UTILIZAÇÃO DO FARELO DE GIRASSOL (Helianthus annuus L.) NA ALIMENTAÇÃO DE CORDEIROS CONFINADOS
avaliação de alimentos, barimetria, confinamento, coprodutos
Este trabalho teve como objetivos avaliar os efeitos de níveis crescentes de farelo de girassol (Helianthus annus L.), em substituição ao milho em grão moído e ao farelo de soja, na ração concentrada, sobre o desempenho produtivo, a biometria, as características quantitativas dos componentes da carcaça e não carcaça de cordeiros e a viabilidade econômica das dietas experimentais. Foram utilizados 20 cordeiros, sem padrão racial definido (SPRD), com peso inicial médio de 17 kg distribuídos em delineamento inteiramente casualizado (DIC) com quatro tratamentos e cinco repetições. As dietas experimentais foram constituídas por feno de gramíneas (capim canarana e capim tífton 85), milho em grão moído, farelo de soja, sal mineral e os seguintes níveis de farelo de girassol que correspondiam aos tratamentos: 0, 15, 30 e 45% na ração concentrada. Os tratamentos apresentaram os seguintes ganhos de peso diário: 213, 220, 183 e 181g/dia, respectivamente, não foram observadas diferenças significativas (P>0,05) entre os tratamentos. Os consumos de matéria seca (CMS), expressos em g/dia, %PC e g/kg0,75, sofreram efeito (P<0,05) linear crescentes dos diferentes níveis de farelo de girassol, bem como os consumos de fibra em detergente neutro (CFDN), fibra em detergente ácido (CFDA), matéria orgânica (CMO) e extrato etéreo (CEE) expressos em (g/dia). O consumo de proteína bruta (CPB) não sofreu influência (P>0,05) dos diferentes tratamentos. A conversão alimentar aumentou com os níveis de farelo de girassol causando redução na eficiência alimentar. Os diferentes níveis de farelo de girassol não influenciaram (P>0,05) os componentes da carcaça, os cortes comerciais e os componentes não carcaça de cordeiros em confinamento. A área de olho de lombo (AOL) e espessura de gordura subcutânea (EGS) sofrem influência (P<0,05) dos níveis de farelo de girassol, sendo o nível de 15% o que apresentou maior área de olho de lombo e menor espessura de gordura na carcaça. Das medidas biométricas efetuadas “in vivo” e nas carcaças, apenas o comprimento externo da carcaça sofreu influência (P<0,05) dos tratamentos testados, o perímetro torácico (PT) e de garupa (PG) são as mensurações que melhor predizem as características das carcaças, já os pesos da carcaça quente, fria e o peso final são parâmetros quantitativos que apresentam alta correlação com os indicadores de produtividade, cortes comerciais, a área de olho de lombo e índice de compacidade da carcaça. A análise econômica evidenciou a redução dos custos com a adição do farelo de girassol, sendo o nível de 15% o que apresentou menor custo de produção sem prejudicar o ganho de peso diário e o consumo de nutrientes.