DESEMPENHO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE CENOURA EM FUNÇÃO DA ÉPOCA DE PLANTIO
Daucus carota L. Adaptabilidade. Tipos varietais
Na Região Nordeste, o cultivo de cenoura é inexpressivo, pois as temperaturas mais elevadas, característica da região, tendem a reduzir o tamanho e pigmentação da raiz e consequentemente a produtividade e qualidade do produto. Objetivou-se com este trabalho avaliar o desempenho de dez cultivares de cenoura em relação à época de plantio. Os experimentos foram realizados na Fazenda Experimental Rafael Fernandes da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), no município de Mossoró – RN. Foram realizados quatro experimentos com plantios em maio (Época 1), junho (Época 2), julho (Época 3) e agosto (Época 4) de 2017. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com dez tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos pelas cultivares de cenoura (Brasília, BRS Planalto, Kuronan, Suprema, Nativa, Mariana, Melinda, Amanda, Érica e Francine). As características avaliadas foram: classificação de raízes, produtividades comercial, não comercial e total, massa seca de planta, teores e acúmulos de macronutrientes (N, P, K, Ca e Mg), sólidos solúveis, açúcares solúveis totais, acidez total e teor de beta caroteno. Nas Épocas de plantio 1 e 2 obtiveram-se as maiores produtividades médias, 43 e 45 t ha-1, respectivamente. Essas épocas de plantio também foram as que apresentaram as melhores características de qualidade, exceção para Brix, SS/ATT e teor de betacaroteno. Os cultivares híbridos apresentaram melhor desempenho em produtividade, qualidade e menor demanda por macro-nutrientes. As variedades Brasília, BRS Planalto e Kuronan apresentaram o pior desempenho entre todos os mate-riais testados para praticamente todas as características avaliadas.