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Dissertações |
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MARIA LUIZA ANDRADE MENDONCA
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FLUXOS MIGRATÓRIOS E SUCESSO REPRODUTIVO DE Himantopus mexicanus (AVES: CHARADRIIFORMES) EM SALINAS DO ESTUÁRIO DO RIO APODI-MOSSORÓ, NORDESTE BRASILEIRO
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Orientador : VITOR DE OLIVEIRA LUNARDI
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MEMBROS DA BANCA :
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VITOR DE OLIVEIRA LUNARDI
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DIANA GONCALVES LUNARDI
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LILIAN TONELLI MANICA
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Data: 22/02/2016
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O crescente desenvolvimento costeiro tem acarretado a destruição de áreas úmidas naturais, levando muitas populações de aves limícolas a utilizarem habitats alternativos para alimentação, descanso e reprodução. Os objetivos deste estudo foram descrever e monitorar os fluxos migratórios e o sucesso reprodutivo do pernilongo-de-costas-negras (Himantopus mexicanus) em salinas artificiais do Estuário do Rio Apodi-Mossoró, RN, Brasil – um habitat alternativo utilizado por aves limícolas Neárticas e Neotropicais. Neste estudo foram realizados censos de indivíduos, ninhos e ovos do pernilongo-de-costas-negras, entre agosto de 2012 e dezembro de 2015, em uma área de ~145ha, localizada em Areia Branca (04°57’S; 37°08’O). Adicionalmente, foi conduzido um experimento utilizando ninhos artificiais para identificar os potenciais predadores de ninhos de Aves que nidificam no solo na área de estudo, e avaliar se as taxas de predação variam entre os microhabitats encontrados dentro das salinas e entre os materiais mais utilizados na confecção dos ninhos pelas aves neste ambiente. O pernilongo-de-costas-negras apresentou fluxos migratórios definidos, com indivíduos chegando na área de estudo principalmente em março e permanecendo até outubro dos anos de 2012, 2013, 2014 e 2015. Durante três estações reprodutivas monitoradas (2013, 2014 e 2015) foi registrado um total de 47 ninhos ativos, localizados exclusivamente às margens dos tanques evaporadores da salina. Os materiais de revestimento utilizados para a confecção dos ninhos naturais foram conchas, cristais de sal e fragmentos de vegetação, encontrados em solo próximos aos locais de nidificação. A maioria dos ninhos naturais monitorada foi predada (93,6%). A partir do experimento com ninhos artificiais também foi possível verificar elevadas taxas de predação na área de estudo, independente do microhabitat dentro da salina ou do material utilizado para confecção ninho. Mamíferos e aves, incluindo animais domésticos, foram os potenciais predadores dos ninhos artificiais na salina. A exclusão de animais domésticos em tanques de evaporação de salinas e adjacências poderia ser uma primeira estratégia para reduzir as elevadas taxas de predação de ninhos de aves limícolas que utilizam salinas como habitat alternativo para reprodução no nordeste do Brasil.
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O crescente desenvolvimento costeiro tem acarretado a destruição de áreas úmidas naturais, levando muitas populações de aves limícolas a utilizarem habitats alternativos para alimentação, descanso e reprodução. Os objetivos deste estudo foram descrever e monitorar os fluxos migratórios e o sucesso reprodutivo do pernilongo-de-costas-negras (Himantopus mexicanus) em salinas artificiais do Estuário do Rio Apodi-Mossoró, RN, Brasil – um habitat alternativo utilizado por aves limícolas Neárticas e Neotropicais. Neste estudo foram realizados censos de indivíduos, ninhos e ovos do pernilongo-de-costas-negras, entre agosto de 2012 e dezembro de 2015, em uma área de ~145ha, localizada em Areia Branca (04°57’S; 37°08’O). Adicionalmente, foi conduzido um experimento utilizando ninhos artificiais para identificar os potenciais predadores de ninhos de Aves que nidificam no solo na área de estudo, e avaliar se as taxas de predação variam entre os microhabitats encontrados dentro das salinas e entre os materiais mais utilizados na confecção dos ninhos pelas aves neste ambiente. O pernilongo-de-costas-negras apresentou fluxos migratórios definidos, com indivíduos chegando na área de estudo principalmente em março e permanecendo até outubro dos anos de 2012, 2013, 2014 e 2015. Durante três estações reprodutivas monitoradas (2013, 2014 e 2015) foi registrado um total de 47 ninhos ativos, localizados exclusivamente às margens dos tanques evaporadores da salina. Os materiais de revestimento utilizados para a confecção dos ninhos naturais foram conchas, cristais de sal e fragmentos de vegetação, encontrados em solo próximos aos locais de nidificação. A maioria dos ninhos naturais monitorada foi predada (93,6%). A partir do experimento com ninhos artificiais também foi possível verificar elevadas taxas de predação na área de estudo, independente do microhabitat dentro da salina ou do material utilizado para confecção ninho. Mamíferos e aves, incluindo animais domésticos, foram os potenciais predadores dos ninhos artificiais na salina. A exclusão de animais domésticos em tanques de evaporação de salinas e adjacências poderia ser uma primeira estratégia para reduzir as elevadas taxas de predação de ninhos de aves limícolas que utilizam salinas como habitat alternativo para reprodução no nordeste do Brasil.
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FERNANDA CRISTINA DE MORAIS FREITAS
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ATIVIDADE MICROBIANA EM FUNÇÃO DA SALINIDADE DO SOLO
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Orientador : CELSEMY ELEUTERIO MAIA
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MEMBROS DA BANCA :
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CELSEMY ELEUTERIO MAIA
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DANIELLE MARIE MACEDO SOUSA
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ELIS REGINA COSTA DE MORAIS
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Data: 24/02/2016
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A salinidade é um fator cada vez mais preocupante de degradação do solo e é uma ameaça às comunidades microbianas, pois impede a liberação de compostos solúveis na água e restringe a capacidade metabólica dos microrganismos à biodegradação. Esta, por sua vez, faz aumentar a taxa respiratória da microbiota, a qual indica alta atividade microbiana, contudo, devido aos efeitos negativos da salinidade, a atividade microbiana tende a diminuir. Neste sentido, o presente estudo objetivou avaliar a atividade microbiana em dois solos, Latossolo Vermelho Eutrófico e Cambissolo Háplico, de áreas agrícolas localizadas no estado do Rio Grande do Norte. Os solos foram distribuídos em frascos hermeticamente fechados, organizados em Delineamento em Blocos Casualizados (DBC) e arranjados em esquema fatorial 2 x 5 x 2, referente aos dois solos, cinco CEes (condutividade elétrica no estrato de saturação) e duas doses de matéria orgânica (presença e ausência) e, testados em triplicata. A avaliação indireta da atividade microbiana foi determinada de acordo com a Norma Especifica do Método Respirométrico de Bartha, adaptada. E então, feita a regressão do CO2 em função do tempo para todos os tratamentos e, para a avaliação da produção final de CO2, utilizou-se o modelo de superfície de resposta. O experimento, conduzido por 133 dias de incubação, constatou uma produção de CO2, na mesma CEes, sempre maior nos tratamentos com adição de matéria orgânica do que na sua ausência. Para o Latossolo Vermelho Eutrófico, a maior produção de CO2, nos tratamentos sem e com matéria orgânica, foi em T40 e em T41, referentes aos tratamentos com a maior CEes, na ausência e presença de matéria orgânica, respectivamente; sobre à taxa de produção de CO2, a salinidade não a afetou e, na presença de material orgânico, os tratamentos apresentaram valores superiores em relação à testemunha. No Cambissolo Háplico, a produção de CO2 aumenta na presença de matéria orgânica, mas diminui com o aumento da salinidade, cujo efeito foi observado também para a taxa de produção de CO2. Portanto, houve diferença na tolerância à salinidade entre os solos, embora a adição da matéria orgânica tenha melhorado a atividade microbiana nas diferentes salinidades.
