Avaliação da associação xilazina/cetamina e dexmedetomidina/cetamina no bem-estar de cutias(Dasyprocta Leporina Linneaus, 1753) submetidas a eletroejaculação
Bem-estar animal, sêmen, alfa-2 agonistas, reprodução
A eletroejaculação (EEJ) é uma técnica que permite a obtenção do sêmen causar dor e desconforto. Devido a estes motivos, é de suma importância a obtenção de um protocolo anestésico seguro para garantir o bem-estar animal, promovendo uma boa analgesia e viabilizar a coleta de sêmen com baixos índices de contaminação por urina. Assim, esse trabalho teve como objetivo avaliar os efeitos da associação xilazina/cetamina e dexmedetomidina/ cetamina por via intramuscular, sobre o bem-estar animal na coleta de sêmen em cutias (Dasyprocta leporina) por eletroejaculação, durante o procedimento de eletroejaculação com dois tipos diferentes de eletrodos. Utilizou-se onze animais sexualmente maduros e cada indivíduo passou aleatoriamente por quatro tratamentos: xilazina/cetamina/sonda longitudinal (G1); dexmedetomidina/cetamina/sonda longitudinal (G2); xilazina/cetamina/sonda anel (G3), dexmedetomidina/cetamina/sonda anel (G4). Foram avaliados a frequência cardíaca, respiratória, temperatura retal, pressão arterial sistólica, média e diastólica, período de latência de indução e recuperação anestésica, bem como parâmetros para avaliação do bem-estar animal: hemograma, glicemia, CK e vocalização. Em relação aos parâmetros reprodutivos, a avaliamos ereção, o ciclo de estimulação e as variáveis seminais. Os resultados sugerem que a sonda em anel é mais eficiente em estimular a EEJ, no entanto promove mais vocalizações nos animais. Todos os protocolos anestésicos permitiram a realização da EEJ. Obtivemos ejaculado em todos os tratamentos, no entanto não foram eficientes para a coleta de sêmen. Somente um animal apresentou espermatozoides na urina coletada após a eletroejaculação.