AUTISMO, COGNIÇÃO E TECNOLOGIAS DIGITAIS: TECENDO CONEXÕES EM BUSCA DE POTENCIALIZAR A APRENDIZAGEM E A INCLUSÃO DE CRIANÇAS DIAGNOSTICADAS COM AUTISMO EM UNIDADES DE EDUCAÇÃO INFANTIL
Transtorno do Espectro Autista; Paradigma da Complexidade; Autopoiesis; Cognição/subjetivação; Acoplamento tecnológico.
Para concebermos o ser humano como um ser capaz, potente e autônomo emerge a construção de um olhar complexo sobre ele, para além das suas dificuldades e habilidades. Diante desse contexto problematizamos: sob a ótica do Paradigma da Complexidade, há potencialidades a serem exploradas nas crianças diagnosticadas com Autismo com o acoplamento tecnológico? Para responder essa pergunta, realizamos inicialmente o estado da arte da problemática do Autismo e dos fundamentos básicos do Paradigma da Complexidade, elaborando um quadro teórico; enfatizando o princípio da Auto-organização, a Biologia da Cognição e a autopoiesis (Humberto Maturana e Francisco Varela) permitindo-nos pensar sobre o Autismo na perspectiva da complexidade, olhando para as potencialidades do humano. Realizamos revisão de literatura, no portal da CAPES, encontramos material científico, nos quais as leituras trouxeram perturbações, inquietudes e permitiram auto-organização das ideias iniciais. Nossa pesquisa é qualitativa, seguindo as pistas do método cartográfico (Felix Guattari e Suely Rolnik) porque não trabalharemos com coletas de dados e sim com tecituras do percurso cartográfico que emergem no acoplamento tecnológico de crianças diagnosticadas com Autismo. Faremos uso de Diário de Bordo, escrito com autonarrativas (Oscar Gonçalves), pois, acreditamos que elas proporcionam o fluir da linguagem, das emoções e das relações permitindo a reconfiguração e interpretação da história vivida disparando processos autopoiéticos a partir das experiências pessoais dos sujeitos da pesquisa. Não esgoto as possibilidades de leituras, reflexões e escritas, mas, sigo com coragem e consciente que o percurso investigativo sobre o ser humano é complexo e infinito.