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A salinidade é um fator cada vez mais preocupante de degradação do solo e é uma ameaça às comunidades microbianas, pois impede a liberação de compostos solúveis na água e restringe a capacidade metabólica dos microrganismos à biodegradação. Esta, por sua vez, faz aumentar a taxa respiratória da microbiota, a qual indica alta atividade microbiana, contudo, devido aos efeitos negativos da salinidade, a atividade microbiana tende a diminuir. Neste sentido, o presente estudo objetivou avaliar a atividade microbiana em dois solos, Latossolo Vermelho Eutrófico e Cambissolo Háplico, de áreas agrícolas localizadas no estado do Rio Grande do Norte. Os solos foram distribuídos em frascos hermeticamente fechados, organizados em Delineamento em Blocos Casualizados (DBC) e arranjados em esquema fatorial 2 x 5 x 2, referente aos dois solos, cinco CEes (condutividade elétrica no estrato de saturação) e duas doses de matéria orgânica (presença e ausência) e, testados em triplicata. A avaliação indireta da atividade microbiana foi determinada de acordo com a Norma Especifica do Método Respirométrico de Bartha, adaptada. E então, feita a regressão do CO2 em função do tempo para todos os tratamentos e, para a avaliação da produção final de CO2, utilizou-se o modelo de superfície de resposta. O experimento, conduzido por 133 dias de incubação, constatou uma produção de CO2, na mesma CEes, sempre maior nos tratamentos com adição de matéria orgânica do que na sua ausência. Para o Latossolo Vermelho Eutrófico, a maior produção de CO2, nos tratamentos sem e com matéria orgânica, foi em T40 e em T41, referentes aos tratamentos com a maior CEes, na ausência e presença de matéria orgânica, respectivamente; sobre à taxa de produção de CO2, a salinidade não a afetou e, na presença de material orgânico, os tratamentos apresentaram valores superiores em relação à testemunha. No Cambissolo Háplico, a produção de CO2 aumenta na presença de matéria orgânica, mas diminui com o aumento da salinidade, cujo efeito foi observado também para a taxa de produção de CO2. Portanto, houve diferença na tolerância à salinidade entre os solos, embora a adição da matéria orgânica tenha melhorado a atividade microbiana nas diferentes salinidades.
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DAYANNE TÁMELA SOARES NOGUEIRA
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SALINIDADE, TEMPERATURA E PETRÓLEO NA RESPOSTA FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE Poincianella pyramidalis (TUL.) L. P. QUEIROZ
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Orientador : CELSEMY ELEUTERIO MAIA
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MEMBROS DA BANCA :
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CELSEMY ELEUTERIO MAIA
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DANIELLE MARIE MACEDO SOUSA
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ELIS REGINA COSTA DE MORAIS
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Data: 25/02/2016
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Durante o processo de germinação, a absorção de água pelas sementes é fundamental na retomada das atividades metabólicas, e todos os fatores que controlam os eventos fisiológicos envolvidos no processo germinativo sofrem influência da temperatura. Nesse processo também é válido observar o grau de tolerância das sementes à salinidade, e à contaminantes como o petróleo. A espécie em estudo, Poincianella pyramidalis é endêmica da Caatinga e comumente indicada para recuperação de áreas degradadas. Este trabalho tem como objetivo analisar a tolerância dessa espécie à diferentes condutividades elétricas e temperaturas durante seu processo de embebição de água e germinação, bem como sua tolerância a diferentes tempos de imersão em petróleo. O experimento de absorção foi desenvolvido sob o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial sendo 5 salinidades e 7 temperaturas e três repetições de 20 sementes para cada tratamento. As condutividades elétricas empregadas foram de: 0, 5, 10, 15 e 20 dS m-1, e as temperaturas utilizadas foram de 10°C, 15°C, 21°C, 27°C, 33°C, 36°C e 40°C. As sementes foram pesadas nos tempos de: 0; 1; 2; 3; 4; 6; 8; 10; 24; 30; 48 horas, e após as 48 horas, as sementes foram pesadas de 24 em 24 horas até a estabilização da curva de absorção. O experimento de germinação foi desenvolvido utilizando as sementes provenientes do teste de absorção de água, desenvolvido sob o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial sendo 5 salinidades e 5 temperaturas e três repetições de 20 sementes para cada tratamento. As condutividades elétricas empregadas foram as mesmas do experimento de absorção de água, e as temperaturas foram 10°C, 15°C, 21°C, 27°C e 33°C. As avaliações da porcentagem de germinação foram efetuadas diariamente. O experimento com petróleo foi desenvolvido sob o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial, com cinco tratamentos e quatro repetições de 20 sementes para cada tratamento. Os períodos de tempos de imersão em petróleo empregados foram de 0 ; 5 ; 60; 720 e 1440 minutos. As avaliações da porcentagem de emergência foram efetuadas diariamente após a instalação do teste até a sua estabilização. A avaliação da absorção de água, da germinação e da emergência em função do tempo, foram ajustadas ao modelo proposto por MAIA et al., (2009), e a comparação entre as médias foi feita pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Durante o processo de absorção de água, o aumento da CE ocasionou a redução tanto da AAmáx quanto da TAAmáx, porém não relacionou-se com o tAA50% nem com o tTAAmáx, enquanto que o aumento da temperatura provocou redução apenas no tAA50%, não relacionando-se com a AAmáx, com a TAAmáx, nem com o tTAAmáx. Durante o processo de germinação, o aumento da CE ocasionou decréscimo na Gmáx, aumento no tG50%, porém não relacionou-se com as TGmáx, nem com o tTGmáx. Por outro lado, o aumento da temperatura não interferiu na Gmáx, porém, reduziu o tG50%, aumentou as TGmáx até os 27°C e reduziu o tTGmáx. No experimento com petróleo, quando comparados ao tratamento testemunha, os demais tratamentos tiveram sua emergência máxima reduzida, porém o T1440 juntamente com o T0 emergiram mais que os demais tratamentos, obtiveram os menores tempos para emergir 50% do máximo de sementes emergidas, bem como os menores tempos das taxas de emergência máxima e as maiores taxas de emergência máxima.
