Viabilidade agroeconômica de consórcios de cenoura e rúcula em diferentes quantidades de jitirana e arranjos espaciais
Daucus carota. Eruca sativa. Adubação verde.
Com o objetivo de estudar a viabilidade agroeconômica de consórcios de cenoura e rúcula em diferentes quantidades de jitirana incorporadas ao solo e de arranjos espaciais entre as culturas componentes, foi conduzido um experimento na Fazenda Rafael Fernandes, distrito de Alagoinha, Estado do Rio Grande do Norte, no período de novembro de 2010 a fevereiro de 2011. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos completos casualizados com os tratamentos arranjados em esquema fatorial 4 x 3, com quatro repetições. Os tratamentos consistiram da combinação de quatro quantidades de jitirana incorporadas ao solo (7,5; 15,0; 22,5 e 30 t ha-1 em base seca) com três arranjos espaciais das culturas componentes (2:2; 3:3 e 4:4), que correspondem às fileiras de cenoura alternadas com as fileiras de rúcula. As características avaliadas na cenoura foram: altura de plantas, número de hastes por planta, massa seca da parte aérea, produtividade comercial e produtividade classificada de raízes. Na rúcula, as características avaliadas foram: altura de plantas, número de folhas por planta e rendimentos de massa verde e de massa seca da parte aérea. Alguns índices de eficiência de sistemas consorciados foram utilizados, tais como: índice de uso eficiente da terra (UET), perda real do rendimento (PRR) e índice de vantagem do consórcio (IVC). Os indicadores econômicos de renda bruta, renda líquida, taxa de retorno e índice de lucratividade foram quantificados. A melhor performance produtiva do consórcio cenoura e rúcula foi obtida quando se utilizou a quantidade de 30 t ha-1 de jitirana incorporada ao solo no arranjo espacial 2:2. O cultivo da cenoura e rúcula em consórcio é viável agroeconomicamente com o uso da jitirana como adubo verde.