Banca de QUALIFICAÇÃO: GERBESON CARLOS BATISTA DANTAS

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GERBESON CARLOS BATISTA DANTAS
DATA: 19/11/2021
HORA: 16:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

PREPARAÇÃO DE PIGMENTOS CERÂMICOS À BASE DE CINZA DA CASCA DE ARROZ IMPREGNADA COM ÍONS FERRO E CROMO


PALAVRAS-CHAVES:

Resíduos agroindustriais, Materiais regionais, Indústria cerâmica, Revestimentos Cerâmicos, CCA


PÁGINAS: 68
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia de Materiais e Metalúrgica
RESUMO:

A casca de arroz é um resíduo agroindustrial que, devido ao grande volume e destino inadequado, pode causar contaminação dos sistemas ambientais, além de representar riscos à saúde humana. As cinzas provenientes da queima desse resíduo, já foram utilizadas como matéria-prima na síntese de catalisadores de sílica, adsorção, em argamassas, concretos e tijolos de solo-cal. No entanto, com o aumento cada vez maior da produção de arroz no Brasil, torna-se necessário desenvolver outras alternativas para aplicação desse resíduo. Nesse contexto, este trabalho visa estudar a viabilidade técnica do uso da cinza de casca de arroz como pigmento cerâmico proveniente da impregnação dos cromóforos Fe3+ e Cr3+, avaliando a estabilidade e suas propriedades de cor. Inicialmente, a cinza do arroz foi peneirada em uma malha 200 (0,0074mm). Em seguida, 15% de íons Fe3+ e Cr3+ foram incorporados no material através da método de impregnação por via úmida, seco em estufa e tratado termicamente nas temperaturas de 800 °C ou 1000 °C. Então, foram caracterizados por fluorescência de raios-xe, difração de raios-x, microscopia eletrônica de varredura com mapeamento EDS e colorimetria. Os pigmentos foram misturados a brilhantes esmaltes transparentes nas proporções de 3% em peso, revestiram os substratos e sinterizaram nas temperaturas 1050, 1100 ou 1150 °C para determinação da estabilidade térmica. As cinzas de casca contêm alto teor de sílica (> 70%), com elevação do teor de óxido de ferro e presença de óxido de cromo nas amostras modificado pelos íons Fe3+ e Cr3+, respectivamente. Os difratogramas de raios-x revelaram presença predominante de sílica amorfa, com cristalização parcial quando tratado termicamente. O mapeamento detectou o aumento das concentrações de Fe3+e Cr3+ nas amostras modificadas, bem como a distribuição homogênea dos cromóforos. Os pigmentos incorporados apresentaram coloração de vermelho e verde, respectivamente. No entanto, após o revestimento cerâmico, os esmaltes incorporados com o pigmento modificado por Fe3+ mostraram deslocamento para região do amarelo. Nenhuma mudança significativa foi observado na tonalidade do esmalte com a variação da temperatura de sinterização, exceto a 1050 °C, que não vitrificou. Portanto, a cinza de casca de arroz modificada apresentou viabilidade técnica para ser usada como pigmentos cerâmicos.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1670627 - FRANCISCO KLEBSON GOMES DOS SANTOS
Presidente - 1507727 - PATRICIA MENDONCA PIMENTEL
Externo ao Programa - 1848243 - SAMEA VALENSCA ALVES BARROS
Externo ao Programa - 2155674 - SILEIDE DE OLIVEIRA RAMOS
Notícia cadastrada em: 11/11/2021 16:02
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