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Durante o processo de germinação, a absorção de água pelas sementes é fundamental na retomada das atividades metabólicas, e todos os fatores que controlam os eventos fisiológicos envolvidos no processo germinativo sofrem influência da temperatura. Nesse processo também é válido observar o grau de tolerância das sementes à salinidade, e à contaminantes como o petróleo. A espécie em estudo, Poincianella pyramidalis é endêmica da Caatinga e comumente indicada para recuperação de áreas degradadas. Este trabalho tem como objetivo analisar a tolerância dessa espécie à diferentes condutividades elétricas e temperaturas durante seu processo de embebição de água e germinação, bem como sua tolerância a diferentes tempos de imersão em petróleo. O experimento de absorção foi desenvolvido sob o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial sendo 5 salinidades e 7 temperaturas e três repetições de 20 sementes para cada tratamento. As condutividades elétricas empregadas foram de: 0, 5, 10, 15 e 20 dS m-1, e as temperaturas utilizadas foram de 10°C, 15°C, 21°C, 27°C, 33°C, 36°C e 40°C. As sementes foram pesadas nos tempos de: 0; 1; 2; 3; 4; 6; 8; 10; 24; 30; 48 horas, e após as 48 horas, as sementes foram pesadas de 24 em 24 horas até a estabilização da curva de absorção. O experimento de germinação foi desenvolvido utilizando as sementes provenientes do teste de absorção de água, desenvolvido sob o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial sendo 5 salinidades e 5 temperaturas e três repetições de 20 sementes para cada tratamento. As condutividades elétricas empregadas foram as mesmas do experimento de absorção de água, e as temperaturas foram 10°C, 15°C, 21°C, 27°C e 33°C. As avaliações da porcentagem de germinação foram efetuadas diariamente. O experimento com petróleo foi desenvolvido sob o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial, com cinco tratamentos e quatro repetições de 20 sementes para cada tratamento. Os períodos de tempos de imersão em petróleo empregados foram de 0 ; 5 ; 60; 720 e 1440 minutos. As avaliações da porcentagem de emergência foram efetuadas diariamente após a instalação do teste até a sua estabilização. A avaliação da absorção de água, da germinação e da emergência em função do tempo, foram ajustadas ao modelo proposto por MAIA et al., (2009), e a comparação entre as médias foi feita pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Durante o processo de absorção de água, o aumento da CE ocasionou a redução tanto da AAmáx quanto da TAAmáx, porém não relacionou-se com o tAA50% nem com o tTAAmáx, enquanto que o aumento da temperatura provocou redução apenas no tAA50%, não relacionando-se com a AAmáx, com a TAAmáx, nem com o tTAAmáx. Durante o processo de germinação, o aumento da CE ocasionou decréscimo na Gmáx, aumento no tG50%, porém não relacionou-se com as TGmáx, nem com o tTGmáx. Por outro lado, o aumento da temperatura não interferiu na Gmáx, porém, reduziu o tG50%, aumentou as TGmáx até os 27°C e reduziu o tTGmáx. No experimento com petróleo, quando comparados ao tratamento testemunha, os demais tratamentos tiveram sua emergência máxima reduzida, porém o T1440 juntamente com o T0 emergiram mais que os demais tratamentos, obtiveram os menores tempos para emergir 50% do máximo de sementes emergidas, bem como os menores tempos das taxas de emergência máxima e as maiores taxas de emergência máxima.
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ÍRIS HELENA MARINHO COSTA
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MUDANÇAS NA COMPOSIÇÃO TAXONÔMICA E FUNCIONAL DE ASSEMBLEIAS DE PEIXE DURANTE UM PERÍODO DE SECA SUPRA SAZONAL
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Orientador : RODRIGO FERNANDES
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MEMBROS DA BANCA :
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CECILIA IRENE PEREZ CALABUIG
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RODRIGO FERNANDES
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RODRIGO SILVA DA COSTA
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Data: 25/02/2016
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O entendimento de distúrbios extremos sobre a diversidade de assembleias é um dos principais desafios da ecologia de comunidades. Nesse projeto foram avaliados os efeitos de uma seca prolongada de cinco anos na dissimilaridade taxonômica e funcional de assembleias de peixes de um reservatório do semiárido brasileiro. Mais especificamente, o projeto teve por objetivos: 1- Descrever os padrões gerais de dissimilaridade taxonômica e funcional ao longo do tempo; 2- Analisar a contribuição do turnover e da riqueza de espécie na dissimilaridade taxonômica e funcional ao longo do tempo; 3- Testar o efeito da seca (volume do reservatório e precipitação) sobre a dissimilaridade taxonômica e funcional e seus componentes (turnover e riqueza de espécie); 4- Testar a relação entre a dissimilaridade taxonômica e funcional. Os resultados do estudo demonstraram que os padrões de diversidade beta taxonômico e seus componente turnover e riqueza de espécie não tiveram uma tendência temporal (R² = 0,06, P = 0,29; R² = 0,00, P = 0,95; R² = 0,06, P = 0,30, respectivamente). O mesmo aconteceu para a dissimilaridade funcional e seus componente turnover e riqueza de espécie que também não apresentaram uma tendência temporal (R² = 0,12, P = 0,13; R² = 0,00, P = 0,86; R² = 0,14, P = 0,09 respectivamente). Com relação as mudanças na dissimilaridade taxonômica, os componentes turnover e riqueza de espécies contribuem de forma similar ao longo do gradiente de seca (0,15 e 0,20, respectivamente). Na mudança da dissimilaridade funcional, os componentes turnover e riqueza de espécie também influenciaram de formar similar (0,12 e 0,13, respectivamente). Com relação aos fatores relacionados a seca, a precipitação influenciou somente a diversidade beta taxonômica seu componente turnover (R² = 0,33, P < 0,05; R² = 0,15, P < 0,05, respectivamente), o volume não influenciou na diversidade beta taxonômica e funcional ( R² = 0,07 , P = 0,25; R² = 0,09, P = 0,18, respectivamente) e nem nos seus componentes turnover taxonômico e funcional (R² = 0,00, P = 0,76; R² = 0,00, P = 0,93, respectivamente) e riqueza de espécie taxonômico e funcional (R² = 0,04, P = 0,35; R² = 0,09, P = 0,17, respectivamente). A variação da dissimilaridade funcional foi fortemente correlacionada com a dissimilaridade taxonômica (R² = 0,65, P < 0,001). Esses resultados indicam que a seca prolongada influencia na mudança da composição taxonômica de assembleias de peixes em reservatório e não está atuando como um filtro na composição funcional de assembleias de peixe em reservatório, já que essa não foi influenciada pelos fatores precipitação e volume do reservatório.
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O entendimento de distúrbios extremos sobre a diversidade de assembleias é um dos principais desafios da ecologia de comunidades. Nesse projeto foram avaliados os efeitos de uma seca prolongada de cinco anos na dissimilaridade taxonômica e funcional de assembleias de peixes de um reservatório do semiárido brasileiro. Mais especificamente, o projeto teve por objetivos: 1- Descrever os padrões gerais de dissimilaridade taxonômica e funcional ao longo do tempo; 2- Analisar a contribuição do turnover e da riqueza de espécie na dissimilaridade taxonômica e funcional ao longo do tempo; 3- Testar o efeito da seca (volume do reservatório e precipitação) sobre a dissimilaridade taxonômica e funcional e seus componentes (turnover e riqueza de espécie); 4- Testar a relação entre a dissimilaridade taxonômica e funcional. Os resultados do estudo demonstraram que os padrões de diversidade beta taxonômico e seus componente turnover e riqueza de espécie não tiveram uma tendência temporal (R² = 0,06, P = 0,29; R² = 0,00, P = 0,95; R² = 0,06, P = 0,30, respectivamente). O mesmo aconteceu para a dissimilaridade funcional e seus componente turnover e riqueza de espécie que também não apresentaram uma tendência temporal (R² = 0,12, P = 0,13; R² = 0,00, P = 0,86; R² = 0,14, P = 0,09 respectivamente). Com relação as mudanças na dissimilaridade taxonômica, os componentes turnover e riqueza de espécies contribuem de forma similar ao longo do gradiente de seca (0,15 e 0,20, respectivamente). Na mudança da dissimilaridade funcional, os componentes turnover e riqueza de espécie também influenciaram de formar similar (0,12 e 0,13, respectivamente). Com relação aos fatores relacionados a seca, a precipitação influenciou somente a diversidade beta taxonômica seu componente turnover (R² = 0,33, P < 0,05; R² = 0,15, P < 0,05, respectivamente), o volume não influenciou na diversidade beta taxonômica e funcional ( R² = 0,07 , P = 0,25; R² = 0,09, P = 0,18, respectivamente) e nem nos seus componentes turnover taxonômico e funcional (R² = 0,00, P = 0,76; R² = 0,00, P = 0,93, respectivamente) e riqueza de espécie taxonômico e funcional (R² = 0,04, P = 0,35; R² = 0,09, P = 0,17, respectivamente). A variação da dissimilaridade funcional foi fortemente correlacionada com a dissimilaridade taxonômica (R² = 0,65, P < 0,001). Esses resultados indicam que a seca prolongada influencia na mudança da composição taxonômica de assembleias de peixes em reservatório e não está atuando como um filtro na composição funcional de assembleias de peixe em reservatório, já que essa não foi influenciada pelos fatores precipitação e volume do reservatório.
