Banca de DEFESA: HÉLYA MARIA SANTIAGO SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HÉLYA MARIA SANTIAGO SILVA
DATA: 24/08/2018
HORA: 08:00
LOCAL: Prédio de Fitotecnia - sala 04
TÍTULO:

“Sobrevivência aparente e ritmo anual (reprodução e muda) de Tolmomyias flaviventris (Aves) em um ambiente neotropical semiárido”


PALAVRAS-CHAVES:

Ciclo Anual. Ambientes Tropicais. Sobrevivência.


PÁGINAS: 34
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

Nos ambientes semiárido é comum que o período reprodutivo e a muda de penas ocorra durante a estação chuvosa. Por serem atividades de grande gasto energético e por competirem com outras atividades fisiológicas, as mesmas podem afetar as chances futuras de sobrevivência dos indivíduos. Diante disso, buscamos nesse estudo, estimar parâmetros demográficos e relacioná-los com padrões temporais de investimento em reprodução e muda de penas em Tolmomyias flaviventris (Tyrannidae), em um fragmento de Floresta Tropical Sazonalmente Seca, no nordeste do Brasil. Durante quatro anos realizamos 103 ocasiões de amostragens utilizando um protocolo padrão de captura-marcação-recaptura (CMR) e registramos a presença de placa de incubação e muda de penas nos indivíduos. Os dados de CMR dos dois últimos anos foram convertidos em históricos de encontro para a execução de análise de sobrevivência e probabilidade de recaptura, usando a formulação de Cormack-Jolly-Seber (CJS). Os resultados indicaram que T. flaviventris pode se reproduzir entre os meses de dezembro e agosto, com maior concentração de placa de incubação entre janeiro e junho, sendo estes os meses chuvosos da região. A muda ocorreu entre os meses de março e agosto, havendo alta sobreposição com o período de reprodução. Esta parece ser uma estratégia comum de aves em ambientes semiáridos, visando melhor aproveitar o curto período de maior disponibilidade de alimento. As estimativas de sobrevivência aparente se mantiveram constantes e baixas, em torno de 20% ao ano, não tendo variado em função dos períodos de reprodução e muda. É possível que os seis anos seguidos de estiagem na região tenham afetado a sobrevivência. Durante os anos de 2015-2017 a média pluviométrica da região ficou em torno de 400-500 mm estando abaixo do esperado. A alta mortalidade pode ter sido causada pela escassez de recursos, característica de períodos de estiagem. A probabilidade de recaptura variou em função do período de muda. A muda ocorreu logo após o período de reprodução e esteve associada ao fim da estação chuvosa, quando é baixa a disponibilidade de alimento para as aves insetívoras. Desta forma a baixa captura durante o período de mudas pode ser um indicativo de baixa atividade dos indivíduos visando economia energética.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1342048 - JOSE LUIS COSTA NOVAES
Presidente - 1622468 - LEONARDO FERNANDES FRANCA
Externo ao Programa - 1932288 - MILENA WACHLEVSKI MACHADO
Notícia cadastrada em: 17/08/2018 14:04
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