MORFOLOGIA DO TRATO DIGESTÓRIO E ECOLOGIA ALIMENTAR DOS CETÁCEOS ODONTOCETOS (CETARTYODACTYLA: DELPHINIDAE) ENCALHADOS NO LITORAL DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL
anatomia, dieta, golfinho, microscopia, morfofisiologia
Os cetáceos odontocetos, em geral, se alimentam de peixes e cefalópodes, embora organismos como crustáceos e aves possam ser predados. Dada sua a importância ecológica como bioindicadores e considerando a relevância do conhecimento das informações morfológicas para estudos voltado à preservação de espécies. Neste contexto, esta proposta de projeto de pesquisa tem como objetivo caracterizar a morfologia do trato digestório e a ecologia alimentar de cetáceos odontocetos encalhados no litoral do Rio Grande do Norte. As amostras serão provenientes de odontocetos encalhados mortos durante monitoramento periódico de praias, realizado pelo Projeto Cetáceos da Costa Branca e do banco de tecidos do Laboratório de Monitoramento de Biota Marinha da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Serão realizadas descrições macroscópicas e microscópicas das estruturas do trato digestório (esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso). As amostras serão processadas considerando-se diferentes técnicas histológicas para análise em microscopia de luz, microscopia eletrônica de transmissão e eletrônica de varredura a serem desenvolvidas no Laboratório de Morfofisiologia Animal Aplicada e demais dependências da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA). Os estômagos serão coletados, medidos, pesados e em seguida terão seus conteúdos avaliados. Os conteúdos estomacais serão lavados com auxílio de peneiras em água corrente e armazenados em frascos contendo álcool a 70% para serem analisados, identificados e triados por grupos taxonômicos. Para os itens alimentares identificados serão calculadas a Frequência de Ocorrência (FO) e Frequência Numérica (FN). Com os resultados desse trabalho espera-se poder inferir sobre o funcionamento do trato digestório das espécies de odontocetos, com base nos dados morfológicos e na composição da dieta desses animais e, assim produzir informações que possam subsidiar pesquisadores em atividades de manejo durante reabilitação.