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GEOVAN FIGUEIREDO DE SA FILHO
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ATIVIDADE DE FORRAGEAMENTO DE ABELHA SEM FERRÃO (MELIPONA SUBNITIDA) EM BREJO DE ALTITUDE NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
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Orientador : MICHAEL HRNCIR
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MEMBROS DA BANCA :
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AIRTON TORRES CARVALHO
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CAMILA MAIA DA SILVA
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MICHAEL HRNCIR
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Data: 27/02/2016
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A atividade de forrageamento de abelhas é limitada pela "janela térmica" associadas às limitações termo-fisiológico da espécie. No presente estudo, investigou-se a atividade de forrageamento de Melipona subnitida (Apidae, Meliponini), uma espécie de abelha sem ferrão altamente adaptada ao clima quente e semiárido da Caatinga, no nordeste brasileiro. Nós investigamos se esta abelha ajusta sua atividade de forrageamento para as condições climáticas dos enclaves de floresta úmida em altitudes elevadas no interior da Caatinga, caracterizadas por temperaturas ambientes reduzidas e precipitação elevada em comparação com as regiões de planície. Para isso, estudamos a atividade de pólen e néctar de quatro colônias de M. subnitida em Martins-RN, a uma altitude de aproximadamente 750 m. Entre março e julho de 2015, em três dias consecutivos em cada mês, nós contamos o número de forrageiras que retornaram durante 5 minutos a cada meia hora (entre 05:00-08:00) e a cada hora (entre 09: 00-17:30) e foi registrada a temperatura ambiental. A janela térmica de pólen (faixa de temperaturas ambiental dentro do qual 90% das forrageiras retornaram para a colônia) foi entre 20 e 31 °C (amplitude = 11 °C), e de néctar entre 20 e 30 °C (amplitude = 10 °C). A diferença entre as forrageiras de pólen e de néctar relacionadas às temperaturas médias de retorno às colônias foi estatisticamente significativa (TMED-Pólen = 24 °C; TMED-Néctar = 25 °C; Mann-Whitney Rank-Sum-Test: P=0,005). Nossos resultados indicam que M. subnitida é capaz de ajustar sua atividade de forrageamento para as condições climáticas dos enclaves de floresta úmida, sincronizando o seu limiar de temperatura mais baixa para as temperaturas baixas da manhã nesse habitat, sendo significativamente inferiores aos das regiões de menor altitude da Caatinga. Estes resultados indicam os brejos de altitude como possível habitat de refúgio para M. subnitida em vista do aquecimento global previsto para as próximas décadas.
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A atividade de forrageamento de abelhas é limitada pela "janela térmica" associadas às limitações termo-fisiológico da espécie. No presente estudo, investigou-se a atividade de forrageamento de Melipona subnitida (Apidae, Meliponini), uma espécie de abelha sem ferrão altamente adaptada ao clima quente e semiárido da Caatinga, no nordeste brasileiro. Nós investigamos se esta abelha ajusta sua atividade de forrageamento para as condições climáticas dos enclaves de floresta úmida em altitudes elevadas no interior da Caatinga, caracterizadas por temperaturas ambientes reduzidas e precipitação elevada em comparação com as regiões de planície. Para isso, estudamos a atividade de pólen e néctar de quatro colônias de M. subnitida em Martins-RN, a uma altitude de aproximadamente 750 m. Entre março e julho de 2015, em três dias consecutivos em cada mês, nós contamos o número de forrageiras que retornaram durante 5 minutos a cada meia hora (entre 05:00-08:00) e a cada hora (entre 09: 00-17:30) e foi registrada a temperatura ambiental. A janela térmica de pólen (faixa de temperaturas ambiental dentro do qual 90% das forrageiras retornaram para a colônia) foi entre 20 e 31 °C (amplitude = 11 °C), e de néctar entre 20 e 30 °C (amplitude = 10 °C). A diferença entre as forrageiras de pólen e de néctar relacionadas às temperaturas médias de retorno às colônias foi estatisticamente significativa (TMED-Pólen = 24 °C; TMED-Néctar = 25 °C; Mann-Whitney Rank-Sum-Test: P=0,005). Nossos resultados indicam que M. subnitida é capaz de ajustar sua atividade de forrageamento para as condições climáticas dos enclaves de floresta úmida, sincronizando o seu limiar de temperatura mais baixa para as temperaturas baixas da manhã nesse habitat, sendo significativamente inferiores aos das regiões de menor altitude da Caatinga. Estes resultados indicam os brejos de altitude como possível habitat de refúgio para M. subnitida em vista do aquecimento global previsto para as próximas décadas.
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MONICA RAFAELE DANTAS
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TAXA FOTOSSINTÉTICA DE EGERIA DENSA EM AMBIENTES AQUÁTICOS DA MATA ATLÂNTICA E DA CAATINGA
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Orientador : ANTONIO FERNANDO MONTEIRO CAMARGO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO FERNANDO MONTEIRO CAMARGO
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MARCICLEIDE LIMA DA SILVA
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MARCOS ANTONIO NOBREGA DE SOUSA
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Data: 07/03/2016
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Este trabalho teve como objetivo comparar as taxas fotossintéticas da macrófita aquática submersa E. densa em ambientes aquáticos da Mata Atlântica e da Caatinga. As medições de fotossíntese, respiração e das características físicas e químicas da água foram realizadas em duas épocas do ano, (inverno e verão) para o bioma Mata Atlântica e (seco e chuvoso) para o bioma Caatinga. Os experimentos de fotossíntese foram realizados no local de ocorrência de E. densa, utilizando água do próprio ambiente nos dois biomas. As incubações foram realizadas durante o período iluminado do dia (de 6 às 17 horas, aproximadamente) com duração de uma hora em cada incubação. Para determinar as taxas de fotossíntese e respiração foi utilizado o método de frascos claros e escuros, com base nas variações das concentrações de oxigênio dissolvido, determinadas pelo método de Winkler. A produção da macrófita aquática E. densa apresentou valores significativamente superiores no verão e período chuvoso do que no período seco e inverno. No bioma Mata Atlântica o fósforo e a temperatura foram as variáveis que possuíram maior influência na produção primária a Egeria densa e no bioma Caatinga a produção da E. densa aumentou quando exposta a maiores valores de radiação, temperatura, fósforo e menores valores de nitrogênio. Com a realização deste estudo foi possível concluir que a produção primária da macrófita quática submersa E. densa foi maior no bioma Caatinga no período chuvoso, influenciada por valores mais elevados de radiação fotossínteticamente ativa e de temperatura da água.
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Este trabalho teve como objetivo comparar as taxas fotossintéticas da macrófita aquática submersa E. densa em ambientes aquáticos da Mata Atlântica e da Caatinga. As medições de fotossíntese, respiração e das características físicas e químicas da água foram realizadas em duas épocas do ano, (inverno e verão) para o bioma Mata Atlântica e (seco e chuvoso) para o bioma Caatinga. Os experimentos de fotossíntese foram realizados no local de ocorrência de E. densa, utilizando água do próprio ambiente nos dois biomas. As incubações foram realizadas durante o período iluminado do dia (de 6 às 17 horas, aproximadamente) com duração de uma hora em cada incubação. Para determinar as taxas de fotossíntese e respiração foi utilizado o método de frascos claros e escuros, com base nas variações das concentrações de oxigênio dissolvido, determinadas pelo método de Winkler. A produção da macrófita aquática E. densa apresentou valores significativamente superiores no verão e período chuvoso do que no período seco e inverno. No bioma Mata Atlântica o fósforo e a temperatura foram as variáveis que possuíram maior influência na produção primária a Egeria densa e no bioma Caatinga a produção da E. densa aumentou quando exposta a maiores valores de radiação, temperatura, fósforo e menores valores de nitrogênio. Com a realização deste estudo foi possível concluir que a produção primária da macrófita quática submersa E. densa foi maior no bioma Caatinga no período chuvoso, influenciada por valores mais elevados de radiação fotossínteticamente ativa e de temperatura da água.
