DIETA E MATERIAIS PLÁSTICOS NO CONTEÚDO ESTÔMACAL E BRÂNQUIAS DO PEIXE-VOADOR (Hirundichthys affinis) E DA SARDINHA-BANDEIRA (Opisthonema oglinum) EM UMA RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO RIO GRANDE DO NORTE
Peixe-Voador. Sardinha Bandeira. Conteúdo Estomacal. Microplástico. Correlação alimentar.
Um fator de contaminação do ambiente marinho são os microplásticos, partículas de plástico que medem entre um e cinco milímetros e tem gerado preocupações ao mostrar uma presença consistente e crescente em ambientes marinhos e de água doce, tendo sido confirmada a sua absorção em populações selvagens de numerosos organismos marinhos em todos os níveis tróficos coletados em seu habitat natural. Esses poluentes podem afetar o homem ao ingerir água ou peixe, motivo pelo qual há preocupação quanto à escalada deste problema e o seu potencial de impactar negativamente a biodiversidade, que ainda não foram amplamente avaliados. O objetivo deste estudo é identificar, quali-quantitativamente, através de extração e análises das substâncias encontradas nas unidades de coleta, a presença de materiais plásticos no conteúdo gastrointestinal da sardinha-bandeira (Opisthonema oglinum) e do peixe-voador (Hirundichthys affinis) obtidos na RDSEPT/RN. Concluiu-se que a absorção de microplásticos ainda é pequena no ambiente marinho. A musculatura dos animais não provoca contaminação, pois os microplásticos são, em sua maioria, fibras e de tamanho não significativo, o que sugere ser, ainda, incipiente falar em contaminação direta da cadeia trófica. A ingestão de microplástico para as espécies peixe-voador e sardinha bandeira é significativamente influenciada pela dieta dos respectivos peixes, não tendo sido ainda não alcançada pelo consumidor final dessas espécies na RDSEPT-RN.