Banca de QUALIFICAÇÃO: LILIANE FERREIRA ARAÚJO DE ALMADA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LILIANE FERREIRA ARAÚJO DE ALMADA
DATA: 04/02/2020
HORA: 08:00
LOCAL: Sala 21 - PROPPG
TÍTULO:

CRISTALIZAÇÃO EM SOLUÇÕES HIPERSALINAS NATURAIS A PARTIR DE GRADIENTE TÉRMICO E PLASMA ATMOSFÉRICO.


PALAVRAS-CHAVES:

Flor de sal. Gradiente térmico. Umidade. Plasma atmosférico. Síntese.


PÁGINAS: 107
GRANDE ÁREA: Engenharias
ÁREA: Engenharia de Materiais e Metalúrgica
RESUMO:

A água do mar, sem dúvida, se apresenta como um recurso inesgotável de onde é possível extrair água potável e inúmeros minerais de elevada importância para o desenvolvimento tecnológico e ambiental. A recuperação de minerais da água do mar é um processo bastante estudado em virtude da sua composição química, apesar de complexa, muito rica. O principal método utilizado é a evaporação até que ocorram as precipitações dos minerais. O mineral mais explorado industrialmente, com faixa de precipitação bem estimada, é o NaCl, comercializado como sal. Um tipo de sal bastante especifico, ainda não bem compreendido, produzido por poucas indústrias salineiras do Brasil é a Flor de sal (Fleur de sel), cristais que se formam estritamente na superfície das salmouras naturais. O fenômeno da sua cristalização depende essencialmente das condições climáticas locais que alteram constantemente a termodinâmica do processo impossibilitando o controle da sua produção. Outro método ainda pouco estudado, mas que já apresentou resultados positivos quanto a síntese de partículas em salmouras, consiste na aplicação de descargas luminescentes, plasma atmosférico, na superfície da solução. Com base nisso, este trabalho objetiva estudar a influência de um gradiente térmico gerado em diferentes condições de umidade no mecanismo da cristalização na superfície de salmouras naturais, como também estudar a atuação de uma descarga de plasma atmosférico em contato com a superfície dessas soluções. Para o estudo da cristalização em superfície, amostras de soluções hipersalinas naturais, com densidade de 26°Bé, foram obtidas diretamente dos tanques de cristalização de uma indústria salineira e submetidas a um gradiente térmico gerado entre o ar ambiente e seu interior. A umidade relativa média do ar foi controlada em dois níveis e a formação de cristais na superfície foi acompanhada juntamente com a densidade, concentração, condutividade elétrica e pH da solução. A influência do plasma na síntese de partículas na solução hipersalina foi avaliada por meio da aplicação de descargas luminescentes em atmosfera de ar na superfície de gotas dessa mesma solução. Os cristais obtidos nesses experimentos foram caracterizados quanto a sua massa por meio da pesagem em balança analítica, morfologia através de microscopia eletrônica de varredura (MEV), composição química por espectroscopia de absorção atômica, espectrometria de emissão atômica e titulação de Morh. A microestrutura foi avaliada por difração de raios X (DRX). As análises mostraram que o gradiente térmico possibilitou a formação dos cristais na superfície da solução nas duas condições de umidade. O efeito da umidade foi significativo para a taxa de evaporação e morfologia dos cristais formados na superfície. A composição química variou em função da densidade com o decorrer do tempo de evaporação, na qual a quantidade íons Ca2+, K+, Cl- decresceram e Mg2+ e SO42- aumentaram. O plasma atuou significativamente na síntese de partículas, percebida pelo aumento considerável na massa dos sólidos presentes na solução após o tratamento e por observação de sua atuação sob lupa estereoscópica. Esses cristais apresentaram diferenças em sua morfologia e composição química que variaram tanto com a densidade como com a aplicação do plasma, que atuou reduzindo as concentrações de Na+ e aumentando as de K+, SO42- , Mg2+e Ca2+. As microestruturas dos materiais apresentaram diferenças na cristalinidade e fases presentes em relação a forma de obtenção, densidade e efeito do plasma, sendo mais significativa a presença de picos de fases de NaCl. Dessa forma, foi possível controlar não só a formação de flor de sal, mas também sua morfologia, microestrutura e composição química. Além disso, o plasma se mostrou um método extremamente eficiente na extração de minerais de salmouras e pode ser estudado como uma técnica avançada de dessalinização.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 096.211.994-68 - CLODOMIRO ALVES JUNIOR - UFERSA
Externo ao Programa - 2321480 - ROGERIO TAYGRA VASCONCELOS FERNANDES
Externo à Instituição - VITOR RODRIGO DE MELO E MELO - UFERSA
Notícia cadastrada em: 30/01/2020 13:47
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