PATOGENICIDADE E INDUÇÃO DE RESISTÊNCIA EM MELOEIRO CONTRA ESPÉCIES DE Monosporascus
Fungo; patogenicidade; cucumes melo; defesa de plantas.
Algumas plantas, uma vez atacadas por patógenos, adquirem resistência a futuras infecções. E elicitores naturais como o ácido salicílico são produzidos no local do ataque e atuam como sinalizadores, sendo translocados para outros tecidos da planta gerando uma resistência sistêmica adquirida. Em resposta ao ataque, as plantas produzem compostos fenólicos, fitoalexinas e várias enzimas de defesa contra o patógeno impedindo que ocorra o processo de infecção. Alguns indutores de resistência sintéticos foram capazes de induzir resistência em plantas incapazes de produzir elicitores naturais e de gerar respostas de defesa, sendo meios alternativos no controle de doenças. Assim, o objetivo desta pesquisa é avaliar o uso de indutores de resistência contra espécies de Monosporascus em meloeiro, bem como o conhecimento básico da patogenicidade das novas espécies de Monosporascus oriundo do nordeste brasileiro. Para o primeiro experimento de patogenicidade foi avaliado severidade, incidência e CPA, CSR, MFPA e MFSR, onde sementes de meloeiro cultivado em solo inoculado com seis espécies de Monosporascus. O experimento foi conduzido em esquema fatorial (6+1) no delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições. Cada parcela foi representada por um vaso contendo 1 planta. Para o segundo experimento foram utilizadas seis espécies de Monosporascus inoculados em vasos com solo contendo três plântulas de melão tratados em pré e pós-germinada, com os indutores. O experimento será conduzido em esquema fatorial (6x3+1) no delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições. Cada parcela será representada por um vaso contendo 3 plantas, que serão avaliadas a 0, 7 e 14 dias após a emergência. Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F, e para o caso de diferenças significativas entre os tratamentos será realizado teste de média para os dados qualitativos com o auxílio do software estatístico ASSISTAT. Foi confirmado a eficiência da utilização dos indutores de resistência para o patosistema estudado no controle das novas espécies de Monosporascus em meloeiro, onde ocorreu redução da incidência e severidade para todos os isolados estudados com destaque para M. caatinguensis, M. brasiliensis utilizando Bion® e M. caatinguensis utilizando Biobacter®, afetando diretamente as características físico-sanitário e bioquímicas da cultura, sendo considerada as espécies menos agressiva para a cultura em estudo.