Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA APARECIDA DOS SANTOS MORAIS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MARIA APARECIDA DOS SANTOS MORAIS
DATA : 20/12/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Google Meet (online)
TÍTULO:

Título I: EMBALAGENS BIODEGRADÁVEIS: UMA SOLUÇÃO SUSTENTÁVEL PARA A CONSERVAÇÃO DE MAMÕES

Título II: RADIAÇÃO UVP NO CONTROLE DE FUNGOS E VIDA ÚTIL PÓS-COLHEITA DE MAMÕES FORMOSA ‘TAINUNG I’


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-Chave 1: Carica papaya L.; maturação; biopolímeros, sustentabilidade.

Palavras-Chave 2: Carica papaya L.; Radiação ultravioleta pulsada; compostos bioativos Colletrichum sp; escaldadura.


PÁGINAS: 39
RESUMO:

Resumo I: O Brasil é um dos principais produtores e exportadores de mamão (Carica papaya L.). No entanto, a alta perecibilidade do fruto impulsiona a busca por tecnologias que possam prolongar sua vida útil, como o uso de atmosferas modificadas. Entretanto, muitas legislações de países importadores estão reduzindo o uso de embalagens derivadas de petróleo. Este estudo teve como objetivo avaliar o impacto de embalagens biodegradáveis na conservação do mamão Formosa 'Tainung I', durante o armazenamento refrigerado. Os frutos, colhidos no ponto de maturação adequado para exportação, foram lavados, sanitizados e revestidos com cera de carnaúba. Os tratamentos testados foram: Controle (frutas sem embalagem); Embalagem 1 [PHBV-poli(hidroxibutirato-covalerato) de dupla camada + PBAT-(adipato co-tereftalato)]; e Embalagem 2 [PLA-(ácido polilático) + DPLF (folhas de tamareira minimamente processadas)], todas com dimensões de 40 cm de largura por 11 cm de comprimento, perfuradas ou não com 12 furos de 6 mm cada. Após embalados os frutos foram armazenados em câmara fria a 12 ± 2°C e 80 ± 2% de umidade relativa por 32 dias, com avaliações físicas, químicas e bioquímicas realizadas a cada oito dias.Os resultados mostraram que até o 24º dia, a embalagem 1 sem perfuração foi eficaz em retardar o amadurecimento, mantendo a firmeza e a aparência dos frutos. No entanto, ao 32º dia, uma incidência de fungos dos gêneros Colletotrichum e Fusarium foi observada em ambas as embalagens testadas, perfuradas ou não, afetando negativamente a aparência visual, a firmeza e outros atributos de qualidade dos frutos. Essa proliferação fúngica sugere que as embalagens podem ter criado um microambiente propício ao desenvolvimento desses organismos. Apesar disso, as embalagens biodegradáveis de PHBV + PBAT destacaram-se por sua eficácia em retardar o amadurecimento e preservar a qualidade até 24 dias de armazenamento, mostrando-se uma alternativa sustentável promissora às embalagens derivadas de petróleo para frutas.


Resumo II: O mamão (Carica papaya L.) desempenha um papel significativo na fruticultura brasileira. O Brasil é o quinto maior produtor mundial dessa fruta, com uma produção de 1,107 milhão de toneladas, sendo também uma das principais frutas exportadas pelo país. No entanto, o mamão é altamente perecível e susceptível ao ataque de patógenos. Para aumentar sua vida útil, retardar o amadurecimento e exercer efeito germicida, técnicas como a radiação ultravioleta (UV-C) têm sido estudadas. A aplicação de UV-C pode ser mais eficaz quando utilizada na forma de luz pulsada. Este estudo teve como objetivo investigar o efeito de diferentes doses de luz ultravioleta pulsada (UVp) na manutenção da qualidade e no controle de doenças fitopatogênicas. Os frutos foram adquiridos em um pomar comercial em Baraúna-RN, colhidos no estádio de maturidade I, e tratados em uma câmara (SteriBeam, XeMaticA-2LXL, Alemanha) equipada com duas lâmpadas de xenônio (190 mm), que emitem pulsos curtos de 0,3 µs, com energia de 0,3 J cm⁻² por pulso. O experimento foi realizado duas vezes em delineamento inteiramente casualizado, com cinco doses de UVp: 0 (controle), 3, 6, 9 e 12 J cm⁻², e quatro repetições. Após o tratamento, os frutos foram armazenados em ambiente refrigerado (22 ± 2°C e 65 ± 2% UR) até atingirem o estadio de maturação V, o que corresponde a nove dias de armazenamento pós-aplicação de UVp. Foram realizadas avaliações físico-quimicas, compostos bioativos, incidência e severidade de doenças fúngicas. Em ambos os experimentos, observou-se que doses acima de 3,0 J cm⁻² causaram queimaduras na casca dos frutos de mamão, comprometendo sua aparência. A coloração da casca variou significativamente com as doses de radiação, sendo que os frutos do controle e os expostos a 3,0 J cm⁻² apresentaram cascas mais claras. A coloração da polpa não apresentou diferença significativa em nenhum tratamento, mantendo-se em tons de amarelo-alaranjado a laranja-avermelhado. As doses de radiação UVp entre 3,0 e 9,0 J cm⁻² aumentaram os teores de clorofila, enquanto a dose de 12 J cm⁻² reduziu esses níveis em relação aos demais tratamentos, mas sem diferença significativa em relação ao controle. A firmeza da casca e da polpa diminuiu com o aumento das doses de radiação, sendo a redução mais acentuada na casca. No experimento 2, verificou-se uma redução nos açúcares solúveis e um aumento na acidez na dose de 3,0 J cm⁻². Em relação aos compostos bioativos, a dose de 3,0 J cm⁻² aumentou os níveis de vitamina C, carotenoides totais e compostos fenólicos. Quanto aos fungos, houve incidência de Alternaria sp., Colletotrichum spp., Cladosporium spp., e Fusarium spp., sendo que o fungo Colletotrichum spp. foi encontrado apenas no controle, sugerindo que as doses de UVp ajudaram a controlá-lo. As doses de 3,0 e 6,0 J cm⁻² reduziram a severidade da infecção em comparação ao controle. Diante disso, é necessário testar doses mais baixas (menores que 3,0 J cm⁻²) para promover a ação fungicida sem comprometer a aparência dos frutos.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANDRÉIA HASEN OSTER
Externo à Instituição - EMMANUEL MOREIRA PEREIRA - INSA
Interno - 3376575 - FRED AUGUSTO LOUREDO DE BRITO
Presidente - 1632114 - PATRICIA LIGIA DANTAS DE MORAIS
Notícia cadastrada em: 21/11/2024 16:07
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