ECOFISIOLOGIA DA ABOBRINHA EM CULTIVO HIDOPôNICO SOB CONDIçãO SALINA E DIFERENTES FONTES DE NITROGêNIO
Cucurbita pepo L.. Salinidade. Adubação nitrogenada.
O estresse salino é um dos fatores abióticos que mais limita o crescimento e o rendimento das culturas em regiões semiáridas. Com isso, visando melhorar à aclimatação das plantas ao estresse salino, diversas estratégias de manejo são estudadas, principalmente aquelas com potencial de melhorar a absorção e assimilação de nutrientes. Nesse contexto, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a ecofisiologia de plantas de abobrinha italiana em cultivo hidopônico submetidas a diferentes níveis de salinidade da água de irrigação e nutrição nitrogenada com fontes nítricas e amoniacais. O experimento foi conduzido em ambiente protegido, em delineamento experimental de blocos casualisados, arranjados em esquema fatorial 2 x 5, com 4 repetições. Os tratamentos foram constituídos de cinco níveis de salinidade (S1 = 0,5; S2 = 2,0; S3 = 3,5; S4 = 5,0 e S5 = 6,5 dS m-1) e duas fontes de nitrogênio (nitrato - NO3- e amônio - NH4+). As plantas foram cultivadas até a fase de produção em vasos com capacidade para 8 dm3, devidamente preenchidos com fibra de coco. Durante a condução do experimento as plantas foram avaliadas quanto ao crescimento, trocas gasosas, fluorescência da clorofila a, pigmentos cloroplastídicos, percentagem de dano celular nas folhas, composição mineral da parte aérea e produção. As variáveis foram analisadas por meio de análise de variância, verificando-se as significâncias ao nível de 5 e 1% de probabilidade dos tratamentos por meio do teste F. Quando houve significância, aplicou-se teste de média (Tukey a 5% de probabilidade) para o fator fontes de nitrogênio e análise de regressão para o fator níveis salinos e interação significativa entre os fatores, realizada por meio do desdobramento unilateral níveis de salinos dentro de cada fonte de nitrogênio. Os resultados indicaram que a salinidade superior a 2,0 dS m-1 reduziu o crescimento, as trocas gasosas, a eficiência fotoquímica e não fotoquímica, o acúmulo de nutrientes e a produção das plantas de abobrinha italiana. A fonte de nitrogênio amoniacal promoveu redução do crescimento, das trocas gasosas, da eficiência fotoquímica e o acúmulo de nutrientes, além de promover maior dano celular nas folhas e inibir a produção de frutos da abobrinha italiana. Com base nos resultados conclui-se que fontes de nitrogênio nítricas e amoniacais não mitigam os efeitos deletérios da salinidade em plantas de abobrinha italiana. A nutrição exclusiva com NH4+ promove efeito deletério em plantas de abobrinha italiana, independente se estas se encontram ou não em condição de estresse salino.