Banca de QUALIFICAÇÃO: VINICIO HEIDY DA SILVA TEIXEIRA DE SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VINICIO HEIDY DA SILVA TEIXEIRA DE SOUZA
DATA: 26/10/2016
HORA: 09:00
LOCAL: LABORATÓRIO DE ECOLOGIA COMPORTAMENTAL
TÍTULO:

ADAPTAÇÕES DAS ABELHAS SEM FERRÃO (APIDAE, MELIPONINI) PARA LIDAR COM TEMPERATURAS ELEVADAS DO BIOMA CAATINGA


PALAVRAS-CHAVES:

abelha sem ferrão, temperatura corporal, termorregulação, caatinga


PÁGINAS: 19
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

O forrageamento em ambientes com temperaturas elevadas representa um grande desafio para as abelhas. Para sobreviver em ambientes com tais características elas precisam de adaptações para regular a temperatura do corpo. A Floresta Tropical Seca brasileira, a Caatinga, é um ambiente termicamente desafiador para as abelhas devido a sua elevada temperatura durante todo o ano. Com isso, o nosso objetivo foi investigar as adaptações de abelhas sem ferrão para lidar com as condições térmicas da Caatinga. No estudo utilizamos duas espécies de abelha sem ferrão nativas do Nordeste (Melipona subnitida e Scaptotrigona sp.). Com elas analisamos (1) a tolerância térmica a temperaturas elevadas, analisando a mortalidade nas temperaturas elevadas; (2) o efeito da Te sobre a Ttx das abelhas, através de fotos térmicas das abelhas em alimentadores artificiais; (3) a possível transferência de calor do tórax para o abdômen, mensurando a diferença entre essas temperaturas em função da Te para abelhas vivas e mortas, e (4) o papel do pelo torácico na velocidade de aquecimento e resfriamento das abelhas, em experimentos com abelhas com e sem a remoção do pelo. (1) Os resultados mostram que a TL50 e a TL100 da M. subnitida (TL50:51,6°C; TL100:54°C) foi 5°C acima da encontrada para a Scaptotrigona sp. (TL50:46,5 °C; TL100:48°C); (2) a Ttx apresentou uma relação positiva com Te para as duas espécies, sendo que, a Ttx da M. subnitida se manteve acima da Teem Tebaixas (abaixo de 40°C) e abaixo de Te em Te elevadas (acima de 42°C), enquanto que Ttx a Scaptotrigona sp. esteve sempre abaixo da Te. (3) os dados sobre a possível transferência de calor do tórax para o abdômen apontam uma possível transferência da M. subnitida, pois a medida que a Te aumenta a diferença da Ttx e da Tabd diminui, para a Scaptotrigona o mesmo não foi encontrado.  (4) O pelo funciona como um retardador do aquecimento da M. subnitida, onde as abelhas com o pelo removido aqueceram mais rápido que as abelhas com o pelo natural. Os dados indicam que essas abelhas estão adaptadas a viver na Caatinga e que possuem adaptações que auxiliam na manutenção da sua temperatura corporal, principalmente a M. subnitida.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1806635 - LEONARDO LELIS DE MACEDO COSTA
Externo ao Programa - 2338098 - MARCO JACINTO KATZENBERGER BAPTISTA NOVO
Presidente - 1824610 - MICHAEL HRNCIR
Notícia cadastrada em: 19/10/2016 12:40
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