Efeito do ácido salicílico e jasmônico no crescimento, fisiologia e qualidade de frutos de tomate cereja sob estresse salino
qualidade de fruto, salmoura de osmose reversa, estresse salino, Solanum lycopersicum L., reutilização de água.
O reaproveitamento de salmoura de osmose reversa é uma alternativa para lidar com a escassez de água em regiões semiáridas. Assim, um experimento hidropônico foi conduzido para avaliar a aplicação foliar de ácido salicílico (SA) e ácido jasmônico (JA) como mitigantes do estresse salino em tomate cereja (Solanum lycopersicum L. cv. Samambaia) cultivado em solução nutritiva não-salina (2,16 dS m-1), moderadamente salina (4,50 dS m-1) e severamente salina (9,00 dS m-1) preparada com salmoura de osmose reversa diluída. 500 M de SA e 50 M de JA foram pulverizados isoladamente ou em combinação nas folhas, e água como controle. Os resultados mostraram que a salinidade moderada e severa reduziu o crescimento das plantas devido à redução das trocas gasosas e fotossíntese, aumento do acúmulo de Na+ e redução de K+ e Ca2+ nos tecidos das plantas, e aumento da peroxidação lipídica e extravasamento de eletrólitos, o que consequentemente reduziu a produtividade dos frutos. Por outro lado, o estresse salino melhorou o sabor e a qualidade dos frutos, aumentando o teor de sólidos solúveis, acidez e açúcares. A pulverização foliar com SA e JA mitigou os danos causados pelo estresse salino, reduzindo o teor de Na+ nos tecidos, mantendo a integridade das membranas celulares e as trocas gasosas. Além disso, o tratamento com fitohormônios aumentou a acidez, teor de vitamina C, conteúdo de licopeno, intensificou a coloração da casca e melhorou o sabor dos frutos. Concluindo, a adição de salmoura à solução nutritiva reduz o crescimento e a produtividade do tomate cereja, mas melhora a qualidade dos frutos. O SA e o JA exógenos aliviam a toxicidade do sal, mas sem manter o crescimento e a produtividade das plantas.