Modelos de regressão não linear na avaliação da curva de crescimento de ovinos da raça Morada Nova, variedade branca
Ovinos. Morada Nova. Curva de Crescimento. TCA. Conservação. |
A raça ovina Morada Nova, fundamental para a economia do semiárido do Nordeste brasileiro, destaca-se por sua adaptabilidade e rusticidade. Essa raça exibe um perfil adaptativo notável, especialmente com relação à capacidade de suportar o clima seco predominante na região e manter uma produção eficiente. As fêmeas da raça são reconhecidas por suas qualidades reprodutivas, incluindo precocidade e prolificidade. No entanto, apesar de todas as características intrínsecas da raça, a variedade branca está enfrentando risco de extinção, o que destaca a necessidade de estudos sobre sua produtividade para fundamentar e apoiar esforços de conservação. O presente trabalho teve como foco a obtenção da curva de crescimento da raça Morada Nova, utilizando os modelos não lineares de Brody, Von Bertalanffy, Gompertz e Logístico e analisando os perfis de criação dos rebanhos experimentais. Foram avaliadas 764 observações de 165 animais de quatro núcleos de criação localizados nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte, Brasil. Utilizou-se a Análise Discriminante Canônica (ADC) para a análise exploratória e quatro modelos não lineares para o estudo da curva de crescimento, onde se avaliou o peso desde o nascimento até os 270 dias de idade, a Taxa de Crescimento Absoluto (TCA), e o impacto do sexo nas curvas de crescimento. Os resultados mostraram que o modelo de Gompertz foi o mais eficiente para explicar a curva de crescimento dos ovinos Morada Nova da variedade branca, incluindo diferenças de peso entre os sexos em todas as idades analisadas e um ponto de inflexão antes dos 90 dias. Estas descobertas contribuem para o entendimento do crescimento da raça e auxiliam na formulação de estratégias de conservação.