES de HS e CB. A morfometria celular foi avaliada após 96 horas por microscopia de contraste de fases, sendo em seguida realizada a imunocitoquímica para GFAP, GAP-43, NeuN e a plasticidade analisada por Microscopia Eletronica de Varredura (MEV). Os grupos foram comparados estatisticamente através do teste de Tukey e Bonferrone (p<0,05). Assim, foi possível avaliar a aderência, o efeito plástico e trófico das células nos grupos cultivados em D-10 acrescidos dos OES, com alterações morfológicas mais visíveis quando comparados com os grupos controle. O OE de CB, especialmente, promoveu a manutenção da expansão das células, indicando sua ação na plasticidade das células da ME. Quanto à análise regenerativa na ME in vivo, foram utilizados 40 ratos Wistar e de 4 deles foi removido o NI. Os 36 animais restantes foram submetidos a uma transecção medular com 4 mm de espessura ao nível torácico baixo e divididos em 6 grupos (n=6): no grupo 1 foi inoculado 10μl de solução salina (5%) (SS); no grupo 2 FGNI mais 10μl de SS (SS + NI); no grupo 3 FGNI mais o OE de HS (HS + NI); no grupo 4 foi inoculado apenas o OE de HS; no grupo 5 FGNI mais o OE de CB (CB + NI) e no grupo 6 foi inoculado apenas o OE de CB. O desempenho dos membros posteriores foi avaliado por 12 semanas usando pontuação do comportamento motor (BBB) e o déficit funcional ligado ao comportamento da pontuação combinada (CBS) e os dados dos testes comportamentais dos grupos tratados foram comparados estatisticamente. Ocorreu recuperação dos movimentos dos membros posteriores dos animais pertencentes aos grupos com o FGNI e com os OES quando comparados ao grupo SS e SS + NI. Entretanto, nos grupos com o OE de CB ocorreram resultados mais significativos e superioridade frente aos grupos com o OE de HS. Este estudo permitiu a investigação do uso de OES, in vitro e in vivo, devido a presença de substâncias nos OES com provável atividade neuroprotera e regenerativa, favorecendo a plasticidade morfológica e melhora da recuperação funcional da ME.
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A medula espinal (ME) é afetada em casos de traumas diretos ou indiretos e alguns estudos apontam que os nervos periféricos induzem um ambiente propício para regeneração. Além disso, várias plantas medicinais possuem metabólitos secundários com atividades no Sistema Nervoso Central (SNC). Este estudo objetivou analisar o efeito regenerativo na ME in vitro e in vivo na presença de fragmentos do nervo isquiático (FGNI) com adição dos óleos essenciais (OES) de Hyptis suaveolens (HS) e Croton blanchetianus (CB). As plantas de HS e CB foram submetidas ao processo de hidrodestilação e a análise da composição química foi feita por cromatografia gasosa e espectrometria de massas (CG-EM). Para a avaliação da plasticidade na ME in vitro, células foram coletadas de ratos neonatos Wistar e cultivadas em 6 grupos: um controle (D-10) e os demais grupos com diferentes combinações de meio condicionado do nervo isquiático (MCNI) e os OES de HS e CB. A morfometria celular foi avaliada após 96 horas por microscopia de contraste de fases, sendo em seguida realizada a imunocitoquímica para GFAP, GAP-43, NeuN e a plasticidade analisada por Microscopia Eletronica de Varredura (MEV). Os grupos foram comparados estatisticamente através do teste de Tukey e Bonferrone (p<0,05). Assim, foi possível avaliar a aderência, o efeito plástico e trófico das células nos grupos cultivados em D-10 acrescidos dos OES, com alterações morfológicas mais visíveis quando comparados com os grupos controle. O OE de CB, especialmente, promoveu a manutenção da expansão das células, indicando sua ação na plasticidade das células da ME. Quanto à análise regenerativa na ME in vivo, foram utilizados 40 ratos Wistar e de 4 deles foi removido o NI. Os 36 animais restantes foram submetidos a uma transecção medular com 4 mm de espessura ao nível torácico baixo e divididos em 6 grupos (n=6): no grupo 1 foi inoculado 10μl de solução salina (5%) (SS); no grupo 2 FGNI mais 10μl de SS (SS + NI); no grupo 3 FGNI mais o OE de HS (HS + NI); no grupo 4 foi inoculado apenas o OE de HS; no grupo 5 FGNI mais o OE de CB (CB + NI) e no grupo 6 foi inoculado apenas o OE de CB. O desempenho dos membros posteriores foi avaliado por 12 semanas usando pontuação do comportamento motor (BBB) e o déficit funcional ligado ao comportamento da pontuação combinada (CBS) e os dados dos testes comportamentais dos grupos tratados foram comparados estatisticamente. Ocorreu recuperação dos movimentos dos membros posteriores dos animais pertencentes aos grupos com o FGNI e com os OES quando comparados ao grupo SS e SS + NI. Entretanto, nos grupos com o OE de CB ocorreram resultados mais significativos e superioridade frente aos grupos com o OE de HS. Este estudo permitiu a investigação do uso de OES, in vitro e in vivo, devido a presença de substâncias nos OES com provável atividade neuroprotera e regenerativa, favorecendo a plasticidade morfológica e melhora da recuperação funcional da ME.
