Banca de DEFESA: GRAZIELLY CAMPOS DE MESQUITA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GRAZIELLY CAMPOS DE MESQUITA
DATA: 08/03/2019
HORA: 14:30
LOCAL: Sala 23, PROPPG
TÍTULO:

INFLUÊNCIA ANTRÓPICA NA DIETA DE PEIXES PELÁGICOS EM CARDUMES ASSOCIADOS NO ATLÂNTICO OESTE EQUATORIAL


PALAVRAS-CHAVES:

Atuns, DAPs, engodo, alimentação, Oceano Atlântico, plástico


PÁGINAS: 32
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

O presente estudo se propõe a avaliar a ocorrência de itens de origem antrópica, como materiais particulados orgânicos (engodo) e materiais sintéticos na dieta de cinco espécies de peixes pelágicos, capturados no oceano Atlântico Oeste Equatorial. Entre 2011 e 2017 um total de 807 estômagos de indivíduos das espécies Thunnus albacares, Thunnus obesus, Coryphaena hippurus, Katsuwonus pelamis e Elagatis bipinnulata foram coletados em torno da uma boia de coleta de dados atmosféricos e oceanográficos (00ºN e 035ºO). Os estômagos foram pesados, analisados e os itens alimentares identificados ao menor nível taxonômico possível. Para avaliar a relação das espécies com os respectivos itens alimentares, realizamos uma Análise de Correspondência (CA), PERMANOVA e IIR. Também utilizamos o índice de Morisita-Horn para verificar se havia sobreposição biológica entre as dietas das espécies. Podemos constatar que a espécie E. bipinnulata foi a que apresentou maior percentual de itens de origem antrópica. Os principais itens de origem antrópica que ocorreram nos estômagos foram: cordas de nylon, fragmentos de plásticos, iscas e vísceras de organismos não pertencentes a dieta natural das espécies. O índice de Morisita-Horn mostrou que Thunnus obesus teve baixa sobreposição de sua dieta se comparado com as demais espécies. A presença total de engodo no conteúdo estomacal dos peixes foi equivalente a 4.68%, já a de material sintético foi de 1.26%. Os organismos mais afetados pela presença de materiais de origem antrópica foram as espécies que se alimentam preferencialmente na zona epipelágica oceânica, até 100m de profundidade, que são T. albacares, C. hippurus, E. bipinnulata e K. pelamis. Já a espécie T. obesus, que se alimenta de presas comuns na zona mesopelágica (zona entre 200m e 600m de profundidade), não apresentou nenhum desses materiais em seu conteúdo estomacal. Dessa forma, consideramos que materiais de origem antrópica estão se tornando cada vez mais frequentes na dieta dos organismos estudados no Oceano Atlântico. Logo, ressaltamos a importância de medidas mitigatórias e alternativas para a redução destes materiais, visando a saúde dos indivíduos, o equilíbrio da cadeia trófica e produtiva na qual essas espécies estão inseridas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DANIELLE PERETTI - UERN
Externo ao Programa - 1514311 - EMANUELLE FONTENELE RABELO
Presidente - 1651506 - GUELSON BATISTA DA SILVA
Notícia cadastrada em: 06/03/2019 14:03
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