PRODUÇÃO DE MUDAS DE TAMARINDEIRO (Tamarindus indica L.) IRRIGADO COM ÁGUA SALINA DA PISCICULTURA E BIOESTIMULANTES NATURAIS DE ALGAS MARINHAS
A. nodosum, Fertilização, Condutividade Elétrica |
O tamarindeiro (Tamarindus indica L.) é uma cultura de origem Africana, mais precisamente dos trópicos deste continente. Chegou ao Brasil vindo da Ásia, aonde vem sendo cultivada há séculos, principalmente nas regiões norte e nordeste. A água residuária da piscicultura vem sendo utilizada para irrigação, e tem sido testada na produção de mudas, podendo ser uma alternativa sustentável e econômica em meio à crise hídrica. As algas marinhas sintetizam hormônios vegetais e existem produtos à base de extratos de macroalgas, que são utilizadas comercialmente como bioestimulantes para aumentar a produção agrícola. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o desenvolvimento de mudas de tamarindeiro (Tamarindus indica L.) irrigado sob diferentes concentrações de água residuária da piscicultura e doses de bioestimulantes naturais de algas marinhas. O trabalho foi realizado, no período de maio a outubro de 2016, na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Campus leste em Mossoró-RN. Os experimentos foram realizados no viveiro de mudas do Setor de Fruticultura da UFERSA. As sementes utilizadas no plantio das mudas foram provenientes de frutos sadios e maduros de uma planta de tamarindeiro localizada no Pomar Didático da UFERSA. O substrato utilizado foi formulado com 30% de esterco bovino e 70% de solo. O delineamento experimental utilizado foi em blocos completos casualizados (DBC) em esquema fatorial 2x5, com quatro repetições, nos dois experimentos. Foram realizadas análises das características morfológicas e fisiológicas. A utilização de bioestimulantes para fertilização pode ser uma alternativa na produção de mudas de tamarindeiro. No capítulo I, o bioestimulante à base de A. nodosum (Bioestimulante “B”), na dose 4,0 ml L-1 promoveu os maiores incrementos na biomassa seca de tamarindeiro e atingiu os maiores valores de comprimento total e doses elevadas de bioestimulantes, acima de 5,54 ml L-1, comprometem a taxa fotossintética de mudas de tamarindeiro. No capítulo II, a água residuária da piscicultura pode ser uma alternativa de irrigação para a produção de mudas de tamarindeiro, no entanto deve-se ficar atento a condutividade elétrica da água, que pode influenciar na qualidade das mudas e a fertilização com bioestimulante da espécie A. nodosum na dose de 4,0 ml L-1 promove incrementos no diâmetro do colo, comprimento da parte aérea e no acúmulo de biomassa seca de mudas de tamarindeiro.