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ANDREZZA ASSIS CRUZ MOURA BARRETO
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PROPRIEDADES FUNCIONAL E SENSORIAL DE IOGURTES DE LEITE DE CABRA ADICIONADOS DE POLPAS DE ACEROLA E CAJU
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Orientador : JEAN BERG ALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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JEAN BERG ALVES DA SILVA
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PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
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EDNA MARIA MENDES AROUCHA
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MARIA ROCIENE ABRANTES
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SOLANGE DE SOUSA
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Data: 27/03/2020
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Este estudo teve por objetivo avaliar a qualidade de iogurtes de leite de cabra adicionados de frutos regionais. Foram realizadas análises físico-químicas (umidade, cinzas, pH, acidez titulável, gordura láctea e proteína láctea) microbiológicas, a cada sete dias, durante 35 dias (coliformes totais, coliformes termotolerantes, bolores e leveduras e bactérias lácticas totais), funcional (compostos bioativos e atividade antioxidante) e sensorial de iogurtes de leite de cabra elaborados com polpa de acerola (Malpighia emarginata D.C.) e de caju (Anacardium occidentale L.) em diferentes concentrações. As formulações foram produzidas com iogurte natural sem adição de polpas (A0), iogurte natural com adição de 10% (A10), 20% (A20) e 30% (A30) de polpa de acerola, assim como com a adição de 10% (C10), 20% (C20) e 30% (C30) de polpa de caju, cujos resultados foram analisados comparando as formulações com cada fruta ao iogurte natural. A presença de polpa de acerola e de caju não modificou as características microbiológicas dos iogurtes. Nas formulações com acerola houve diferença na composição físico-químicas e a proteína láctea manteve-se fora dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira. A formulação A30 apresentou teores de ácido ascórbico e compostos fenólicos superiores as demais formulações, mas a atividade antioxidante foi semelhante entre as formulações A10 e A20, sendo superior ao A0. Apresentaram impressão global, aroma, doçura, sabor, textura e intenção de compra semelhantes ao A0. A formulação A10 apresentou aparência semelhante ao controle, obtendo melhores notas. Os iogurtes com caju apresentaram alteração na composição físico-química com a acidez e a proteína láctea mantendo-se fora dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira. A formulação C30 apresentou teores de ácido ascórbico superiores as demais formulações com caju, mas a atividade antioxidante foi semelhante entre elas e superior ao natural. Os iogurtes preparados com polpa de caju não diferiram quanto a impressão global, doçura, sabor e intenção de compra. A formulação C30 apresentou melhor aparência que as demais e as C20 e C30 mostraram notas semelhantes para aroma e textura, sendo inferiores as demais formulações nesses dois atributos. As análises evidenciaram que os iogurtes de leite de cabra com adição de polpa de acerola e de caju apresentaram qualidades nutricionais satisfatórias, mostraram potencial atividade antioxidante, caracterizando-os como alimento funcional e mostrando viabilidade como derivado de leite de cabra para o mercado consumidor, com readequações nas suas características físico-químicas e sensoriais.
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Este estudo teve por objetivo avaliar a qualidade de iogurtes de leite de cabra adicionados de frutos regionais. Foram realizadas análises físico-químicas (umidade, cinzas, pH, acidez titulável, gordura láctea e proteína láctea) microbiológicas, a cada sete dias, durante 35 dias (coliformes totais, coliformes termotolerantes, bolores e leveduras e bactérias lácticas totais), funcional (compostos bioativos e atividade antioxidante) e sensorial de iogurtes de leite de cabra elaborados com polpa de acerola (Malpighia emarginata D.C.) e de caju (Anacardium occidentale L.) em diferentes concentrações. As formulações foram produzidas com iogurte natural sem adição de polpas (A0), iogurte natural com adição de 10% (A10), 20% (A20) e 30% (A30) de polpa de acerola, assim como com a adição de 10% (C10), 20% (C20) e 30% (C30) de polpa de caju, cujos resultados foram analisados comparando as formulações com cada fruta ao iogurte natural. A presença de polpa de acerola e de caju não modificou as características microbiológicas dos iogurtes. Nas formulações com acerola houve diferença na composição físico-químicas e a proteína láctea manteve-se fora dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira. A formulação A30 apresentou teores de ácido ascórbico e compostos fenólicos superiores as demais formulações, mas a atividade antioxidante foi semelhante entre as formulações A10 e A20, sendo superior ao A0. Apresentaram impressão global, aroma, doçura, sabor, textura e intenção de compra semelhantes ao A0. A formulação A10 apresentou aparência semelhante ao controle, obtendo melhores notas. Os iogurtes com caju apresentaram alteração na composição físico-química com a acidez e a proteína láctea mantendo-se fora dos padrões estabelecidos pela legislação brasileira. A formulação C30 apresentou teores de ácido ascórbico superiores as demais formulações com caju, mas a atividade antioxidante foi semelhante entre elas e superior ao natural. Os iogurtes preparados com polpa de caju não diferiram quanto a impressão global, doçura, sabor e intenção de compra. A formulação C30 apresentou melhor aparência que as demais e as C20 e C30 mostraram notas semelhantes para aroma e textura, sendo inferiores as demais formulações nesses dois atributos. As análises evidenciaram que os iogurtes de leite de cabra com adição de polpa de acerola e de caju apresentaram qualidades nutricionais satisfatórias, mostraram potencial atividade antioxidante, caracterizando-os como alimento funcional e mostrando viabilidade como derivado de leite de cabra para o mercado consumidor, com readequações nas suas características físico-químicas e sensoriais.
