Identificação de QTLs associados a resistência do meloeiro a mosca-minadora e estudo de potenciais indutores de resistência.
QTL, SSR, Liriomyza, Cucumis melo L.
Um dos principais métodos de combate à mosca-minadora é o controle químico. No entanto, a identificação de genes de resistência por meio de análises moleculares pode ser uma alternativa viável no combate a essa praga. Além disso, a busca por substâncias capazes de induzir essa resistência é uma alternativa promissora no controle da doença. Este estudo teve como objetivo utilizar marcadores moleculares microssatélites para identificar QTLs (Quantitative Trait Loci) associados à resistência e avaliar o efeito de substâncias capazes de ativar mecanismos de resistência do meloeiro contra a mosca-minadora. Para isso, uma geração F2 foi produzida a partir dos genitores resistentes (Rutênio) e suscetíveis (Vedrantais) e avaliada com 100 marcadores microssatélites para a identificação de locos de resistência. Além disso, oito potenciais indutores, quatro biológicos (extratos autoclavados de Trichoderma, Lactobacillus, Saccharomyces e Liriomyza) e quatro químicos (peróxido de hidrogênio, nitroprussiato de sódio, fosfito de potássio e Acibenzolar-S-metílico), foram testados para avaliar a indução de resistência do meloeiro contra a mosca-minadora, utilizando três concentrações e dois métodos de indução (via semente e foliar) para cada indutor utilizado. Dos 100 marcadores SSR, 19 apresentaram ótimo padrão de amplificação e polimorfismo e, desses, 13 foram considerados sem distorções de segregação. Os resultados identificaram três marcadores principais (CMTA166, CMCT170B e CMTA134A), que explicam respectivamente 5,73%, 4,46% e 3,32% das variações fenotípicas relacionadas à resistência. A regressão múltipla identificou que os marcadores CMTA166 e CMCT170B juntos explicam 9,42% da variação fenotípica da resistência. Quanto aos indutores, o tratamento mais eficiente para a taxa de preferência da mosca-minadora no meloeiro foi o Acibenzolar-S-metílico, tanto na aplicação em sementes (81% de inibição) quanto na aplicação foliar (69,2% de inibição). Os resultados obtidos neste estudo podem ser utilizados em futuras seleções de genótipos, bem como em análises de QTLs associados ao melhoramento do meloeiro contra a mosca-minadora, assim como na utilização de substâncias indutoras para a ativação de resistência contra essa praga.