Banca de DEFESA: NATALY SUIANY SANTIAGO DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NATALY SUIANY SANTIAGO DE SOUZA
DATA : 02/07/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala PROPPG
TÍTULO:

O EMOCIONAR DA ALEGRIA NO PERCURSO DA APRENDIZAGEM COM PROFESSORAS ALFABETIZADORAS: uma experiência de formação na didática da alfabetização.

PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Alegria. Aprendizagem. Didática da Alfabetização. Experiência. Alfabetizadoras.

PÁGINAS: 157
RESUMO:

Esta pesquisa buscou compreender como acontecem os movimentos do emocionar da alegria na experiência da aprendizagem de professoras alfabetizadoras na formação sobre a didática da alfabetização. A pergunta que construímos emergiu em meio à reflexão sobre a minha própria experiência como professora, onde percebia diferentes modos de emocionar no percurso da aprendizagem. O emocionar é verbo, ação que destaco, ao possibilitar compreender que a vida humana acontece nas múltiplas formas de vivermos na linguagem, como uma tessitura de redes de conversações que se sustentam pelos movimentos do emocionar. Escrever e ler são modos potentes de agir no mundo e, em nossa região - escolas do Rio Grande do Norte, Brasil -, ainda temos um cenário marcado pelo analfabetismo. Ao propor uma pesquisa que construí com professoras alfabetizadoras, pude compreender como o emocionar da alegria vai acontecendo e se transformando durante percursos de formação. Os autores principais da pesquisa e que me dediquei a estudar para a composição da dissertação foram: Humberto Maturana, para compreender a interconexão entre os processos de viver e conhecer na experiência humana; Baruch Spinoza, para melhor compreender as afecções do corpo, os afetos na configuração do viver humano; Jean Piaget que me ajudou a entender a epistemologia genética e a aprendizagem em perspectiva construtivista; Emília Ferreiro e Ana Teberosky, com sua obra dedicada à psicogênese da língua escrita; Esther Pillar Grossi, referência brasileira na compreensão sobre a didática da alfabetização em abordagem construtivista pós-piagetiana, de modo que estes autores me permitiram construir pistas iniciais que potencializam o trabalho de criação de materiais e situações didáticas na experiência de uma pesquisa que fizemos COM mulheres alfabetizadoras. A metodologia que adotamos é qualitativa, integrando algumas pistas do método da cartografia que favoreceram caminhos de realização da pesquisa: fazer movimentar a atenção no trabalho como pesquisadora; observar e analisar processos e transformações na experiência; possibilitar a dissolução do ponto de vista da observadora, quando pesquisar é fazer COM. Assim, busquei acompanhar, intervir, escutar e melhor perceber as ideias e emoções em movimento nas ações das alfabetizadoras. Foi igualmente importante o envolvimento direto na pesquisa com as alfabetizadoras, de modo a integrar mais uma pista da cartografia que é traçar um plano comum, habitando um mesmo território existencial: o curso de extensão “Alfabetizando com Afeto, Sabedoria e Conhecimento”. Como procedimentos de pesquisa, utilizamos: a experiência de oficinar com professoras; a tessitura de redes de conversações em encontros durante um curso de extensão; a construção de situações didáticas; recursos, como fotografias, gravação e transcrição de autonarrativas das participantes e a escrita da pesquisadora na composição do diário de bordo. Fomos construindo marcadores que identificamos no trabalho de observação e reflexão sobre: as perguntas que as alfabetizadoras colocaram a si mesmas no percurso da experiência, as emoções que emergiram como recorrentes e em transformação, as ideias e as ações que se transformaram no transcurso de realização desta pesquisa intervenção, as situações didáticas construídas nas oficinas e as suas autonarrativas em torno das mudanças efetivas no trabalho de promoção da aprendizagem na alfabetização. Como resultados da pesquisa, ampliamos a própria compreensão sobre a didática construtivista pós piagetiana da alfabetização, compreendemos os movimentos da alegria, em estreita conexão com a criação coletiva de modos de aprender e ensinar, acompanhamos e relacionamos o trabalho de composição de situações didáticas com o necessário conhecimento sobre os processos psicogenéticos em percursos de alfabetização e acompanhamos professoras na construção de uma plataforma para visibilizar a experiência da alfabetização de crianças em transformação. Pretendemos e assumimos o compromisso de dar continuidade a este percurso de pesquisa intervenção que fazemos na direção da alegria de promover a alfabetização de crianças nas escolas do Rio Grande do Norte, iniciando pelo coletivo de mulheres professoras que já manifestam o desejo de continuar a aprender.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CLÁUDIA RODRIGUES DE FREITAS - UFRGS
Externa à Instituição - ESTHER PILLAR GROSSI - PESQUISADOR
Externa à Instituição - FRANCISCA MARIA GOMES CABRAL SORAES - UERN
Presidente - 1670040 - KARLA ROSANE DO AMARAL DEMOLY