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Ricardo Gonçalves Santos
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COMPORTAMENTO ENXAMEATÓRIO DE ABELHAS AFRICANIZADAS (Apis mellifera L.) EM ZONA URBANA DE MOSSORÓ/RN, REGIÃO SEMIÁRIDA DO NORDESTE BRASILEIRO
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Orientador : LIONEL SEGUI GONCALVES
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MEMBROS DA BANCA :
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LIONEL SEGUI GONCALVES
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JEAN BERG ALVES DA SILVA
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MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
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ALEXANDRE PAULA BRAGA
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DAVID DE JONG
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Data: 30/03/2020
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As abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) possuem elevado comportamento enxameatório e alta capacidade de adaptação, características que permitiram sua rápida propagação nas condições tropicais, no entanto, estas vem gerando problemas nas cidades brasileiras devido ao elevado risco de acidentes com pessoas e animais, uma vez que apresentam um forte instinto defensivo. Este trabalho foi realizado na Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA em Mossoró, com a colaboração do CETAPIS-RN, Centro tecnológico de Apicultura e Meliponicultura do Rio Grande do Norte e teve como principal objetivo, avaliar as características de enxames silvestres de abelhas africanizadas em Mossoró/RN, com intuito de obter uma melhor compreensão da biologia dessas abelhas em áreas urbanas, entendendo os possíveis fatores envolvidos no processo de nidificação e enxameação nas cidades da região semiárida do Nordeste do Brasil. Para isso, por meio de uma parceria entre a UFERSA e a Corporação de Bombeiros Militar de Mossoró, 487 enxames foram notificados, oriundos de solicitações feitas pela comunidade local durante o período de abril de 2015 a maio de 2018. A cada ocorrência, diversas informações sobre os enxames eram registrados como: data, endereço, altura e estrutura do local onde as abelhas estavam alojadas, ocorrência ou não de nidificação, posição de construção dos favos, estimativa do tamanho populacional do enxame, defensividade das abelhas e presença de rainha, realeiras, zangões e cria de zangões. Dados de precipitação pluviométrica, temperatura do ar, umidade relativa do ar, radiação solar e velocidade do vento foram obtidos com intuito de avaliar o efeito das variáveis climáticas sobre a enxameação e os aspectos reprodutivos dos enxames. Foi encontrada correlação negativa estatisticamente significante (r= -0,864) entre a temperatura do ar e a ocorrência de enxames. Os enxames foram encontrados em enorme quantidade de estruturas (arvores, pneus, cumeeiras de casas, etc) em locais abertos, no período com maior disponibilidade de flores e temperatura amena. Os resultados obtidos neste trabalho mostraram que nas zonas urbanas do semiárido nordestino, os enxames investem em reprodução e enxameação durante o ano inteiro, contudo, a criação de rainhas e de zangões é intensificada na estação chuvosa, enquanto o pico de enxameação ocorre entre o final da estação chuvosa e início da estação seca. A criação de realeiras e zangões nas colônias foram afetadas negativamente nos períodos de maior temperatura, radiação solar e velocidade do vento. Os enxames ocuparam uma enorme quantidade de estruturas e a maioria foram encontrados em locais abertos (enxame exposto), contudo, nos locais fechados (enxame protegido) houve maior predominância de colônias estabelecidas do que enxames não instalados ou provisórios. As abelhas demonstraram preferência por locais com altura menor que 4 metros e também priorizaram a construção de seus favos orientados direcionalmente no sentido leste/oeste. Em Mossoró-RN a maior frequência de enxames ocorre entre abril e setembro e a menor frequência entre outubro e março. Não houve diferença de frequência de enxames entre os períodos de chuvas e secas. Os enxames geralmente apresentavam-se com população de até 20 mil abelhas e com comportamento de baixa defensividade. Concluímos que as produções naturais de rainhas e zangões nas colônias são influenciadas pelas condições ambientais do Semiárido Brasileiro e que as abelhas africanizadas realizam o pico de enxameação reprodutiva nas zonas urbanas no período do ano em que há maior disponibilidade de flores na região e quando a média de temperatura ambiental está amena. Isto nos leva crer que exista um ajuste comportamental das abelhas A. mellifera às condições climáticas da região, evitando condições adversas do clima local. Além disso constatamos que, apesar de serem generalistas, as abelhas africanizadas apresentam maior grau de exigência quando procuram um sítio para construção do ninho, ao invés de um local provisório apenas para pouso e descanso. Por outro lado, as abelhas escolhem alturas que as protejam dos ventos mais fortes, porém sem deixá-las vulneráveis à ação de inimigos naturais. Concluímos também que os enxames pequenos de abelhas africanizadas (até 20 mil abelhas) são pouco defensivos e que esta baixa defensividade se deva também ao adequado manejo dos enxames (uso de equipamentos apícolas, EPI, fumegador) o que facilita o trabalho de resgate das abelhas em locais urbanos mais populosos, tornando possível realizar capturas em áreas urbanas de forma mais segura.
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As abelhas africanizadas (Apis mellifera L.) possuem elevado comportamento enxameatório e alta capacidade de adaptação, características que permitiram sua rápida propagação nas condições tropicais, no entanto, estas vem gerando problemas nas cidades brasileiras devido ao elevado risco de acidentes com pessoas e animais, uma vez que apresentam um forte instinto defensivo. Este trabalho foi realizado na Universidade Federal Rural do Semiárido - UFERSA em Mossoró, com a colaboração do CETAPIS-RN, Centro tecnológico de Apicultura e Meliponicultura do Rio Grande do Norte e teve como principal objetivo, avaliar as características de enxames silvestres de abelhas africanizadas em Mossoró/RN, com intuito de obter uma melhor compreensão da biologia dessas abelhas em áreas urbanas, entendendo os possíveis fatores envolvidos no processo de nidificação e enxameação nas cidades da região semiárida do Nordeste do Brasil. Para isso, por meio de uma parceria entre a UFERSA e a Corporação de Bombeiros Militar de Mossoró, 487 enxames foram notificados, oriundos de solicitações feitas pela comunidade local durante o período de abril de 2015 a maio de 2018. A cada ocorrência, diversas informações sobre os enxames eram registrados como: data, endereço, altura e estrutura do local onde as abelhas estavam alojadas, ocorrência ou não de nidificação, posição de construção dos favos, estimativa do tamanho populacional do enxame, defensividade das abelhas e presença de rainha, realeiras, zangões e cria de zangões. Dados de precipitação pluviométrica, temperatura do ar, umidade relativa do ar, radiação solar e velocidade do vento foram obtidos com intuito de avaliar o efeito das variáveis climáticas sobre a enxameação e os aspectos reprodutivos dos enxames. Foi encontrada correlação negativa estatisticamente significante (r= -0,864) entre a temperatura do ar e a ocorrência de enxames. Os enxames foram encontrados em enorme quantidade de estruturas (arvores, pneus, cumeeiras de casas, etc) em locais abertos, no período com maior disponibilidade de flores e temperatura amena. Os resultados obtidos neste trabalho mostraram que nas zonas urbanas do semiárido nordestino, os enxames investem em reprodução e enxameação durante o ano inteiro, contudo, a criação de rainhas e de zangões é intensificada na estação chuvosa, enquanto o pico de enxameação ocorre entre o final da estação chuvosa e início da estação seca. A criação de realeiras e zangões nas colônias foram afetadas negativamente nos períodos de maior temperatura, radiação solar e velocidade do vento. Os enxames ocuparam uma enorme quantidade de estruturas e a maioria foram encontrados em locais abertos (enxame exposto), contudo, nos locais fechados (enxame protegido) houve maior predominância de colônias estabelecidas do que enxames não instalados ou provisórios. As abelhas demonstraram preferência por locais com altura menor que 4 metros e também priorizaram a construção de seus favos orientados direcionalmente no sentido leste/oeste. Em Mossoró-RN a maior frequência de enxames ocorre entre abril e setembro e a menor frequência entre outubro e março. Não houve diferença de frequência de enxames entre os períodos de chuvas e secas. Os enxames geralmente apresentavam-se com população de até 20 mil abelhas e com comportamento de baixa defensividade. Concluímos que as produções naturais de rainhas e zangões nas colônias são influenciadas pelas condições ambientais do Semiárido Brasileiro e que as abelhas africanizadas realizam o pico de enxameação reprodutiva nas zonas urbanas no período do ano em que há maior disponibilidade de flores na região e quando a média de temperatura ambiental está amena. Isto nos leva crer que exista um ajuste comportamental das abelhas A. mellifera às condições climáticas da região, evitando condições adversas do clima local. Além disso constatamos que, apesar de serem generalistas, as abelhas africanizadas apresentam maior grau de exigência quando procuram um sítio para construção do ninho, ao invés de um local provisório apenas para pouso e descanso. Por outro lado, as abelhas escolhem alturas que as protejam dos ventos mais fortes, porém sem deixá-las vulneráveis à ação de inimigos naturais. Concluímos também que os enxames pequenos de abelhas africanizadas (até 20 mil abelhas) são pouco defensivos e que esta baixa defensividade se deva também ao adequado manejo dos enxames (uso de equipamentos apícolas, EPI, fumegador) o que facilita o trabalho de resgate das abelhas em locais urbanos mais populosos, tornando possível realizar capturas em áreas urbanas de forma mais segura.
