Produção e vantagens bio-econômicas do consórcio de beterraba e rúcula sob influência de adubação orgânica e densidades populacionais
Beta vulgaris; Eruca sativa; Merremia aegyptia; Calotropis procera; rendimento do consórcio
Devido a busca cada vez maior por alimentos saudáveis, a forma de produzir de alimentos precisou se adequar a essas exigências. Com isso em vista, o objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho produtivo e bio-econômico da beterraba e da rúcula quando influenciadas pela adubação verde em diferentes quantidades equitativas de biomassa de M. aegyptia e C. procera (20, 35, 50 e 65 t ha-1 em base seca) e em diversas densidades populacionais de rúcula (40, 60, 80 e 100% da densidade recomendada para o cultivo solteiro - DRCS), combinadas com 100% da DRCS da beterraba em dois anos de cultivos. A produção e seus componentes foram avaliados na beterraba e na rúcula. Os indicadores agroeconômicos avaliados para cada tratamento: índice de produtividade do sistema (IPS), coeficiente equivalente de terra (CET) e razão de equivalência monetária (REM). Além desses, os seguintes índices e indicadores bio-econômicos: relação equivalente de terra (RET), vantagem do consórcio (VC), perda de rendimento real (PRR), índice de eficiência produtiva (IEP), escore da variável canônica (Z), índice de superação da beterraba sobre a rúcula e da rúcula sobre a beterraba (ISb e ISr), razão competitiva (RC), receita bruta (RB), receita líquida (RL), taxa de retorno (TR) e índice de lucratividade (IL) foram avaliados. As maiores vantagens agroeconômicas do consórcio de beterraba com rúcula foram alcançadas com um índice de produtividade do sistema (IPS) de 53,47 t ha-1, coeficiente equivalência da terra (CET) de 0,84 e uma razão de equivalência monetária (REM) de 1,56, respectivamente, na combinação de 65 t ha-1 de biomassa de M. aegyptia e C. procera com uma densidade populacional de rúcula de 100% da DRCS. Produtividade comercial máxima otimizada de raízes de beterraba no sistema consorciado com rúcula foi de 23,20 t ha-1 na quantidade de 65 t ha-1 de M. aegyptia e C. procera e densidade de 100% do DRCS, enquanto a máxima a produtividade de rúcula em consórcio com beterraba foi de 9,65 t ha-1, na mesma combinação da quantidade de adubos verdes e densidade populacional de rúcula. Os maiores retornos bio-econômicos do consórcio beterraba-rúcula foram obtidos com RET de 1,87, VC de 7,44, PRR de 1,90, IEP de 0,98, Z de 2,52, RB de 85.827,79 R$ ha-1, RL de 65.425,01 R$ ha-1, TR de R$ 4,24 para cada real investido e IL de 77,02%, respectivamente, na combinação de 65 t ha-1 de biomassa de M. aegyptia e C. procera e densidade populacional de rúcula de 100% de DRCS, correspondendo à densidade de 1 milhão de plantas por hectare.