CRESCIMENTO E ACÚMULO DE NUTRIENTES DO CAPIM-MARANDU E RESPOSTA À DOSES DE NITROGÊNIO E DE FÓSFORO
Brachiaria brizantha, crescimento, marcha de absorção, adubação nitrogenada, adubação fosfatada
As pastagens apresentam elevada importância socioeconômica, visto que constituem a base de sustentação da pecuária brasileira, representando a principal fonte de alimentação dos ruminantes. Dentre as gramíneas forrageiras cultivadas destaca-se o capim-marandu, ocupando cerca de 60 milhões de hectares. Ao ser manejado adequadamente, apresenta produtividade elevada e grande resposta à adubação. Diante do exposto, o objeto deste trabalho foi avaliar o acúmulo de matéria seca e de nutrientes pelo capim-marandu, e a sua resposta a doses de nitrogênio (N) e de fósforo (P) em condições de campo. Os experimentos foram conduzidos em um Neossolo Quartzarênico no município de Macaíba-RN. O acúmulo de matéria seca e nutrientes foi avaliado durante o período de janeiro a agosto de 2017, correspondendo aos dois primeiros ciclos de produção da cultura. No primeiro ciclo de produção, as plantas foram coletadas aos 30, 40, 50, 60, 70, 80 e 90 dias após a semeadura. Após a colheita das plantas do primeiro ciclo de produção, as amostras de plantas foram coletadas aos 30, 40, 50, 60, 70 e 80 dias após o primeiro corte. Em ambos os ciclos de produção foi avaliada a altura e o acúmulo de matéria seca e de macronutrientes na parte aérea. A resposta do campim-marandu a doses de N e P foi avaliada no período de janeiro 2017 a janeiro de 2018. O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com 11 tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos consistiram de 5 doses de N (0, 400, 800, 1200 e 1600 kg ha-1 de N) e 5 doses de fósforo (0, 50, 100, 150 e 200 kg ha-1 de P2O5), mais um tratamento testemunha sem a aplicação de N e nem de P2O5. As variáveis avaliadas em seis cortes foram altura das plantas, relação folha/colmo, teor de N e de P na folha diagnóstica, teor de proteína bruta, produção de matéria seca e N e P acumulado na planta. No primeiro e segundo ciclo de produção, o acúmulo de matéria seca aumentou durante todo o ciclo da planta, principalmente a partir da segunda metade do ciclo. De modo geral, o acúmulo de macronutrientes seguiu o acúmulo de matéria seca. Em ambos os ciclos de produção do capim-marandu, por ocasião da colheita das plantas, a ordem decrescente de acúmulo de macronutrientes na parte aérea das plantas foi K > N > Mg > Ca > P > S. O crescimento da planta e a produtividade de forragem do capim-marandu aumentou em função do aumento das doses de N e de P2O5. A qualidade da forragem aumentou com o aumento das doses de N, mas não foi influenciada pela adubação fosfatada. A estimativa da dose anual de N recomendada para a produtividade de capim-marandu, equivalente a 90% da máxima produtividade obtida, foi de 860 kg ha-1 ano-1, enquanto para P esse valor foi estimado em 100 kg ha-1 ano-1 de P2O5.