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LARA BARBOSA DE SOUZA
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POTENCIAL DE CONSERVAÇÃO DE QUEIJO COALHO COM O USO DE COBERTURA A BASE DE SORO E CONSERVANTE NATURAL E SINTÉTICO
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Orientador : JEAN BERG ALVES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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JEAN BERG ALVES DA SILVA
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PATRICIA DE OLIVEIRA LIMA
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ANA CARLA DIOGENES SUASSUNA BEZERRA
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EDNA MARIA MENDES AROUCHA
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MARIA ROCIENE ABRANTES
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Data: 27/04/2020
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O queijo coalho é um derivado lácteo rico em nutrientes, com proteínas de alto valor biológico, caracterizado como de média a alta umidade, textura macia e levemente ácido. Essas condições podem favorecer à contaminação microbiana. Da sua produção, é o obtido o resíduo soro de queijo. O revestimento de alimentos, surge como ferramenta à tecnologia de conservação, na qaul filmes e coberturas podem prolongar as características de frescor do alimento. O objetivo do estudo foi desenvolver uma cobertura comestível à base de soro e verificar a influência na vida de prateleira do queijo coalho e o impacto do armazenamento refrigerado sobre as características organolépticas. Foram avaliadas amostras de queijo durante 20 dias de armazenamento refrigerado (5°C), avaliando seis formulações de revestimentos, realizando caracterização microbiológica, física e perfil de textura das amostras. Não foram detectados Salmonella e S.aures. A cor e o pH das amostras controle e queijos revestidos, não apresentaram diferenças significativas. O revestimento demonstrou potencial para aplicação como barreira à contaminantes em queijos, além de manter as características de frescor. Alterações na consistência da massa foram significantes após 15 dias de armazenamento refrigerado, e o queijo com o revestimento 1 (QR1) foi o de melhor maciez e mastigabilidade. A análise instrumental permite caracterizar o produto quanto sua qualidade e aceitabilidade, demonstrando que a cobertura comestível tem potencial e aplicabilidade na conservação de queijo coalho.
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O queijo coalho é um derivado lácteo rico em nutrientes, com proteínas de alto valor biológico, caracterizado como de média a alta umidade, textura macia e levemente ácido. Essas condições podem favorecer à contaminação microbiana. Da sua produção, é o obtido o resíduo soro de queijo. O revestimento de alimentos, surge como ferramenta à tecnologia de conservação, na qaul filmes e coberturas podem prolongar as características de frescor do alimento. O objetivo do estudo foi desenvolver uma cobertura comestível à base de soro e verificar a influência na vida de prateleira do queijo coalho e o impacto do armazenamento refrigerado sobre as características organolépticas. Foram avaliadas amostras de queijo durante 20 dias de armazenamento refrigerado (5°C), avaliando seis formulações de revestimentos, realizando caracterização microbiológica, física e perfil de textura das amostras. Não foram detectados Salmonella e S.aures. A cor e o pH das amostras controle e queijos revestidos, não apresentaram diferenças significativas. O revestimento demonstrou potencial para aplicação como barreira à contaminantes em queijos, além de manter as características de frescor. Alterações na consistência da massa foram significantes após 15 dias de armazenamento refrigerado, e o queijo com o revestimento 1 (QR1) foi o de melhor maciez e mastigabilidade. A análise instrumental permite caracterizar o produto quanto sua qualidade e aceitabilidade, demonstrando que a cobertura comestível tem potencial e aplicabilidade na conservação de queijo coalho.
