FISIOLOGIA REPRODUTIVA DA ANTA BRASILEIRA (Tapirus terrestres) EM DIFERENTES BIOMAS
Perissodactyla. Citologia vaginal. Biometria testicular. Monitoramento endócrino.
A anta brasileira (Tapirus terrestris Linnaeus, 1758) é um dos maiores mamíferos terrestres das Américas, e o maior herbívoro frugívoro do Brasil. Tem um papel chave na dispersão de grandes sementes e no controle da distribuição e densidade de diversas espécies vegetais. Assim, a anta exerce um papel crítico na formação e manutenção da diversidade biológica, desempenhando também o papel de espécie indicadora da “saúde” dos ecossistemas tropicais onde habita. No Brasil, a espécie já é classificada como “Ameaçada” no bioma cerrado, indicando o declínio das populações não só nesse bioma. Isto pode estar relacionado às ações antrópicas como expansão da agricultura, pecuária em grande escala, perda e fragmentação do habitat, atropelamentos, caça furtiva etc. Mas também, pode estar relacionada à reprodução o, devido ao fato deste animal possuir um período de gestação longo, com duração de aproximadamente 13 meses, com intervalo entre concepções de cerca de 24 meses, e em cada gestação nascer apenas um filhote, a quantidade de descendentes viáveis para a conservação da espécie é muito reduzida. Com isso, o presente estudo terá por objetivo conhecer detalhes e particularidades acerca da fisiologia reprodutiva desta espécie. Para tanto serão analisados dados de dosagem hormonal, biometria testicular, nos machos, que serão correlacionados com os dados meteorológicos para verificar a possível interferência das condições climáticas sobre a reprodução. E nas fêmeas, será avaliada a responsividade do epitélio vaginal às flutuações hormonais, e se as condições ambientais atuam sobre estas. Com este trabalho espera-se obter informações importantes a respeito da reprodução desta espécie, e que possam ser úteis aos esforços de conservação da mesma.