EFEITOS DO VENENO DA ABELHA (Apis mellifera) NO CARCINOMA ESPINOCELULAR IN VIVO E IN VITRO
Apitoxina, Abelhas, Apiterapia, Câncer, Carcinoma espinocelular.
A apitoxina é usada em doenças autoimunes, osteoartrites, doenças neurodegenerativas e doenças da pele. Também possui uma característica radioprotetora e antineoplásica. A apitoxina produzida pela Apis mellifera do semiárido potiguar apresentou efeitos antioxidante, fotoprotetor, genoprotetor e antineoplásico em células de adenocarcinoma de próstata, carcinoma hepatocelular, melanoma e astrocitoma. Com isso, objetiva-se avaliar o efeito antineoplásico da apitoxina proveniente da Apis mellifera do semiárido potiguar in vitro e in vivo no carcinoma de células escamosas. Para a análise in vitro, a linhagem de células SCC-25 (carcinoma de células escamosas humano) será submetida ao teste colorimétrico MTT para avaliação do potencial citotóxico em diferentes concentrações de apitoxina (1, 5, 10 e 20 μg/mL). Também será realizado o teste de arranhão celular com as mesmas concentrações de apitoxina previamente descritas, para avaliação da migração celular. Para o teste in vivo, 4 grupos de 6 camundongos C57Bl/SCID serão xenotransplantados com células SCC-25 em PBS (2 × 107 células tumorais/0.1 ml PBS) através de injeção subcutânea. Quando o tumor atingir um volume entre 100 e 300m³, será realizada uma biopsia incisional para confirmação diagnóstica e o grupo 1 receberá solução salina e os grupos 2, 3 e 4 receberão 0,5mg/kg, 1mg/kg e 3mg/kg de apitoxina, respectivamente, através em injeções intraperitoneais a cada 4 dias durante 4 semanas. Haverá mensuração do volume tumoral de forma semanal como avaliação macroscópica. Na quinta semana, os animais serão eutanasiados, a neoplasia será dissecada e encaminhada para análise histopatológica e imuno-histoquímica, para definição do índice mitótico e índice proliferativo (ki-67). Espera-se que a apitoxina apresente efeitos antineoplásicos satisfatórios tanto in vitro, quanto in vivo.