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HERBSTER RANIELLE LIRA DE CARVALHO
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ANÁLISE REMOTA DAS CONCENTRAÇÕES DE CLOROFILA- A E CARBONO ORGÂNICO TOTAL E ESTIMATIVAS DAS EMISSÕES NATURAIS E ANTRÓPICAS DE NUTRIENTES EM RESERVATÓRIOS E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
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Orientador : GUSTAVO HENRIQUE GONZAGA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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GUSTAVO HENRIQUE GONZAGA DA SILVA
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GUELSON BATISTA DA SILVA
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LUIS CESAR DE AQUINO LEMOS FILHO
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ANTONIO FERNANDO MONTEIRO CAMARGO
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RODRIGO GUIMARÃES DE CARVALHO
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Data: 29/04/2020
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Entre as atividades aquícolas, a piscicultura é a de maior ocorrência nos reservatórios do nordeste do Brasil, e também a que mais contribui para a deterioração da qualidade da água desses reservatórios. Sendo assim, é de suma importância o desenvolvimento de técnicas que possam facilitar o monitoramento da conservação da qualidade da água, não só com ênfase nas atividades aquícolas, mas também na manutenção da qualidade da água para o consumo humano e dessedentação animal. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivos: caracterizar as bacias de contribuição dos reservatórios estudados, tanto do ponto de vista morfométrico, quanto ao o uso e ocupação; estimar os aportes de nutrientes oriundos de emissões naturais e antrópicas; e analisar remotamente a distribuição de variáveis limnológicas opticamente ativas voltadas à análise qualidade da água desses reservatórios. Para tanto, foram realizadas bimestralmente, seis coletas de dados limnológicos, entre outubro de 2017 e janeiro de 2019, em dois reservatórios do semiárido potiguar, Umari e Mendubim, e caracterizadas suas respectivas bacias de contribuição. Os reservatórios apresentam bacias de contribuição exorreicas, com formato predominantemente alongado, baixa tendência a enchentes, redes de drenagem com baixas densidade, declividade e velocidade de escoamento, formadas por substratos permeáveis; tendo como principais atividades a agricultura e a pecuária. Estima-se que esses reservatórios recebam anualmente cargas de nitrogênio e fósforo em torno, respectivamente, de 588 t.ano-1 e 136 t.ano-1 para Umari, e de 329 t.ano-1 e 106 t.ano-1 para Mendubim, sendo as principais fontes naturais de nitrogênio e fósforo a denudação físico-química do solo e a deposição atmosférica, e antrópicas a pecuária e a agricultura. A distribuição da variáveis limnológicas opticamente ativas, Clorofila a (Chl-a) e Carbono orgânico total (COT) foram analisadas utilizando imagens do sensor OLI/ Landsat 8, para tanto foram desenvolvidos modelos de regressão linear entre combinações das bandas B2 a B6 das imagens Landsat e as concentrações de clorofila e carbono estimadas em laboratório oriundas das coleta de campo, afim de recuperar valores de concentração dessa variáveis a partir dos dados espectrais dessas imagens. De acordo com índice de estado trófico os reservatórios foram Umari e Mendubim foram classificados, respectivamente, como mesotrófico (IET= 49,74) e Eutrófico (IET=54,14). Verificou-se uma correlação elevada entre os dados espectrais do sensor LS8/OLI e as concentrações de Chl-a (R²=0,74) e COT (r²=0,70). A recuperação das concentrações de Chl-a e COT estimadas partir de dados espectrais mostrou-se eficiente. O presente estudo não pretender findar, e sim, dar mais uma contribuição ao estudo do tema.
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Entre as atividades aquícolas, a piscicultura é a de maior ocorrência nos reservatórios do nordeste do Brasil, e também a que mais contribui para a deterioração da qualidade da água desses reservatórios. Sendo assim, é de suma importância o desenvolvimento de técnicas que possam facilitar o monitoramento da conservação da qualidade da água, não só com ênfase nas atividades aquícolas, mas também na manutenção da qualidade da água para o consumo humano e dessedentação animal. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivos: caracterizar as bacias de contribuição dos reservatórios estudados, tanto do ponto de vista morfométrico, quanto ao o uso e ocupação; estimar os aportes de nutrientes oriundos de emissões naturais e antrópicas; e analisar remotamente a distribuição de variáveis limnológicas opticamente ativas voltadas à análise qualidade da água desses reservatórios. Para tanto, foram realizadas bimestralmente, seis coletas de dados limnológicos, entre outubro de 2017 e janeiro de 2019, em dois reservatórios do semiárido potiguar, Umari e Mendubim, e caracterizadas suas respectivas bacias de contribuição. Os reservatórios apresentam bacias de contribuição exorreicas, com formato predominantemente alongado, baixa tendência a enchentes, redes de drenagem com baixas densidade, declividade e velocidade de escoamento, formadas por substratos permeáveis; tendo como principais atividades a agricultura e a pecuária. Estima-se que esses reservatórios recebam anualmente cargas de nitrogênio e fósforo em torno, respectivamente, de 588 t.ano-1 e 136 t.ano-1 para Umari, e de 329 t.ano-1 e 106 t.ano-1 para Mendubim, sendo as principais fontes naturais de nitrogênio e fósforo a denudação físico-química do solo e a deposição atmosférica, e antrópicas a pecuária e a agricultura. A distribuição da variáveis limnológicas opticamente ativas, Clorofila a (Chl-a) e Carbono orgânico total (COT) foram analisadas utilizando imagens do sensor OLI/ Landsat 8, para tanto foram desenvolvidos modelos de regressão linear entre combinações das bandas B2 a B6 das imagens Landsat e as concentrações de clorofila e carbono estimadas em laboratório oriundas das coleta de campo, afim de recuperar valores de concentração dessa variáveis a partir dos dados espectrais dessas imagens. De acordo com índice de estado trófico os reservatórios foram Umari e Mendubim foram classificados, respectivamente, como mesotrófico (IET= 49,74) e Eutrófico (IET=54,14). Verificou-se uma correlação elevada entre os dados espectrais do sensor LS8/OLI e as concentrações de Chl-a (R²=0,74) e COT (r²=0,70). A recuperação das concentrações de Chl-a e COT estimadas partir de dados espectrais mostrou-se eficiente. O presente estudo não pretender findar, e sim, dar mais uma contribuição ao estudo do tema.
