I - GERMINAÇÃO E VIGOR DE SEMENTES DE Physalis angulata L. EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA E CONDIÇÃO LUMINOSA
II - DETERMINAÇÃO DA MATURIDADE FISIOLÓGICA EM SEMENTES DE Physalis angulata L.
Camapu, fotoperíodo, potencial fisiológico, germinação, vigor.
Resumo I - Physalis angulata L., conhecida por camapu, possui grande potencial farmacológico e agroindustrial, porém existem poucas pesquisas sobre os aspectos ecofisiológicos para essa espécie. Neste sentido, objetivou-se avaliar a germinação e o vigor de sementes de P. angulata em função da temperatura e condição luminosa. Para isso, testou-se diferentes temperaturas (25, 30, 35 ºC), tipos de luz (ausência de luz, luz branca, luz na frequência do vermelho e na frequência do vermelho-distante) e fotoperíodos (0, 8, 12 e 16 horas). O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado. As variáveis analisadas foram a germinação, índice de velocidade de germinação, comprimento e biomassa seca de plântulas. A temperatura de 35 ºC foi a que proporcionou a maior germinação. A ausência de luz foi benéfica à germinação e ao vigor das sementes. Valores crescentes de fotoperíodo afetaram negativamente a germinação das sementes de P. angulata. Conclui-se que sob a temperatura constante de 35 ºC e ausência de luz, as sementes de P. angulata expressaram melhor seu potencial fisiológico; e este, foi negativamente afetado pelo aumento do tempo de exposição à luz durante a germinação.
Resumo II -
A determinação da maturidade fisiológica em sementes possibilita prever o momento mais adequado para a colheita, visando à produção de sementes com elevado potencial fisiológico. Nesse sentido, objetivou-se determinar a maturidade fisiológica de sementes de P. angulata. Para isso, frutos foram colhidos aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias após a antese (DAA) e submetidos às seguintes avaliações: massa e diâmetro de frutos, teor de água das sementes, massa seca de 100 sementes, massa de mil sementes, condutividade elétrica, germinação, primeira contagem de germinação e emergência de plântulas. O delineamento experimental foi o inteiramente casualizado. Houve incrementos na massa e diâmetro de frutos até aos 35 DAA. Incrementos de massa seca de sementes ocorreram até aos 21 DAA, estabilizando-se em seguida. Assim como, as sementes expressaram viabilidade a partir dos 21 DAA. O maior potencial fisiológico das sementes ocorreu aos 35 DAA, com maior porcentual de germinação (97%). Os resultados permitem concluir que sementes de P. angulata se tornam fisiologicamente viáveis a partir de 21 DAA, com maior potencial fisiológico aos 35 DAA.