MODOS DE LIDAR COM O ENVELHECER NA SAÚDE MENTAL
Envelhecimento. Afeto catalisador. Oficinas. Saúde Mental. Modos de Lidar.
A pesquisa que me proponho a realizar parte da pergunta seguinte: Como lidamos com o envelhecimento? Buscaremos compreender como sujeitos idosos lidam com processos de envelhecimento. Os estudos sobre a experiência do envelhecer em nosso país são cada vez mais importantes, pois o aumento da expectativa de vida vem resultando no crescimento da população idosa. Segundo a OMS (2015) o envelhecimento é um processo natural caracterizado por diversas alterações biopsicossociais. Esse cenário trás a tona questões sobre como estamos lidando com envelhecer, pois a velhice não deve se reduzir apenas a questão da longevidade, esses anos a mais, ganhos atualmente, devem ser vividos em plenitude. É importante que do decorrer desse processo de envelhecimento consigamos lidar com as mudanças advindas nessa fase da melhor maneira possível, tecendo modos desse viver com qualidade e autonomia. O estudo que iremos tecer será qualitativo, na forma da pesquisa intervenção e com o emprego da metodologia em primeira pessoa inspirada em Francisco Varela (2011). A pesquisa intervenção coloca em primeiro plano um fazer compartilhado, uma experiência que se faz com os outros (MARASCHIN, 2004). Iremos promover no caminhar da pesquisa oficinas que contarão com rodas de conversas e práticas de cuidado presentes no fazer cenopoético. As múltiplas linguagens da cenopoesia, os processos interativos e as brincadeiras com os jogos digitais poderão favorecer a livre expressão do viver. A pesquisa que vamos realizar envolverá idosos participantes do Programa Oficinando em Rede de Mossoró/RN que atualmente são atendidos nos Centros de Atenção Psicossocial - CAPS II: CAPS Tereza Neumann e CAPS Antonio Herculano Soares de Oliveira. Como análise do material da pesquisa, iremos utilizar as pistas do método da cartografia, trabalhando com a ideia de percurso de uma experiência na qual procuraremos mapear, situar as intercorrências sem caminhos prédefinidos, utilizando-se de disparadores (PASSOS e BARROS, 2009). Como resultados da pesquisa esperamos desenvolver práticas de cuidado e o fazer cenopoético de modo que, na convivência e na observação de suas construções durante as oficinas, possamos compreender como estão a lidar com os processos do envelhecer.