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PARMENEDES DIAS DE BRITO
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EFEITO DE EXTRATOS DE PRÓPOLIS VERDE E GEOPRÓPOLIS NA VIABILIDADE DE TRANSPLANTES ALOGÊNICO E AUTÓLOGOS, CICATRIZAÇÃO E NO PROCESSO INFLAMATÓRIO AGUDO E CRÔNICO EM RATOS (Rattus norvegicus)
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Orientador : CARLOS IBERE ALVES FREITAS
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLOS IBERE ALVES FREITAS
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JAEL SOARES BATISTA
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KATIA PERES GRAMACHO
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MARIA ROCIENE ABRANTES
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WIRTON PEIXOTO COSTA
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Data: 30/06/2020
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A própolis e a geoprópolis são produtos resinosos elaborados a partir de exsudatos, óleos e resinas colhidas das plantas, aos quais são adicionados enzimas salivares, pólen, cera e, na geoprópolis, terra. O resultado é um produto conhecido e utilizado por populares devido às propriedades medicinais. Objetivou-se avaliar o efeito do extrato hidroalcoólico de própolis verde, geoprópolis de abelha canudo e geoprópolis de abelha jandaíra sobre a inflamação aguda, inflamação crônica, cicatrização e transplante cutâneo autogênico e autólogo em ratos wistar. Para tanto, foram utilizados 36 ratos adultos, de ambos os sexos, distribuídos em cinco grupos: extrato hidroalcoólico de própolis verde (EHPv); extrato de geoprópolis de abelha canudo (EHG-Can); extrato de geoprópolis de abelha Jandaíra (EHG-Jan); fármaco registrado como grupo controle positivo (GC+); apenas veículo como controle negativo (GC-). A inflamação aguda foi induzida por carragenina a 1% (n = 36), a inflamação crônica foi realizado por corpo estranho (lamínula de vidro) (n = 16) e a cicatrização foi acompanhada a partir de ferida circular de 8mm de diâmetro (n = 16). Os transplantes (n = 20) foram feitos com a incisão e realocação de dois enxertos cutâneos quadrados (1cm2), um para autoenxerto e outro para aloenxerto, respectivamente. Sobre o teor de flavonoides, o grupo EHG-Jan apresentou a maior quantidade (p<0,05), EHPv quantidade intermediária e o EHG-Can a menor. Verificou-se um efeito positivo antiedematoso pronunciado do EHPv, moderado efeito nos grupos EHG-Can e EHG-Jan. Na inflamação crônica, o grupo EHG-Jan destacou-se por acelerar a formação do granuloma quando comparado aos demais extratos. Houve aceleração da cicatrização por efeito dos extratos em 18 dias, os animais dos grupos EHPv e EHG-Can em 16 dias já apresentavam cicatrizes com reepitelização completa. Os extratos aumentaram a proteção das áreas lesionadas e induziram discreto retardo nos fenômenos desvitalizantes dos enxertos autólogos. No transplante alogênico percebeu-se discreto retardo na rejeição, havendo indução de reepitelização, com pior aspecto macroscópico do grupo EHG-Jan, em contrapartida os aloenxertos deste grupo apresentaram a reepitelização mais avançada dentre os tratamentos. Os extratos hidroalcoólicos de própolis e geoprópolis apresentaram efeitos positivos sobre o processo inflamatório agudo e crônico, na cicatrização e nos transplantes cutâneos de ratos wistar.
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A própolis e a geoprópolis são produtos resinosos elaborados a partir de exsudatos, óleos e resinas colhidas das plantas, aos quais são adicionados enzimas salivares, pólen, cera e, na geoprópolis, terra. O resultado é um produto conhecido e utilizado por populares devido às propriedades medicinais. Objetivou-se avaliar o efeito do extrato hidroalcoólico de própolis verde, geoprópolis de abelha canudo e geoprópolis de abelha jandaíra sobre a inflamação aguda, inflamação crônica, cicatrização e transplante cutâneo autogênico e autólogo em ratos wistar. Para tanto, foram utilizados 36 ratos adultos, de ambos os sexos, distribuídos em cinco grupos: extrato hidroalcoólico de própolis verde (EHPv); extrato de geoprópolis de abelha canudo (EHG-Can); extrato de geoprópolis de abelha Jandaíra (EHG-Jan); fármaco registrado como grupo controle positivo (GC+); apenas veículo como controle negativo (GC-). A inflamação aguda foi induzida por carragenina a 1% (n = 36), a inflamação crônica foi realizado por corpo estranho (lamínula de vidro) (n = 16) e a cicatrização foi acompanhada a partir de ferida circular de 8mm de diâmetro (n = 16). Os transplantes (n = 20) foram feitos com a incisão e realocação de dois enxertos cutâneos quadrados (1cm2), um para autoenxerto e outro para aloenxerto, respectivamente. Sobre o teor de flavonoides, o grupo EHG-Jan apresentou a maior quantidade (p<0,05), EHPv quantidade intermediária e o EHG-Can a menor. Verificou-se um efeito positivo antiedematoso pronunciado do EHPv, moderado efeito nos grupos EHG-Can e EHG-Jan. Na inflamação crônica, o grupo EHG-Jan destacou-se por acelerar a formação do granuloma quando comparado aos demais extratos. Houve aceleração da cicatrização por efeito dos extratos em 18 dias, os animais dos grupos EHPv e EHG-Can em 16 dias já apresentavam cicatrizes com reepitelização completa. Os extratos aumentaram a proteção das áreas lesionadas e induziram discreto retardo nos fenômenos desvitalizantes dos enxertos autólogos. No transplante alogênico percebeu-se discreto retardo na rejeição, havendo indução de reepitelização, com pior aspecto macroscópico do grupo EHG-Jan, em contrapartida os aloenxertos deste grupo apresentaram a reepitelização mais avançada dentre os tratamentos. Os extratos hidroalcoólicos de própolis e geoprópolis apresentaram efeitos positivos sobre o processo inflamatório agudo e crônico, na cicatrização e nos transplantes cutâneos de ratos wistar.
