ALTERAÇÕES ANTE MORTEM E PSEUDOPATOLOGIAS EM EXOESQUELETO DE CINGULADOS PLEISTOCÊNICOS DE GRANDE PORTE DA REGIÃO INTERTROPICAL BRASILEIRA
Região intertropical brasileira, megafauna, cingulata, exoesqueleto, paleopatologia.
Na Megafauna Brasileira do Pleistoceno, a Ordem Cingulata, um dos principais integrantes da megafauna brasileira do Pleistoceno, é composta por animais bastante conhecidos (tatus, pampatérios e gliptodontes) e caracterizados por um peculiar exoesqueleto ósseo. Muitos estudos em paleoecologia de cingulados envolvem esta estrutura. No entanto, até agora poucos trabalhos têm direcionado a atenção para alterações patológicas do exoesqueleto, embora se reconheça o seu enorme potencial em termos de informações paleobiológicas. O objetivo deste trabalho é identificar e descrever alterações exoesqueletais em cingulados de grande porte do Pleistoceno da Região Intertropical Brasileira, fornecendo novos insights paleoecológicos sobre esses animais. Analisamos componentes do exoesqueleto coletados em seis localidades da Região Intertropical Brasileira depositados em três coleções relevantes nos estados de Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Por meio de exame macroscópico, detectamos alterações patológicas e pseudopatológicas em superfícies ósseas acometendo o exoesqueleto em espécimes de Hoplophorus euphractus, Panochuthus sp., Glyptotherium sp. e Pachyarmatherium brasiliense. Constatamos alterações traumáticas e infecciosas geradas por parasitas em diferentes partes do exoesqueleto e os primeiros registros de lesões causadas por pulgas em gliptodontes.