Banca de DEFESA: FRANCISCA LUANA DA SILVA SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FRANCISCA LUANA DA SILVA SOUSA
DATA : 28/02/2023
HORA: 08:30
LOCAL: Sala Virtual
TÍTULO:

DESVENDANDO O SOM DO CHOCALHO DA CASCAVEL SUL-AMERICANA: COMO AS EMISSÕES SONORAS VARIAM ENTRE AS SUBESPECIES DE CROTALUS DURISSUS?


PALAVRAS-CHAVES:

Comunicação acústica. Comportamento defensivo. Serpentes.


PÁGINAS: 34
RESUMO:

Espécies que se comunicam por sinais acústicos podem apresentar dialetos que variam ao longo de sua distribuição geográfica. Os sons produzidos pelos chocalhos das Cascavéis (Crotalus e Sistrurus) constituem as emissões sonoras mais conhecidas entre as serpentes, tendo sido descritas bioacusticamente para muitas espécies. No entanto, a ocorrência de variação geográfica na exibição sonora do chocalho, sobretudo nas espécies de ampla distribuição, permanece um tema inexplorado. Neste trabalho investigamos como os sons dos chocalhos variam entre as subespécies da Cascavel sul-americana, Crotalus durissus, testando a hipótese de que haveria variação geográfica nas emissões acústicas dos chocalhos. Gravamos 87 indivíduos de C. durissus, pertencentes a seis subespécies (C. d. cascavella, C. d. collilineatus, C. d. durissus, C. d. marajoensis, C. d. ruruima e C. d. terrificus), distribuídas em diferentes ecorregiões da América do Sul. Descrevemos as emissões sonoras através dos seguintes parâmetros acústicos: taxa de emissão (%), frequência fundamental (Hz), frequência dominante (Hz), amplitude de frequências (Hz). Avaliamos também parâmetros morfofisiológicos dos indivíduos emissores: comprimento rostro-cloacal (mm), temperatura corpórea (ºC), sexo (fêmeas e machos), altura do primeiro lóbulo do segmento proximal do chocalho (mm). A exibição sonora das subespécies de C. durissus não apresentou diferenças geográficas consideráveis, pelo menos entre as subespécies mais amplamente distribuídas (C. d. cascavella, C. d. collilineatus e C. d. terrificus). No entanto, a frequência fundamental de C. d. terrificus foi mais alta que das subespécies com distribuição mais restrita (C. d. durissus, C. d. marajoensis e C. d. ruruima. Independente da subespécie, o som dos chocalhos de C. durissus foi melhor predito pelos parâmetros morfológicos dos indivíduos emissores. O comprimento rostro-cloacal influenciou negativamente a taxa de emissão, a frequência fundamental e a frequência dominante. Já a altura do primeiro lóbulo do segmento proximal do chocalho influenciou negativamente a frequência dominante e positivamente a amplitude de frequências. Estes resultados revelaram que os parâmetros acústicos do chocalho da Cascavel sul-americana não diferem substancialmente entre as subespécies, mas é primariamente determinado pelo tamanho corpóreo e pelas dimensões do chocalho dos emissores. Nossos achados ampliam o conhecimento sobre a bioacústica do gênero Crotalus, além de contribuir para a compreensão comunicação acústica em serpentes de forma geral.



MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - DANIELLA PEREIRA FAGUNDES DE FRANÇA - USP
Presidente - 2303561 - DANIEL CUNHA PASSOS
Externo ao Programa - 1966134 - LUCAS RODRIGUEZ FORTI
Notícia cadastrada em: 24/02/2023 09:48
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