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ALANA AZEVEDO BORGES
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ESTABELECIMENTO DE CARIOPLASTOS E CITOPLASTOS DE CATETOS, Pecari tajacu (LINNAEUS, 1758), VISANDO A CLONAGEM POR TRANSFERÊNCIA NUCLEAR DE CÉLULA SOMÁTICA EM TAIASSUÍDEOS
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Orientador : ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEXSANDRA FERNANDES PEREIRA
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ALEXANDRE RODRIGUES SILVA
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MOACIR FRANCO DE OLIVEIRA
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CARLOS EDUARDO AMBRÓSIO
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MARCELO BERTOLINI
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Data: 28/07/2020
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O direcionamento dos primeiros passos para a realização da transferência nuclear de células somáticas (TNCS) em catetos garantirá uma ferramenta efetiva na conservação da espécie, perante sua acelerada diminuição populacional e sua atividade ecológica indispensável para o ecossistema. Para tanto, a presente tese foi dividida em duas etapas (três experimentos por etapa), sendo a primeira etapa o estudo das células doadoras de núcleo ou carioplastos e a segunda etapa, o estudo das células doadoras de citoplasma ou citoplastos. Assim, diante da importância de carioplastos de qualidade reconhecida para a TNCS, nós inicialmente estabelecemos cinco linhagens de fibroblastos de catetos, monitorando a viabilidade, atividade metabólica e estresse oxidativo, de acordo com os efeitos do número de passagens (primeira, terceira e décima) e criopreservação. Embora não haja efeito desses critérios sobre a viabilidade, células em décima passagem tiveram uma redução de seu metabolismo. Adicionalmente, células congeladas/descongeladas tiveram um aumento no número de espécies reativas de oxigênio e potencial de membrana mitocondrial. Além disso, sabendo da importância de manter estas células armazenadas em um biobanco de maneira adequada, nós otimizamos a solução crioprotetora utilizada na congelação lenta de fibroblastos de catetos. Deste modo, a solução composta por 10% de dimetilsulfóxido (DMSO) com 0,2 M de sacarose e 50% de soro fetal bovino (SFB) foi considerada a solução mais eficiente em manter a viabilidade, atividade proliferativa, metabolismo e níveis adequados de estresse oxidativo de células somáticas de catetos, quando comparada a soluções na ausência de sacarose e com 10% de SFB em diferentes combinações. Finalmente, um passo essencial no estabelecimento dos carioplastos para a TNCS consiste na sincronização das células em G0/G1 do ciclo celular. Deste modo, nós avaliamos diferentes métodos de sincronização do ciclo celular: (i) supressão de soro (SS) por um a quatro dias, (ii) inibição por contato (IC) por um a três dias e (iii) agentes químicos [DMSO, 6-dimetilaminopurina (6-DMAP), ciclohexamida (CHX), e citocalasina B (CB)] por um a dois dias, em termos de seus efeitos sobre a sincronização em G0/G1 e viabilidade. Assim, nós observamos que a IC por três dias foi o método mais eficiente para sincronização do ciclo celular e manutenção da viabilidade de fibroblastos de catetos. Portanto, com estes três experimentos, nós estabelecemos a etapa de carioplastos da TNCS de catetos, obtendo células de qualidade e aptas a serem usadas como doadoras de núcleo. Na segunda etapa, nós, inicialmente, adequamos as condições de maturação in vitro (MIV) de oócitos de catetos, avaliando o tempo de MIV e o efeito do fator de crescimento epidermal (EGF) sobre a habilidade meiótica. Assim, nós concluímos que 48 h é o período adequado para a MIV de oócitos quando comparado ao tempo de 24 h, de acordo com o potencial meiótico. Ainda, observou-se que o EGF pode ser utilizado para otimizar o meio de MIV. Finalmente, no terceiro experimento, nós avaliamos a habilidade de desenvolvimento destes oócitos após ativação artificial, usando a ionomicina como ativador primário e comparando diferentes ativadores secundários (6-DMAP, CHX e CB). Nós verificamos que a ativação química usando ionomicina e 6-DMAP foi a mais eficiente combinação, tendo esta tese alcançado como resultado significativo, uma taxa de 27,6% de blastocistos de catetos derivados da ativação oocitária artificial. Em síntese, nós obtivemos carioplastos e citoplastos que poderão ser empregados na TNCS de catetos, deixando a ponto as etapas fundamentais para a clonagem desta espécie. Ainda, destaca-se que os conhecimentos aqui gerados poderão ser aplicados em estudos de fecundação in vitro, compreensão do desenvolvimento embrionário, produção de células induzidas à pluripotência, e ensaios de toxicidade. Portanto, este trabalho foi um grande passo para a conservação de catetos.
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O direcionamento dos primeiros passos para a realização da transferência nuclear de células somáticas (TNCS) em catetos garantirá uma ferramenta efetiva na conservação da espécie, perante sua acelerada diminuição populacional e sua atividade ecológica indispensável para o ecossistema. Para tanto, a presente tese foi dividida em duas etapas (três experimentos por etapa), sendo a primeira etapa o estudo das células doadoras de núcleo ou carioplastos e a segunda etapa, o estudo das células doadoras de citoplasma ou citoplastos. Assim, diante da importância de carioplastos de qualidade reconhecida para a TNCS, nós inicialmente estabelecemos cinco linhagens de fibroblastos de catetos, monitorando a viabilidade, atividade metabólica e estresse oxidativo, de acordo com os efeitos do número de passagens (primeira, terceira e décima) e criopreservação. Embora não haja efeito desses critérios sobre a viabilidade, células em décima passagem tiveram uma redução de seu metabolismo. Adicionalmente, células congeladas/descongeladas tiveram um aumento no número de espécies reativas de oxigênio e potencial de membrana mitocondrial. Além disso, sabendo da importância de manter estas células armazenadas em um biobanco de maneira adequada, nós otimizamos a solução crioprotetora utilizada na congelação lenta de fibroblastos de catetos. Deste modo, a solução composta por 10% de dimetilsulfóxido (DMSO) com 0,2 M de sacarose e 50% de soro fetal bovino (SFB) foi considerada a solução mais eficiente em manter a viabilidade, atividade proliferativa, metabolismo e níveis adequados de estresse oxidativo de células somáticas de catetos, quando comparada a soluções na ausência de sacarose e com 10% de SFB em diferentes combinações. Finalmente, um passo essencial no estabelecimento dos carioplastos para a TNCS consiste na sincronização das células em G0/G1 do