SALINIDADE, TEMPERATURA E PETRÓLEO NA RESPOSTA FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE Poincianella pyramidalis (TUL.) L. P. QUEIROZ
catingueira; absorção de água; germinação.
Durante o processo de germinação, a absorção de água pelas sementes é fundamental na retomada das atividades metabólicas, e todos os fatores que controlam os eventos fisiológicos envolvidos no processo germinativo sofrem influência da temperatura. Nesse processo também é válido observar o grau de tolerância das sementes à salinidade, e à contaminantes como o petróleo. A espécie em estudo, Poincianella pyramidalis é endêmica da Caatinga e comumente indicada para recuperação de áreas degradadas. Este trabalho tem como objetivo analisar a tolerância dessa espécie à diferentes condutividades elétricas e temperaturas durante seu processo de embebição de água e germinação, bem como sua tolerância a diferentes tempos de imersão em petróleo. O experimento de absorção foi desenvolvido sob o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial sendo 5 salinidades e 7 temperaturas e três repetições de 20 sementes para cada tratamento. As condutividades elétricas empregadas foram de: 0, 5, 10, 15 e 20 dS m-1, e as temperaturas utilizadas foram de 10°C, 15°C, 21°C, 27°C, 33°C, 36°C e 40°C. As sementes foram pesadas nos tempos de: 0; 1; 2; 3; 4; 6; 8; 10; 24; 30; 48 horas, e após as 48 horas, as sementes foram pesadas de 24 em 24 horas até a estabilização da curva de absorção. O experimento de germinação foi desenvolvido utilizando as sementes provenientes do teste de absorção de água, desenvolvido sob o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial sendo 5 salinidades e 5 temperaturas e três repetições de 20 sementes para cada tratamento. As condutividades elétricas empregadas foram as mesmas do experimento de absorção de água, e as temperaturas foram 10°C, 15°C, 21°C, 27°C e 33°C. As avaliações da porcentagem de germinação foram efetuadas diariamente. O experimento com petróleo foi desenvolvido sob o delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial, com cinco tratamentos e quatro repetições de 20 sementes para cada tratamento. Os períodos de tempos de imersão em petróleo empregados foram de 0 ; 5 ; 60; 720 e 1440 minutos. As avaliações da porcentagem de emergência foram efetuadas diariamente após a instalação do teste até a sua estabilização. A avaliação da absorção de água, da germinação e da emergência em função do tempo, foram ajustadas ao modelo proposto por MAIA et al., (2009), e a comparação entre as médias foi feita pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Durante o processo de absorção de água, o aumento da CE ocasionou a redução tanto da AAmáx quanto da TAAmáx, porém não relacionou-se com o tAA50% nem com o tTAAmáx, enquanto que o aumento da temperatura provocou redução apenas no tAA50%, não relacionando-se com a AAmáx, com a TAAmáx, nem com o tTAAmáx. Durante o processo de germinação, o aumento da CE ocasionou decréscimo na Gmáx, aumento no tG50%, porém não relacionou-se com as TGmáx, nem com o tTGmáx. Por outro lado, o aumento da temperatura não interferiu na Gmáx, porém, reduziu o tG50%, aumentou as TGmáx até os 27°C e reduziu o tTGmáx. No experimento com petróleo, quando comparados ao tratamento testemunha, os demais tratamentos tiveram sua emergência máxima reduzida, porém o T1440 juntamente com o T0 emergiram mais que os demais tratamentos, obtiveram os menores tempos para emergir 50% do máximo de sementes emergidas, bem como os menores tempos das taxas de emergência máxima e as maiores taxas de emergência máxima.