GESSO E BIOCHAR PARA CORREÇÃO DE SOLO SALINO-SÓDICO E RESPOSTAS ECOFISIOLÓGICAS DO MILHO.
salinidade do solo, corretivos de salinidade, crescimento, clorofila, fluorescência.
Um dos principais desafios da agricultura contemporânea é a salinização dos solos, principalmente nas regiões semiáridas, devido às baixas precipitações pluviométricas e alta taxa de evapotranspiração. A lavagem do solo para lixiviação de sais e uso de corretivos como gesso e biochar têm sido uma alternativa para a recuperação desses solos. Desta forma, objetivou-se avaliar a utilização de gesso e biochar de eucalipto comercial para a correção de um solo salino-sódico e em seguida avaliar qual tipo de condicionador e qual combinação de condicionadores de recuperação de solo proporciona melhorias no crescimento inicial, nas trocas gasosas foliares e na homeostase iônica do milho cultivado em solo salino-sódico corrigido com esses condicionadores. Foram montados dois experimentos para realização do trabalho, o primeiro foi feito utilizando um solo salino sódico de um distrito irrigado, via delineamento inteiramente casualizado (DIC), sendo 7 tratamentos e 6 repetições, totalizando 42 unidades experimentais. Os tratamentos foram: T1- SSC - Solo Sem Corretivos; T2- 100% NG - 100% da Necessidade de Gesso ; T3- 100% do biochar; T4- biochar + 25% da NG; T5- biochar + 50% da NG; T6- biochar + 75% da NG; T7- biochar + 100% da NG. O segundo experimento foi conduzido em casa de vegetação com cultivo de milho híbrido cultivar BM3066PRO2 em vasos contendo solo salino-sódico corrigido com técnicas de lixiviação de sais e corretivos. Foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado (DIC), com 7 tratamentos e 6 repetições, conforme descrito anteriormente, totalizando unidades experimentais compostas por 42 vasos, cada uma com 5,2 dm3 de solo. O biochar associado às doses de gesso foi mais eficiente na recuperação dos solos que utilizando-se o corretivo sozinho. Os tratamentos com biochar + 25% da NG e biochar + 75% da NG reduziram a salinidade do solo, de salino-sódico para não salino e não sódico. O milho cultivado em solo não salino, que utilizou biochar + 75% da NG, proporcionou os maiores valores de massa fresca das folhas, massa seca das folhas e massa seca total. Os tratamentos que utilizaram o biochar e o gesso beneficiaram o aumento da área foliar do milho, com valor superior no tratamento com biochar +100 % da NG. As trocas gasosas foliares do milho não foram influenciadas pelos tratamentos estudados. Doses de 75 e 100% de gesso associadas ao biochar resultaram em maiores teores de clorofila total no milho. O acúmulo de sódio, cálcio e magnésio nas folhas do milho foi maior nos solos salino-sódico e salino, tratamentos T3 e T5, respectivamente. A maior concentração de sódio e magnésio nos colmos do milho foi observada no solo sem correção de solo. Os tratamentos com biochar e gesso a 75 e 100% da necessidade de gesso provocaram o menor acúmulo de sódio, cálcio e magnésio nos colmos.