ciclo celular. Deste modo, nós avaliamos diferentes métodos de sincronização do ciclo celular: (i) supressão de soro (SS) por um a quatro dias, (ii) inibição por contato (IC) por um a três dias e (iii) agentes químicos [DMSO, 6-dimetilaminopurina (6-DMAP), ciclohexamida (CHX), e citocalasina B (CB)] por um a dois dias, em termos de seus efeitos sobre a sincronização em G0/G1 e viabilidade. Assim, nós observamos que a IC por três dias foi o método mais eficiente para sincronização do ciclo celular e manutenção da viabilidade de fibroblastos de catetos. Portanto, com estes três experimentos, nós estabelecemos a etapa de carioplastos da TNCS de catetos, obtendo células de qualidade e aptas a serem usadas como doadoras de núcleo. Na segunda etapa, nós, inicialmente, adequamos as condições de maturação in vitro (MIV) de oócitos de catetos, avaliando o tempo de MIV e o efeito do fator de crescimento epidermal (EGF) sobre a habilidade meiótica. Assim, nós concluímos que 48 h é o período adequado para a MIV de oócitos quando comparado ao tempo de 24 h, de acordo com o potencial meiótico. Ainda, observou-se que o EGF pode ser utilizado para otimizar o meio de MIV. Finalmente, no terceiro experimento, nós avaliamos a habilidade de desenvolvimento destes oócitos após ativação artificial, usando a ionomicina como ativador primário e comparando diferentes ativadores secundários (6-DMAP, CHX e CB). Nós verificamos que a ativação química usando ionomicina e 6-DMAP foi a mais eficiente combinação, tendo esta tese alcançado como resultado significativo, uma taxa de 27,6% de blastocistos de catetos derivados da ativação oocitária artificial. Em síntese, nós obtivemos carioplastos e citoplastos que poderão ser empregados na TNCS de catetos, deixando a ponto as etapas fundamentais para a clonagem desta espécie. Ainda, destaca-se que os conhecimentos aqui gerados poderão ser aplicados em estudos de fecundação in vitro, compreensão do desenvolvimento embrionário, produção de células induzidas à pluripotência, e ensaios de toxicidade. Portanto, este trabalho foi um grande passo para a conservação de catetos.
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GERMANA GUIMARÃES REBOUÇAS
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MARCADORES MOLECULARES NA IDENTIFICAÇÃO DE VARIANTES GENOTÍPICAS DO VÍRUS DA SÍNDROME DA MANCHA BRANCA EM CAMARÕES Litopenaeus vannamei CULTIVADOS NO ESTADO DO CEARÁ
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Orientador : SIDNEI MIYOSHI SAKAMOTO
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MEMBROS DA BANCA :
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IONÁ SANTOS ARAÚJO HOLANDA
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JEAN BERG ALVES DA SILVA
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KARINA RIBEIRO
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MARIA ROCIENE ABRANTES
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SIDNEI MIYOSHI SAKAMOTO
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Data: 31/08/2020
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A Carcinicultura no Brasil é uma atividade bastante rentável, entretanto é muito sensível a surtos de doenças que se apresentam como um dos principais entraves para o seu crescimento econômico. Com destaque para a Doença da Síndrome da Mancha Branca (WSSD), cujo agente causador é o Vírus da Síndrome da Mancha Branca (WSSV) que devido a sua elevada morbidade e mortalidade, vêm acometendo quase todos os cultivos de camarões no mundo. Assim, sendo o Estado do Ceará um dos principais produtores de camarão do Brasil, e o WSSV ter afetado severamente suas fazendas de cultivo no ano de 2016, este trabalho objetivou estudar a incidência e a variabilidade genética do WSSV em fazendas do Estado do Ceará, após o surto de 2016. Este estudo foi organizado em três etapas, estruturados em capítulos e com objetivos complementares. O primeiro capítulo é constituído pela construção de um referencial teórico, no segundo capítulo é relatado a caracterização das fazendas em estudo, bem como a influência de parâmetros de cultivo na incidência de WSSV. No capítulo três, está descrita a detecção de amostras positivas para o WSSV e o uso de marcadores moleculares para caracterizá-las, comparando-as em seguida com isolados de outras regiões geográficas. Por fim, o capítulo quatro realiza uma análise in sílico das regiões gênicas amplificadas nas amostras discutidas no capítulo três, buscando estudar as regiões variáveis do genoma do WSSV através de análises de mutações, inserções e SNPs, além de analisar as similaridades evolutivas traçando um perfil filogenético. Dessa forma, este trabalho trás dados relevantes sobre as variantes do WSSV circulantes no Estado do Ceará, contribuindo para levantar informações, ainda limitadas, sobre a incidência desse vírus na região Nordeste do Brasil.
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A Carcinicultura no Brasil é uma atividade bastante rentável, entretanto é muito sensível a surtos de doenças que se apresentam como um dos principais entraves para o seu crescimento econômico. Com destaque para a Doença da Síndrome da Mancha Branca (WSSD), cujo agente causador é o Vírus da Síndrome da Mancha Branca (WSSV) que devido a sua elevada morbidade e mortalidade, vêm acometendo quase todos os cultivos de camarões no mundo. Assim, sendo o Estado do Ceará um dos principais produtores de camarão do Brasil, e o WSSV ter afetado severamente suas fazendas de cultivo no ano de 2016, este trabalho objetivou estudar a incidência e a variabilidade genética do WSSV em fazendas do Estado do Ceará, após o surto de 2016. Este estudo foi organizado em três etapas, estruturados em capítulos e com objetivos complementares. O primeiro capítulo é constituído pela construção de um referencial teórico, no segundo capítulo é relatado a caracterização das fazendas em estudo, bem como a influência de parâmetros de cultivo na incidência de WSSV. No capítulo três, está descrita a detecção de amostras positivas para o WSSV e o uso de marcadores moleculares para caracterizá-las, comparando-as em seguida com isolados de outras regiões geográficas. Por fim, o capítulo quatro realiza uma análise in sílico das regiões gênicas amplificadas nas amostras discutidas no capítulo três, buscando estudar as regiões variáveis do genoma do WSSV através de análises de mutações, inserções e SNPs, além de analisar as similaridades evolutivas traçando um perfil filogenético. Dessa forma, este trabalho trás dados relevantes sobre as variantes do WSSV circulantes no Estado do Ceará, contribuindo para levantar informações, ainda limitadas, sobre a incidência desse vírus na região Nordeste do Brasil.
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