DESEMPENHO AGRONÔMICO, QUALIDADE DA FIBRA E VIABILIDADE ECONÔMICA DO ALGODÃO NATURALMENTE COLORIDO SUBMETIDO A DOSES DE FÓSFORO NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
Gossypium hirsutum L.. Cultivares. Fertilização. Produtividade. Resistência da fibra. Lucratividade.
O cultivo do algodão de fibra naturalmente colorida ocorre principalmente na região do Semiárido brasileiro. Seu cultivo tem grande potencial para região, pois suas fibras são mais valorizadas em comparação a fibra branca, dispensa o tingimento químico que causam resíduos e também diminui o consumo de água no processo. Contudo, de maneira geral os solos apresentam baixa quantidade de fósforo (P), e a baixa disponibilidade deste nutriente pode afetar a produtividade, qualidade da fibra e a viabilidade do sistema produtivo do algodão colorido no semiárido. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi analisar a influência do P no desempenho agronômico, na qualidade da fibra e na viabilidade econômica de cultivares de algodão naturalmente colorido nas condições do Semiárido brasileiro. Dois experimentos foram conduzidos em campo, nos anos de 2017 e 2018, na Fazenda Experimental Rafael Fernandes da Universidade Federal Rural do Semi-Árido no município de Mossoró-RN. O delineamento experimental foi em blocos completamente casualizados com tratamentos arranjados em parcelas subdivididas com quatro repetições. Na parcela principal foram alocadas as doses de P (0, 60, 120, 180 e 240 kg ha-1 de P2O5), e nas subparcelas as cultivares de algodão naturalmente colorido (BRS Rubi, BRS Safira, BRS Topázio e BRS Verde). De maneira geral a adubação P ocasionou melhor desempenho, qualidade e viabilidade econômica do algodão colorido nas condições do semiárido. A primeira safra agrícola as cultivares de algodão alcançaram o melhor desempenho. As maiores produtividade de algodão em caroço foram: 2.420,01 kg ha-1 (BRS Rubi, 60 kg ha-1 de P2O5), 2.460,76 kg ha-1 (BRS Safira, 240 kg ha-1 de P2O5), 3.086,90 (BRS Topázio, 226,90 kg ha-1 de P2O5) e 2.352,60 (BRS Verde, 198,73 kg ha-1 de P2O5). As doses de 120; 34,68; 180 e 80,86 kg ha-1 de P2O5 proporcionaram os maiores comprimento de fibra nas cultivares BRS Rubi (21,57 mm), BRS Safira (22,00 mm), BRS Topázio (29,82 mm) e BRS Verde (26,00 mm), respectivamente. Para a resistências das fibras de cultivares (BRS Rubi, BRS Safira, BRS Topázio e BRS Verde) obtiveram as maiores resistências nas doses de 0; 180; 180 e 240 kg ha-1 de P2O5. As maiores rendas líquidas alcançadas pelas as cultivares foram: R$ 2.050,29 ha-1 (BRS Rubi), R$ 949,14 ha-1 (BRS Safira), R$ 2.860,29 ha-1 (BRS Topázio) e R$ 848,76 ha-1 (BRS Verde) nas doses de 60; 198,01; 188,65 e 157,09 kg ha-1 de P2O5, respectivamente. A cultivar BRS Topázio obteve o melhor desempenho produtivo, qualidade da fibra, e os indicadores econômicos.