Banca de DEFESA: MICHAEL PRATINI SILVA DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MICHAEL PRATINI SILVA DE SOUZA
DATA: 30/01/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Central de Aulas 7 - Sala 6
TÍTULO:

COMUNIDADES DE CUPINS (BLATTODEA: ISOPTERA) EM UM GRADIENTE DE MODIFICAÇÃO DA COBERTURA DO SOLO DO SEMIÁRIDO NORDESTINO.


PALAVRAS-CHAVES:

Térmitas neotropicais. Caatinga. Alterações Antrópicas. Diversidade


PÁGINAS: 42
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

O domínio fitofisionômico da Caatinga, além de ser um dos menos estudados quanto a biodiversidade, também é um dos que mais sofrem com distúrbios de origem antrópica, sobretudo com forte modificação na cobertura do solo. Esses tipos de distúrbios podem impactar as comunidades de cupins, tanto na redução da riqueza e ocorrência, quanto em processos de alterações na composição das comunidades. Desse modo, tivemos como objetivo investigar a resposta das comunidades de cupins ao longo do gradiente de alteração ambiental. Além de investigar quais variáveis ambientais (estruturais, químicos e físicos) poderiam explicar os padrões de diversidade observados. Foram testadas as seguintes hipóteses: H1: A riqueza e a ocorrência de cupins seriam maiores em áreas de Caatinga preservada, visto que se configuram como habitats mais adequados a ocorrência e a sobrevivência deste grupo; H2: A composição da comunidade de cupins varia entre as coberturas do solo, sendo que em áreas de Caatingas as comunidades serão mais semelhantes, pois estão em níveis menores de distúrbios se comparado com as outras coberturas, enquanto que ás áreas de cultivos também será mais semelhante entre si, e as áreas de solo exposto não se agrupariam com os outros grupos. Esse trabalho foi realizado no Parque Nacional da Furna Feia e em sua zona de amortecimento localizados entre Mossoró e Baraúnas, estado do Rio Grande do Norte. Entre setembro e dezembro de 2018, amostramos 20 áreas, que estavam distribuídas em seis diferentes coberturas do solo: Caatinga preservada, Caatinga em regeneração, Caatinga com utilização recente, Cultivo permanente, Cultivo temporário e solo exposto. Em dois transectos/área foram realizadas: amostragem da comunidade de cupins; amostragem da estrutura do ambiente e variáveis químicas e físicas do solo. Foi estimada a riqueza de cupins para cada cobertura com base no estimador não-paramétrico Chao 2. Para investigar a relação da riqueza e ocorrência com a mudança na cobertura do solo, realizamos uma análise com Modelos Lineares Generalizados (GLM), com análises de contraste entre modelos com amalgamento de coberturas. Para investigar a resposta das comunidades de cupins entre as diferentes coberturas de solo foi utilizado a Análise Multivariada de Variância Permutacional (PERMANOVA). Para averiguar a taxa de explicação das variáveis ambientais sobre a diversidade de cupins foi realizado um teste de Mantel. Com o objetivo de identificar o efeito das variáveis ambientais na riqueza e ocorrência de cupins entre as diferentes coberturas do solo, foi realizado um com Modelo Linear Generalizado Misto (GLMM). Todas as análises foram conduzidas no programa estatístico R (R Development Core Team, 2019). Foram encontradas dez morfoespécies de cupins, distribuídas em sete gêneros e duas famílias, foram registradas para as vinte áreas estudadas (Tabela 1), totalizando 55 ocorrências. A riqueza de cupins apresentou, como esperado, redução quanto aos ambientes de Caatinga em relação às áreas de cultivo e de solo exposto. Entretanto, não foi observada redução na ocorrência. As comunidades observadas nas diversas coberturas estudadas foram similares. A riqueza aumentou com o aumento da acidez potencial e da necromassa, enquanto que diminuiu com a diminuição do P e do pH. Quanto para ocorrência de cupins, podemos perceber que esta aumentou com o aumento da acidez potencial e da necromassa, enquanto que diminuiu com a diminuição do pH, P, Argila, N, Mg e Na. O presente estudo também pode servir de base para futuros pesquisas de monitoramento da comunidade de cupins do PNFF e nas áreas agrícolas da região, além do que poderíamos propor algumas práticas que poderiam auxiliar na manutenção das comunidades de cupins: (i) adaptação de práticas menos intensas de manejo, de solo; (ii) redução das áreas de solo exposto nas paisagens agrícolas e transformação destas em áreas em Caatinga seminatural.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANA PAULA ALBANO ARAÚJO - UFS
Presidente - 1017771 - DANIELA FARIA FLORENCIO
Externo à Instituição - EMÍLIA ZOPPAS DE ALBUQUERQUE - NENHUMA
Notícia cadastrada em: 29/01/2020 07:35
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