ESTUDO ALELOPÁTICO, FITOQUÍMICO E GENOTÓXICO DE EXTRATOS AQUOSOS DE Aspidosperma pyriforlium Mart. E Combretumleprosum Mart. em Allium cepa
Pereiro, perfil fitoquímico, mutagênese, planta forrageira.
A Caatinga apresenta grande diversidade vegetal, mas poucas espécies nativas possuem estudos fitoquímicos e alelopáticos. Aspidosperma pyrifolium e Combretum leprosum são exemplos de plantas de grande importância etnofarmacológica, que carecem de estudos toxicológicos. O objetivo foi avaliar a influência alelopática e citotoxidade de extratos aquosos de A. pyrifolium e C. leprosum sobre a germinação e desenvolvimento inicial de sementes comerciais de Allium cepa (organismo-teste) e descrever seus perfis bioquímicos. 50 sementes de A. cepa foram colocadas na presença dos extratos aquosos dessas plantas nas concentrações de 200, 400 e 800 mg/L, em quatro réplicas, sendo avaliados vários parâmetros: taxas de germinação e velocidade de germinação, comprimento e matéria seca de raízes, hipocótilo e plântula, e índice mitótico. Para a descrição do perfil bioquímico foram realizados testes qualitativos e quantitativos para diversas classes de metabólitos. Os tratamentos não diferiram do controle negativo quanto às características germinativas, indicando que os extratos não possuem efeito alelopático e tóxico. No entanto, no índice mitótico foi identificado citotoxidade subletal em células expostas ao extrato aquoso de C. leprosum, apenas com 200 mg/mL. Os perfis bioquímicos identificaram substâncias inéditas para as espécies em contraponto a literatura científica. Nas condições testadas, os extratos de ambas as espécies foram atóxicos ao Allium cepa. Mais estudos são necessários para melhor caracterização dos efeitos genotóxicos em C. leprosum.