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NAYARA GURGEL DE MOURA
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Biologia populacional e reprodutiva e padrão de ocupação de conchas de gastrópodos por Clibanarius antillensis Stimpson, 1859 (Crustacea: Decapoda: Diogenidae) na praia de Baixa Grande (Areia Branca/RN)
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Orientador : LUIS ERNESTO ARRUDA BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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INES XAVIER MARTINS
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LUIS ERNESTO ARRUDA BEZERRA
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RODRIGO SILVA DA COSTA
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Data: 11/03/2016
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O objetivo desse estudo foi fornecer dados populacionais e reprodutivos da espécie de caranguejo-eremita Clibanarius antillensis Stimpson, 1859, e definir sua preferência na ocupação de conchas de gastrópodos nos recifes de arenito, da praia de Baixa Grande, Areia Branca, Rio Grande do Norte (4°57’22”S / 37°08’13”W). As coletas foram realizadas a cada dois meses, de outubro de 2012 a agosto de 2013, utilizando esforço amostral de dois coletores por hora durante as marés baixas de sizígia. Os caranguejos-eremitas foram coletados manualmente e, em laboratório, as conchas dos moluscos e os exemplares de anomuros foram identificados e medidos. Um total de 576 indivíduos foram coletados, sendo 191 machos (33,16%), 140 fêmeas não ovígeras (24,31%), 125 intersexos (21,70%) e 120 fêmeas ovígeras (20,83%), ocupando 7 espécies de gastrópodos, sendo Cerithium atratum a mais ocupada (69,97%), seguida de Stramonita haemastoma (24,31%), Pisania pusio (1,22 %), Leucozonia nassa (3,47%), Tegula viridula (0,52%), Anachis obesa (0,35%) e Olivella minuta (0,17%). O tamanho médio dos indivíduos machos variou de 1,43 a 9,64 mm de CEC (média de 4,29 1,56 mm); de 1,6 a 6,88 mm de CEC para as fêmeas não ovígeras (3,79 1,18 mm); de 1,42 a 8,38 mm de CEC para os intersexos (3,69 1,36 mm) e de 2,1 a 7,27 mm de CEC para as fêmeas ovígeras (3,76 1,09 mm). A população apresentou dimorfismo sexual quanto ao tamanho, sendo os machos significativamente maiores do que demais categorias. Os machos ocorreram em 10 classes de tamanho, os intersexos em nove enquanto as fêmeas (ovígeras e não-ovígeras) ocorrem em apenas seis classes. Houve diferença também no padrão de ocupação de conchas por machos, fêmeas não ovígeras, intersexos e fêmeas ovígeras. As conchas de S. haemastoma foram preferidas por machos, devido às maiores dimensões de comprimento e largura da abertura da concha, e espaço interno dessas conchas. As demais categorias ocuparam mais significativamente conchas de C. atratum, devido ao seu tamanho reduzido e medidas da abertura de concha menores, promovendo maior proteção contra estresses ambientais e bióticos. As conchas de C. atratum tiveram maior frequência de ocupação por organismos menores, principalmente na classe de tamanho 3,00--]4,00 mm, enquanto S. haemastoma abrigou organismos maiores, com predominância na classe de tamanho 4,00--]5,00 mm. A distribuição da população nas classes de tamanho foi unimodal, com distribuição não normal (KS = 0,15; p < 0,001), o que reflete um recrutamento contínuo ao longo do ano. A razão sexual total foi de 1: 1,36 (M:F) e não diferiu significativamente da razão sexual esperada de 1:1. As fêmeas ovígeras estiveram presentes em todos os meses amostrados. O índice de fecundidade média foi de 178,14, com número médio de ovos de 178,14 85,61 variando de 51 ovos (CEC = 3,21 mm) a 325 ovos (CEC = 6,77 mm). Existe uma correlação positiva entre o tamanho do escudo cefalotorácico e do volume interno da concha com o número de ovos, sendo que a primeira é a que mais explica a variação na quantidade de ovos. Ao analisar as medidas do comprimento da abertura, largura da abertura e volume interno das conchas elas mostraram uma correlação positiva com o tamanho dos caranguejos-eremitas.
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O objetivo desse estudo foi fornecer dados populacionais e reprodutivos da espécie de caranguejo-eremita Clibanarius antillensis Stimpson, 1859, e definir sua preferência na ocupação de conchas de gastrópodos nos recifes de arenito, da praia de Baixa Grande, Areia Branca, Rio Grande do Norte (4°57’22”S / 37°08’13”W). As coletas foram realizadas a cada dois meses, de outubro de 2012 a agosto de 2013, utilizando esforço amostral de dois coletores por hora durante as marés baixas de sizígia. Os caranguejos-eremitas foram coletados manualmente e, em laboratório, as conchas dos moluscos e os exemplares de anomuros foram identificados e medidos. Um total de 576 indivíduos foram coletados, sendo 191 machos (33,16%), 140 fêmeas não ovígeras (24,31%), 125 intersexos (21,70%) e 120 fêmeas ovígeras (20,83%), ocupando 7 espécies de gastrópodos, sendo Cerithium atratum a mais ocupada (69,97%), seguida de Stramonita haemastoma (24,31%), Pisania pusio (1,22 %), Leucozonia nassa (3,47%), Tegula viridula (0,52%), Anachis obesa (0,35%) e Olivella minuta (0,17%). O tamanho médio dos indivíduos machos variou de 1,43 a 9,64 mm de CEC (média de 4,29 1,56 mm); de 1,6 a 6,88 mm de CEC para as fêmeas não ovígeras (3,79 1,18 mm); de 1,42 a 8,38 mm de CEC para os intersexos (3,69 1,36 mm) e de 2,1 a 7,27 mm de CEC para as fêmeas ovígeras (3,76 1,09 mm). A população apresentou dimorfismo sexual quanto ao tamanho, sendo os machos significativamente maiores do que demais categorias. Os machos ocorreram em 10 classes de tamanho, os intersexos em nove enquanto as fêmeas (ovígeras e não-ovígeras) ocorrem em apenas seis classes. Houve diferença também no padrão de ocupação de conchas por machos, fêmeas não ovígeras, intersexos e fêmeas ovígeras. As conchas de S. haemastoma foram preferidas por machos, devido às maiores dimensões de comprimento e largura da abertura da concha, e espaço interno dessas conchas. As demais categorias ocuparam mais significativamente conchas de C. atratum, devido ao seu tamanho reduzido e medidas da abertura de concha menores, promovendo maior proteção contra estresses ambientais e bióticos. As conchas de C. atratum tiveram maior frequência de ocupação por organismos menores, principalmente na classe de tamanho 3,00--]4,00 mm, enquanto S. haemastoma abrigou organismos maiores, com predominância na classe de tamanho 4,00--]5,00 mm. A distribuição da população nas classes de tamanho foi unimodal, com distribuição não normal (KS = 0,15; p < 0,001), o que reflete um recrutamento contínuo ao longo do ano. A razão sexual total foi de 1: 1,36 (M:F) e não diferiu significativamente da razão sexual esperada de 1:1. As fêmeas ovígeras estiveram presentes em todos os meses amostrados. O índice de fecundidade média foi de 178,14, com número médio de ovos de 178,14 85,61 variando de 51 ovos (CEC = 3,21 mm) a 325 ovos (CEC = 6,77 mm). Existe uma correlação positiva entre o tamanho do escudo cefalotorácico e do volume interno da concha com o número de ovos, sendo que a primeira é a que mais explica a variação na quantidade de ovos. Ao analisar as medidas do comprimento da abertura, largura da abertura e volume interno das conchas elas mostraram uma correlação positiva com o tamanho dos caranguejos-eremitas.
