USO DA FIBRA DE COCO (Cocos nucifera L.) COMO REFORÇO DESCONTINUO E DESORIENTADO NA OBTENÇÃO DE COMPÓSITOS COM MATRIZ DE BAQUELITE.
polímero; resina fenólica; fibras lignocelulósicas; sustentabilidade.
O crescimento populacional e o desenvolvimento industrial tornam cada vez mais necessário a busca por materiais alternativos que sejam menos prejudiciais ao meio ambiente. Os biocompósitos são materiais compostos por fases de origem natural, e, portanto, o seu desenvolvimento é crucial para reduzir o impacto ambiental causado pelo consumo excessivo de materiais sintéticos obtidos de fontes não renováveis. Diante disso, o objetivo da pesquisa foi desenvolver um compósito polimérico com reforço de fibra de coco a base de baquelite em diferentes proporções. Caracterizou-se as propriedades físicas (densidade, teor de umidade, absorção de água, inchamento em espessura e isolamento térmico), mecânicas (resistência à compressão diametral e dureza Rockwell) e analisou-se imagens de microscopia ótica e microscopia eletrônica de varredura dos compósitos produzidos. O processo de fabricação foi realizado por prensagem a quente em um molde fechado. Aplicou-se um delineamento inteiramente casualizado com cinco repetições para cada uma das proporções de fibra utilizadas (0, 1, 3, 5, 7 e 9%). Aplicou-se um Delineamento Inteiramente Casualizado com cinco repetições para cada tratamento avaliado, e análises de regressão e Box Plot. O reforço de fibra de coco não alterou a densidade do compósito. Nos testes físicos, observou-se que a adição da fibra influenciou no aumento da absorção de água, teor de umidade e inchamento em espessura, porém, não influenciou nos resultados de isolamento térmico. Já nos testes de resistência à compressão diametral, o tratamento controle apresentou o maior valor de tensão, sendo ele 27,22 MPa. De modo geral os compósitos reforçados com fibra de coco apresentam desempenho limitado devido as suas propriedades físicas e mecânicas que limitam a sua utilização em aplicações que respeitem suas características, como por exemplo sua natureza hidrofílica. Esses materiais ainda tem a vantagem de possuir um componente biodegradável e sustentável.