Banca de DEFESA: GEOVAN FIGUEIREDO DE SA FILHO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GEOVAN FIGUEIREDO DE SA FILHO
DATA: 27/02/2016
HORA: 14:00
LOCAL: LABORATÓRIO DE ECOLOGIA COMPORTAMENTAL
TÍTULO:

ATIVIDADE DE FORRAGEAMENTO DE ABELHA SEM FERRÃO (MELIPONA SUBNITIDA) EM BREJO DE ALTITUDE NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO


PALAVRAS-CHAVES:

Abelhas sem ferrão; janela térmica; limite de temperatura inferior; aclimatação; Caatinga



PÁGINAS: 40
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

A atividade de forrageamento de abelhas é limitada pela "janela térmica" associadas às limitações termo-fisiológico da espécie. No presente estudo, investigou-se a atividade de forrageamento de Melipona subnitida (Apidae, Meliponini), uma espécie de abelha sem ferrão altamente adaptada ao clima quente e semiárido da Caatinga, no nordeste brasileiro. Nós investigamos se esta abelha ajusta sua atividade de forrageamento para as condições climáticas dos enclaves de floresta úmida em altitudes elevadas no interior da Caatinga, caracterizadas por temperaturas ambientes reduzidas e precipitação elevada em comparação com as regiões de planície. Para isso, estudamos a atividade de pólen e néctar de quatro colônias de M. subnitida em Martins-RN, a uma altitude de aproximadamente 750 m. Entre março e julho de 2015, em três dias consecutivos em cada mês, nós contamos o número de forrageiras que retornaram durante 5 minutos a cada meia hora (entre 05:00-08:00) e a cada hora (entre 09: 00-17:30) e foi registrada a temperatura ambiental. A janela térmica de pólen (faixa de temperaturas ambiental dentro do qual 90% das forrageiras retornaram para a colônia) foi entre 20 e 31 °C (amplitude = 11 °C), e de néctar entre 20 e 30 °C (amplitude = 10 °C). A diferença entre as forrageiras de pólen e de néctar relacionadas às temperaturas médias de retorno às colônias foi estatisticamente significativa (TMED-Pólen = 24 °C; TMED-Néctar = 25 °C; Mann-Whitney Rank-Sum-Test: P=0,005). Nossos resultados indicam que M. subnitida é capaz de ajustar sua atividade de forrageamento para as condições climáticas dos enclaves de floresta úmida, sincronizando o seu limiar de temperatura mais baixa para as temperaturas baixas da manhã nesse habitat, sendo significativamente inferiores aos das regiões  de menor altitude da Caatinga. Estes resultados indicam os brejos de altitude como possível habitat de refúgio para M. subnitida em vista do aquecimento global previsto para as próximas décadas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - AIRTON TORRES CARVALHO - UFRPE
Externo ao Programa - 286.075.138-69 - CAMILA MAIA DA SILVA - USP
Presidente - 1824610 - MICHAEL HRNCIR
Notícia cadastrada em: 12/02/2016 16:12
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