APLICAÇÃO EXÓGENA DE ÁCIDOS ORGÂNICOS MITIGA O ESTRESSE SALINO EM ALFACE E RÚCULA.
Fluorescência da clorofila, salinidade da água, produção, fotossíntese, crescimento.
A Alface e a rúcula são hortaliças fontes de nutrientes e vitaminas de grande importância para a saúde humana, porém sua produção no semiárido pode ser limitada pela concentração de sais da água e no solo. O uso de elicitores que induz a tolerância ao estresse salino pode melhorar o rendimento agronômico em ambientes estressantes. Assim, objetivou-se avaliar elicitores que influencia a tolerância ao estresse salino (ácido ascórbico, ácido giberélico e ácido salicílico) na produção, fotossíntese e homeostase iônica de cultivares de alface e rúcula. A pesquisa foi realizada em casa de vegetação da UFERSA utilizando baldes contendo solo classificado como latossolo, para a irrigação do experimento foi utilizada água de rejeito salino com a CE em torno de 9 dS m-1 misturada com água de abastecimento obtendo assim uma CE de 4 dS m-1, no primeiro experimento foi conduzido em delineamento experimental de blocos casualizados, em esquema fatorial 3 x 5, com cinco repetições e cada repetição foi composta por quatro plantas. Assim como o segundo experimento, sendo que o primeiro fator do experimento I corresponde a três cultivares de alface crespa, sendo elas: SVR 2005, Simpson e Grand Rapids e o experimento II utilizando três cultivares de rúcula, sendo elas: Cultivada, Gigante e Rokita. As cultivares de alface e rúcula foram submetidas a cinco tratamentos sendo eles: controle (0,53 dS m-1); estresse salino (4,0 dS m-1); estresse salino + ácido ascórbico (50 µM L-1); estresse salino + ácido giberélico (50 µM L-1); e estresse salino + ácido salicílico (50 µM L-1) para a aplicação dos elicitores foi utilizado um borrifador via foliar. Foram avaliados o acúmulo de biomassa, crescimento e as variáveis fotossintéticas das plantas de alface e rúcula. Pode-se concluir que todas as variedades de alface tolerantes tiveram produção semelhante ao controle devido à melhoria na fotossíntese e na eficiência no uso da água A cultivar Grand Rapids é tolerante a salinidade da água de 4,0 dS m-1 e salinidade do solo de 5,0-6,1 dS m-1. A irrigação com água salina de 4,0 dS m-1 diminuiu o crescimento, condutância estomática, fotossíntese, eficiência máxima da fotossíntese II e a produção de biomassa das cultivares SRV 2005 e Simpson, sensíveis à salinidade. O ácido salicílico mitigou o estresse salino na cultivar SRV 2005. E nas cultivares de rúcula Gigante e Rokita são tolerantes e a cv. Cultivada é sensível a irrigação com água salina de 4,0 dS m-1 e a salinidade do solo de 6,0 dS m-1. O AG3 exógeno (50 µM L-1) é eficiente como elicitor de tolerância ao estresse salino em cultivares sensíveis de rúcula