Banca de QUALIFICAÇÃO: CYNTHIA PATRÍCIA DE SOUSA SANTOS ALVES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CYNTHIA PATRÍCIA DE SOUSA SANTOS ALVES
DATA : 02/06/2023
HORA: 13:00
LOCAL: UFERSA, prédio central, sala 04.
TÍTULO:

EFEITO IN VITRO E IN VIVO DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE Macrophomina spp. EM Cucumis melo

DIVERSIDADE E PATOGENICIDADE DE Macrophomina spp. ASSOCIADOS À Citrullus lanatus


PALAVRAS-CHAVES:

Podridão de raízes. Controle químico. Ingrediente ativo. Inibição de crescimento.

Patógenos radiculares; Colapso da Citrullus lanatus; PRDR.


PÁGINAS: 67
RESUMO:

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito in vitro e in vivo de fungicidas no controle de espécies de Macrophomina. O ensaio in vitro consistiu na avaliação de cinco ingredientes ativos (boscalid, carbendazim, cyprodinil, fluazinam e fludioxonil) e cinco concentrações (0,01; 0,10; 1,00; 10,00; e 100,00 mg/L i.a.) frente a nove isolados (M. phaseolina: CMM1556, CMM4748 e CMM4764; M. pseudophaseolina: CMM2163, CMM4815 e CMM4767; e M. euphorbiicola: CMM2158, CMM4868 e CMM4867). Foi avaliado o crescimento micelial diário, a porcentagem de inibição de crescimento e a concentração efetiva para reduzir 50% do crescimento micelial radial dos fungos. No ensaio in vivo foram utilizados os ativos fluazinam e fludioxonil para determinar seus efeitos na severidade e incidência da podridão de raízes e o declínio de ramas em Cucumis melo. Em sequência foram avaliados o comprimento e o peso fresco aéreo e radicular de todas as plantas. O aumento da dose dos fungicidas elevou a porcentagem de inibição do crescimento micelial e os melhores valores obtidos corresponderam à 100,00 mg/L i.a. para todos os produtos testados. De modo geral, os isolados de Macrophomina foram mais tolerantes ao boscalid (CE50=13,40 mg/L i.a.), seguido por cyprodinil (CE50=1,18 mg/L i.a.), carbendazim (CE50=0,05 mg/L i.a.), fluazinam (CE50=0,03 mg/L i.a.) e fludioxonil (CE50=0,03 mg/L i.a.), sendo que esses dois últimos foram altamente eficientes no controle in vitro. Apesar de nenhum dos produtos serem capazes de controlar esse fungo totalmente in vivo, a menor incidência e a severidade da PRDR em C. melo, foram de 28,57% e 0,29%, respectivamente, em plantas inoculadas com M. euphorbiicola e tratadas com fludioxonil. Para as demais espécies e isolados, o fluazinam obteve melhor desempenho no controle, o que consequentemente contribuiu para uma menor perda de massa e comprimento radicular.

Macrophomina é um gênero de fungos que causa a podridão de raízes e declínio de ramas. Apesar de ser muito frequente em campos de produção de Cucumis melo na região Semiárida do Nordeste brasileiro, pouco se conhece sobre a ocorrência e o comportamento das espécies desse gênero em Citrullus lanatus. Nesse sentido, esse trabalho determinou a diversidade e patogenicidade de Macrophomina spp. que ocorre em áreas produtoras de C. lanatus nos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte. Para isso, foram coletadas 30 plantas com sintomas de PRDR, em 16 campos comerciais, distribuídos em municípios localizados nos estados do Ceará (Aracati) e Rio Grande do Norte (Apodi, Baraúna, Governador Dix Sept Rosado, Mossoró, Tibau e Upanema). De cada planta foram realizados isolamentos da parte radicular para crescimento fúngico, e após o crescimento, foi realizada a identificação a nível de gênero por meio da identificação morfológica. Primers específicos: MpTefF e MpTefR (M. phaseolina), MsTefF e MsTefR (M. pseudophaseolina); MeTefF e MeTefR (M. euphorbiicola), foram utilizados para identificar a espécie de cada isolado. Para a confirmação da patogenicidade, foram selecionados 50 isolados de Macrophomina phaseolina e 50 Macrophomina pseudophaseolina. Foi avaliada a incidência e severidade, comprimento aéreo e radicular e peso seco de todas as plantas do ensaio. 156 isolados foram confirmados para o gênero Macrophomina, desses 75 amplificaram para M. phaseolina e 81 M. pseudophaseolina. Todos os isolados de ambas as espécies foram patogênicos à melancieira, confirmando o primeiro relato de M. pseudophaseolina a este hospedeiro no mundo. Tanto a incidência, quanto a severidade foi maior em plantas inoculadas com M. phaseolina em comparação à colonização por M. pseudophaseolina. As médias do comprimento aéreo e radicular das plantas de C. lanatus foram maiores com M. phaseolina e menores na avaliação de peso seco para a mesma espécie.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ERIKA VALENTE DE MEDEIROS - UFAPE
Externo à Instituição - HAILSON ALVES FERREIRA PRESTON - UFRN
Presidente - 1445570 - RUI SALES JUNIOR
Notícia cadastrada em: 22/05/2023 17:21
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