A "Institucionalização" do Discurso da Equidade de Gênero no Poder Judiciário Brasileiro.
equidade de gênero, feminismo pós-estrutural, participação feminina no poder judiciário brasileiro.
O presente estudo propõe-se a formular problematizações acerca do processo de “institucionalização” do discurso da equidade de gênero no âmbito do Poder Judiciário brasileiro, discurso impulsionado pela Resolução nº 255/2018 do Conselho Nacional de Justiça, que instituiu a Política Nacional de Incentivo à Participação Feminina no Poder Judiciário. Desse modo, a pretensão investigativa é a de entender como o discurso da equidade de gênero, advindo do campo do feminismo, ao utilizar-se de conceitos próprios, com significados trabalhados a partir de um contexto teórico de lutas do movimento, é “institucionalizado” no Poder Judiciário brasileiro, instituição estatal representada por uma visão profissional masculinizada. Para isso, utilizará de estudos, dentre esses, relatórios e pesquisas divulgadas pelo Poder Judiciário brasileiro e de discursos levados a efeito em eventos selecionados realizados pelo Conselho Nacional de Justiça, cujo objetivo é a investigação do tratamento discursivo da temática da equidade de gênero quando aplicado ao contexto de acesso, exercício e ascensão nos cargos da magistratura por mulheres. Utilizará, ainda, de estudos de natureza interdisciplinar das áreas da sociologia, história e direito, contemplando o feminismo contemporâneo, a partir da corrente pós-estruturalista, para entender como a equidade de gênero, discurso crítico e outsider, é aplicado a política judiciária de promoção da participação feminina na magistratura.