ENERGIA METABOLIZÁVEL APARENTE PARA POEDEIRAS Isa Label MANTIDAS EM AMBIENTE DE ALTA TEMPERATURA
linhagens de crescimento lento, desempenho, qualidade de ovos, análise econômica.
O Brasil se destaca na produção avícola como maior exportador e terceiro produtor mundial de frango, e entre os dez maiores produtores de ovos. A demanda por alimentos e o crescimento populacional tornam a cadeia produtiva avícola essencial ao agronegócio, economia regional e fortalecimento da agricultura familiar, fornecendo alimento de alto valor nutritivo a preço acessível. Melhorias genéticas e pesquisas em nutrição animal favoreceram o sucesso da avicultura no país, contudo, existem poucas pesquisas em exigências nutricionais para linhagens de crescimento lento em regiões de clima quente. A Isa Label é uma linhagem de crescimento lento e dupla aptidão, que vem sendo muito utilizada pelos criadores por ser boa produtora de ovos e possuir carne com sabor apreciável. A quantidade de energia metabolizável utilizada nas rações é fator condicional para produtividade de poedeiras em condições de altas temperaturas, e tem peso considerável nos custos com alimentação. O objetivo com este trabalho foi determinar o melhor nível de energia metabolizável aparente (EMA) sobre desempenho, qualidade de ovos e viabilidade econômica de poedeiras Isa Label, de 52 a 64 semanas de idade, em clima quente. Distribuíram-se ao acaso 90 poedeiras em cinco tratamentos, com nove repetições de duas aves, por unidade experimental. Os tratamentos foram: 2.600; 2.675; 2.750; 2.825 e 2.900 kcal/kg de EMA na ração. Avaliou-se: consumo de ração e de EMA, taxa de postura, peso do ovo, massa de ovo, conversão alimentar e energética por massa e dúzia de ovos; e características de qualidade de ovos. A análise econômica foi realizada com a produção de ovos, consumo de ração e preço por quilograma da ração. Os resultados foram submetidos à análise estatística por regressão polinomial, considerando as equações lineares ou quadráticas com probabilidade < 5% de significância. O nível de EMA na ração não compromete o desempenho destas aves. A qualidade interna e externa dos ovos não foi afetada pelo nível de EMA nas rações, porém o acréscimo de energia nas rações aumenta a largura do albúmen. O nível de 2.675 kcal/kg de EMA na ração é economicamente viável em condições de alta temperatura.