EFEITO GASTROPROTETOR DO LEITE DE ASININO (Equus asinus) EM RATOS. |
Ácido acetilsalicílico, Bioativo, Estômago, Jumenta, Úlcera gástrica. |
O leite de jumenta é um bioativo de alto valor nutricional e capacidade terapêutica, caracterizado por baixo potencial alergênico e elevadas propriedades bactericidas, diferindo do leite de vaca e assemelhando-se ao humano. O leite de jumenta pode ser uma alternativa promissora no tratamento de enfermidades, dentre elas a úlcera gástrica, condição de saúde com cerca de 10% de prevalência mundial. No Brasil, estudos voltados ao seu aproveitamento sustentável com foco na conservação dos jumentos são escassos. Objetivou-se avaliar o efeito gastroprotetor do leite de asinino (Equus asinus) em ratos. O leite passou por teste da caneca de fundo preto, análise bacteriológica e físico-química. Foram analisados padrões histopatológicos de estômagos em 24 ratos twisters, com lesões gástricas induzidas por AAS, divididos em quatro grupos experimentais (G1 - AAS, G2 - NaCL a 0,9%, G3 – AAS e pós-tratamento e G4 – AAS e pré-tratamento com leite de jumenta). Todos os resultados foram submetidos a análises estatísticas. No leite ocorreu contagem de Sthaphylococcus aureus abaixo de 300.000 UFC/mL. A macroscopia dos estômagos foi caracterizada por extensas lesões e pontos de necrose causadas pelo AAS em G1, porém atenuação das lesões em G3 e G4, com diferença significativa na elevação do ILU em G1 (6,60 ± 2,50) e aumento da área ulcerativa em G1 (0,1 ± 0,05 %). Ocorreram elevados índices de inibição ou cura em G3 (78,79%) e G4 (84,85%). A microscopia foi caracterizada por úlcera gástrica mais desprendimento e necrose das células epiteliais na área adjacente à úlcera, causados pelo AAS em G1, mas sem alterações em G3 e G4, com diferença significativa na elevação da área PAS positiva em G1 (8,26 ± 1,82 %) e G4 (8,37 ± 1,17 %). Concluiu-se que o leite de jumenta nordestina brasileira foi eficiente na gastroproteção e regeneração da mucosa estomacal de ratos após lesão induzida por AAS.