CRIOPRESERVAÇÃO DE TECIDO TESTICULAR DE CATETOS (PECARI TAJACU LINNAEUS, 1758) CRIADOS NO BIOMA CAATINGA.
biobanco; germoplasma; testículo; célula germinativa.
A criopreservação de tecido gonadal é uma inovação biotecnológica que pode ser usada na conservação de material genético de animais ecologicamente vulneráveis, permitindo a possibilidade da manutenção da variabilidade genética em animais pré-puberes e adultos após sua morte. Diante disso, objetivou-se estabelecer um protocolo eficiente para criopreservação de tecido testicular de catetos (Pecari tajacu). Para tanto, o estudo foi dividido em dois experimentos, sendo utilizados 10 animais adultos oriundos do Centro de Multiplicação de Animais Silvestres da UFERSA. No experimento I, cinco pares de testículos foram dissecados em fragmentos (9 mm3) que foram alocados a grupos não-vitrificados (controle) e vitrificados usando um método de vitrificação em superfície sólida, após a exposição a diferentes crioprotetores (dimetilsulfóxido - DMSO 3,0 M, etileno glicol - EG 3,0 M ou a combinação 1,5 M DMSO/1,5 M EG). As amostras não-vitrificadas e vitrificadas foram avaliadas quanto à histomorfologia, ultraestrutura, viabilidade e potencial de capacidade proliferativa. A conservação adequada da organização ultraestrutural do túbulo seminífero em termos de presença de lúmen e junções celulares só foi observada com o uso da combinação DMSO/EG. Independentemente do crioprotetor, a vitrificação preservou efetivamente a visualização e a condensação nuclear das células de maneira semelhante à observada no grupo não vitrificado. Além disso, a combinação DMSO/EG proporcionou uma melhor preservação das membranas basais dos túbulos seminíferos que o DMSO (P 0,05). Em adição, observou-se que, independentemente do método de criopreservação, as combinações DMSO/EG e DMSO/G foram capazes de conservar a viabilidade (P>0,05). Todos os tratamentos mantiveram o potencial de capacidade proliferativa para espermatogonia de modo similar; entretanto, apenas o G/EG, nos métodos de CL e VSS, foram inferiores ao controle para célula de Sertoli (P>0,05). Finalmente, o protocolo de CL usando as combinações DMSO/EG e DMSO/G foram melhores em evitar o aparecimento de edemas que G/EG – CL e DMSO/G – VSS (P