Banca de DEFESA: LUAN ARTHUR QUEIRÓS LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUAN ARTHUR QUEIRÓS LIMA
DATA : 23/07/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Via Meet
TÍTULO:

TERMORREGULAÇÃO EM PEQUENOS MAMÍFEROS DA CAATINGA

PALAVRAS-CHAVES:

Temperatura corporal; Marsupiais; Roedores; Ambiente; Mudanças climáticas.

PÁGINAS: 76
RESUMO:

Adaptações fisiológicas, comportamentais e ecológicas permitem que pequenos mamíferos da Caatinga enfrentem o estresse térmico e recursos limitados do semiárido. Nesse estudo foram avaliadas três espécies de marsupiais (Didelphis albiventris, Monodelphis domestica e Gracilinanus agilis) e dois roedores (Rattus rattus e Thrichomys laurentius). Inicialmente, foram analisadas estratégias termorregulatórias, revelando que marsupiais mantêm temperaturas corporais mais baixas que roedores, condizentes com suas menores taxas metabólicas. T. laurentius demonstrou maior sensibilidade à temperatura ambiente, sugerindo homeotermia reduzida como possível adaptação ao clima árido. Estruturas periféricas (cauda, orelhas) funcionaram como janelas térmicas, e G. agilis apresentou uma estratégia singular de dissipação de calor via cauda. Também foi observado dimorfismo sexual em R. rattus, com fêmeas exibindo temperaturas mais altas. No segundo eixo da pesquisa, avaliou-se como variáveis ambientais influenciam as taxas de captura das espécies. G. agilis foi mais capturado em temperaturas elevadas, enquanto T. laurentius apresentou maior abundância na estação chuvosa, sugerindo respostas diferenciadas à disponibilidade de recursos. Já D. albiventris, M. domestica e R. rattus demonstraram estabilidade nas taxas de captura entre estações, indicando maior resiliência ecológica. Por fim, simulações com cenários climáticos futuros (SSP1-2.6 a SSP5-8.5) indicaram que os marsupiais enfrentarão maior excedência térmica, com restrições severas nas janelas de atividade até 2100, especialmente G. agilis. Os roedores, por sua vez, mostraram maior tolerância térmica e plasticidade comportamental, sugerindo maior resiliência. Os resultados evidenciam riscos desiguais entre grupos e reforçam a necessidade de estratégias de conservação focadas na proteção dos habitats, especialmente para os marsupiais mais vulneráveis às mudanças climáticas.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - Ricardo Siqueira Bovendorp - UESC-BA
Externo à Instituição - CARLOS ARTURO NAVAS IANNINI - USP
Presidente - 1922730 - CECILIA IRENE PEREZ CALABUIG
Externo à Instituição - MARCO JACINTO KATZENBERGER BAPTISTA NOVO - UFPE