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LIANA MONIQUE PAIVA CAVALCANTI
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SAZONALIDADE CLIMÁTICA E REPRODUÇÃO EM UMA COMUNIDADE DE AVES NA CAATINGA, UM SEMIÁRIDO NEOTROPICAL.
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Orientador : LEONARDO FERNANDES FRANCA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA CLAUDIA SALES ROCHA ALBUQUERQUE
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LEONARDO FERNANDES FRANCA
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MILENA WACHLEVSKI MACHADO
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Data: 28/03/2016
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Os eventos reprodutivos das aves podem ser estimulados sazonalmente por fatores de origem considerados endógenos, que levam a períodos reprodutivos constantes tanto em época quanto em comprimento, ou por fatores ambientais, considerados exógenos, que são percebidos em curto prazo. Ao que tudo indica, as aves tropicais utilizam principalmente sinais de curto prazo, como as chuvas e a temperatura como indicadores para a reprodução, podendo ser estes fatores, temporalmente previsíveis ou imprevisíveis. Em ecossistemas áridos e semiáridos, espera-se que o período reprodutivo seja coincidente com o da estação chuvosa, existindo ainda uma relação positiva e clara entre a intensidade das chuvas, a atividade de investimento reprodutivo e o sucesso reprodutivo, entre anos e dentro do mesmo ano neste estudo, foram coletadas informações reprodutivas das aves de uma área de caatinga com o fim de testar as seguintes hipóteses: (1) a reprodução de todas as espécies é restrita ao período chuvoso típico da região; (2) variações intra-anuais no volume e frequência das chuvas estão correlacionadas com a quantidade de indivíduos e espécies se reproduzindo (3) a reprodução das diferentes guildas alimentares é temporalmente coincidente dentro da janela reprodutiva. Foram capturados 2758 indivíduos, de 78 espécies e 21 famílias de aves durante o estudo. A reprodução das aves estudadas ocorreu de forma sazonal, acompanhando o período das chuvas. As correlações entre proporção de indivíduos ou espécies com placas de incubação e volume ou frequência de chuvas foram quase sempre significativas, no entanto a força das correlações foi maior quando considerado o time lag entre reprodução e chuvas. As guildas amostradas no estudo tiveram sua reprodução dentro da janela reprodutiva, porém com algumas diferenças de dias entre os inícios de cada uma.
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Os eventos reprodutivos das aves podem ser estimulados sazonalmente por fatores de origem considerados endógenos, que levam a períodos reprodutivos constantes tanto em época quanto em comprimento, ou por fatores ambientais, considerados exógenos, que são percebidos em curto prazo. Ao que tudo indica, as aves tropicais utilizam principalmente sinais de curto prazo, como as chuvas e a temperatura como indicadores para a reprodução, podendo ser estes fatores, temporalmente previsíveis ou imprevisíveis. Em ecossistemas áridos e semiáridos, espera-se que o período reprodutivo seja coincidente com o da estação chuvosa, existindo ainda uma relação positiva e clara entre a intensidade das chuvas, a atividade de investimento reprodutivo e o sucesso reprodutivo, entre anos e dentro do mesmo ano neste estudo, foram coletadas informações reprodutivas das aves de uma área de caatinga com o fim de testar as seguintes hipóteses: (1) a reprodução de todas as espécies é restrita ao período chuvoso típico da região; (2) variações intra-anuais no volume e frequência das chuvas estão correlacionadas com a quantidade de indivíduos e espécies se reproduzindo (3) a reprodução das diferentes guildas alimentares é temporalmente coincidente dentro da janela reprodutiva. Foram capturados 2758 indivíduos, de 78 espécies e 21 famílias de aves durante o estudo. A reprodução das aves estudadas ocorreu de forma sazonal, acompanhando o período das chuvas. As correlações entre proporção de indivíduos ou espécies com placas de incubação e volume ou frequência de chuvas foram quase sempre significativas, no entanto a força das correlações foi maior quando considerado o time lag entre reprodução e chuvas. As guildas amostradas no estudo tiveram sua reprodução dentro da janela reprodutiva, porém com algumas diferenças de dias entre os inícios de cada uma.
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PEDRO TEÓFILO SILVA DE MOURA
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SAZONALIDADE E DINÂMICA POPULACIONAL DE Lanio pileatus (AVES: PASSERIFORMES) NA CAATINGA, UM SEMIÁRIDO NEOTROPICAL
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Orientador : LEONARDO FERNANDES FRANCA
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MEMBROS DA BANCA :
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HELDER FARIAS PEREIRA DE ARAUJO
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LEONARDO FERNANDES FRANCA
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RODRIGO SILVA DA COSTA
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Data: 29/03/2016
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As variações na abundância em espécies de aves estão associadas a variação na disponibilidade de alimento ou aos efeitos da sazonalidade climática nestas populações. Sendo a Caatinga um ambiente semiárido tropical com sazonalidade característica, nosso objetivo foi avaliar o efeito da sazonalidade ambiental na abundância e parâmetros populacionais vitais de Lanio pileatus a partir de dados de captura-marcação-recaptura. As aves foram capturadas em uma área de Caatinga inserida na ecorregião da Depressão Sertaneja Setentrional com o auxilio de redes de neblina entre setembro de 2012 a setembro de 2015. Analisamos os dados no programa Mark utilizando o modelo POPAN para estimar sobrevivência, probabilidade de captura, probabilidade de entrada e tamanho populacional. As covariáveis inseridas em nossas análises foram: tempo, ano, estação chuvosa, ciclo reprodutivo, placas de incubação e período de ocorrência de jovens de maneira independente e um modelo constante. Durante o estudo registramos 411 capturas e 295 recapturas de L. pileatus em 78 ocasiões de amostragens ao longo dos três anos de estudo. Nesse período a reprodução da espécie se deu sempre coincidente com a estação das chuvas. As analises utilizando o programa Mark demonstraram um padrão de crescimento exponencial na população de L. pileatus. Os resultados do modelo médio para o conjunto de modelos candidatos demonstraram efeitos da sazonalidade ambiental sobre as estimativas de sobrevivência aparente, assim como uma relação entre os picos de entrada de novos indivíduos na população e o período reprodutivo, gerando uma oscilação cíclica do tamanho populacional.
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As variações na abundância em espécies de aves estão associadas a variação na disponibilidade de alimento ou aos efeitos da sazonalidade climática nestas populações. Sendo a Caatinga um ambiente semiárido tropical com sazonalidade característica, nosso objetivo foi avaliar o efeito da sazonalidade ambiental na abundância e parâmetros populacionais vitais de Lanio pileatus a partir de dados de captura-marcação-recaptura. As aves foram capturadas em uma área de Caatinga inserida na ecorregião da Depressão Sertaneja Setentrional com o auxilio de redes de neblina entre setembro de 2012 a setembro de 2015. Analisamos os dados no programa Mark utilizando o modelo POPAN para estimar sobrevivência, probabilidade de captura, probabilidade de entrada e tamanho populacional. As covariáveis inseridas em nossas análises foram: tempo, ano, estação chuvosa, ciclo reprodutivo, placas de incubação e período de ocorrência de jovens de maneira independente e um modelo constante. Durante o estudo registramos 411 capturas e 295 recapturas de L. pileatus em 78 ocasiões de amostragens ao longo dos três anos de estudo. Nesse período a reprodução da espécie se deu sempre coincidente com a estação das chuvas. As analises utilizando o programa Mark demonstraram um padrão de crescimento exponencial na população de L. pileatus. Os resultados do modelo médio para o conjunto de modelos candidatos demonstraram efeitos da sazonalidade ambiental sobre as estimativas de sobrevivência aparente, assim como uma relação entre os picos de entrada de novos indivíduos na população e o período reprodutivo, gerando uma oscilação cíclica do tamanho populacional.
