ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DE AGENTES VIRAIS EM CAPRINOS DE DIFERENTES MESORREGIÕES FISIOGRÁFICAS DO NORDESTE BRASILEIRO.
CAE, caprinos, Língua Azul, presença de anticorpos
A criação de caprinos no Nordeste se destaca principalmente pelo tamanho do efetivo. Considerada uma importante alternativa de trabalho e renda para a agricultura familiar, pode ser uma forte aliada à fixação do homem no campo. No entanto, problemas de ordem sanitária têm comprometido a produtividade e o sucesso da atividade. Nesse contexto, objetivou-se com esse estudo determinar os aspectos epidemiológicos de agentes virais causadores da Língua Azul e da Artrite Encefalite Caprina, em caprinos de diferentes mesorregiões fisiográficas do Nordeste Brasileiro. Para a pesquisa de anticorpos contra Língua Azul foram analisados através do Elisa de competição 1460 amostras de soros de 110 unidades produtoras dos estados do Maranhão, Piauí, Alagoas e Sergipe. A prevalência encontrada no Sertão de Alagoas foi de 0,2% (03/168), Sergipe (Agreste 2,1% (31/155); Sertão 1,4% (20/155); Piauí (Sudoeste 16,0% (234/324); Centro Norte 10,1% (147/248) e Maranhão (Leste 6,8% (100/152); Norte 7,3% (107/248). Na pesquisa de anticorpos anti- CAEV, através do Western Blotting, foram examinadas em média dois reprodutores por ciratório, totalizando 513 amostras de soros e 251 propriedades. A prevalência encontrada foi de 6,2% (32/513). Em cada estado participante do estudo foram encontradas as prevalências descritas a seguir: Piauí 5,8% (7/119), Maranhão 2,0% (01/48), Sergipe 7,1% (03/42), Alagoas 17,6% (03/17), Rio Grande do Norte 4,7% (05/105), Paraíba 2,1% (02/94) e Ceará 12,5% (11/34). Portanto, os resultados obtidos permitem concluir que as duas enfermidades estudadas estão presentes nos rebanhos do Nordeste, sendo necessário implementar medidas de controle e profilaxia que visem reduzir a disseminação das mesmas.