Banca de QUALIFICAÇÃO: GRAZIELLY CAMPOS DE MESQUITA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GRAZIELLY CAMPOS DE MESQUITA
DATA: 26/10/2018
HORA: 10:00
LOCAL: Sala 23 prédio da PROPPG/UFERSA
TÍTULO:

INFLUÊNCIA ANTRÓPICA NA DIETA DE PEIXES PELÁGICOS EM CARDUMES ASSOCIADOS NO ATLÂNTICO SUDOESTE TROPICAL


PALAVRAS-CHAVES:

Atuns, DAPs, engodo, alimentação, Oceano Atlântico, plástico


PÁGINAS: 28
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

Dados sobre a ecologia alimentar de peixes pelágicos são de grande importância para abordagens de modelos de gestão pesqueira, onde pode ser possível otimizar esses modelos, evitando a competição com grandes predadores pela partição de recursos. As fortes pressões pesqueiras dos últimos anos vêm acarretando amplo declínio dos estoques naturais de peixes, resultando em sobrepesca mundial. Algumas embarcações utilizam o ‘engodo’ para atrair um maior número de peixes, essa ação pode alterar a dieta dos organismos e além disso, outro agravante é a ingestão acidental de materiais sintéticos advindos da poluição marítima. O presente estudo se propõe a avaliar a interferência antrópica da pesca na dieta de 5 espécies de peixes pelágicos, capturados no oceano Atlântico Sudoeste Tropical, onde discutiremos sobre os tipos de materiais particulados e sintéticos encontrados no conteúdo estomacal destes. Entre 2011 e 2017 um total de 807 estômagos de indivíduos das espécies Thunnus albacares, Thunnus obesus, Coryphaena hippurus, Katsuwonus pelamis, Elagatis bipinnulata foram pesados, analisados e os itens alimentares identificados ao menor nível taxonômico possível. Realizamos a Análise de Correspondência (CA), PERMANOVA, Composição Percentual por Peso (%WI) e o índice de Frequência de Ocorrência (%FO), avaliando a relação das espécies com os respectivos itens alimentares. Pudemos constatar que as dietas diferiram entre as espécies, onde E. bipinnulata foi a que se mostrou mais diferente. A presença total de engodo no conteúdo estomacal dos peixes foi equivalente a 4.68%, já a de material sintético foi de 1.26%. Os organismos mais afetados pela presença de materiais de origem antrópica foram as espécies que se alimentam preferencialmente na zona epipelágica, até 100m de profundidade (T. albacares, C. hippurus, E. bipinnulata e K. pelamis). Já a espécie T. obesus, que se alimenta de presas comuns na zona mesopelágica, não apresentou esses materiais em seu conteúdo estomacal. Consideramos que materiais sintéticos estão se tornando frequentes na dieta dos organismos estudados. Logo, ressaltamos a importância de medidas mitigatórias para a redução destes materiais, visando a saúde dos indivíduos, o equilíbrio da cadeia trófica e produtiva na qual essas espécies estão inseridas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CARLOS EDUARDO ROCHA DUARTE ALENCAR - UERN
Interno - 2213412 - CRISTIANO QUEIROZ DE ALBUQUERQUE
Presidente - 1651506 - GUELSON BATISTA DA SILVA
Notícia cadastrada em: 24/10/2018 14:50
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