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ANTONIA ELISSANDRA FREIRE DE SOUZA
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RESPOSTAS DE Plagioscion squamosissimus (HECKEL, 1840) (PISCES, SCIAENIDAE) A UMA SECA SUPRA SAZONAL COMO DISTÚRBIO EM UM RESERVATÓRIO DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
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Orientador : JOSE LUIS COSTA NOVAES
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MEMBROS DA BANCA :
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ALINE FERNANDA CAMPAGNA FERNANDES
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DANIELLE PERETTI FILGUEIRA
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JOSE LUIS COSTA NOVAES
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Data: 31/03/2016
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O objetivo desse estudo foi avaliar as respostas ecológicas de Plagioscion squamosissimus frente uma seca supra sazonal como distúrbio ecológico. Os peixes foram capturados no reservatório de Santa Cruz, bacia do rio Apodi/Mossoró, utilizando redes de espera com malhas de diversos tamanho no período de fevereiro de 2010 a novembro de 2014. Foi avaliada a da abundância através da Captura Por Unidade de Esforço em número (CPUEn) e biomassa (CPUEb), e por meio de uma ANOVA one-way e teste de Tukey avaliou-se sua variação temporal. Calculou-se os coeficientes de correlação de Pearson entre a abundância e a chuva acumulada e volume do reservatório. Para o estudo dos conteúdos estomacais foram utilizados os métodos de frequência de ocorrência e volumétrica e o índice de importância alimentar (IAi). Para avaliar a variação do nicho e especialização individual foi utilizado o índice de similaridade proporcional (PSi), presentes no pacote RInSp do software estatístico R. O fator de condição dos indivíduos foi inferida a partir dos parâmetros da relação peso-comprimento determinada pela equação: Wt = a Lpb; Wt. Para avaliar as diferenças no fator de condição foi realizada uma ANOVA two-way seguida por um teste de Tukey. Registrou-se uma redução na abundância à medida que o nível do reservatório foi diminuindo, sendo esta correlacionada positivamente com volume do reservatório, mas não com chuva acumulada. A dieta de P. squamosissimus foi composta por camarão, gastrópode, material vegetal, peixe, insetos e larva de camarão. Dentre as categorias de itens, o camarão apresentou a maior contribuição em termos de frequência de ocorrência (87,12; 94,31; 78,33; 87,2) em frequência volumétrica (87,2; 78,51; 61,66; 70,74) e valores de IAi (97,25; 98,12; 88,51; 91,83). Em 2010, 2013 e 2014 foi registrado uma maior frequência GR 0 (42,79; 37,77; 38,97), ao passo que em 2011 GR1 e 2012 GR3. Com relação aos estágios de maturação, foi registrado uma maior ocorrência de indivíduos maduros em 2010 (60,77), 2011 (73,39), 2012 (65,58) e 2013 (28,68). Em 2014, a frequência de indivíduos em maturação foi a mais elevada (46,19). O índice de similaridade proporcional (PSi) mostrou elevada similaridade entre a dieta dois indivíduos e da população, e especialização individual em novembro de 2014. As maiores médias do fator de condição foi obtida em 2012 e entre os meses maio, sendo encontrada diferenças significativas tanto entre os anos, como entre os meses. A seca supra sazonal afeta negativamente a espécie através da diminuição da área de habitat levando a redução de sua abundância.
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O objetivo desse estudo foi avaliar as respostas ecológicas de Plagioscion squamosissimus frente uma seca supra sazonal como distúrbio ecológico. Os peixes foram capturados no reservatório de Santa Cruz, bacia do rio Apodi/Mossoró, utilizando redes de espera com malhas de diversos tamanho no período de fevereiro de 2010 a novembro de 2014. Foi avaliada a da abundância através da Captura Por Unidade de Esforço em número (CPUEn) e biomassa (CPUEb), e por meio de uma ANOVA one-way e teste de Tukey avaliou-se sua variação temporal. Calculou-se os coeficientes de correlação de Pearson entre a abundância e a chuva acumulada e volume do reservatório. Para o estudo dos conteúdos estomacais foram utilizados os métodos de frequência de ocorrência e volumétrica e o índice de importância alimentar (IAi). Para avaliar a variação do nicho e especialização individual foi utilizado o índice de similaridade proporcional (PSi), presentes no pacote RInSp do software estatístico R. O fator de condição dos indivíduos foi inferida a partir dos parâmetros da relação peso-comprimento determinada pela equação: Wt = a Lpb; Wt. Para avaliar as diferenças no fator de condição foi realizada uma ANOVA two-way seguida por um teste de Tukey. Registrou-se uma redução na abundância à medida que o nível do reservatório foi diminuindo, sendo esta correlacionada positivamente com volume do reservatório, mas não com chuva acumulada. A dieta de P. squamosissimus foi composta por camarão, gastrópode, material vegetal, peixe, insetos e larva de camarão. Dentre as categorias de itens, o camarão apresentou a maior contribuição em termos de frequência de ocorrência (87,12; 94,31; 78,33; 87,2) em frequência volumétrica (87,2; 78,51; 61,66; 70,74) e valores de IAi (97,25; 98,12; 88,51; 91,83). Em 2010, 2013 e 2014 foi registrado uma maior frequência GR 0 (42,79; 37,77; 38,97), ao passo que em 2011 GR1 e 2012 GR3. Com relação aos estágios de maturação, foi registrado uma maior ocorrência de indivíduos maduros em 2010 (60,77), 2011 (73,39), 2012 (65,58) e 2013 (28,68). Em 2014, a frequência de indivíduos em maturação foi a mais elevada (46,19). O índice de similaridade proporcional (PSi) mostrou elevada similaridade entre a dieta dois indivíduos e da população, e especialização individual em novembro de 2014. As maiores médias do fator de condição foi obtida em 2012 e entre os meses maio, sendo encontrada diferenças significativas tanto entre os anos, como entre os meses. A seca supra sazonal afeta negativamente a espécie através da diminuição da área de habitat levando a redução de sua abundância.
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CARLOS WALKER FERNANDES MENEZES
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EFEITO DA TURBIDEZ E MACROFITAS AQUÁTICAS NO CONSUMO E SELETIVIDADE NO TAMANHO DE PRESAS PELO Cichla kelberi (Kullander & Ferreira, 2006).
