Uso de águas hipersalinas na produção de mudas de mangue
Manejo, reuso, meio ambiente
Nunca se viu a humanidade necessitar de tanta água para suprir suas necessidades básicas como na atualidade, o reuso de água já é uma realidade nos dias atuais, porém, ainda muito distante do ideal. A qualidade da água é um dos fatores que ocasionam efeito negativo no crescimento e desenvolvimento das culturas afetando também a produção. Nesse contexto, objetiva-se com este estudo viabilizar a produção de mudas de Mangue branco (Laguncularia racemosa) com uso de águas hipersalinas a serem destinadas ao reflorestamento de áreas degradadas de manguezais. O experimento I foi instalado em casa de vegetação instalada no setor de solos pertencente à Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), com as seguintes coordenadas geográficas 5°12’S, 37º19’W e altitude de 20 m, durante a realização do estudo compreendido entre 13 de fevereiro e 3 de junho de 2014. O experimento II, foi instalado em campo no município de Icapuí-CE, com coordenadas geográficas 4º41’S, 37°20’W e 4m de altitude, durante a realização do estudo compreendido entre 31 de junho e 9 de setembro de 2014. O delineamento experimental adotado foi em blocos casualizados, com seis tratamentos (S1 = 0,5S2 =24, S3, =53, S4 =77 S5 =101e S6 = 124 dS m-1), e quatro repetições, sendo 24 parcelas com 15 plantas em cada parcela, totalizando 360 plantas. As águas foram preparadas a partir da diluição da água hipersalina oriunda das bacias de cristalização de sal, com água da rede de abastecimento da Ufersa. A quantidade da água hipersalina foi determinada de forma a se obter a CEa do respectivo tratamento. A espécie de mangue Laguncularia racemosa sofreu reduções em seus parâmetros de crescimento, sendo influenciado estatisticamente quando comparados aos demais tratamentos. O uso de água hipersalina com salinidade de S3 = 55 dS m-1, pode ser uma alternativa viável na produção de mudas de mangue, de acordo com as condições de realização desse estudo. O tratamento S6 = 124 dS m-1, promoveu a morte das plantas nos primeiros 60 dias após a aplicação dos tratamentos.