USO DE FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS EM ESPAÇOS ESCOLARES PARA CRIANÇAS: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA
Criança. Tecnologia. Aprendizagem. Cognição.
A escola, como uma instituição social, deve acolher e introduzir novas tecnologias para promover o processo de ensino-aprendizagem, possibilitando ao aprendiz conhecimento holístico sobre diversos objetos. Apesar da relevância das tecnologias educacionais no ambiente escolar infantil, ainda existe uma lacuna na perspectiva do uso das ferramentas tecnologias baseadas em evidências científicas. Este estudo visa conhecer a produção e tendências das pesquisas sobre uso de ferramentas tecnológicas no contexto escolar para crianças, a fim de averiguar as possibilidades para o desenvolvimento cognitivo desses indivíduos. Trata-se de uma revisão sistemática com análise bibliométrica, de natureza quali-quantitativa desenvolvida a partir de fontes secundárias e terciárias disponíveis em bases virtuais. A coleta foi realizada em duas etapas: 1. Revisão sistemática e Análise bibliométrica. Os dados qualitativos referentes a caracterização, qualidade metodológica e enfoques abordados foram apresentados por meio de quadros. Os dados referentes aos indicadores bibliométricos foram analisados por meio de análise estatística descritiva e expressos como distribuições de frequência. Os dados foram tabulados no programa Excel for Windows® 2010 e analisados estatisticamente a partir do Statistical Package for the Social Sciences® (SPSS), versão 13.0. A revisão sistemática nas bases deu origem a um total de 7.028 publicações, selecionados como amostragem final, para o respectivo estudo, 7 artigos científicos. Os estudos eram em português, 57,1% estavam disponíveis na Scopus; 42,9% foram publicados na Texto Livre e 71,4% em periódicos com qualis B2, nas áreas interdisciplinar, ou educação, ou saúde. Quase 2/3 da amostra possuía nível de evidência 6 (71,4%) e 28,57% nota 4, 57,1% dos estudos têm qualidade metodológica muito baixa, o fator de impacto médio anual dos estudos foi de 0,174 ± 0,272 e o impacto médio dos últimos 5 anos dos estudos foi de 0,400 ± 0,661. Os artigos utilizavam, para crianças, independente do grupo (sadias ou não), ferramentas tecnológicas digitais para melhorar desenvolvimento cognitivo, motor, comunicação e aprendizado. A tecnologia mais abordada são as ferramentas digitais (57,1%) sob diversas formas, tais como aplicativos, livros digitais, computadores e softwares. As habilidades trabalhadas através do uso e da tecnologia, a mais frequente foi o desenvolvimento cognitivo (85,7%). As ferramentas tecnológicas usadas na infância apresentam mais possibilidades do que fragilidades, sendo diversos cenários da produção científica atual brasileira.