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Orientador : RODRIGO FERNANDES
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MEMBROS DA BANCA :
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EVELINE DE ALMEIDA FERREIRA
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RODRIGO FERNANDES
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RODRIGO SILVA DA COSTA
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Data: 31/03/2016
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Espécies alienígenas são causadoras de diversos impactos ecológicos em ecossistemas aquáticos em todo o mundo. Por exemplo, a introduções de peixes alienígenas de hábito piscívoro têm sido associadas a drásticas reduções na diversidade local de assembleias de peixes nativos, através de mecanismos de predação. Assim, compreender fatores ambientais relacionados à predação e seletividade de peixes piscívoro alienígenas é fundamental para prever impactos. Alguns fatores podem limitar o potencial invasivo e o estabelecimento dessas espécies não nativas devido a redução da captura de presas, tais como turbidez e complexidade de hábitat como a presença de macrófitas como abrigo. Diante disso, este estudo foi necessário para compreender melhor os fatores que podem ser limitantes ao potencial invasivo do predador alienígena Cichla kelberi, no qual foram avaliados experimentalmente em um delineamento inteiramente casualisado os fatores turbidez e complexidade de habitat na forma de presença e ausência de macrófitas. A seletividade de presas foi avaliado pelo índice de Chesson. O experimento foi realizado no centro de aquicultura da UFERSA, em tanques plásticos, contendo aproximadamente 500L de água, cada um com a presença de único predador, que foi submetido a ambientes onde a turbidez apresentava 3 níveis distintos (0, 60 e 120 NTU); 2 de macrófitas (presença e ausência) e ainda foram ofertados 2 tamanhos de presas diferentes (a menor com 2,87 ± 0,25 cm e a maior com 3,91 ± 0,11 cm). Os resultados desse estudo revelaram que em níveis elevados de turbidez (120 NTU) o consumo de presas foi reduzido significativamente; a presença de macrófitas aquáticas não interferiu no consumo do predador e embora tenha sido observado preferência por presas de menor tamanho de Oreochromis niloticus em relação as de maior tamanho, a seletividade não foi significativa. Concluindo, o presente estudo apresentou informações importantes sobre o alienígena C. kelberi e fatores que podem limitar sua predação e também fornece suporte empírico para explicar porque o C. kelberi, um predador voraz, é tão danoso quando introduzido em reservatórios onde ele não é nativo. Combinados, estes resultados suportam a hipótese do estudo e sugerem que o impacto do risco predação será reduzida em ecossistemas aquáticos de alta turbidez.
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Espécies alienígenas são causadoras de diversos impactos ecológicos em ecossistemas aquáticos em todo o mundo. Por exemplo, a introduções de peixes alienígenas de hábito piscívoro têm sido associadas a drásticas reduções na diversidade local de assembleias de peixes nativos, através de mecanismos de predação. Assim, compreender fatores ambientais relacionados à predação e seletividade de peixes piscívoro alienígenas é fundamental para prever impactos. Alguns fatores podem limitar o potencial invasivo e o estabelecimento dessas espécies não nativas devido a redução da captura de presas, tais como turbidez e complexidade de hábitat como a presença de macrófitas como abrigo. Diante disso, este estudo foi necessário para compreender melhor os fatores que podem ser limitantes ao potencial invasivo do predador alienígena Cichla kelberi, no qual foram avaliados experimentalmente em um delineamento inteiramente casualisado os fatores turbidez e complexidade de habitat na forma de presença e ausência de macrófitas. A seletividade de presas foi avaliado pelo índice de Chesson. O experimento foi realizado no centro de aquicultura da UFERSA, em tanques plásticos, contendo aproximadamente 500L de água, cada um com a presença de único predador, que foi submetido a ambientes onde a turbidez apresentava 3 níveis distintos (0, 60 e 120 NTU); 2 de macrófitas (presença e ausência) e ainda foram ofertados 2 tamanhos de presas diferentes (a menor com 2,87 ± 0,25 cm e a maior com 3,91 ± 0,11 cm). Os resultados desse estudo revelaram que em níveis elevados de turbidez (120 NTU) o consumo de presas foi reduzido significativamente; a presença de macrófitas aquáticas não interferiu no consumo do predador e embora tenha sido observado preferência por presas de menor tamanho de Oreochromis niloticus em relação as de maior tamanho, a seletividade não foi significativa. Concluindo, o presente estudo apresentou informações importantes sobre o alienígena C. kelberi e fatores que podem limitar sua predação e também fornece suporte empírico para explicar porque o C. kelberi, um predador voraz, é tão danoso quando introduzido em reservatórios onde ele não é nativo. Combinados, estes resultados suportam a hipótese do estudo e sugerem que o impacto do risco predação será reduzida em ecossistemas aquáticos de alta turbidez.
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CLARISSE CAROLINE DE OLIVEIRA E SILVA
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DINÂMICA SAZONAL E ESPACIAL DE UMA COMUNIDADE DE AVES EM AMBIENTE SEMIÁRIDO: UTILIZAÇÃO DE MODELOS DE CAPTURA-RECAPTURA.
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Orientador : LEONARDO FERNANDES FRANCA
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MEMBROS DA BANCA :
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LEONARDO FERNANDES FRANCA
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LUCIANA VIEIRA DE PAIVA
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MAURO PICHORIM
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Data: 31/03/2016
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Os ambientes semiáridos apresentam alta variação climática sazonal, incluindo uma grande variação na quantidade de chuva ao longo do ano, que desencadeia flutuações nas condições ambientais e na disponibilidade de recursos. Isto consequentemente deve influenciar a variação na riqueza de espécies de Aves no espaço e tempo. Neste estudo utilizamos dados de captura, marcação e recaptura de Aves para avaliar questões como: (1) a riqueza varia sazonalmente e a taxa de mudança é alta, assim como em outros ambientes semiáridos; (2) a variação na riqueza é consequência principalmente da saída temporária de espécies na transição seca-chuva; e (3) o hábitat com menor grau de perturbação antrópica está associado a menor variação sazonal em riqueza e deslocamento de espécies do que o hábitat mais perturbado. As aves foram capturadas, marcadas e recapturadas em uma área semiárida de Caatinga, ao longo de três anos (2012 a 1015), com dois períodos anuais de captura (Seca e chuva). As coletas foram realizadas com redes de neblina, em uma área natural e uma área perturbada. Analisamos os dados no programa Mark, com modelos do tipo Robust Design e CJS. Estimamos emigração temporária, riqueza de espécies, probabilidades de saída e entrada permanente de espécies. As análises mostraram que a sazonalidade é o fator determinante para a emigração temporária, assim como determina a variação na riqueza de espécies. Estimamos que aproximadamente 35% das espécies saem da área de amostragem após o período chuvoso e 85% das espécies que estavam fora, entram na área antes do período chuvoso. A riqueza de espécies estimada foi em média de 33,4 na época seca e 53,2 na época de chuva. Os nossos resultados mostraram que a variação sazonal do regime hídrico é um fator importante na determinação da dinâmica de comunidades e que a riqueza de espécies também é afetada pelas mudanças na fitofisionomia do ambiente.
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Os ambientes semiáridos apresentam alta variação climática sazonal, incluindo uma grande variação na quantidade de chuva ao longo do ano, que desencadeia flutuações nas condições ambientais e na disponibilidade de recursos. Isto consequentemente deve influenciar a variação na riqueza de espécies de Aves no espaço e tempo. Neste estudo utilizamos dados de captura, marcação e recaptura de Aves para avaliar questões como: (1) a riqueza varia sazonalmente e a taxa de mudança é alta, assim como em outros ambientes semiáridos; (2) a variação na riqueza é consequência principalmente da saída temporária de espécies na transição seca-chuva; e (3) o hábitat com menor grau de perturbação antrópica está associado a menor variação sazonal em riqueza e deslocamento de espécies do que o hábitat mais perturbado. As aves foram capturadas, marcadas e recapturadas em uma área semiárida de Caatinga, ao longo de três anos (2012 a 1015), com dois períodos anuais de captura (Seca e chuva). As coletas foram realizadas com redes de neblina, em uma área natural e uma área perturbada. Analisamos os dados no programa Mark, com modelos do tipo Robust Design e CJS. Estimamos emigração temporária, riqueza de espécies, probabilidades de saída e entrada permanente de espécies. As análises mostraram que a sazonalidade é o fator determinante para a emigração temporária, assim como determina a variação na riqueza de espécies. Estimamos que aproximadamente 35% das espécies saem da área de amostragem após o período chuvoso e 85% das espécies que estavam fora, entram na área antes do período chuvoso. A riqueza de espécies estimada foi em média de 33,4 na época seca e 53,2 na época de chuva. Os nossos resultados mostraram que a variação sazonal do regime hídrico é um fator importante na determinação da dinâmica de comunidades e que a riqueza de espécies também é afetada pelas mudanças na fitofisionomia do ambiente.
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