Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA LUÍZA ANDRADE MENDONÇA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA LUÍZA ANDRADE MENDONÇA
DATA: 03/11/2015
HORA: 16:00
LOCAL: LABORATÓRIO DE ECOLOGIA EVOLUTIVA E MOLECULAR (ECOMOL)
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA PREDAÇÃO DE NINHOS DE AVES EM SALINAS DO NORDESTE DO BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Charadriiformes, Himantopus mexicanus, Nidificação, Microhabitats


PÁGINAS: 33
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Ecologia
RESUMO:

Salinas industriais costeiras do Nordeste brasileiro são habitats alternativos para reprodução de aves limícolas, como o pernilongo-de-costas-negras Himantopus mexicanus. No entanto, nestes ambientes estas espécies podem sofrer altas taxas de predação de seus ninhos e ovos. O objetivo deste estudo foi analisar a predação de ninhos artificiais em um complexo salineiro do nordeste do Brasil para compreender os fatores que ocasionam elevada predação de ninhos de aves limícolas, especialmente as que nidificam no solo das salinas. O estudo foi desenvolvido em um complexo salineiro (~145ha) localizado no Estuário do Rio Apodi-Mossoró. Foi construído um total de 164 ninhos, distantes uns dos outros em ~20m, nos três principais microhabitats encontrados no complexo: tanques de evaporação e de cristalização e remanescentes de manguezal. O material escolhido para confecção de cada ninho foi o mais abundante objeto encontrado no local pré-determinado para construção do mesmo. Assim os ninhos foram confeccionados por conchas, pedras de sal ou vegetação. Com objetivo de atrair predadores foram adicionais três ovos de codorna-japonesa (Coturnix coturnix) em cada ninho. Registros de pegadas, restos de cascas de ovos, censos visuais e instalação de armadilhas fotográficas foram realizados para identificar potenciais predadores. Para avaliar as taxas de predação dos ninhos artificiais foram efetuadas oito vistorias, ao longo de um período de 31 dias, com intervalos de quatro dias entre as vistorias. Cerca de 81% dos ninhos e 79,9% dos ovos foram predados em 31 dias de exposição dos ninhos. Não foi constatada correlação significativa entre as taxas relativas de predação e tempo de exposição dos ninhos. Também não foram constatadas diferenças nas taxas de predação entre os microhabitats. Foram verificadas diferenças consideráveis nas taxas de predação entre ninhos com diferentes materiais de revestimento, sendo menos predados os de pedras de sal. Aves e mamíferos, especialmente domésticos, foram os potenciais predadores dos ninhos artificiais, considerando as evidências registradas. Por meio destes dados, sugere-se que aves que se reproduzem em salinas tendem a sofrer alto risco de predação em salinas do nordeste brasileiro, independente do microhabitat selecionado da salina. A limitação de animais domésticos seria a estratégia emergencial para reduzir as taxas de predação de ninhos e auxiliar na conservação de aves limícolas que utilizam salinas como habitat alternativo o nordeste do Brasil.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2882034 - DIANA GONCALVES LUNARDI
Interno - 1622468 - LEONARDO FERNANDES FRANCA
Presidente - 2778720 - VITOR DE OLIVEIRA LUNARDI
Notícia cadastrada em: 02/10/2015 08:49
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