AUTOEFICÁCIA E PERMANÊNCIA ACADÊMICA NOS CURSOS TÉCNICOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DO INSTITUTO METRÓPOLE DIGITAL, CÂMPUS MOSSORÓ.
Autoeficácia acadêmica, estudante, permanência acadêmica
Contemporaneamente, a escolha por cursos técnicos acenderam significativamente, para tanto, cursos de Educação a Distância (EaD) vêm
colaborando com essa crescente formação profissional. O Instituto Metrópole Digital no Rio Grande do Norte oferta cursos técnicos na área de
tecnologia da informação, de modalidade EAD semipresencial, compondo equipe multiprofissional de assistencial estudantil no trabalho frente à
evasão. Todavia as questões de cunho social possuem interferência mínima na evasão estudantil, uma vez que estão atreladas a ordens de
autonomia acadêmica. O estudante ingressante na EaD necessita desenvolver as habilidades necessárias para essa metodologia de ensinoaprendizagem.
Para tanto, a autoeficácia, na qual designa a crença do indivíduo em sua capacidade de realizar determinada tarefa é o ponto
principal deste trabalho. Uma vez que, quanto maior for à crença da autoeficácia acadêmica melhor se espera do desenvolvimento estudantil e, por
consequência, uma incidência positiva na permanência do estudante. Este trabalho objetivou analisar a relação da autoeficácia acadêmica com a
permanência estudantil, identificando-se também a relação de composições sociais, histórico-educacionais e motivacionais com autoeficácia
acadêmica dos estudantes. Metodologicamente trata-se de uma pesquisa quantitativa e qualitativa, realizada no Instituto Metrópole Digital (IMD),
polo UFERSA Câmpus Mossoró/RN, analisando dados de 53 estudantes permanentes e 16 evadidos do modulo básico 2017.1. Utilizou-se como
instrumentos o Questionário socioeconômico do serviço social do IMD, a Escala de Avaliação da Motivação Para Aprendizagem, a Escala de
Autoeficácia na Formação Superior adaptado para a realidade dos cursos técnicos de nível médio desenvolvido ao longo do trabalho e um roteiro de
entrevista estruturada. Como resultado observa-se que a amostra possui idade média de 23,43 anos (±DP=7,64) e é predominantemente masculina.
Os testes estatísticos indicaram diferença significativa entre a autoeficácia acadêmica da primeira semana e do último mês de aula com os
estudantes permanentes, apresentando redução dela, indicando que estes estudantes produziram grande esforços para o desenvolvimento de
habilidades necessárias para a EaD. Esses estudantes passaram a julgar suas crenças de autoeficácia de forma mais prudente. Dentre as
composições sociais e histórico-educacionais, apenas a variável de “grau de escolaridade” apresentou diferença significativa no último mês de aula
favorecendo o ensino superior no qual essas pessoas possuem mais autoconfiança nas questões que envolvem autonomia acadêmica. Com relação
a motivação acadêmica, também não houve diferença estatística significativa entre as médias desse construto. As análises qualitativas apresentaram
que os estudantes permanentes desenvolveram autogestão do esforço e do tempo para acessos ao ambiente virtual de aprendizagem (AVA), bem
como possuem motivação envolta do estudo para o sucesso profissional. Esse resultado é divergente dos alunos evadidos, no qual os testes
estatísticos com a autoeficácia e a motivação acadêmica, bem como na análise qualitativa, apresentaram ausência de comportamento de integração
junto ao AVA e a baixa motivação. No modelo de ensino-aprendizagem adotado pelos cursos técnicos estudados destaca-se a necessidade da
equipe multiprofissional de assistência estudantil, favorecendo ações pedagógicas voltadas aos professores e tutores para maior aproximação aos
estudantes, estimulando por meio da experiência vicária e persuasão verbal, como também por meio da motivação acadêmica. Realizar apoio
emocional familiar e contribuir com estratégias de estudo junto aos recursos tecnológicos a disposição dos estudantes, a fim de suavizar as
experiências diretas negativas, melhorando a permanência acadêmica e alcançando àqueles com intensão a evasão.